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“Cidadania, inclusão e ética na
Educação de Jovens e Adultos”
Prof. Silvânio BarceloS
Ementa
Discussão em torno dos
princípios éticos, a cidadania
e a inclusão de jovens e
adultos, por uma educação
com maior qualidade social e
política.
• .
construindo valores na escola e
na sociedade
Ser cidadão e cidadã é aprender a agir e
pensar com respeito, solidariedade,
justiça e responsabilidade;
Consiste no diálogo em situações
favoráveis e também divergentes,
comprometendo-se de forma ampla com
a vida comunitária.
 Estes são os valores que podem e
devem ser trabalhados na educação.
• - Aplicação dos princípios éticos na
realidade cotidiana: situação onde os
estudantes experimentam suas
vivências práticas;
• - Desenvolvimento da autonomia
moral: capacidade de analisar e
eleger valores de forma livre e
consciente.
Pedagogia do OprimidoPedagogia do Oprimido
Créditos imagem: disponível em:
http://siteantigo.paulofreire.org/Crpf/CrpfAcervo000039 acesso em 23/4/2014
• PEDAGOGIA DO OPRIMIDO (Freire)
• Livro dedicado aos "esfarrapados do mundo",
mostra a opressão contida na sociedade e no
universo educativo, em especial na
educação/alfabetização de adultos. A opressão
é apresentada como problema crônico social,
visto que as camadas menos favorecidas são
oprimidas e terminam por aceitar o que lhes é
imposto, devido à falta de conscientização, sem
buscar realmente a chamada Pedagogia da
Libertação.
• (Parte do resumo de autoria de: Gisele Sassoli, disponível em:
http://www.paralerepensar.com.br/paralerepensar/texto.php?id_publicacao
acesso em 23/4/2014)
• A libertação é um "parto" conforme afirma
o autor, pois a superação da opressão
exige o abandono da condição "servil",
que faz com que muitas pessoas simples
apenas obedeçam a ordens, sem,
contudo, questionar ou lutar pela
transformação da realidade, fato motivado
especialmente pelo medo.
• (Gisele Sassoli, citada acima)
• A educação exerce papel fundamental no processo
de libertação, pois é apresentada a concepção
"bancária" como instrumento de opressão. Nesta
visão o aluno é visto como sujeito que nada sabe, a
educação é uma doação dos que julgam ter
conhecimento. O professor, nesse processo,
"deposita" o conteúdo na mente dos alunos, que o
recebem como forma de armazenamento, o que
constitui o que é chamado de alienação da
ignorância, pois não há criatividade, nem tampouco
transformação e saber, existindo aí a "cultura do
silêncio", isto porque o professor é o
detentor da palavra, criando no aluno a condição de
sujeito passivo que não participa do processo
educativo.
• (Gisele Sassoli, citada acima)
• O diálogo aparece no cenário como o
grande incentivador da educação mais
humana e até revolucionária.
O educador antes "dono" da palavra
passa a ouvir, pois "não é no silêncio que
os homens se fazem, mas na palavra, no
trabalho, na ação-reflexão". Isto é
justamente o que foi chamado de
mediatização pelo mundo, espaço para a
construção do profundo amor ao mundo e
aos homens. Contudo é preciso que
também haja humildade e fé nos homens.
• (Gisele Sassoli, citada acima)
• .
• Projeto pelo qual a comunidade escolar
pode iniciar, retomar ou aprofundar ações
educativas que levem à formação ética e
moral de todos os membros que atuam
nas instituições escolares.
• MÓDULOS:
• Ética,
• Convivência Democrática,
• Direitos Humanos
• Inclusão Social.
• Ética:
• Levar ao cotidiano das escolas reflexões
sobre a ética, os valores e seus
fundamentos.
• Trata-se de gerar ações, reflexões e
discussões sobre seus significados e sua
importância para o desenvolvimento dos
seres humanos e suas relações com o
mundo.
• Convivência Democrática:
• A construção de relações interpessoais
mais democráticas dentro da escola tem o
objetivo explícito de introduzir o trabalho
com assembléias escolares e de
resolução de conflitos.
• Possibilita também outras ações que
levem ao convívio democrático, como a
formação de grêmios e aproximações da
escola com a comunidade.
• Direitos Humanos:
• Construção de valores socialmente desejáveis.
• Daí a proposta de conhecer e desenvolver
experiências educativas que tenham como foco
a Declaração Universal dos Direitos Humanos
(DUDH) e o Estatuto da Criança e do
Adolescente (ECA).
• Desenvolvimento de projetos voltados para a
comunidade em que a escola está inserida, que
abordem o respeito aos direitos humanos e aos
direitos de crianças e adolescentes.
• Inclusão Social:
• Construção de escolas inclusivas, abertas
às diferenças e à igualdade de
oportunidades para todas as pessoas.
• Debate sobre as diversas formas de
deficiência e as exclusões geradas pelas
diferenças sociais, econômicas,psíquicas,
físicas, culturais, religiosas, raciais e
ideológicas.
• .
Modelo eurocêntrico/androcêntrico
• A base eurocêntrica e androcêntrica dominante
na cultura brasileira ajuda a compreender,
mesmo que parcialmente, como as diferenças
étnico-raciais e de gênero, também presentes
na estrutura de nosso sistema educacional,
acabam por prejudicar o desempenho e o
desenvolvimento de estudante
afrodescendentes, indígenas e mulheres em
nossas escolas, com reflexos na construção da
real democracia em nossa sociedade.
