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Rogério Fernandes da Costa
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Objetivo do estudo
Desenvolver um modelo que permita testar três
estratégias diferentes para gerenciamento de
estoques aplicadas à emergência do Sudão do
Sul.
Abordagens estratégicas:
1. Heurística;
2. Matemática;
3. Instintiva.
Limitações da pesquisa
• Primeiro passo para o desenvolvimento de
um sistema de gerenciamento de estoque
para alívio humanitário.
• Um trabalho futuro incluirá a correlação de
itens múltiplos considerando o impacto da
informação.
Variáveis de Decisão
A ajuda em operações de resposta a desastres
deve ser distribuída com base na necessidade
das vítimas (IFRC, 2009).
Metodologia adotada (pesos e custos):
1. Impacto da resposta;
2. Não atendimento à demanda.
Verificação e testes do modelo
Verificação e testes do modelo
Testes preditivos permitem calcular o valor estacionário
do estoque após cada ciclo.
Onde: Qe = itens atrasados por pedido/número de emergências no ano; E = Custo por
emergência; K2 = Custo fixo; C2 = Custos variáveis; Be = Budget e Fv = Custo da emergência
dado o número de ciclos por ano.
Verificação e testes do modelo
Implicações práticas
Em um domínio marcado pela predominância
de estudos qualitativos, este trabalho procura
demonstrar os benefícios do uso de métodos
quantitativos para gerenciamento de estoques
em uma configuração de “lead time”.
Contribuição da pesquisa
Para as organizações humanitárias: Ao apontar as
principais características a serem consideradas e
fornecer informações sobre como implementá-las,
possibilita aplicação prática para gerenciamento de
estoques com foco na minimização de custos e
maximização do atendimento.
Para a academia: fomenta o debate sobre a
importância sobre simulação e modelagem
matemática no contexto de resposta à desastres.
Resultados
A pesquisa identificou pontos fortes e fracos
para diferentes estratégias de gerenciamento de
estoque em operações de emergência
humanitária, apontando os fatores críticos para
o desempenho do sistema.
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Gestão de estoques em operações de logística humanitária

  • 1. Rogério Fernandes da Costa costa_rf@outlook.com
  • 2. Objetivo do estudo Desenvolver um modelo que permita testar três estratégias diferentes para gerenciamento de estoques aplicadas à emergência do Sudão do Sul. Abordagens estratégicas: 1. Heurística; 2. Matemática; 3. Instintiva.
  • 3. Limitações da pesquisa • Primeiro passo para o desenvolvimento de um sistema de gerenciamento de estoque para alívio humanitário. • Um trabalho futuro incluirá a correlação de itens múltiplos considerando o impacto da informação.
  • 4. Variáveis de Decisão A ajuda em operações de resposta a desastres deve ser distribuída com base na necessidade das vítimas (IFRC, 2009). Metodologia adotada (pesos e custos): 1. Impacto da resposta; 2. Não atendimento à demanda.
  • 6. Verificação e testes do modelo Testes preditivos permitem calcular o valor estacionário do estoque após cada ciclo. Onde: Qe = itens atrasados por pedido/número de emergências no ano; E = Custo por emergência; K2 = Custo fixo; C2 = Custos variáveis; Be = Budget e Fv = Custo da emergência dado o número de ciclos por ano.
  • 8. Implicações práticas Em um domínio marcado pela predominância de estudos qualitativos, este trabalho procura demonstrar os benefícios do uso de métodos quantitativos para gerenciamento de estoques em uma configuração de “lead time”.
  • 9. Contribuição da pesquisa Para as organizações humanitárias: Ao apontar as principais características a serem consideradas e fornecer informações sobre como implementá-las, possibilita aplicação prática para gerenciamento de estoques com foco na minimização de custos e maximização do atendimento. Para a academia: fomenta o debate sobre a importância sobre simulação e modelagem matemática no contexto de resposta à desastres.
  • 10. Resultados A pesquisa identificou pontos fortes e fracos para diferentes estratégias de gerenciamento de estoque em operações de emergência humanitária, apontando os fatores críticos para o desempenho do sistema.

Notas del editor

  1. Sistemas de apoio à gestão de iventários para operações de emergência humanitária no Sudão do Sul
  2. Heurística: ignora parte da informação com o objetivo de tornar a escolha mais fácil e rápida. Instintiva: predisposições realizar determinadas tarefas de forma padronizada, predefinida. Além da gestão de estoques, na abordagem matemática foram levadas em consideração estoques de emergência, inventários e pré-posicionamento de armazéns.
  3. No contexto da priorização do atendimento, a disponibilidade de informações confiáveis permitirá que  haja uma maior assertividade na tomada de decisões por parte dos gestores.
  4. Se o depósito tiver sido abastecido, ou se houver pouca informação sobre um item específico, o gestor poderá relatar à sede da agência
  5. Cabe ao gestor determinar as prioridades confrontando os possíveis resultados sob às expectativas do contexto humanitário.
  6. O submodelo de armazém foi criado para simulação de cenários de stress, permitindo assim, a realização de testes preditivos envolvendo a análise de gráficos de causa e efeito. Foram levandas em consideração as atividades de campo, atividades de armazém, atividades de pedidos de emergência, atividades de transporte, além das atividades normais de pedidos.
  7. Do ponto de vista estatístico, o teste foi repetido 50 vezes. Parâmetros adotados: custo médio por ciclo; lead time (8 dias); quantidade de pedidos. Adicionalmente, a simulação foi comparada com o modelo usado pela WFP (World Food Programme’s). A simulação foi executada considerando um período de 100 anos com de 8000 dias de aquecimento. Com a configuração inicial de 20%, a média de pedidos atrasados por ciclo foi de 3 por cento (sistema real), percentual de confiança de 95%.
  8. O modelo de simulação usa as variáveis ​​do sistema de inventário (quantidades e tamanho dos lotes para pedidos regulares e de emergência), dados de operação (por exemplo, distribuições de demanda, custo de transporte) e produz estatísticas sobre o tempo médio de resposta, o custo anual médio, o número médio de pedidos atrasados por ciclo e a fração de estoque.
  9. O tempo de resposta “lead time” pode afetar drasticamente o armazenamento, a aquisição, disponibilidade e distribuição dos recursos.
  10. Sugestão de leitura: Tese de doutorado – Mariana Abrantes Giannotti Dissertação de mestrado: Sergio Ricardo Argollo da Costa