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RACHEL DE QUEIROZ
1910 - 2003
BIOGRAFIA
Rachel de Queiroz, nasceu em Fortaleza - CE, no dia 17
de novembro de 1910, filha de Daniel de Queiroz e de
Clotilde Franklin de Queiroz, descendente, pelo lado
materno, da Família de José de Alencar. Fugindo dos
horrores da seca de 1915, em julho de 1917 transfere-se com
sua família para o Rio de Janeiro, fato esse que seria mais
tarde aproveitado pela escritora como tema de seu livro de
estréia, "O Quinze".
Foi escritora brasileira. A primeira mulher a entrar para a
Academia Brasileira de Letras, eleita em 1977. Foi também
jornalista, romancista, cronista, tradutora e teatróloga.
Integrou o quadro de Sócios Efetivos da Academia Cearense
de Letras. Seu primeiro romance "O Quinze", ganhou o
premio da Fundação Graça Aranha. O "Memorial de Maria
Moura", foi transformado em minissérie para televisão e
apresentado em vários países.
CARACTERÍSTICA DO AUTOR
Sua linguagem é natural, direta, coloquial, simples, sóbria,
condicionada ao assunto e á região, própria da linguagem
moderna brasileira. A estas características deve-se ao não
envelhecimento da obra, pois sua matéria está isenta do peso
da idade. Em O Quinze, Rachel usa o que lhe deu fama
imediata: uma linguagem regionalista sem afetação, sem
pretensão literária e sem vínculo obrigatório a um falar
específico (modismo comum na tendência regionalista).
A sobriedade da construção, a nitidez das formas, a
emoção sem grandiloqüência, a economia de adjetivos são
recursos
OBRAS
Romances
- O quinze (1930)
- João Miguel (1932)
- Caminho de pedras (1937)
- As três Marias (1939)
- Dôra, Doralina (1975)
- O galo de ouro (1985) - folhetim na revista " O Cruzeiro", (1950)
- Obra reunida (1989)
- Memorial de Maria Moura (1992)
Crônica
- A donzela e a moura torta (1948);
- 100 Crônicas escolhidas (1958)
- O brasileiro perplexo (1964)
- O caçador de tatu (1967)
- As menininhas e outras crônicas (1976)
Etc...
OBRA
[...}
Levantou-se, bebeu um gole na
cabaça. A água fria, batendo no estômago
limpo, deu-lhe uma pancada dolorosa. E
novamente estendido de ilharga,
inutilmente procurou dormir.
A rede de Cordulina tentava um balanço
para enganar o menino – pobrezinho!
O peito estava seco como uma sola
velha! – gemia, estalando mais, nos
rasgões.
[...]
O Quinze - (1930)
ANÁLISE DA OBRA
O Quinze é romance narrado na terceira pessoa, ou seja,
o narrador é a própria autora. O narrador é onisciente.
Estando fora da história, o narrador vai penetrando na
intimidade dos personagens como se fosse Deus. Sabe tudo
sobre eles, por dentro e por fora. Conhece-lhes os desejos e
adivinha-lhes o pensamento. Discurso livre indireto. Em vez
de apresentar o personagem em sua fala própria, marcada
pelas aspas e pelos travessões (discurso direto), o narrador
funde-se ao personagem, dando a impressão de que os dois
falam juntos. Personagens: Conceição, Vicente, Chico Bento,
Cordulina, Josias, Pedro, Manuel (Duquinha), Paulo,
Mocinha, Lourdinha, Alice, Dona Inácia, Dona Idalina, Major,
Dona Maroca, Mariinha Garcia, Luís Bezerra, Doninha,
Zefinha, Chiquinha Boa
CURIOSIDADES SOBRE RACHEL
 A carreira de escritora começou quando Raquel foi eleita
Rainha dos Estudantes aos 16 anos.
 Pertenceu ao Conselho Federal de Cultura.
 Foi a primeira mulher galardoada com o Prêmio Camões.
 Em 2005 foi homenageada com uma estátua na Praça Dos
Leões no Centro de Fortaleza.
 Faleceu, dormindo em sua rede, no dia 04-11-2003, na cidade
do Rio de Janeiro. Deixou, aguardando publicação, o livro "Visões:
Maurício Albano e Rachel de Queiroz", uma fusão de imagens do
Ceará fotografadas por Maurício com textos de Rachel de Queiroz.
JOAQUIM LÚCIO CARDOSO FILHO
[...]
tudo tão calmo
a vida dormindo
como agora que tombasse sem murmúrio
na planície do meu pensamento ...
folhas mortas que não voam,
pássaros imóveis que não cantam,
água parada que não corre ...