• Segundo Pierre Bourdieu, para que sejam
favorecidos os mais favorecidos e
desfavorecidos os mais desfavorecidos, é
necessário e suficiente que a escola ignore no
conteúdo do ensino transmitido, nos métodos e
técnicas de transmissão e nos critérios de
julgamento, as desigualdades culturais entre as
crianças.
• Para ele, a igualdade formal que regula a prática
pedagógica serve, na verdade, de máscara e de
justificativa à indiferença para com as
desigualdades reais diante do ensino e diante
da cultura ensinada ou, mais exatamente,
exigida.
• Tais idéias denotam a importância de se
buscarem formas diferenciadas de
organização da escola e introdução de
conteúdos e métodos de ensino que, além
de favorecer o conhecimento de outras
realidades culturais, presentes em nossa
sociedade, promovam a construção de
valores assentados em princípios éticos
de respeito às diferenças étnico-raciais e
de gênero.
• De acordo com Kabengele Munanga, no caso
da diferença étnico-racial, o resgate da memória
coletiva e da história da comunidade negra não
interessa apenas aos alunos de ascendência
negra. Interessa, também, aos alunos de outras
ascendências étnicas, principalmente branca,
pois ao receber uma educação eivada de
preconceitos, eles também tiveram suas
estruturas psíquicas afetadas. Além disso, essa
memória não pertence somente aos negros. Ela
nos pertence a todos, tendo em vista que a
cultura da qual nos alimentamos cotidianamente
é fruto de todos os segmentos étnicos que,
apesar das condições desiguais nas quais se
desenvolvem, têm contribuído, cada qual a seu
modo, para a riqueza e a identidade nacional.
Fonte: http://projetonossosamba.blogspot.com.br acesso em 26/04/2014
• Conforme Montserrat Moreno, a escola, por seu
caráter normativo e por seu papel de
transmissora de conhecimento, também está
contaminada pelo sexismo, que constitui o
código secreto e silencioso que molda e
discrimina o comportamento de meninas e
meninos, mulheres e homens. Para ela, os
fundamentos científicos que discriminam a
mulher devem ser recusados pela escola, bem
como o sexismo, presente na linguagem, nos
conteúdos das diferentes disciplinas do currículo
escolar e na forma de apresentação dos
mesmos conteúdos nos livros didáticos.
“Como se Ensina a Ser Menina”
Montserrat Moreno
Estamos habituados a pensar segundo uma
concepção androcêntrica - o homem como
ser humano e "masculino" no centro dos
acontecimentos.Montserrat Moreno pôde
verificar, ao longo das investigações que
conduziu, a presença do sexismo na escola
e, conseqüentemente, no ensino. Mas
acredita na possibilidade de superação
deste quadro. Segundo ela, as grandes
realizações da humanidade foram, em
algum momento, utopias e, para
construí-las, foi nesessário um dia sonhar.
Ela vai a fundo em sua análise e propõe
que a escola rechace e critique todo
pretenso fundamento científico em nome
do qual se discrimina a mulher, como uma
forma de romper a cadeia de transmissão
do androcentrismo.
• .
• Nilma Gomes adverte-nos de que a luta
pelo direito e pelo reconhecimento das
diferenças não pode resultar em práticas
culturais, políticas e pedagógicas
solitárias e excludentes.
• Destaca-se aí a escola como espaço
privilegiado para fomentar o diálogo e a
garantia da cidadania para todos.
• O trato pedagógico exige o
reconhecimento da diversidade e o
estabelecimento de padrões de respeito,
de ética e a garantia dos direitos sociais.
O impacto do diferenteO impacto do diferente
• A função social e política da escola é muito mais do que
escolher a metodologia eficaz para a transmissão dos
conhecimentos historicamente acumulados ou preparar
as novas gerações para serem inseridas no mercado de
trabalho e/ou serem aprovadas no vestibular.
• A racionalidade científica é importante para os
processos formativos e informativos, porém, ela não
modifica por si só o imaginário e as representações
coletivas negativas que se construíram sobre os ditos
“diferentes” em nossa sociedade.
• A educação escolar ocupa lugar de destaque na
discussão sobre a diversidade cultural (Munanga, 1999).
• A escola é um dos espaços socioculturais
em que as diferentes presenças se
encontram.
• Mas será que essas diferenças são
tratadas de maneira adequada?
• Será que a garantia da educação escolar
como um direito social possibilita a
inclusão dos ditos diferentes?
• (Propostas para debate)
Que é diversidade?Que é diversidade?
• 1) as diferenças são construídas
culturalmente tornando-se, então,
empiricamente observáveis;
• 2) as diferenças também são construídas
ao longo do processo histórico, nas
relações sociais e nas relações de poder.
Muitas vezes, os grupos humanos tornam
o outro diferente para fazê-lo inimigo, para
dominá-lo.
• Falar sobre a diversidade cultural significa
pensar a relação entre o eu e o outro.
• Ao considerarmos o outro, o diferente,
não deixamos de focar a atenção sobre o
nosso grupo, a nossa história, o nosso
povo.
• Ou seja, falamos o tempo inteiro em
semelhanças e diferenças.
• Mais que um tema ou um conteúdo a ser
incluído no currículo, a diversidade cultural é um
componente do humano.
• Ela é constituinte da nossa formação humana.
• Somos sujeitos sociais, históricos, culturais e,
por isso mesmo, diferentes.
• No caso da escola, a pergunta não deveria ser o
que faremos com a diversidade mas, sim, o que
temos feito com as diferentes presenças
existentes na escola e na sociedade. Qual é o
trato pedagógico que a escola tem dado às
diferenças?
• A diversidade está colocada para a
educação como um dado social ao longo
de nossa história.
