O conjunto residencial em Cotia, SP projetado por Joan Villá e Silvia Chile é composto por 24 unidades unifamiliares distribuídas em três blocos lineares dispostos em diferentes patamares para aproveitar a topografia do terreno. Cada casa geminada possui dois pavimentos com terraço coberto totalizando 95m2 de área construída. Já o Conjunto de Casas da Alameda Lorena projetado por Flávio de Carvalho em 1938 em São Paulo é composto por 17 residências de diferentes tipologias implantadas em um terreno plano no bair
1. UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA
CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO
DISCIPLINA PROJETO II
PROFª BÁRBARA BOTELHO/MAURO CAMPELLO
Alunos:
Fabricio Sacramento
Juliana Vitral
Steves Rocha
2. apresentação
2003
Joan Villá e Silvia Chile
CONDOMÍNIO
1938
Flávio de Carvalho
CONJUNTO DE CASAS DA ALAMEDA LORENA
4. 1.ANÁLISE DA FORMA
Implantação / contexto / inserção da
construção no lote / inserção urbana –
PARTIDO:
• O conjunto residencial está implantado em um
terreno de 3,2 mil m2 na cidade de Cotia-SP. O
aclive do terreno determinou a execução de três
patamares, assentando três blocos uniformes
com casas geminadas, distribuídas de maneira
linear, compondo um total de 24 residências
unifamiliares.
• Essa pequena verticalização resultou em uma
área total de 95 m2 para cada unidade (60 m2
de casa mais 35 m2 de terraço coberto)
• Se destaca no contexto da arquitetura para
habitação popular por se tratar de edificação de
qualidade por baixo custo.
• O partido adotado foi a própria topografia do
terreno desenvolvendo o projeto de forma a
permitir boa insolação, ventilação e visibilidade
a todas as unidades do condomínio.
5. 1.ANÁLISE DA FORMA
Volumes e massas.
• Cada casa geminada compõe um corpo único
disposto em dois pavimentos com terraço coberto
• Dividido verticalmente para duas residências
idênticas.
• Os volumes dos pavimentos se diferenciam pelas
cores e posições.
• Um volume forma o térreo da casa constituído por
sala, cozinha e lavanderia e um pequeno quintal ao
fundo, o segundo volume é formado pelos quartos
e banheiro e a cima dele se localiza o terraço
coberto por telhas metálicas.
• Os corpos se interligam através de escadas
internas e externas.
• O formato é compacto de linhas retas, destacando-
se no alto as telhas metálicas do tipo borboleta com
calha central que conferem leveza a base de
cerâmica
6. 1.ANÁLISE DA FORMA
Luz, cores e texturas.
• A edificação é constituída por sistema
de painéis pré fabricados de tijolos
cerâmicos com acabamento em
chapisco e pintura texturizada : cor
vermelha no térreo e pavimentos
superiores nas cores amarela, verde
ou azul.
• As cores diferenciadas destacam a
fachada do entorno, conferem maior
identidade às unidades.
• Os guarda-corpos, calhas e pilares
externos são metálicos e pintados na
cor branca, conferindo um contraponto
à pintura das fachadas.
7. 1.ANÁLISE DA FORMA
Relações de simetria / equilíbrio
/ dominância.
• A simetria é percebida na planta,
pois traçando-se um eixo sobre a
estrutura da planta baixa,
percebe-se um arranjo equilibrado
com elementos semelhantes em
ambos os lados
Determinação de eixos visuais.
• O eixo visual é estabelecido
através da disposição simétrica
das formas e espaços tanto na
fachada quanto na planta baixa.
8. 1.ANÁLISE DA FORMA
Organização e Estruturação da Forma e
do Espaços e Princípios de ordem:
• A organização é linear, com uma seqüência
de espaços repetitivos e adjacentes. As
relações espaciais entre os desníveis da
edificação se dão por meio de escadas
internas e externas.
• Apesar de constituir um corpo único que se
complementa, os espaços se encontram
nitidamente separados e setorizados.
• Na estruturação do volume, o ritmo está
marcado pelos espaços retangulares
regulares e pela verticalização
Proporção e Traçados Reguladores.
