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Tauan G. Gomes
 A história de Marie começa com a história da Polônia em finais do século
XIX.
 A Polônia estava dominada pelo Império Áustro-Húngaro, Prússia e
Império Russo, Varsóvia, onde moravam os pais de Marie, estava sobre o
domínio do Czar russo.
 Os invasores oprimiam os poloneses, que quando se revoltavam eram
exilados ou enviados para prisões siberianas.
 O pai de Marie integrava a resistência passiva, dos intelectuais,
persistentes na educação científica, que os russos negavam. Devido a
suas convicções políticas e a seu patriotismo, ele perdeu o seu emprego
(professor).
 Assim, é em um ambiente de pobreza e subjugação que Marie passa sua
juventude.
 Marie nasceu no dia 7 de novembro de
1867 em Varsóvia, capital da Polônia, com
o nome de Maria Salomea Sklodowska.
 Seus pais, Władysław Sklodowski e
Bronisława Boguska Sklodowska, eram
professores e tinham outros quatro filho,
sendo Maria a caçula.
• Ainda criança Maria perdeu sua mãe e uma irmã. As duas perdas
mexeram com a cabeça da futura cientista, que abdicou de toda
crença religiosa.
Fonte: ttp://super.abril.com.br/blogs/superlistas/8-
cientistas-que-morreram-ou-se-feriram-em-nome-da-
ciencia/
 Desde cedo, Maria demonstrou ser uma excelente aluna. Apesar de
ter que ―fazer uma jornada dupla‖, pois havia o currículo russo e o
polonês.
 Após a morte de Bronisława, os Sklodowski passaram hospedar
pensionistas, para pagar suas contas. Assim, Maria passou a dormir na
sala de estar, a fazer suas tarefas escolares depois que todos haviam
se deitado e a levantar cedo para arrumar a mesa do café na pensão.
 Mesmo isso não foi empecilho para Maria, que se formou na escola
secundária como a melhor aluna de sua classe.
 Depois da escola, Maria passou por um período de estafe mental e
física. Assim, ela se retirou para uma temporada com seus tios, no
campo, em uma propriedade próxima à fronteira com a Ucrânia.
 Quando retorna à Varsóvia, ela e sua irmã Bronisława passaram a
frequentar uma universidade clandestina, conhecida como
―universidade itinerante‖ (flying university, floating university), um
programa educacional que desafiava o sistema educacional russo que
proibia que as mulheres polonesas frequentassem as universidades.
 Maria e Bronisława sabiam que para se formar profissionalmente,
precisariam estudar em uma universidade da Europa Ocidental.
Assim, elas firmaram um acordo.
 Para cumprir o acordo, Maria passou a trabalhar como governanta.
 Cerca de 7 anos depois, Maria partiu para Paris e matriculou-se na
Faculdade de Ciências da Universidade de Sorbonne, com o nome
de Marie, a forma afrancesada de seu nome.
• Nesta época, a Sorbonne tinha
aproximadamente 1800 estudantes,
sendo apena 23 mulheres, das quais
menos de um terço eram francesas
• De acordo com o pensamento da
época era humilhante para as
mulheres cursar uma universidade.
Fonte: http://library.thinkquest.org/28383/nowe_teksty/htmla/bcuriea.html
 Marie ingressou na Sorbonne com vinte e quatro anos de idade.
Nessa idade, outros cientistas já estavam com as carreiras
consolidadas:
 Einstein, por exemplo, descobriu a relatividade aos 25 anos; e
Newton, aos 24, desenvolveu o cálculo diferencial e integral.
 Na universidade, ilustres pesquisadores foram professores de
Marie:
 Emile Duclaux, professor de Química Biológica, foi um dos
primeiros defensores de Pasteur e de sua teoria de que as
doenças eram espalhadas por micróbios; Gabriel Lippmann,
professor de Física que estava prestes a inventar a fotografia em
cores e Henri Poincaré, professor de Matemática que antecipava
conceitos que mais tarde se tornariam essenciais para a
mecânica estatística.
 Poincaré voltaria a influenciar a vida de Marie, sendo um dos
primeiros a se dedicar ao estudo da ―radioatividade‖.
 Em 1894, um professor lhe apresentou Pierre Curie, para auxiliá-la em
um projeto de pesquisa, já que as instalações no laboratório em que
trabalhava na Sorbonne eram inapropriadas.
 Pierre já era um prestigiado professor, e desenvolvia pesquisas em
parecia com seu irmão, Jacques. Juntos eles descobriram o efeito da
piezoeletricidade, o aparecimento de cargas nas faces opostas de
cristais de quartzo quando pressionado.