• Entendê-la é dialogar com outros tempos
e com múltiplos espaços em que nos
humanizamos: a família, o trabalho, a
escola, o lazer, os círculos de amizade, a
história de vida de cada um.
• .
• Torna-se necessário apresentar, em sala de
aula, outros tipos de textos que circulam fora
dos espaços escolares e que são próprios da
sociedade – os textos de circulação social,
como fanzines, letras de música, cartuns,
quadrinhos, vídeos e revistas produzidas para o
público jovem;
• analisar mais detidamente a obra de autores
clássicos que abordam a questão racial;
• ter olhar crítico sobre a produção literária de
autores negros brasileiros contemporâneos e
vislumbrar uma outra estética – que busca ir da
percepção à manifestação da diferença ou da
manifestação à afirmação e à reivindicação
dessa diferença.
• Discussão das figuras de linguagem com
base em textos sobre mitologia africana e
outros.
• Articular História, Língua Portuguesa e
Literatura discutindo o hibridismo do
português falado no Brasil e sua distinção
do de Portugal.
• Destacar a influência africana em nossa
língua, o que há de palavras, termos e
expressões de origem africana, indígena e
portuguesa.
• Potencializar a prática corporal:
• Significa revisitar a noção de corpo e, a
partir daí, procurar inseri-lo no mundo de
maneira crítica e consciente.
• É através de nosso corpo que nos
comunicamos, nos reorganizamos para
buscar diálogo com o outro e mostramos
nossa forma de estar no mundo.
• O corpo negro, tem sido sustentáculo de
estereótipos (Inocêncio, 2001)
construídos a partir do olhar lançado por
outras pessoas.
• Aulas de Educação física:
• Ao focar os corpos em movimento e em
interação, podem se transformar em momentos
privilegiados para ricas discussões, vivências e
elaboração de propostas que tragam à baila a
história e a cultura da população africana e afro-
brasileira e de outras culturas.
• Há, por exemplo, uma estética, uma
expressividade dos corpos negros a ser
reconhecida, que é plural: a cultura, as danças,
a musicalidade, o ritmo, os adereços e as
diversas manifestações de matriz africana.
• .
• A Biologia, a Matemática, a Física e a
Química destacam-se como disciplinas
que, integradas, são capazes de
desconstruir conhecimentos que afirmam
as diferenças como inferioridade e que
marcam a condição natural de indivíduos
e grupos inter-étnicos.
• (Ver exemplos a seguir)
• Biologia:
• o olhar do educador poderia recair sobre
os estudos de epiderme, genes,
constituição capilar e questões
específicas da saúde da população afro-
descendente.
• Matemática:
• Estatísticas mortalidade da população
brasileira, destacando as especificidades
da população negra, utilizando-se de
dados estatísticos.
• História, Geografia, Filosofia e Sociologia:
• São disciplinas privilegiadas para os estudos sócio-
históricos que fazem parte da formação de nossa
sociedade.Por meio delas são abordados temas tão
instigantes quanto variados:
• a história dos grandes impérios e reinos africanos;
• a formação da nação brasileira influenciada pela relação
com a África;
• o período escravagista e a resistência negra: formação
dos quilombos
• a produção econômica e artística da população negra.
• questões e conceitos sobre o preconceito, racismo, a
discriminação racial e de gênero.
• Aproximação do ensino de história com
cultura africanas não pode prescindir do
conhecimento dos espaços de tradição e
de cultura afro-brasileira, estabelecendo
vínculos com a ancestralidade, com a
história de vida dos alunos e as histórias
de resistência de ontem e de hoje.
• O redimensionamento do conceito de raça
é fundamental, pois os significados sociais
e culturais atribuídos às características
fenotípicas entre os grupos étnicos são
parte importante do universo juvenil – cor
da pele, textura do cabelo, formato do
rosto, nariz e lábios.
• SUGESTÃO DE FILME: O Xadrez das
Cores, de Marco Schiavom, 22 min. Ano
2002.
• Site:
http://www.portacurtas.com.br/Filme.asp?Cod=
www.mec.gov.br/seb
• As cenas de discriminação e preconceito
presentes no curta-metragem Xadrez das
cores são bastante fortes e evidenciam
cenas cotidianas nos lares brasileiros, que
podem ser discutidas e analisadas em
sala de aula.
• .
• A cor da ternura, de Geni Guimarães
(1989):
• A autora narra a trajetória da personagem
principal, Geni, desde a infância,
passando pela fase da juventude, em que
aborda as descobertas e mudanças
ocorridas no corpo da personagem até
sua passagem para a fase adulta,
apresentando suas dificuldades em (re)
construir sua identidade como negra.
• Rainha Quiximbi (1986) é um dos livros
infantis escritos por Joel Rufino dos Santos:
• A personagem principal é uma viúva
desamparada cujo noivo falece na noite do
casamento. Depois disso, ela passou a ficar
sempre na janela choramingando por não ter
um amor. Certo dia aparece um homem com
quem ela se casa, mas ele diminui até ficar do
tamanho de um dedal e desaparece. A viúva
volta para a janela desolada, encontra outro
homem muito pequeno, parecido com o anterior,
e casa-se com ele também. O amor dela era tão
imenso que o homem começou a crescer,
chegando a agasalhá-la na mão.
• Na terra dos Orixás, de Ganymedes José
(1988):
• Ambientado no Benin, há três personagens:
“Carolina; moreninha, de olhos negros e pele
clara”,descrição confusa, uma vez que é difícil
saber se ela é negra ou branca; “Sandro,
menino loiro, de olhos verdes” e “Lakumi,
africano de pele bem preta”.
