1) O relatório descreve as atividades realizadas na sala amarela no 3o período letivo e final do ano letivo de 2011/2012.
2) Inclui relatórios sobre a atividade docente, atividade pedagógica, e apoio educativo, bem como uma avaliação positiva das atividades.
3) Destaca a participação ativa das famílias e a articulação entre a escola e a comunidade.
Relatório de atividades da Sala Amarela no 3o período
1. EB1/JI S. Miguel – Enxara do Bispo
Agrupamento de Escolas Professor Armando Lucena
Malveira
Relatório de Atividades da Sala Amarela
3º Período letivo e Final
Ano Letivo 2011/2012
Data: 06.07.2012
Com base na proposta pedagógica apresentada no Projeto Curricular de Turma (PCT), bem
como no espaço de planificação e preparação de atividades, tal como inscritas no Plano
Anual de Atividades (PAA) do estabelecimento, apresenta-se, de seguida o relatório
trimestral (e final) de avaliação das atividades referente ao terceiro trimestre do ano letivo
em curso
No âmbito da atividade docente desenvolvida deve fazer-se uma distinção entre as
atividades didático-pedagógicas e as atividades não letivas, onde figuram as atividades
desenvolvidas no espaço da intervenção em reuniões, planeamento e avaliação, bem como
em outros espaços de intervenção docente. Nesse sentido, apresenta-se o relatório
referente à Atividade docente e o relatório da Atividade Pedagógica. Far-se-á ainda uma
reflexão sobre os espaços de articulação desenvolvidos no âmbito de Atividades de Apoio às
Famílias, Componente de Apoio à Família, desenvolvida em colaboração com a Câmara
Municipal de Mafra.
Atividade docente.
Mantém-se, na lógica e na dinâmica da produção deste documento, as referências ao
desenvolvimento de apoio à atividade letiva, nomeadamente a continuação da participação
do docente titular de turma nas reuniões de organização, planeamento e avaliação
(Departamento de Educação Pré-Escolar), em reuniões de análise colaborativa e apoio
educativo (Ensino Especial – Unidade de Apoio Educativo, APERCIM, Terapia da Fala,
Psicologia Escolar) e em reuniões de coordenação e articulação pedagógica
(Estabelecimento, Parceiros, Escola Segura, Proteção Civil, Junta de Freguesia), dinamização
de atividades de complemento e apoio educativo, participação em atividades de organização
escolar (aquisição de equipamentos, gestão de recursos, etc.) e ainda todo o espaço de
atendimento e avaliação dos processos educativos e curriculares com famílias (Encarregados
de Educação) e comunidade, designadamente na preparação de atividades (Associação de
Pais e Encarregados de Educação) com vista à execução do PCT e também do PAA.
De referir ainda o espaço de reflexão e execução de atividades no âmbito da articulação e
cooperação educativa, de onde se destacam as Atividades realizadas no âmbito do Projeto
de Educação para a Saúde.
De salientar ainda as atividades desenvolvidas no âmbito da Reflexão Didático-Pedagógica e
da Formação, de onde se destaca a organização de uma ação de formação dinamizada no
âmbito do Plano de Formação do Centro de Formação de Escolas Rómulo de Carvalho,
subordinada ao tema “Desenvolvendo Projetos TIC nas Escolas através de Plataformas de E-
Learning” (curso de formação de 25 horas, com acreditação CCPFC/ACC-66694/11), dirigida
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2. a docentes de todos os níveis de ensino e realizada, gratuitamente, no Agrupamento de
Escolas Professor Armando Lucena.
De referir também a manutenção da colaboração bimensal com a Revista “Educadores de
Infância”, através da publicação de artigos científicos e de opinião refletida sobre a Educação
Pré-escolar.
Ao longo do ano letivo, foram também recorrentes os convites para participação em
atividades de reflexão pedagógica, como por exemplo o seminário “As Questões de Género
e Cidadania”, que teve lugar no dia 3 de Janeiro, na Escola Superior de Educação de Lisboa
onde apresentou uma comunicação subordinada ao tema “Ser minoria numa profissão” ou a
participação em espaços de debate e análise educativa, como é exemplo o Seminário
“Competências dos Professores para o Futuro”, no âmbito da preparação para o evento
TICEduca do Instituto de Educação da Universidade de Lisboa.