[...]
ÚNICO POEMA DE AMOR
1912 - 1968
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Rachel de Queiroz

  • 2. BIOGRAFIA Rachel de Queiroz, nasceu em Fortaleza - CE, no dia 17 de novembro de 1910, filha de Daniel de Queiroz e de Clotilde Franklin de Queiroz, descendente, pelo lado materno, da Família de José de Alencar. Fugindo dos horrores da seca de 1915, em julho de 1917 transfere-se com sua família para o Rio de Janeiro, fato esse que seria mais tarde aproveitado pela escritora como tema de seu livro de estréia, "O Quinze". Foi escritora brasileira. A primeira mulher a entrar para a Academia Brasileira de Letras, eleita em 1977. Foi também jornalista, romancista, cronista, tradutora e teatróloga. Integrou o quadro de Sócios Efetivos da Academia Cearense de Letras. Seu primeiro romance "O Quinze", ganhou o premio da Fundação Graça Aranha. O "Memorial de Maria Moura", foi transformado em minissérie para televisão e apresentado em vários países.
  • 3. CARACTERÍSTICA DO AUTOR Sua linguagem é natural, direta, coloquial, simples, sóbria, condicionada ao assunto e á região, própria da linguagem moderna brasileira. A estas características deve-se ao não envelhecimento da obra, pois sua matéria está isenta do peso da idade. Em O Quinze, Rachel usa o que lhe deu fama imediata: uma linguagem regionalista sem afetação, sem pretensão literária e sem vínculo obrigatório a um falar específico (modismo comum na tendência regionalista). A sobriedade da construção, a nitidez das formas, a emoção sem grandiloqüência, a economia de adjetivos são recursos
  • 4. OBRAS Romances - O quinze (1930) - João Miguel (1932) - Caminho de pedras (1937) - As três Marias (1939) - Dôra, Doralina (1975) - O galo de ouro (1985) - folhetim na revista " O Cruzeiro", (1950) - Obra reunida (1989) - Memorial de Maria Moura (1992) Crônica - A donzela e a moura torta (1948); - 100 Crônicas escolhidas (1958) - O brasileiro perplexo (1964) - O caçador de tatu (1967) - As menininhas e outras crônicas (1976) Etc...
  • 5. OBRA [...} Levantou-se, bebeu um gole na cabaça. A água fria, batendo no estômago limpo, deu-lhe uma pancada dolorosa. E novamente estendido de ilharga, inutilmente procurou dormir. A rede de Cordulina tentava um balanço para enganar o menino – pobrezinho! O peito estava seco como uma sola velha! – gemia, estalando mais, nos rasgões. [...] O Quinze - (1930)
  • 6. ANÁLISE DA OBRA O Quinze é romance narrado na terceira pessoa, ou seja, o narrador é a própria autora. O narrador é onisciente. Estando fora da história, o narrador vai penetrando na intimidade dos personagens como se fosse Deus. Sabe tudo sobre eles, por dentro e por fora. Conhece-lhes os desejos e adivinha-lhes o pensamento. Discurso livre indireto. Em vez de apresentar o personagem em sua fala própria, marcada pelas aspas e pelos travessões (discurso direto), o narrador funde-se ao personagem, dando a impressão de que os dois falam juntos. Personagens: Conceição, Vicente, Chico Bento, Cordulina, Josias, Pedro, Manuel (Duquinha), Paulo, Mocinha, Lourdinha, Alice, Dona Inácia, Dona Idalina, Major, Dona Maroca, Mariinha Garcia, Luís Bezerra, Doninha, Zefinha, Chiquinha Boa
  • 7. CURIOSIDADES SOBRE RACHEL  A carreira de escritora começou quando Raquel foi eleita Rainha dos Estudantes aos 16 anos.  Pertenceu ao Conselho Federal de Cultura.  Foi a primeira mulher galardoada com o Prêmio Camões.  Em 2005 foi homenageada com uma estátua na Praça Dos Leões no Centro de Fortaleza.  Faleceu, dormindo em sua rede, no dia 04-11-2003, na cidade do Rio de Janeiro. Deixou, aguardando publicação, o livro "Visões: Maurício Albano e Rachel de Queiroz", uma fusão de imagens do Ceará fotografadas por Maurício com textos de Rachel de Queiroz.
  • 8. JOAQUIM LÚCIO CARDOSO FILHO [...] tudo tão calmo a vida dormindo como agora que tombasse sem murmúrio na planície do meu pensamento ... folhas mortas que não voam, pássaros imóveis que não cantam, água parada que não corre ... [...] ÚNICO POEMA DE AMOR 1912 - 1968