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Atitudes
Psicologia B:
Inês Temporão nº
Sara Afonso nº24
Catarina Afonso nº
O que é uma atitude?
• Uma atitude é uma tendência para responder a um
objeto social (situação, pessoa, acontecimento) de
modo favorável ou desfavorável.
• É uma predisposição, uma tendência relativamente
estável para uma pessoa se comportar de
determinada maneira, uma tomada de posição
intencional face a algum propósito.
Segundo Maisonneuve:
• “Uma atitude consiste numa posição (mais ou menos
cristalizada) de um agente (individual ou coletivo)
relativamente a um objeto (pessoa, grupo, situação ou
valor); exprime-se mais ou menos abertamente
através de diversos sintomas ou indicadores (palavras,
tons, gestos, atos, escolhas ou a sua ausência); exerce
uma função cognitiva, energética e reguladora nos
comportamentos que lhes estão subjacentes.”
• As atitudes desempenham um papel importante
no modo como processamos a informação do
mundo social em que nos encontramos inseridos,
permitindo-nos interpretar, organizar e processar
as informações, sendo por isso que face a uma
mesma situação, diversas pessoas a interpretam
de formas distintas.
Componentes das
Atitudes
• São construídas ao longo da vida, mas principalmente na
infância e na adolescência. As atitudes envolvem diferentes
componentes interligadas, podendo-se distinguir três
componentes:
• Cognitiva;
• Afetiva;
• Comportamental;
Componente Cognitiva
• Componente cognitiva é o conjunto de ideias,
de informações, de crenças que se têm sobre
em dado objeto social (pessoa, grupo, objeto,
situação). É o consideramos como verdadeiro
acerca do objeto.
Componente Afetiva
• Componente afetiva é o conjunto de valores e
emoções, positivas ou negativas,
relativamente ao objeto social. Está ligada ao
sistema de valores, sendo a sua direção
emocional.
Componente
Comportamental
• Componente comportamental é o conjunto de
reações, de respostas, face ao objeto social. A
maneira como agimos depende das crenças e
dos valores que se têm relativamente ao
objeto social. O conjunto de comportamentos
depende da forma como as pessoas
interpretam.
Atitudes e
Comportamento
• As atitudes não são diretamente observáveis: inferem-se
dos comportamentos. É possível, a partir de um
comportamento, descobrir a atitude que esteve na sua
origem.
• Também as reações de uma pessoa face a uma situação
podem permitir prever a atitude que lhe está subjacente.
• As atitudes são o suporte intencional de grande parte dos
nossos comportamentos.
• Vários fatores determinam o modo como uma atitude
influencia um comportamento:
1. É forte;
2. Relativamente estável;
3. Relevante diretamente para o comportamento;
4. Importante;
5. Facilmente retida pela memória;
Formação de Atitudes
• As atitudes não nascem connosco, formam-se
e aprendem-se no processo de socialização, no
meio social em que estamos inseridos.
• São vários os agentes sociais responsáveis
pela formação de atitudes: os pais e a família, a
escola, o grupo de pares e os mass media.
Família
• Na família, são os parentes mais próximos,
sobretudo os pais, que exercem um papel
fundamental na formação das primeiras
atitudes nas crianças. São modelos que estas
imitam e com os quais se procuram identificar.
Educação Escolar
• A educação escolar desempenha, na nossa
sociedade, um papel central na formação das
atitudes; o prolongamento da escolarização
veio acentuar a sua importância .
Grupo de Pares
• Na adolescência, tem particular relevo o
grupo de pares, isto é, os indivíduos com idade
aproximada com que os jovens contactam
mais frequentemente.
Mass Media
• Atualmente, os meios de comunicação social,
os mass media, entre outros, tem grande
influencia na formação de novas atitudes ou
no reforço das que já existem.
• É através da observação, identificação e imitação de
modelos- pais, professores, pares, figuras dos meios de
comunicação, etc. – que se aprendem, que se formam as
atitudes. Esta aprendizagem ocorre ao longo da vida,
contudo tem particular prevalência na infância e na
adolescência. Tal não significa que depois destas idades as
atitudes não possam mudar. Há contudo, uma tendência
para a estabilidade das atitudes.
Mudança de Atitudes
• Apesar da relativa estabilidade das atitudes,
estas podem mudar ao longo da vida.