Ainda a referir os variados seminários interdisciplinares realizados no Instituto de Educação
da Universidade de Lisboa, conforme comprovativos que constam no processo individual do
docente
Exerceu ainda funções de professor cooperante do Instituto Superior de Ciências Educativas,
recebendo, para estágios integrados do Curso de Educação Básica, duas estagiárias finalistas,
e colaborou com alunos do Curso de Educação Básica da Escola Superior de Educação de
Lisboa, no âmbito de projetos de investigação decorrentes da frequência dos cursos
universitários.
Por último a dinamização de espaços de colaboração educativa, desenvolvidos através de
fóruns e plataformas de formação on-line (E-Twinnig, Plataforma moodle DGIDC e Portal das
Escolas), de onde se destaca a atribuição do selo “BloguesEDU” ao sítio de internet
disponibilizado durante este período (http://salamarela-enxara.blogspot.com) e a
participação no projeto europeu “Children traveling to Europe through fairy tales”, com
países como República Checa, Grécia, Itália ou Espanha.
No âmbito da formação, destaca-se a frequência no curso de Doutoramento em Educação –
especialização TIC na Educação, do Instituto de Educação da Universidade de Lisboa, tendo
concluído com sucesso, em julho de 2012, o primeiro ano curricular.
Atividade Pedagógica
Das análises feitas nas Reuniões de Avaliação (quer de Estabelecimento quer de
Encarregados de Educação) para avaliação das atividades realizadas ao longo do terceiro
trimestre letivo resultou uma avaliação de elevado nível para todas as atividades
desenvolvidas, com especial relevo para os espaços de articulação educativa (escola/família).
O envolvimento e partilha, da Associação de Pais, de alguns professores das Atividades de
Enriquecimento Curricular e da CAF, bem como a participação ativa de pais e familiares nas
dinâmicas da sala de atividades foram importantes espaços de promoção educativa e de
articulação, reconhecidos como de importância efetiva para o desenvolvimento escolar e
educativo dos alunos, designadamente nas reuniões formais desenvolvidas com
encarregados de educação (quatro, ao longo do ano), tendo sido reconhecida a validade e a
qualidade das práticas (ver atas das reuniões).
As atividades realizadas no âmbito do PNL (e outras em articulação com a Biblioteca Escolar),
bem como as enquadráveis no Plano de Educação para a Saúde, tendo sido, em termos de
planeamento, alvo de organização específica no âmbito da coordenação pedagógica do
estabelecimento, tiveram a sua avaliação nesse âmbito, tendo sido destacada a colaboração
e a cooperação atingida entre todos os setores da escola.
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3. O PCT orientou a sua ação para a dinamização de atividades congruentes com a
especificidade do nível etário dos alunos e da estrutura da sala, pelo que, ao longo do ano
procurou‐se definir um conjunto de objetivos a partilhar e dinamizar por todos os
intervenientes, para que existisse uma efetiva devolução das práticas no âmbito do
desenvolvimento integral dos alunos.
Uma nota especial para o envolvimento das assistentes operacionais na dinamização e
conceção de atividades, com especial destaque para as assistentes operacionais que
desenvolvem a sua atividade no apoio direto aos alunos da turma, que, fruto das suas
capacidades de trabalho e dedicação, se tornaram, efetivamente, peças chave na realização
e execução de parte das atividades desenvolvidas. Neste particular é fundamental referir a
dinâmica pedagógica e educativa da sala, na qual o adulto é parte do grupo e não,
necessariamente, líder ou dirigente da ação educativa.
As estratégias escolhidas, como de resto definido previamente, no âmbito da organização do
PCT, pressupuseram o conhecimento da história individual de cada criança, de cada família e
cada elemento comunitário. A meta foi construir uma proposta abrangente mas
suficientemente aberta no qual fosse possível, valorizar um tema que consideramos de
extrema importância – a educação financeira e monetária dos cidadãos.
“Poupar é que está a dar” foi o mote escolhido para desenvolver a base de organização das
estratégias e experiências curriculares e pedagógicas e serviu de fio condutor à construção
do espaço educativo quer da sala, quer da escola no seu conjunto, potenciando, dessa
forma, um espaço eficaz de articulação educativa.