• No livro, os três resolvem viver uma aventura
para conhecer o mundo subterrâneo em que
reinam os orixás e conhecem, por meio de uma
série de histórias, o poder de cada uma dessas
divindades.
• Felicidade não tem cor, de Júlio E. Braz
(1994):
• Esta obra está centrada nas aventuras de Maria
Mariô, uma boneca negra, personagem
narradora.
• Maria mora na caixa de brinquedos da escola
em que o garoto negro, Rafael, estuda. É por
meio de suas recordações e questionamentos
que ficamos sabendo do drama que ela e Rafael
vivem na escola. Apesar de ter um coração
grande que abrigava todos, ela era discriminada
por meninos e meninas que sempre escolhiam
as bonecas brancas para brincar. Isto é,
excluíam a única boneca negra da caixa de
brinquedos.
• Histórias da Preta,de Heloísa P. Lima,
1998:
• apresenta, pelo olhar de uma menina
negra, denominada Preta, a trajetória do
povo africano que foi seqüestrado para o
Brasil. A Preta era uma menina que lia
muito e foi crescendo e aprendendo
várias histórias sobre a África, até que um
dia se sentiu à vontade para contá-Ias.
• Luana, a menina que viu o Brasil neném, de
Aroldo Macedo e Oswaldo Faustino, 2000:
• Luana, personagem principal, é uma garota
negra que joga capoeira de forma invejável. Ela
resgata a trajetória histórica de seus ancestrais
africanos e herda a garra e persistência dos
mesmos. Há forte referência às suas avós. A
primeira é a avó Adina, grande capoeirista que
derrubava qualquer lutador que entrasse na
roda, com quem Luana é comparada por ter-se
tornado uma grande guerreira malunga, valente
como seus antepassados.
• Bruna e a Galinha D’Angola (2000), de
Gercilga de Almeida:
• Bruna, a personagem principal, era uma
garota que se sentia muito só e, nessas
horas, pedia para Nanã – sua avó africana
– contar a lenda de sua aldeia africana.
De acordo com a lenda, Oxum era uma
menina que resolveu criar “o seu povo”.
Adormecia ao ouvir a história e sonhou
com a galinha d’Angola Conquém.
• A menina transparente, de Elisa Lucinda,
2000:
• A proposta da autora é criar um texto em verso,
utilizando-se da ludicidade e poeticidade do
começo ao fim, para construir sua personagem
feminina negra:
• Muitos me vêem no mar,
• Outros na comida da panela.
• Posso aparecer para qualquer ser (...).
• Uns me pegam pra criar em livro,
• outros me botam num vestido lindo,
• cheio de notas musicais. (Lucinda, 2000)
• Chica da Silva, a mulher que inventou o
mar, de Lia Vieira (2001):
• A narrativa remonta à época da
escravidão, com uma personagem
feminina negra no papel principal, que se
toma solidária com a luta dos escravos
por melhores condições de trabalho,
chegando a acolhê-las em sua casa.
Chiquinha – assim era conhecida
Francisca da Silva - era filha de um
capataz com uma escrava e foi criada por
um coronel.
• Menina bonita do laço de fita, de Maria C.
Machado (2001):
• narra a história de uma garota negra “linda” que
usava tranças. O cerne da história está na
admiração que um coelho tem pela menina
negra. Ele queria saber O segredo que a fez ser
muito linda, pois desejava ter uma filha pretinha
e linda como ela. A menina não sabia responder
e inventava algumas situações que o coelho
seguia à risca, mas as orientações da menina
ao coelho não o deixaram pretinho. Até que um
dia a mãe da menina negra, “uma mulher negra
linda e risonha”, explicou para a filha e para o
coelho seu pertencimento étnico-racial,
mostrando fotos de seus ancestrais.
• A fada que queria ser madrinha, de Gil de
Oliveira (2002):
• aborda o drama de Aninha, uma fada madrinha
negra e obesa que não tinha afilhados. Diante
dessa situação, essa fada negra solicita ajuda
ao seu baú de pensamentos que guardava
muitas palavras, várias delas apareceram
brincando no ar para ajudá-la. A palavra
imaginação foi entrando no espelho da fada e
sumiu. Após isso, o espelho mostrou a imagem
de duas crianças, João e Maria, embaixo de
uma árvore. Aninha saiu do reino das fadas,
sendo levada pelo vento, com um mapa-múndi,
em busca de seus afilhados, pois não sabia
onde ficava a floresta tropical em que as
crianças se encontravam.
• Nota do autor desta apresentação:
• A maioria dos conteúdos contidos nos
slides acima foram retirados da obra:
• “Programa, ética e cidadania: construindo
valores na escola e na sociedade”:
relações étnico-raciais e de gênero/ org.
FAPE – USP. – Brasília: Ministério da
Educação, Secretaria de Educação
Básica, 2007.
Bibliografia complementar e fontes
consultadas
• Perrenoud, Philippe. Pedagogia Diferenciada: das intenções à
ação. São Paulo: Artes Médicas, 2000.
• Munanga, Kabengele. Diversidade na Educação: reflexões e
experiências. Brasília: Secretaria de Educação Média e
Tecnológica, 2003.
• MUNANGA, K. (Org.). Superando o racismo na escola. Brasília:
Ministério da Educação.
• Secretaria de Educação Fundamental, 1999.
• Moreno, Montserrat. Como se ensina a ser menina. São Paulo:
Moderna, 1999.
• GOMES, Nilma Lino. Educação e Diversidade Étnico-cultural. In:
BRASIL. Diversidade na Educação:reflexões e experiências.
Brasília: Secretaria de Educação Média e Tecnológica, 2003.
