2. Sua estrutura interna é semelhante à medula.
A substância cinzenta é fragmentada transversal e
longitudinalmente, dando origem a diversos núcleos.
Os núcleos que se relacionam com os nervos cranianos
(recebem suas fibras) ou são constituídos por
neurônios que vão formar aqueles nervos são
chamados homólogos à substância cinzenta –
substância cinzenta homóloga.
Os demais núcleos encontrados e que não possuem
relação com os nervos cranianos são chamados de
substância cinzenta própria.
3. Em toda extensão do tronco encontramos
regiões constituídas por um emaranhado de
células e fibras nervosas, com uma estrutura
intermediária entre as substâncias cinzenta e
branca.
São conhecidas como formação reticular.
4. Substância cinzenta Fig 7.1
homóloga:
Núcleos dos nervos cranianos –
bilateralmente em todos os
níveis (mesencéfalo, ponte e
bulbo)
Os motores são mais mediais e
os sensitivos são mais laterais.
Estudaremos os núcleos em
sentido crânio-caudal.
5. O primeiro nervo craniano que Fig 7.1
nasce do tronco encefálico é o III
nervo craniano (oculomotor)
Origina-se em um núcleo
situado no mesencéfalo, ao nível
do colículo superior – núcleo do
oculomotor.
Em um corte transversal o
núcleo é dorsomedial e ventral
ao aqueduto.
Próximo ao núcleo do
oculomotor existe o núcleo de
Edinger-Westphal – origina
fibras pré-ganglionares
parassimpáticas .
6. No mesencéfalo, ao Fig 7.1
nível do colículo
inferior, encontra-se o
núcleo do troclear (IV
par.)
Inerva o músculo
oblíquo superior e
participa da
motilidade ocular
extrínseca.
7. Começando no mesencéfalo, Fig 7.1
mas estendendo-se até ao Bulbo,
situam-se os núcleos sensitivos
do trigêmio – V par.
Núcleo mesencefálico –
informações proprioceptivas da
cabeça.
Núcleo pontino – núcleo
sensitivo principal do trigêmio.
Sensações de tato e pressão da
face.
No bulbo – núcleo do trato
espinhal do trigêmio –
sensações de dor e temperatura
provenientes da face.
8. O V nervo craniano Fig 7.1
possui ainda um
núcleo motor,
responsável pela
inervação da
musculatura da
mastigação –
masseter, pterigoideo
e temporal –
localizado na ponte –
núcleo motor do
trigêmio
9. O VI nervo craniano, 7.1
tem sua origem em um
núcleo situado na
ponte, ao nível do
colículo facial no
assoalho do IV
ventrículo.
Núcleo do abducente,
responsável pela
inervação do reto lateral
na motilidade ocular
extrínseca.
10. Ainda no colículo Fig 7.1
facial, situado mais
profundamente, está o
núcleo do facial (VII
par).
Reponsável pela
inervação da mímica
facial.
11. Caudalmente, no bulbo, Fig 7.1
encontramos os núcleos
cocleares e um pouco mais
rostral os núcleos vestibulares.
Formação do VIII par.
Os cocleares são dois de cada
lado e responsáveis pela
audição. Os vestibulares são 4
de cada lado e responsáveis
pelo equilíbrio.
Os núcleos vestibulares ainda
enviam e recebem fibras do
cerebelo e originam um trato
descendente para a medula –
trato vestíbulo-espinhal.
12. Ao nível do bulbo temos 7.1
ainda o núcleo ambíguo –
núcleo motor responsável
pela inervação da
musculatura da faringe –
possui neurônios que
formarão os IX, X e XI
pares.
Outro núcleo bulbar
relacionado com mais de 1
nervo, é o núcleo do trato
solitário VII, IX e X –
relacionado com a
gustação e sensibilidade
visceral.
13. No trígono do vago, no Fig 7.1
assoalho do IV ventrículo
– Bulbo – avista-se o
núcleo motor dorsal do
vago – fibras pré-
ganglionares
parassimpáticas que irão
sair por este nervo.
Finalmente o núcleo do
hipoglosso – fibras do XII
par. Bulbo, ao nível do
trígono do hipoglosso,
pode ser visto na
superfície do IV
ventrículo.