Nesse sentido, o planeamento das atividades, enquadradas pelo PCT, pelo PAA e pelo PEA,
promoveu, fundamentalmente, atividades que perspetivassem o futuro de modo a que, na
família, na escola, na rua, etc., o aluno assumisse uma relação interveniente no meio que a
envolve ao mesmo tempo que aprendesse a aprender, organizando os seus saberes numa
perspetiva de aprendizagem ao longo da vida e de intervenção no meio. Nesse sentido, foi
também importante que o aluno tivesse capacidade de desenvolver as suas capacidades de
Expressão e Comunicação através de diferentes modelos de linguagem e que,
principalmente, reconhecesse as características socioculturais da sua região, e se integrasse
nelas, com base numa reflexão constante sobre a fruição, respeito e reflexão sobre os
hábitos, dinâmicas e recursos disponíveis. Esta valorização do Desenvolvimento Pessoal e
Social do aluno justifica-se não apenas pela “leitura” feita no âmbito da caracterização do
grupo mas, sobretudo, no âmbito da leitura dos objetivos definidos no PEA.
Ao longo de todos os períodos letivos foram desenvolvidas atividades que potenciaram a
exploração das dinâmicas e dos conteúdos que promovessem aquisições específicas no
âmbito da intervenção pessoal e social, sendo que para realizar esses objetivos organizaram-
se, com muita frequência, atividades de exploração e visita ao contexto socioeducativo onde
se insere a EB1/JI de S. Miguel.
Como também definido no PCT, e partindo da necessidade de criar situações que
possibilitassem e desenvolvessem a linguagem oral, o pensamento lógico-matemático, e as
expressões (plástica, musical, dramática, e motora) bem como reconhecessem e utilizassem
tecnologias novas e inovadoras, e todos os instrumentos tecnológicos adequados à sua
idade, os projetos desenvolvidos motivaram, entre outras, a exploração científica e empírica
dos conteúdos, a definição de normas e comportamentos refletidos e o reconhecimento e a
utilização de novos instrumentos e ferramentas de função pedagógica e educativa.
Neste aspeto particular, a página web do jardim-de-infância, dinamizada e atualizada pelos
alunos (em http://salamarela-enxara.blogspot.com) tornou possível registar e atualizar a
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4. informação advinda da experimentação e exploração das atividades, funcionando como um
portfólio do grupo, que manteve a mais-valia de mediar um efetivo espaço de comunicação
entre alunos e a comunidade, designadamente os encarregados de educação e as famílias.
Nesse espaço de comunicação por excelência foram registadas a maior parte das atividades
realizadas (registos escrito, áudio e vídeo), e podem ser consultadas em http://salamarela-
enxara.blogspot.com)
É muito importante referir e valorizar a dinâmica de participação das famílias e dos
encarregados de educação, numa perspetiva de colaboração ativa que permitiu a
dinamização das atividades que tiveram como objetivos os atrás enunciados, e que se
revelaram bastante adequadas e profícuas. Para poder aferir a participação e a perceção do
trabalho realizado, elaborou-se um questionário de avaliação aos pais e encarregados de
educação que, de forma simples, permitiu a recolha de dados sobre a execução das
atividades, sobre a perceção de qualidade e, acima de tudo, sobre a pertinência das
dinâmicas escolhidas. Os resultados deste questionário serão apresentados em anexo.
De salientar ainda a excelente relação com os todos os outros agentes educativos, bem
como os processos de efetiva articulação pedagógica com as turmas do 1º Ciclo, no qual são
de destacar os projetos de execução de atividades e a reflexão e avaliação conjunta,
designadamente das inseridas no Plano Anual de Atividades.
Também a participação conjunta em atividades de divulgação/informação, bem como na
apresentação/mostra de produtos educativos se potencia com um espaço efetivo de
articulação pedagógica, sendo de destacar, a contribuição de toda a comunidade educativa
na disponibilização de meios para tornar operacionais tais objetivos. Nesse sentido a
preparação e participação na atividade Semana da Infância 2012, desenvolvida no âmbito do
Departamento de Educação Pré-escolar, revelou-se como um espaço otimizador e
potenciador da dinâmica educativa, nomeadamente ao permitir a divulgação de práticas
letivas de qualidade (no caso da EB1/JI de S. Miguel, a atividade “Vamos à Piscina”,
desenvolvida em parceria com a Associação de Pais e encarregados de educação) e foi uma
mais-valia em termos de mobilização e de organização de recursos pedagógicos.
Nos momentos de Escola Aberta (9 a 11 de julho) foram apresentadas, além das
considerações globais sobre o desenvolvimento individual e coletivo dos alunos e das suas
aprendizagens, uma ficha de avaliação, baseada num modelo de desenvolvimento de
competências, na qual é organizada a informação, individual, de cada aluno, e refletidas, em
conjunto, as propostas pedagógicas e estratégias educativas a desenvolver. Foram ainda
produzidos relatórios de avaliação para todos os alunos da turma e de transição para os
alunos que transitam de ciclo.