• GOMES, N. L. A mulher negra que vi de perto: o processo de
construção da identidade racial de professoras negras. Belo
Horizonte: Mazza Edições, 1995.
• INOCÊNCIO, Nelson. Representação
visual do corpo afro-descendente. In:
PANTOJA, Selma (Org.). Entre Áfricas e
Brasis. Brasília: Paralelo 15, São Paulo:
Marco Zero, 2001.

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Cidadania, inclusão e ética na educação de jovens e adultos

  • 1. “Cidadania, inclusão e ética na Educação de Jovens e Adultos” Prof. Silvânio BarceloS
  • 2. Ementa Discussão em torno dos princípios éticos, a cidadania e a inclusão de jovens e adultos, por uma educação com maior qualidade social e política.
  • 4. construindo valores na escola e na sociedade Ser cidadão e cidadã é aprender a agir e pensar com respeito, solidariedade, justiça e responsabilidade; Consiste no diálogo em situações favoráveis e também divergentes, comprometendo-se de forma ampla com a vida comunitária.  Estes são os valores que podem e devem ser trabalhados na educação.
  • 5. • - Aplicação dos princípios éticos na realidade cotidiana: situação onde os estudantes experimentam suas vivências práticas; • - Desenvolvimento da autonomia moral: capacidade de analisar e eleger valores de forma livre e consciente.
  • 6. Pedagogia do OprimidoPedagogia do Oprimido Créditos imagem: disponível em: http://siteantigo.paulofreire.org/Crpf/CrpfAcervo000039 acesso em 23/4/2014
  • 7. • PEDAGOGIA DO OPRIMIDO (Freire) • Livro dedicado aos "esfarrapados do mundo", mostra a opressão contida na sociedade e no universo educativo, em especial na educação/alfabetização de adultos. A opressão é apresentada como problema crônico social, visto que as camadas menos favorecidas são oprimidas e terminam por aceitar o que lhes é imposto, devido à falta de conscientização, sem buscar realmente a chamada Pedagogia da Libertação. • (Parte do resumo de autoria de: Gisele Sassoli, disponível em: http://www.paralerepensar.com.br/paralerepensar/texto.php?id_publicacao acesso em 23/4/2014)
  • 8. • A libertação é um "parto" conforme afirma o autor, pois a superação da opressão exige o abandono da condição "servil", que faz com que muitas pessoas simples apenas obedeçam a ordens, sem, contudo, questionar ou lutar pela transformação da realidade, fato motivado especialmente pelo medo. • (Gisele Sassoli, citada acima)
  • 9. • A educação exerce papel fundamental no processo de libertação, pois é apresentada a concepção "bancária" como instrumento de opressão. Nesta visão o aluno é visto como sujeito que nada sabe, a educação é uma doação dos que julgam ter conhecimento. O professor, nesse processo, "deposita" o conteúdo na mente dos alunos, que o recebem como forma de armazenamento, o que constitui o que é chamado de alienação da ignorância, pois não há criatividade, nem tampouco transformação e saber, existindo aí a "cultura do silêncio", isto porque o professor é o detentor da palavra, criando no aluno a condição de sujeito passivo que não participa do processo educativo. • (Gisele Sassoli, citada acima)
  • 10. • O diálogo aparece no cenário como o grande incentivador da educação mais humana e até revolucionária. O educador antes "dono" da palavra passa a ouvir, pois "não é no silêncio que os homens se fazem, mas na palavra, no trabalho, na ação-reflexão". Isto é justamente o que foi chamado de mediatização pelo mundo, espaço para a construção do profundo amor ao mundo e aos homens. Contudo é preciso que também haja humildade e fé nos homens. • (Gisele Sassoli, citada acima)
  • 11. • .
  • 12. • Projeto pelo qual a comunidade escolar pode iniciar, retomar ou aprofundar ações educativas que levem à formação ética e moral de todos os membros que atuam nas instituições escolares. • MÓDULOS: • Ética, • Convivência Democrática, • Direitos Humanos • Inclusão Social.
  • 13. • Ética: • Levar ao cotidiano das escolas reflexões sobre a ética, os valores e seus fundamentos. • Trata-se de gerar ações, reflexões e discussões sobre seus significados e sua importância para o desenvolvimento dos seres humanos e suas relações com o mundo.
  • 14. • Convivência Democrática: • A construção de relações interpessoais mais democráticas dentro da escola tem o objetivo explícito de introduzir o trabalho com assembléias escolares e de resolução de conflitos. • Possibilita também outras ações que levem ao convívio democrático, como a formação de grêmios e aproximações da escola com a comunidade.
  • 15. • Direitos Humanos: • Construção de valores socialmente desejáveis. • Daí a proposta de conhecer e desenvolver experiências educativas que tenham como foco a Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH) e o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). • Desenvolvimento de projetos voltados para a comunidade em que a escola está inserida, que abordem o respeito aos direitos humanos e aos direitos de crianças e adolescentes.
  • 16. • Inclusão Social: • Construção de escolas inclusivas, abertas às diferenças e à igualdade de oportunidades para todas as pessoas. • Debate sobre as diversas formas de deficiência e as exclusões geradas pelas diferenças sociais, econômicas,psíquicas, físicas, culturais, religiosas, raciais e ideológicas.
  • 17. • .
  • 18. Modelo eurocêntrico/androcêntrico • A base eurocêntrica e androcêntrica dominante na cultura brasileira ajuda a compreender, mesmo que parcialmente, como as diferenças étnico-raciais e de gênero, também presentes na estrutura de nosso sistema educacional, acabam por prejudicar o desempenho e o desenvolvimento de estudante afrodescendentes, indígenas e mulheres em nossas escolas, com reflexos na construção da real democracia em nossa sociedade.