Acontecimentos extraordinários,
impressionantes, podem resultar em
modificações nas nossas atitudes. Também as
experiencias vividas pelo próprio podem
conduzir à alteração destas.
Dissonância Cognitiva
• Sempre que uma informação ou acontecimento contradiz o
sistema de representações, as convicções, as atitudes de
uma pessoa, gera-se um mal-estar e uma inquietação que
tem de ser resolvidos:
• Ou se reinterpreta a informação que a contradiz;
• Ou se muda o sistema de crenças;
• Ou se reformulam as crenças anteriores.
• A dissonância cognitiva é, portanto, um
sentimento desagradável que pode ocorrer
quando uma pessoa sustenta duas atitudes
que se opõem, que não se adequam ou duas
componentes de atitude que se contradizem.
Esquema
Duas cognições contraditórias
1. “Eu fumo”
2. “Fumar provoca o cancro”
Dissonância cognitiva
Modificando uma
ou ambas as
cognições
(“Eu na realidade
não fumo assim
tanto.”)
Mudando a
importância
percebida de uma
cognição
(“A evidencia de
que fumar provoca
o cancro é fraca”)
Adicionando
outras
cognições
(“Eu faço tanto
exercício que
não interessa
que fume”)
Negando que as
cognições se
encontram
relacionadas
(“Não existe
evidencia que
ligue o fumar ao
cancro”)
Como reduzir a
dissonância cognitiva?
Poderá reduzir-se a dissonância cognitiva:
• Mudando as duas convicções;
• Alterando a perceção da importância de uma delas;
• Acrescentando uma outra informação;
• Negando a relação entre as duas convicções/informações.
A opção por qualquer uma delas reduz a dissonância cognitiva,
atenuando os efeitos da ansiedade e da inquietação.
• Concluindo, quanto mais fracas forem as razões para o
comportamento oposto, maior é o sentimento de
dissonância e maior a motivação para se modificar a atitude
que provoca a inconsistência. Quando nos comportamos de
forma inconsistente em relação a alguma das nossas
atitudes, poderemos mudá-la para ultrapassas os
sentimentos negativos da dissonância. Esta seria uma das
explicações para a mudança de atitudes.

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Atitudes: Formação, Componentes e Mudança

  • 1. Atitudes Psicologia B: Inês Temporão nº Sara Afonso nº24 Catarina Afonso nº
  • 2. O que é uma atitude? • Uma atitude é uma tendência para responder a um objeto social (situação, pessoa, acontecimento) de modo favorável ou desfavorável. • É uma predisposição, uma tendência relativamente estável para uma pessoa se comportar de determinada maneira, uma tomada de posição intencional face a algum propósito.
  • 3. Segundo Maisonneuve: • “Uma atitude consiste numa posição (mais ou menos cristalizada) de um agente (individual ou coletivo) relativamente a um objeto (pessoa, grupo, situação ou valor); exprime-se mais ou menos abertamente através de diversos sintomas ou indicadores (palavras, tons, gestos, atos, escolhas ou a sua ausência); exerce uma função cognitiva, energética e reguladora nos comportamentos que lhes estão subjacentes.”
  • 4. • As atitudes desempenham um papel importante no modo como processamos a informação do mundo social em que nos encontramos inseridos, permitindo-nos interpretar, organizar e processar as informações, sendo por isso que face a uma mesma situação, diversas pessoas a interpretam de formas distintas.
  • 5. Componentes das Atitudes • São construídas ao longo da vida, mas principalmente na infância e na adolescência. As atitudes envolvem diferentes componentes interligadas, podendo-se distinguir três componentes: • Cognitiva; • Afetiva; • Comportamental;
  • 6. Componente Cognitiva • Componente cognitiva é o conjunto de ideias, de informações, de crenças que se têm sobre em dado objeto social (pessoa, grupo, objeto, situação). É o consideramos como verdadeiro acerca do objeto.
  • 7. Componente Afetiva • Componente afetiva é o conjunto de valores e emoções, positivas ou negativas, relativamente ao objeto social. Está ligada ao sistema de valores, sendo a sua direção emocional.
  • 8. Componente Comportamental • Componente comportamental é o conjunto de reações, de respostas, face ao objeto social. A maneira como agimos depende das crenças e dos valores que se têm relativamente ao objeto social. O conjunto de comportamentos depende da forma como as pessoas interpretam.