• As linhas reguladoras são percebidas
conferindo um alinhamento comum à
construção, controlando a proporcionalidade
e semelhança entre os cômodos da
residência, mantendo um ritmo constante no
todo
9. 1.ANÁLISE DA FORMA
Análise das fachadas: relação cheio x
vazios.
• Apresenta uma maior área de elementos
sólidos representados pelo térreo e o
primeiro pavimento, apresentado vazios no
terraço coberto.
Fundamentos: Percepção e
Equilíbrio; Tamanho, Medida e
Escala.
• Apresenta uma proporcionalidade com a
escala humana nas partes e medidas
compactas ajustadas as necessidades
básicas humanas.
• A área construída é de 95 m 2
(verticalizado) - melhor aproveitamento do
terreno.
• Cada unidade possui pequeno quintal ao
fundo e pequeno jardim a frente comum as
casas geminadas.
10. 1.ANÁLISE DA FORMA
Pensamento Arquitetônico:
Intenção Compositiva.
• A intenção de habitação
econômica de qualidade está
presente através da utilização
do sistema de blocos pré-
fabricados de tijolos cerâmicos
montados por mão-de-obra
não-especializada, treinada no
próprio canteiro de obras.
14. 3.ANÁLISE DOS ESPAÇOS
Relação espaços cobertos x
não cobertos.
• O volume é totalmente
coberto, exceto a áreas
externas de quintal e jardim.
Relação espaços abertos x
fechados.
• Espaços sociais, íntimos e de
serviço são fechados e o
terraço aberto.
15. 3.ANÁLISE DOS ESPAÇOS
Características, qualidades e defeitos dos
espaços no projeto.
Pontos positivos:
• Casa bem setorizada, mantendo a privacidade dos
usuários e autonomia dos setores.
• Aproveitamento da laje : utilizada como área para
estender roupas e realização de churrascos e
festas , além de ser uma área de possível
expansão da casa
• Bom aproveitamento da topografia do terreno e
integração com a casa;
• Utilização de sistema de construção econômico (R$
304 reais o m 2 com custo total de 30 mil reais
incluindo urbanização e terreno)
• Pequeno quintal e jardim
Pontos negativos:
• A residência não é acessível;
• Poucas janelas no segundo pavimento;
• Único banheiro localizado na área íntima da casa ;
16. 4.ANÁLISE DAS TÉCNICAS
• Sistema estrutural : sistema de painéis
pré fabricados de tijolos cerâmicos
• Detalhes construtivos: cobertura
metálica com calha central do tipo
borboleta. Acesso ao primeiro
pavimento por escada interna de
painéis cerâmicos e acesso ao terraço
por escada metálica externa. Os
guarda-corpos, calhas e pilares
externos também são metálicos
• Materiais e acabamentos: painéis
cerâmicos com acabamento em
chapisco e pintura texturizada
• Conforto ambiental: A criação de três
patamares, cada um com um bloco de
casas , melhorou a ventilação, a
iluminação e a visibilidade,
independentemente do
posicionamento de cada unidade.
18. 1.ANÁLISE DA FORMA
Casas Alameda Lorena
Implantação / contexto / inserção da
construção no lote / inserção urbana –
PARTIDO:
•A implantação do conjunto se dá no bairro
Jardim Paulista, na cidade de São Paulo,
próximo à Av. Paulista, e junto com mais três
bairros forma a nobre região paulistana
conhecida como JARDINS;
•Contexto Urbano;
•Primeiros momentos da arquitetura moderna
brasileira;
•O conjunto está implantado em um terreno
plano que não sofreu adaptações profundas para
receber as edificações;
•O terreno foi parcelado em 17 lotes e recebeu
uma rua interna.
19. 1.ANÁLISE DA FORMA
Casas Alameda Lorena
Volumes e massas.
•O volume se divide no anexo
de serviço e na habitação
cujo bloco de arestas
arredondadas e destaque
para a massa que emerge
desse volume maior e avança
sobre o recuo frontal do lote.
•O volume é assentado no
terreno com recuos frontais e
laterais nas duas primeiras
tipologias de planta.