  • 19. • Segundo Pierre Bourdieu, para que sejam favorecidos os mais favorecidos e desfavorecidos os mais desfavorecidos, é necessário e suficiente que a escola ignore no conteúdo do ensino transmitido, nos métodos e técnicas de transmissão e nos critérios de julgamento, as desigualdades culturais entre as crianças. • Para ele, a igualdade formal que regula a prática pedagógica serve, na verdade, de máscara e de justificativa à indiferença para com as desigualdades reais diante do ensino e diante da cultura ensinada ou, mais exatamente, exigida.
  • 20. • Tais idéias denotam a importância de se buscarem formas diferenciadas de organização da escola e introdução de conteúdos e métodos de ensino que, além de favorecer o conhecimento de outras realidades culturais, presentes em nossa sociedade, promovam a construção de valores assentados em princípios éticos de respeito às diferenças étnico-raciais e de gênero.
  • 21. • De acordo com Kabengele Munanga, no caso da diferença étnico-racial, o resgate da memória coletiva e da história da comunidade negra não interessa apenas aos alunos de ascendência negra. Interessa, também, aos alunos de outras ascendências étnicas, principalmente branca, pois ao receber uma educação eivada de preconceitos, eles também tiveram suas estruturas psíquicas afetadas. Além disso, essa memória não pertence somente aos negros. Ela nos pertence a todos, tendo em vista que a cultura da qual nos alimentamos cotidianamente é fruto de todos os segmentos étnicos que, apesar das condições desiguais nas quais se desenvolvem, têm contribuído, cada qual a seu modo, para a riqueza e a identidade nacional.
  • 23. • Conforme Montserrat Moreno, a escola, por seu caráter normativo e por seu papel de transmissora de conhecimento, também está contaminada pelo sexismo, que constitui o código secreto e silencioso que molda e discrimina o comportamento de meninas e meninos, mulheres e homens. Para ela, os fundamentos científicos que discriminam a mulher devem ser recusados pela escola, bem como o sexismo, presente na linguagem, nos conteúdos das diferentes disciplinas do currículo escolar e na forma de apresentação dos mesmos conteúdos nos livros didáticos.
  • 24. “Como se Ensina a Ser Menina” Montserrat Moreno Estamos habituados a pensar segundo uma concepção androcêntrica - o homem como ser humano e "masculino" no centro dos acontecimentos.Montserrat Moreno pôde verificar, ao longo das investigações que conduziu, a presença do sexismo na escola e, conseqüentemente, no ensino. Mas acredita na possibilidade de superação deste quadro. Segundo ela, as grandes realizações da humanidade foram, em algum momento, utopias e, para construí-las, foi nesessário um dia sonhar. Ela vai a fundo em sua análise e propõe que a escola rechace e critique todo pretenso fundamento científico em nome do qual se discrimina a mulher, como uma forma de romper a cadeia de transmissão do androcentrismo.
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  • 26. • Nilma Gomes adverte-nos de que a luta pelo direito e pelo reconhecimento das diferenças não pode resultar em práticas culturais, políticas e pedagógicas solitárias e excludentes. • Destaca-se aí a escola como espaço privilegiado para fomentar o diálogo e a garantia da cidadania para todos. • O trato pedagógico exige o reconhecimento da diversidade e o estabelecimento de padrões de respeito, de ética e a garantia dos direitos sociais.
  • 27. O impacto do diferenteO impacto do diferente • A função social e política da escola é muito mais do que escolher a metodologia eficaz para a transmissão dos conhecimentos historicamente acumulados ou preparar as novas gerações para serem inseridas no mercado de trabalho e/ou serem aprovadas no vestibular. • A racionalidade científica é importante para os processos formativos e informativos, porém, ela não modifica por si só o imaginário e as representações coletivas negativas que se construíram sobre os ditos “diferentes” em nossa sociedade. • A educação escolar ocupa lugar de destaque na discussão sobre a diversidade cultural (Munanga, 1999).
  • 28. • A escola é um dos espaços socioculturais em que as diferentes presenças se encontram. • Mas será que essas diferenças são tratadas de maneira adequada? • Será que a garantia da educação escolar como um direito social possibilita a inclusão dos ditos diferentes? • (Propostas para debate)
  • 29. Que é diversidade?Que é diversidade? • 1) as diferenças são construídas culturalmente tornando-se, então, empiricamente observáveis; • 2) as diferenças também são construídas ao longo do processo histórico, nas relações sociais e nas relações de poder. Muitas vezes, os grupos humanos tornam o outro diferente para fazê-lo inimigo, para dominá-lo.
  • 30. • Falar sobre a diversidade cultural significa pensar a relação entre o eu e o outro. • Ao considerarmos o outro, o diferente, não deixamos de focar a atenção sobre o nosso grupo, a nossa história, o nosso povo. • Ou seja, falamos o tempo inteiro em semelhanças e diferenças.
  • 31. • Mais que um tema ou um conteúdo a ser incluído no currículo, a diversidade cultural é um componente do humano. • Ela é constituinte da nossa formação humana. • Somos sujeitos sociais, históricos, culturais e, por isso mesmo, diferentes. • No caso da escola, a pergunta não deveria ser o que faremos com a diversidade mas, sim, o que temos feito com as diferentes presenças existentes na escola e na sociedade. Qual é o trato pedagógico que a escola tem dado às diferenças?