 A partir de seus experimentos, os irmãos Curie desenvolveram um
eletrômetro extremamente sensível, que Marie utilizaria nas
investigações que levaram à conclusão de que o tório emitia os
mesmos raios que o urânio, e que estes raios eram capazes de tornar o
ar um meio condutor de eletricidade.
 Os dois cientistas tinham interesses parecidos e hábitos em
comum (embora Pierre fosse 9 anos mais velho), o que culminou
e seu casamento e em uma frutífera pareceria científica.
 Os interesses em comum, em suas respectivas áreas de
pesquisa, aproximaram Marie e Pierre, embora a amizade tenha
se prolongado antes do romance surgir.
 O casal teve duas filhas, Irène e Eve.
Fonte: http://chayex-
bhe62510yahoocom.blogspot.com.br/2011/01/marie-and-pierre-
curie.html /
Fonte: http://www.ebay.com/itm/1944-Press-Photo-Eve-Curie-Daughter-Marie-Curie-Nobe
l-Peace-Prize-Speaker-/390494167940?pt=Art_Photo_Images&hash=item5aeb442384
 Marie estava à procura de um assunto para sua tese de doutorado
quando conheceu os estudos de Becquerel sobre os raios-X.
 Ela decidiu analisar os ―raios de urânio‖ e, juntamente com Pierre,
descobriu que as propriedades de radioatividade não eram
características dos compostos de urânio, mas sim dos próprios átomos
do elemento.
 Levada pela curiosidade de descobrir se outros elementos
apresentariam o mesmo fenômeno peculiar, ela descobriu que o tório
também era radioativo e que a pechblenda, um mineral com atividade
radioativa maior que a do urânio, continha um metal ainda
desconhecido.
 Marie e Pierre dedicaram-se, a isolar esse metal, e, após exaustivos
trabalhos de refinar a pechblenda, eles isolaram um pó de bismuto
contendo o novo elemento. Esse novo elemento foi batizado polônio.
 Os Curie observaram que, mesmo considerando a alta radioatividade do
polônio, a pechblenda ainda emitia mais radioatividade do que o
esperado. Assim, voltaram ao laboratório para continuar estudando esse
frutífero minério.
 Mas, em 1906 a vida de Marie sofre uma reviravolta, Pierre é vítima de
um acidente fatal.
 Apesar do imenso abalo emocional, Marie recebe uma recompensa
inédita: a cátedra de física (anteriormente ocupada por Pierre), e se
torna a primeira mulher a dar aulas na Sorbonne.
 Mesmo viúva, Marie encara outro longo e desgastante período de
estudos, refinações e testes (em que teve que purificar quase 10
toneladas de pechblenda para obter 1 grama do novíssimo elemento).
Desse modo, o rádio é segundo elemento radioativo descoberto em
decorrência do trabalho de Marie.
 Essa nova descoberta lhe valera seu segundo Prêmio Nobel, em 19011.
 Durante a Primeira Guerra Mundial, Marie dedicou-se às aplicações
médicas dos raios-X, chegando a propor que um aparelho de radiografia
móvel fosse usado no tratamento de feridos.
 Depois do fim da guerra, ela voltou suas atenções para a organização
do seu laboratório e a busca de verbas para novas pesquisas, chegando
a, visitar o Brasil, onde proferiu uma conferência sobre a radioatividade e
suas aplicações na medicina, na Faculdade de Medicina da
Universidade Federal de Minas Gerais.
 Nos últimos vinte anos de sua vida, Marie foi assolada pelas mazelas
causadas pela radiação, perecendo de leucemia aos 66 anos, 1934.
• Entretanto, Mme. Curie não era uma lenda, apesar de ser
considerada a mulher mais extraordinária do século XX, ela era
perfeitamente humana. Sua vida não foi só de trabalho, em alguns
de seus muitos diários estão descritos longos passeios românticos
de bicicleta, ou férias no campo com Pierre.
• E mais, Após a morte de Pierre, Marie se envolveu com o ex-aluno
de seu cmarido, Paul Langevin, que vivia um casamento conturbado.
O romance foi a público e causou danos à carreira de Marie. O
comitê do Nobel chegou a solicitar que ela recusasse o seu segundo
prêmio, o que ela não fez alegando que ele havia sido concedido por
suas pesquisas e não por fatos de sua vida particular.
Fonte: http://scienceblogs.com.br/dimensional/2009/05/
Fonte: http://jakinstein.com/2006/02/28/the-solvay-
conference/
 STRATHERN, P. Curie e a radiatividade em 90 minutos. Tradução: Maria L..