•Já na terceira tipologia os
volumes possuem apenas
linhas retas.
20. 1.ANÁLISE DA FORMA
Casas Alameda Lorena
Formatos:
•O formato é compacto, linhas
retas e arestas arredondadas.
Luz, cores e texturas:
• as cores se resumem no
branco. A textura é lisa.
Poucas sombras
Relação cheio x vazios:
•Prevalência de cheios sobre
vazios, com destaque para
janelas predominantemente
verticais e outras recortadas
nas arestas curvas,
21. 1.ANÁLISE DA FORMA
Casas Alameda Lorena
Relações de simetria /
equilíbrio / dominância:
•A simetria é quebrada pelas
massas salientes, que
também por serem lançadas
sobre o recuo das
edificações, provocam uma
sensação de desequilíbrio.
Contudo isso, existe ainda
uma dominância dos
alinhamentos dos blocos de
forma bastante cartesiana
22. 1.ANÁLISE DA FORMA
Casas Alameda Lorena
Determinação de eixos
visuais:
•Nas fachadas das tipologias
independentes, observamos
uma proporção dos eixos
horizontais e verticais da
fachada.
•Já na tipologia geminada, está
claro a predominância do eixo
horizontal sobre o vertical.
Fundamentos: Percepção e
Equilíbrio; Tamanho, Medida
e Escala:
•Visualmente, apesar da
grandiosidade do todo
observamos uma
proporcionalidade com a
escala humana nas partes.
23. 1.ANÁLISE DA FORMA
Casas Alameda Lorena
Organização e Estruturação da Forma e do
Espaços e Princípios de ordem:
•A organização é concentrada, com uma
sequência de espaços que circundam a escada
de acesso aos dois pavimentos das residências.
•As relações espaciais entre os dois volumes da
edificação se dá com uma interligação no
mesmo nível do terreno. São espaços
adjacentes, nos quais, de um lado está a
residência da família e de outro a residência de
empregados.
•Na estruturação do volume, o ritmo está
marcado pelos pavimentos cujo superior se
amplia sobre inferior para abrigar a circulação de
pedestres e a garagem, no caso das tipologias
independentes. E o mesmo não ocorre no caso
das geminadas, onde os pavimentos possuem a
mesma projeção.
24. 1.ANÁLISE DA FORMA
Casa das 11 Casas Alameda Lorena
mulheres
Pensamento
Arquitetônico:
Intenção Compositiva.
O pensar arquitetônico
como um todo,
desenvolvendo desde a
inserção do projeto na
malha urbana até
detalhes como o
desenho dos ladrilhos.
Assim também há a
preocupação em educar
os moradores a partir
das novas
considerações de vida
moderna.
28. Casas Alameda Lorena
3.ANÁLISE DO ESPAÇO
Características, qualidades e defeitos dos espaços no projeto.
Pontos negativos:
Largura reduzida das portas externas;
Corredores com 80 cm de largura;
Pé direito duplo faz ligação visual da área social com a área íntima ;
Pontos positivos:
Relação do morador com a rua;
Tipologias diversas que criam a individualidade do morador;
29. Casas Alameda Lorena
4.ANÁLISE DAS TÉCNICAS
sistemas estruturais: alvenaria auto-portante e laje plana que
funciona como terraço
Detalhes construtivos: Janelas rasgadas e a cabine frontal são
os destaques externos.
Materiais e acabamentos: Ladrilho desenhado pelo próprio
arquiteto, textura do reboco externo espatulado
Conforto ambiental: orientação, insolação, ventilação. Apesar
do planfeto divulgar características positivas relativas à conforto
ambiental, observamos que todas fachadas orientadas ou não ao
sol não possuem nenhum tipo de brise. E nos estudos iniciais de
Flávio de Carvalho não constava a orientação solar.
30. FONTES:
1) ROSSETTI, Carolina Pierotti. Vila América – conjunto de casas
da alameda Lorena , um modernismo brasileiro – novembro
2004
2) SULAMITA, Fonseca Lino. O modernismo com sabor local:
contatos, trocas e misturas na arquitetura e nas artes brasileiras -
UFMG