  • 32. • A diversidade está colocada para a educação como um dado social ao longo de nossa história. • Entendê-la é dialogar com outros tempos e com múltiplos espaços em que nos humanizamos: a família, o trabalho, a escola, o lazer, os círculos de amizade, a história de vida de cada um.
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  • 34. • Torna-se necessário apresentar, em sala de aula, outros tipos de textos que circulam fora dos espaços escolares e que são próprios da sociedade – os textos de circulação social, como fanzines, letras de música, cartuns, quadrinhos, vídeos e revistas produzidas para o público jovem; • analisar mais detidamente a obra de autores clássicos que abordam a questão racial; • ter olhar crítico sobre a produção literária de autores negros brasileiros contemporâneos e vislumbrar uma outra estética – que busca ir da percepção à manifestação da diferença ou da manifestação à afirmação e à reivindicação dessa diferença.
  • 35. • Discussão das figuras de linguagem com base em textos sobre mitologia africana e outros. • Articular História, Língua Portuguesa e Literatura discutindo o hibridismo do português falado no Brasil e sua distinção do de Portugal. • Destacar a influência africana em nossa língua, o que há de palavras, termos e expressões de origem africana, indígena e portuguesa.
  • 36. • Potencializar a prática corporal: • Significa revisitar a noção de corpo e, a partir daí, procurar inseri-lo no mundo de maneira crítica e consciente. • É através de nosso corpo que nos comunicamos, nos reorganizamos para buscar diálogo com o outro e mostramos nossa forma de estar no mundo. • O corpo negro, tem sido sustentáculo de estereótipos (Inocêncio, 2001) construídos a partir do olhar lançado por outras pessoas.
  • 37. • Aulas de Educação física: • Ao focar os corpos em movimento e em interação, podem se transformar em momentos privilegiados para ricas discussões, vivências e elaboração de propostas que tragam à baila a história e a cultura da população africana e afro- brasileira e de outras culturas. • Há, por exemplo, uma estética, uma expressividade dos corpos negros a ser reconhecida, que é plural: a cultura, as danças, a musicalidade, o ritmo, os adereços e as diversas manifestações de matriz africana.
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  • 39. • A Biologia, a Matemática, a Física e a Química destacam-se como disciplinas que, integradas, são capazes de desconstruir conhecimentos que afirmam as diferenças como inferioridade e que marcam a condição natural de indivíduos e grupos inter-étnicos. • (Ver exemplos a seguir)
  • 40. • Biologia: • o olhar do educador poderia recair sobre os estudos de epiderme, genes, constituição capilar e questões específicas da saúde da população afro- descendente. • Matemática: • Estatísticas mortalidade da população brasileira, destacando as especificidades da população negra, utilizando-se de dados estatísticos.
  • 41. • História, Geografia, Filosofia e Sociologia: • São disciplinas privilegiadas para os estudos sócio- históricos que fazem parte da formação de nossa sociedade.Por meio delas são abordados temas tão instigantes quanto variados: • a história dos grandes impérios e reinos africanos; • a formação da nação brasileira influenciada pela relação com a África; • o período escravagista e a resistência negra: formação dos quilombos • a produção econômica e artística da população negra. • questões e conceitos sobre o preconceito, racismo, a discriminação racial e de gênero.
  • 42. • Aproximação do ensino de história com cultura africanas não pode prescindir do conhecimento dos espaços de tradição e de cultura afro-brasileira, estabelecendo vínculos com a ancestralidade, com a história de vida dos alunos e as histórias de resistência de ontem e de hoje.
  • 43. • O redimensionamento do conceito de raça é fundamental, pois os significados sociais e culturais atribuídos às características fenotípicas entre os grupos étnicos são parte importante do universo juvenil – cor da pele, textura do cabelo, formato do rosto, nariz e lábios.
  • 44. • SUGESTÃO DE FILME: O Xadrez das Cores, de Marco Schiavom, 22 min. Ano 2002. • Site: http://www.portacurtas.com.br/Filme.asp?Cod= www.mec.gov.br/seb • As cenas de discriminação e preconceito presentes no curta-metragem Xadrez das cores são bastante fortes e evidenciam cenas cotidianas nos lares brasileiros, que podem ser discutidas e analisadas em sala de aula.
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  • 46. • A cor da ternura, de Geni Guimarães (1989): • A autora narra a trajetória da personagem principal, Geni, desde a infância, passando pela fase da juventude, em que aborda as descobertas e mudanças ocorridas no corpo da personagem até sua passagem para a fase adulta, apresentando suas dificuldades em (re) construir sua identidade como negra.
  • 47. • Rainha Quiximbi (1986) é um dos livros infantis escritos por Joel Rufino dos Santos: • A personagem principal é uma viúva desamparada cujo noivo falece na noite do casamento. Depois disso, ela passou a ficar sempre na janela choramingando por não ter um amor. Certo dia aparece um homem com quem ela se casa, mas ele diminui até ficar do tamanho de um dedal e desaparece. A viúva volta para a janela desolada, encontra outro homem muito pequeno, parecido com o anterior, e casa-se com ele também. O amor dela era tão imenso que o homem começou a crescer, chegando a agasalhá-la na mão.
  • 48. • Na terra dos Orixás, de Ganymedes José (1988): • Ambientado no Benin, há três personagens: “Carolina; moreninha, de olhos negros e pele clara”,descrição confusa, uma vez que é difícil saber se ela é negra ou branca; “Sandro, menino loiro, de olhos verdes” e “Lakumi, africano de pele bem preta”. • No livro, os três resolvem viver uma aventura para conhecer o mundo subterrâneo em que reinam os orixás e conhecem, por meio de uma série de histórias, o poder de cada uma dessas divindades.
