A Intervenção Coronariana Percutânea (ICP) envolve a dilatação de artérias coronárias bloqueadas com balão e, opcionalmente, implante de stent. Ela é o tratamento de escolha para reduzir a mortalidade em infartos agudos e angina, embora haja risco de reestenose. A técnica envolve cateterização coronariana guiada por imagem para posicionar o balão e expandi-lo na obstrução.
PSICOLOGIA E SAÚDE COLETIVA ( Necessidade do Psicólogo na Atenção Básica).pptx
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1. Intervenção Coronariana Percutânea (ICP)
Reperfusão mecânica: Dilatação (cateter balão) + Stent
Aumento do diâmetro luminal >20% em 95% dos pacientes
Reperfusão em 90% dos casos
Terapia de escolha:
Redução de mortalidade
Recorrências em 6 meses:
Estenose: 20%
Angina: 10%
2. Indicações Primárias:
Em 90 minutos do início da dor, na IAM transmural com supra de ST
Angina pectoris (estável ou instável)
Infarto do miocárdio grave
Isquemia do miocárdio
Doença uniaterial ou
biarterial com FEVE normal
Localização anatômica
viável para IPC
3. Técnica
Após anestesia local, faz-se o acesso vascular através de punção da artéria
femoral, radial ou braquial;
Um cateter-guia é inserido em uma artéria periférica de grosso calibre,
progredindo até o óstio coronariano apropriado.
As artérias coronárias são cateterizadas utilizando-se cateteres-guia com
calibres variando de 7 a 9 French (2,3 a 3mm de diâmetro).
Um cateter com balão na extremidade, guiado por fluoroscopia ou
ultrassonografia intravascular, é posicionado dentro da estenose
4. Técnica
Em seguida, insuflado para romper a placa aterosclerótica e dilatar a
artéria.
Repete-se a angiografia para documentar qualquer alteração.
Após o procedimento, os pacientes permanecem internados sob
observação por pelo menos uma noite, devido a rara possibilidade de
isquemia miocárdica ou complicações hemorrágicas.
6. Fator limitante dos benefícios da IPC
• Reestenose: reestreitamento do lúmen do vaso
após sucesso na dilatação por balão de uma lesão vascular;
• A manifestação clínica mais comum é a recorrência da dor
torácica anginosa.
• IAM como primeira indicação da reestenose é muito raro.
7. As principais complicações da angioplastia com balão e implante de stent são:
Dissecção arterial
Sangramento causado por anticoagulação adjuvante
Complicações do cateterismo cardíaco e angiografia coronariana
Trombose e embolização distal
Complicações da IPC
8. Coagulopatia
Vasos com doença difusa e sem
estenoses focais
Estados de hipercoagulação
Ausência de suporte em cirurgia
cardíaca
Oclusão crônica total da coronária
Contraindicações relativas
Doença em um único vaso que
fornece a perfusão para todo o
miocárdio
Estenose crítica do tronco da
coronária esquerda sem fluxo
colateral a partir de um vaso nativo
ou revascularização prévia da artéria
descendente anterior
Estenose < 50%
9. Stents coronários
Tela fina de metal colocada na artéria coronária em seguida da sua dilatação em
local estreitado por uma angioplastia;
Usa-se o stent para manter o vaso aberto.
Existem dois tipos de stents:
metal simples
farmacológico
(libera anticoagulante)
10. Stents de metal sem droga, em
20% dos(as) pacientes, resulta
novo estreitamento.
A substância anticoagulante presente nos stents farmacológicos
é totalmente absorvida após ano ou mais da sua implantação.
Stents coronários
Stents farmacológicos, a incidência
de novos estreitamentos é de 10%,
e somente a metade deles (5%)
demanda novas intervenções.
11. Anticoagulação e terapia auxiliar
Diminuir o risco de trombose
Tienopiridinas (clopidogrel, prasugrel, ticagrelor) combinado com aspirina por pelo
menos 6 a 12 meses
Redução do risco de espasmo coronariano
Bloqueadores dos canais de cálcio e nitratos também podem ser administrados
para reduzir o risco de espasmo coronariano.
12.
13. Intervenção Coronária Percutânea versus Revascularização do
Miocárdio para Doença Arterial Coronária Grave
Taxas de revascularização
completa.
(RM 63% X 57% IPC; p=0,005)
Eventos cardio ou
cerebrovasculares maiores, em 12
meses.
(IPC 17,8% X 12,4% RM; p=0,002)
Acidente vascular cerebral.
(RM 2,2% X 0,6% IPC; p=0,003)
Taxa do desfecho combinado ainda
maior entre pacientes com escore
de gravidade mais elevado
(IPC 23% X 11% RM; p<0,005).
Aos 12 meses, as taxas de morte
ou infarto do miocárdio foram
semelhantes entre os dois grupos.
Contexto: Cerca de 40% dos participantes apresentavam lesão de tronco com
ou sem lesão tri-arterial, e cerca de 25% eram diabéticos.
14. Referências
Sabiston, Tratado de Cirurgia, 20ª Edição
PCI versus coronary-artery bypass grafting for severe coronary artery disease. N Engl
J Med 2009; 360(10):961-972