X. de A. Borges. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2000.
 SKWARZEC B. Maria Skłodowska-Curie (1867–1934)—her life and
discoveries. Anal. Bioanal. Chem. DOI 10.1007/s00216-011-4771-3, 2011.
 MARTINS, R. de A. As primeiras investigações de Marie Curie sobre
elementos radioativos. Revista da Sociedade Brasileira de História da
Ciência, Rio de Janeiro, v. 1, n.1, p. 29-41, 2003.
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A mulher mais extraordinária do século xx

  • 2.  A história de Marie começa com a história da Polônia em finais do século XIX.  A Polônia estava dominada pelo Império Áustro-Húngaro, Prússia e Império Russo, Varsóvia, onde moravam os pais de Marie, estava sobre o domínio do Czar russo.  Os invasores oprimiam os poloneses, que quando se revoltavam eram exilados ou enviados para prisões siberianas.  O pai de Marie integrava a resistência passiva, dos intelectuais, persistentes na educação científica, que os russos negavam. Devido a suas convicções políticas e a seu patriotismo, ele perdeu o seu emprego (professor).  Assim, é em um ambiente de pobreza e subjugação que Marie passa sua juventude.
  • 3.  Marie nasceu no dia 7 de novembro de 1867 em Varsóvia, capital da Polônia, com o nome de Maria Salomea Sklodowska.  Seus pais, Władysław Sklodowski e Bronisława Boguska Sklodowska, eram professores e tinham outros quatro filho, sendo Maria a caçula. • Ainda criança Maria perdeu sua mãe e uma irmã. As duas perdas mexeram com a cabeça da futura cientista, que abdicou de toda crença religiosa. Fonte: ttp://super.abril.com.br/blogs/superlistas/8- cientistas-que-morreram-ou-se-feriram-em-nome-da- ciencia/
  • 4.  Desde cedo, Maria demonstrou ser uma excelente aluna. Apesar de ter que ―fazer uma jornada dupla‖, pois havia o currículo russo e o polonês.  Após a morte de Bronisława, os Sklodowski passaram hospedar pensionistas, para pagar suas contas. Assim, Maria passou a dormir na sala de estar, a fazer suas tarefas escolares depois que todos haviam se deitado e a levantar cedo para arrumar a mesa do café na pensão.  Mesmo isso não foi empecilho para Maria, que se formou na escola secundária como a melhor aluna de sua classe.  Depois da escola, Maria passou por um período de estafe mental e física. Assim, ela se retirou para uma temporada com seus tios, no campo, em uma propriedade próxima à fronteira com a Ucrânia.
  • 5.  Quando retorna à Varsóvia, ela e sua irmã Bronisława passaram a frequentar uma universidade clandestina, conhecida como ―universidade itinerante‖ (flying university, floating university), um programa educacional que desafiava o sistema educacional russo que proibia que as mulheres polonesas frequentassem as universidades.  Maria e Bronisława sabiam que para se formar profissionalmente, precisariam estudar em uma universidade da Europa Ocidental. Assim, elas firmaram um acordo.  Para cumprir o acordo, Maria passou a trabalhar como governanta.
  • 6.  Cerca de 7 anos depois, Maria partiu para Paris e matriculou-se na Faculdade de Ciências da Universidade de Sorbonne, com o nome de Marie, a forma afrancesada de seu nome. • Nesta época, a Sorbonne tinha aproximadamente 1800 estudantes, sendo apena 23 mulheres, das quais menos de um terço eram francesas • De acordo com o pensamento da época era humilhante para as mulheres cursar uma universidade. Fonte: http://library.thinkquest.org/28383/nowe_teksty/htmla/bcuriea.html
  • 7.  Marie ingressou na Sorbonne com vinte e quatro anos de idade. Nessa idade, outros cientistas já estavam com as carreiras consolidadas:  Einstein, por exemplo, descobriu a relatividade aos 25 anos; e Newton, aos 24, desenvolveu o cálculo diferencial e integral.  Na universidade, ilustres pesquisadores foram professores de Marie:  Emile Duclaux, professor de Química Biológica, foi um dos primeiros defensores de Pasteur e de sua teoria de que as doenças eram espalhadas por micróbios; Gabriel Lippmann, professor de Física que estava prestes a inventar a fotografia em cores e Henri Poincaré, professor de Matemática que antecipava conceitos que mais tarde se tornariam essenciais para a mecânica estatística.  Poincaré voltaria a influenciar a vida de Marie, sendo um dos primeiros a se dedicar ao estudo da ―radioatividade‖.