  • 49. • Felicidade não tem cor, de Júlio E. Braz (1994): • Esta obra está centrada nas aventuras de Maria Mariô, uma boneca negra, personagem narradora. • Maria mora na caixa de brinquedos da escola em que o garoto negro, Rafael, estuda. É por meio de suas recordações e questionamentos que ficamos sabendo do drama que ela e Rafael vivem na escola. Apesar de ter um coração grande que abrigava todos, ela era discriminada por meninos e meninas que sempre escolhiam as bonecas brancas para brincar. Isto é, excluíam a única boneca negra da caixa de brinquedos.
  • 50. • Histórias da Preta,de Heloísa P. Lima, 1998: • apresenta, pelo olhar de uma menina negra, denominada Preta, a trajetória do povo africano que foi seqüestrado para o Brasil. A Preta era uma menina que lia muito e foi crescendo e aprendendo várias histórias sobre a África, até que um dia se sentiu à vontade para contá-Ias.
  • 51. • Luana, a menina que viu o Brasil neném, de Aroldo Macedo e Oswaldo Faustino, 2000: • Luana, personagem principal, é uma garota negra que joga capoeira de forma invejável. Ela resgata a trajetória histórica de seus ancestrais africanos e herda a garra e persistência dos mesmos. Há forte referência às suas avós. A primeira é a avó Adina, grande capoeirista que derrubava qualquer lutador que entrasse na roda, com quem Luana é comparada por ter-se tornado uma grande guerreira malunga, valente como seus antepassados.
  • 52. • Bruna e a Galinha D’Angola (2000), de Gercilga de Almeida: • Bruna, a personagem principal, era uma garota que se sentia muito só e, nessas horas, pedia para Nanã – sua avó africana – contar a lenda de sua aldeia africana. De acordo com a lenda, Oxum era uma menina que resolveu criar “o seu povo”. Adormecia ao ouvir a história e sonhou com a galinha d’Angola Conquém.
  • 53. • A menina transparente, de Elisa Lucinda, 2000: • A proposta da autora é criar um texto em verso, utilizando-se da ludicidade e poeticidade do começo ao fim, para construir sua personagem feminina negra: • Muitos me vêem no mar, • Outros na comida da panela. • Posso aparecer para qualquer ser (...). • Uns me pegam pra criar em livro, • outros me botam num vestido lindo, • cheio de notas musicais. (Lucinda, 2000)
  • 54. • Chica da Silva, a mulher que inventou o mar, de Lia Vieira (2001): • A narrativa remonta à época da escravidão, com uma personagem feminina negra no papel principal, que se toma solidária com a luta dos escravos por melhores condições de trabalho, chegando a acolhê-las em sua casa. Chiquinha – assim era conhecida Francisca da Silva - era filha de um capataz com uma escrava e foi criada por um coronel.
  • 55. • Menina bonita do laço de fita, de Maria C. Machado (2001): • narra a história de uma garota negra “linda” que usava tranças. O cerne da história está na admiração que um coelho tem pela menina negra. Ele queria saber O segredo que a fez ser muito linda, pois desejava ter uma filha pretinha e linda como ela. A menina não sabia responder e inventava algumas situações que o coelho seguia à risca, mas as orientações da menina ao coelho não o deixaram pretinho. Até que um dia a mãe da menina negra, “uma mulher negra linda e risonha”, explicou para a filha e para o coelho seu pertencimento étnico-racial, mostrando fotos de seus ancestrais.
  • 56. • A fada que queria ser madrinha, de Gil de Oliveira (2002): • aborda o drama de Aninha, uma fada madrinha negra e obesa que não tinha afilhados. Diante dessa situação, essa fada negra solicita ajuda ao seu baú de pensamentos que guardava muitas palavras, várias delas apareceram brincando no ar para ajudá-la. A palavra imaginação foi entrando no espelho da fada e sumiu. Após isso, o espelho mostrou a imagem de duas crianças, João e Maria, embaixo de uma árvore. Aninha saiu do reino das fadas, sendo levada pelo vento, com um mapa-múndi, em busca de seus afilhados, pois não sabia onde ficava a floresta tropical em que as crianças se encontravam.
  • 57. • Nota do autor desta apresentação: • A maioria dos conteúdos contidos nos slides acima foram retirados da obra: • “Programa, ética e cidadania: construindo valores na escola e na sociedade”: relações étnico-raciais e de gênero/ org. FAPE – USP. – Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2007.
  • 58. Bibliografia complementar e fontes consultadas • Perrenoud, Philippe. Pedagogia Diferenciada: das intenções à ação. São Paulo: Artes Médicas, 2000. • Munanga, Kabengele. Diversidade na Educação: reflexões e experiências. Brasília: Secretaria de Educação Média e Tecnológica, 2003. • MUNANGA, K. (Org.). Superando o racismo na escola. Brasília: Ministério da Educação. • Secretaria de Educação Fundamental, 1999. • Moreno, Montserrat. Como se ensina a ser menina. São Paulo: Moderna, 1999. • GOMES, Nilma Lino. Educação e Diversidade Étnico-cultural. In: BRASIL. Diversidade na Educação:reflexões e experiências. Brasília: Secretaria de Educação Média e Tecnológica, 2003. • GOMES, N. L. A mulher negra que vi de perto: o processo de construção da identidade racial de professoras negras. Belo Horizonte: Mazza Edições, 1995.
  • 59. • INOCÊNCIO, Nelson. Representação visual do corpo afro-descendente. In: PANTOJA, Selma (Org.). Entre Áfricas e Brasis. Brasília: Paralelo 15, São Paulo: Marco Zero, 2001.