Por tudo o exposto, e presumindo que o processo de avaliação comporta a interpretação da
informação para uma posterior adaptação das práticas, podemos concluir, pelo trabalho
desenvolvido e pelas reflexões exaradas em vários documentos, que os objetivos propostos
no projetos e planos definidores da intencionalidade educativa foram atingidos com
bastante sucesso.
Apoio Educativo
Manteve-se a organização de atividades, devidamente planeadas em sede de grupo de
trabalho, para o aluno com necessidades educativas especiais, que foi alvo de avaliação
específica no final do período, tendo esta evidenciado a qualidade do atendimento
disponibilizado.
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5. Após reunião de avaliação entre os docentes de apoio e os técnicos ocupacionais e de
terapias específicas, ficou patente a necessidade de se continuar a desenvolver o mesmo
âmbito de apoio ao aluno, o que pressupôs o pedido de adiamento de entrada na
escolaridade obrigatória (1º ciclo), tendo sido disponibilizados aos encarregados de
educação todos os meios e documentos para esse procedimento.
A evidência da evolução das aprendizagens das crianças é observável nos registos
avaliativos, que mostram um crescimento sustentado de competências e saberes, adequado
ao grupo e às condições preexistentes.
Por último, a colaboração e cooperação constante, conseguida entre todas as salas de
atividade da escola, com especial relevância nas salas de jardim de infância tem também
contribuído para um evidente sucesso de estratégias e da sua adequação aos grupos.
Atividades de Enriquecimento Curricular (Componente de Apoio à Família e Atividades de
Enriquecimento Curricular)
As atividades de complemento educativo – Componente de Apoio à família (CAF) e
Atividades de Enriquecimento Curricular (AEC) – funcionaram, ao longo deste período letivo,
dentro da normalidade esperada. Nas avaliações finais foram, contudo, apresentadas
algumas sugestões de melhoria que, de forma global, passam por potenciar uma mais
próxima dinâmica de colaboração entre serviços (Câmara Municipal/Estabelecimento). De
destacar também as sugestões que foram feitas em sede de reuniões de avaliação
intersectoriais.
Ambiente de Trabalho
A dinâmica conseguida entre o corpo docente e não docente manteve-se ao longo deste
período, tal como foi descrito nas reuniões entre o corpo docente e o pessoal auxiliar
(assistentes operacionais). Manteve-se também o espaço de partilha e envolvimento
conseguido entre todas as turmas da escola. A realização de atividades conjuntas e
estratégias curriculares e pedagógicas articuladas possibilitou uma avaliação muito positiva
de todas as atividades desenvolvidas, pela comunidade e pela Associação de Pais. Mantém-
se, como facto a destacar, a constante presença preocupada e atenta do Coordenador de
estabelecimento que, na sua atitude de acompanhamento permanente permite uma eficaz
antecipação e resolução de situações potencialmente problemáticas.
Efeitos
De acordo ainda com a avaliação feita são notórios os efeitos positivos nas práticas letivas e,
essencialmente, nos resultados escolares dos alunos.
Potenciaram-se espaços alargados de desenvolvimento de competências sociais e pessoais e
fomentaram-se trocas e partilha entre os alunos da escola.
No trabalho com as famílias
As atividades desenvolvidas foram, na sua maior parte, atividades de parceria educativa e
que demonstraram a forte adesão das famílias às estratégias e dinâmicas empregadas. De
salientar também a parceria desenvolvida com a Associação de Pais e Encarregados de
Educação e o seu envolvimento na organização de diversas atividades.
Avaliação Global
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6. De acordo com o que anteriormente foi referido, avaliamos como muito positivas, e
efetivamente educativas, as estratégias didáticas e pedagógicas das atividades na Sala
Amarela. Neste particular destacam-se, por um lado, as evidências obtidas através dos
documentos em anexo, por outro, o reconhecimento público das práticas, nomeadamente
através da participação em espaços de divulgação científica (congressos) e da publicação em
espaços mediados de comunicação (Jornal de Letras, Portal das Escolas, Jornal “O Carrilhão”,
etc.)
Enxara do Bispo,
Aos seis dias do mês de julho de dois mil e doze,
O Educador de Infância
Henrique Santos
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