14. Núcleo rubro – apresenta 7.1
uma cor avermelhada. É
um núcleo oval, situado
no mesencéfalo.
Recebe fibras do cerebelo
e do córtex motor. Emite
fibras para o núcleo olivar
e dá origem também ao
trato rubro-espinhal.
Importante centro de
controle da motricidade.
15. Substância negra – núcleo Fig 7.2
situado no limite do
pedúnculo mesencefálico.
Seus neurônios são
pigmentados pela melanina.
As conexões aferentes e
eferentes mais importantes
se fazem com o corpo
estriado.
Envia ainda fibras para o
tálamo e para o colículo
superior, participando do
circuito motor.
16. O colículo inferior é 7.2
um núcleo relé das
vias auditivas.
Fazem sinapses fibras
originadas nos
núcleos cocleares e
dele partem fibras
para o corpo
geniculado medial.
17. Na ponte temos ainda 7.2
os núcleos pontinos.
Substância cinzenta
situada na base da
ponte e que recebem
fibras das regiões
motoras do córtéx (trato
córtico-pontino) e
enviam fibras para o
cerebelo.
Participam do circuito
motor.
18. Núcleo olivar inferior – 7.2
massa irregular de
substância cinzenta.
Localiza-se no bulbo e é
responsável pela saliência de
mesmo nome no bulbo.
Conexões recíprocas com a
medula.
Envia fibras para o cerebelo
através do pedúnculo
cerebelar inferior.
Controle da motricidade.
19. No bulbo temos ainda os Fig 7.4
núcleos grácil e cuneiforme.
Recebem fibras que sobem,
respectivamente da medula
espinhal, pelos fascículos
grácil e cuneiforme.
Enviam fibras para o tálamo,
através do leminisco medial.
Participam do tato
discriminativo,
propriocepção consciente e
sensibilidade vibratória.
20. TRATOS DESCENDENTES Fig 7.7
Trato córtico-espinhal – possui um
largo trajeto ao longo do tronco
encefálico, passando pela base do
mesencéfalo e da ponte e depois
pelas pirâmides bulbares, onde
ocorre a decussassão.
Outro trato que viaja em conjunto
com o córtico-espinhal é o córtico-
nuclear ou córtico-bulbar. Origina-
se na área motora do córtex e
termina nos núcleos motores dos
nervos cranianos no tronco.
Embora terminem antes das
pirâmides, cruzam a linha média e
são chamados piramidais. Controle
voluntário dos movimentos do
crânio.
21. Trato córtico-pontino Rubro-espinhal,
– inicia-se em áreas vestíbulo-espinhal e
motoras do córtex e retículo-espinhal –
termina nos núcleos papel no controle
pontinos. Importante motor.
para a coordenação
motora.
22. TRATOS ASCENDENTES Alguns possuem
origem no tronco
Espinotalâmico e
espinocerebelares – tratos cerebral: os
que passam ao longo do neurônios
tronco encefálico com
destino ao tálamo ou ao
localizados nos
cerebelo. núcleos grácil e
cuneiforme.
23. As fibras originadas O leminisco medial é
nesses núcleos cruzam continuação dos
a linha média e fascículos grácil e
originam o leminisco cuneiforme e possui a
medial, que se dirige mesma função.
ao tálamo.
24. Leminisco trigeminal Termina no tálamo e
– origina-se no tronco conduz a
em todos os núcleos sensibilidade somática
sensitivos do nervo da face.
trigêmio – cruzam a
linha média e
ascendem pelo
leminisco trigeminal.
25. Leminisco lateral – Outros núcleos
núcleos cocleares e sensitivos do tronco
sobem em direção ao originam feixes
colículo inferior. E ascendentes – trato
ascendem cruzando a solitário (gustação).
linha média até o
corpo geniculado
lateral (tálamo).
26. TRATOS DE ASSOCIAÇÃO
Fascículo longitudinal
medial – associa diversas
regiões do tronco encefálico
– principalmente núcleos
vestibulares e o controle do
movimento dos olhos –
estabilidade do mundo
visual.