  • 8.  Em 1894, um professor lhe apresentou Pierre Curie, para auxiliá-la em um projeto de pesquisa, já que as instalações no laboratório em que trabalhava na Sorbonne eram inapropriadas.  Pierre já era um prestigiado professor, e desenvolvia pesquisas em parecia com seu irmão, Jacques. Juntos eles descobriram o efeito da piezoeletricidade, o aparecimento de cargas nas faces opostas de cristais de quartzo quando pressionado.  A partir de seus experimentos, os irmãos Curie desenvolveram um eletrômetro extremamente sensível, que Marie utilizaria nas investigações que levaram à conclusão de que o tório emitia os mesmos raios que o urânio, e que estes raios eram capazes de tornar o ar um meio condutor de eletricidade.
  • 9.  Os dois cientistas tinham interesses parecidos e hábitos em comum (embora Pierre fosse 9 anos mais velho), o que culminou e seu casamento e em uma frutífera pareceria científica.  Os interesses em comum, em suas respectivas áreas de pesquisa, aproximaram Marie e Pierre, embora a amizade tenha se prolongado antes do romance surgir.  O casal teve duas filhas, Irène e Eve.
  • 12.  Marie estava à procura de um assunto para sua tese de doutorado quando conheceu os estudos de Becquerel sobre os raios-X.  Ela decidiu analisar os ―raios de urânio‖ e, juntamente com Pierre, descobriu que as propriedades de radioatividade não eram características dos compostos de urânio, mas sim dos próprios átomos do elemento.  Levada pela curiosidade de descobrir se outros elementos apresentariam o mesmo fenômeno peculiar, ela descobriu que o tório também era radioativo e que a pechblenda, um mineral com atividade radioativa maior que a do urânio, continha um metal ainda desconhecido.  Marie e Pierre dedicaram-se, a isolar esse metal, e, após exaustivos trabalhos de refinar a pechblenda, eles isolaram um pó de bismuto contendo o novo elemento. Esse novo elemento foi batizado polônio.
  • 13.  Os Curie observaram que, mesmo considerando a alta radioatividade do polônio, a pechblenda ainda emitia mais radioatividade do que o esperado. Assim, voltaram ao laboratório para continuar estudando esse frutífero minério.  Mas, em 1906 a vida de Marie sofre uma reviravolta, Pierre é vítima de um acidente fatal.  Apesar do imenso abalo emocional, Marie recebe uma recompensa inédita: a cátedra de física (anteriormente ocupada por Pierre), e se torna a primeira mulher a dar aulas na Sorbonne.  Mesmo viúva, Marie encara outro longo e desgastante período de estudos, refinações e testes (em que teve que purificar quase 10 toneladas de pechblenda para obter 1 grama do novíssimo elemento). Desse modo, o rádio é segundo elemento radioativo descoberto em decorrência do trabalho de Marie.  Essa nova descoberta lhe valera seu segundo Prêmio Nobel, em 19011.
  • 14.  Durante a Primeira Guerra Mundial, Marie dedicou-se às aplicações médicas dos raios-X, chegando a propor que um aparelho de radiografia móvel fosse usado no tratamento de feridos.  Depois do fim da guerra, ela voltou suas atenções para a organização do seu laboratório e a busca de verbas para novas pesquisas, chegando a, visitar o Brasil, onde proferiu uma conferência sobre a radioatividade e suas aplicações na medicina, na Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais.  Nos últimos vinte anos de sua vida, Marie foi assolada pelas mazelas causadas pela radiação, perecendo de leucemia aos 66 anos, 1934.
  • 15. • Entretanto, Mme. Curie não era uma lenda, apesar de ser considerada a mulher mais extraordinária do século XX, ela era perfeitamente humana. Sua vida não foi só de trabalho, em alguns de seus muitos diários estão descritos longos passeios românticos de bicicleta, ou férias no campo com Pierre. • E mais, Após a morte de Pierre, Marie se envolveu com o ex-aluno de seu cmarido, Paul Langevin, que vivia um casamento conturbado. O romance foi a público e causou danos à carreira de Marie. O comitê do Nobel chegou a solicitar que ela recusasse o seu segundo prêmio, o que ela não fez alegando que ele havia sido concedido por suas pesquisas e não por fatos de sua vida particular.
  • 16.
  • 19.  STRATHERN, P. Curie e a radiatividade em 90 minutos. Tradução: Maria L.. X. de A. Borges. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2000.  SKWARZEC B. Maria Skłodowska-Curie (1867–1934)—her life and discoveries. Anal. Bioanal. Chem. DOI 10.1007/s00216-011-4771-3, 2011.  MARTINS, R. de A. As primeiras investigações de Marie Curie sobre elementos radioativos. Revista da Sociedade Brasileira de História da Ciência, Rio de Janeiro, v. 1, n.1, p. 29-41, 2003.