  • 9. Atitudes e Comportamento • As atitudes não são diretamente observáveis: inferem-se dos comportamentos. É possível, a partir de um comportamento, descobrir a atitude que esteve na sua origem. • Também as reações de uma pessoa face a uma situação podem permitir prever a atitude que lhe está subjacente. • As atitudes são o suporte intencional de grande parte dos nossos comportamentos.
  • 10. • Vários fatores determinam o modo como uma atitude influencia um comportamento: 1. É forte; 2. Relativamente estável; 3. Relevante diretamente para o comportamento; 4. Importante; 5. Facilmente retida pela memória;
  • 11. Formação de Atitudes • As atitudes não nascem connosco, formam-se e aprendem-se no processo de socialização, no meio social em que estamos inseridos. • São vários os agentes sociais responsáveis pela formação de atitudes: os pais e a família, a escola, o grupo de pares e os mass media.
  • 12. Família • Na família, são os parentes mais próximos, sobretudo os pais, que exercem um papel fundamental na formação das primeiras atitudes nas crianças. São modelos que estas imitam e com os quais se procuram identificar.
  • 13.
  • 14. Educação Escolar • A educação escolar desempenha, na nossa sociedade, um papel central na formação das atitudes; o prolongamento da escolarização veio acentuar a sua importância .
  • 15.
  • 16. Grupo de Pares • Na adolescência, tem particular relevo o grupo de pares, isto é, os indivíduos com idade aproximada com que os jovens contactam mais frequentemente.
  • 17.
  • 18. Mass Media • Atualmente, os meios de comunicação social, os mass media, entre outros, tem grande influencia na formação de novas atitudes ou no reforço das que já existem.
  • 19.
  • 20. • É através da observação, identificação e imitação de modelos- pais, professores, pares, figuras dos meios de comunicação, etc. – que se aprendem, que se formam as atitudes. Esta aprendizagem ocorre ao longo da vida, contudo tem particular prevalência na infância e na adolescência. Tal não significa que depois destas idades as atitudes não possam mudar. Há contudo, uma tendência para a estabilidade das atitudes.
  • 21. Mudança de Atitudes • Apesar da relativa estabilidade das atitudes, estas podem mudar ao longo da vida. Acontecimentos extraordinários, impressionantes, podem resultar em modificações nas nossas atitudes. Também as experiencias vividas pelo próprio podem conduzir à alteração destas.
  • 22. Dissonância Cognitiva • Sempre que uma informação ou acontecimento contradiz o sistema de representações, as convicções, as atitudes de uma pessoa, gera-se um mal-estar e uma inquietação que tem de ser resolvidos: • Ou se reinterpreta a informação que a contradiz; • Ou se muda o sistema de crenças; • Ou se reformulam as crenças anteriores.
  • 23. • A dissonância cognitiva é, portanto, um sentimento desagradável que pode ocorrer quando uma pessoa sustenta duas atitudes que se opõem, que não se adequam ou duas componentes de atitude que se contradizem.
  • 24. Esquema Duas cognições contraditórias 1. “Eu fumo” 2. “Fumar provoca o cancro” Dissonância cognitiva Modificando uma ou ambas as cognições (“Eu na realidade não fumo assim tanto.”) Mudando a importância percebida de uma cognição (“A evidencia de que fumar provoca o cancro é fraca”) Adicionando outras cognições (“Eu faço tanto exercício que não interessa que fume”) Negando que as cognições se encontram relacionadas (“Não existe evidencia que ligue o fumar ao cancro”)
  • 25. Como reduzir a dissonância cognitiva? Poderá reduzir-se a dissonância cognitiva: • Mudando as duas convicções; • Alterando a perceção da importância de uma delas; • Acrescentando uma outra informação; • Negando a relação entre as duas convicções/informações. A opção por qualquer uma delas reduz a dissonância cognitiva, atenuando os efeitos da ansiedade e da inquietação.
  • 26. • Concluindo, quanto mais fracas forem as razões para o comportamento oposto, maior é o sentimento de dissonância e maior a motivação para se modificar a atitude que provoca a inconsistência. Quando nos comportamos de forma inconsistente em relação a alguma das nossas atitudes, poderemos mudá-la para ultrapassas os sentimentos negativos da dissonância. Esta seria uma das explicações para a mudança de atitudes.