SlideShare una empresa de Scribd logo
1 de 29
Descargar para leer sin conexión
Resistência dos Materiais II
Estruturas III
Universidade Federal de Pelotas
Centro de Engenharias
Universidade Federal de Pelotas
Centro de Engenharias
Capítulo 5
Flambagem
Resistência dos Materiais II
Estruturas III
Universidade Federal de Pelotas
Centro de Engenharias
Resistência dos Materiais II
Estruturas III
Universidade Federal de Pelotas
Centro de Engenharias
5.1 – Experiências para entender a
flambagem
1) Pegue uma régua escolar de plástico e pressione-a
entre dois pontos bem próximos, um a cinco
centímetros do outro. Você está simulando uma
estrutura em compressão simples. Agora,
pressione dois pontos distantes 15cm um do outro.
Algo começa a aparecer nessa nova posição, é
visivelmente mais fácil criar condições para a
barra começar a encurvar. A barra está começando
a sofrer o fenômeno da flambagem. Faça agora
com pontos distantes a 30cm. Force a régua até a
ruptura. A régua se quebra, pois o plástico é um
material frágil.
Resistência dos Materiais II
Estruturas III
Universidade Federal de Pelotas
Centro de Engenharias
Resistência dos Materiais II
Estruturas III
Universidade Federal de Pelotas
Centro de Engenharias
2) Pise em cima de uma lata vazia de refrigerante. Você notará que a lata,
sem se quebrar, amassa. Não quebrou porque, ao contrário do plástico
que é frágil, o alumínio é dúctil e se deforma bastante antes de perder
sua unidade.
 Peças comprimidas de grande altura podem flambar, fato que é
reduzido sensivelmente se a altura for pequena.
 Quanto maior for a espessura da peça comprimida, menor a tendência
a flambar.
 Quanto mais flexível for o material
(menor E), mais fácil é a ocorrência da
flambagem.
Deve-se a Leonhard Euler (1744) a primeira formulação de uma
quantificação do limite que se pode colocar uma peça comprimida,
para que ela não flambe.
Conclusões
Resistência dos Materiais II
Estruturas III
Universidade Federal de Pelotas
Centro de Engenharias
Resistência dos Materiais II
Estruturas III
Universidade Federal de Pelotas
Centro de Engenharias
5.2 – Carga crítica – fórmula de Euler
para coluna ideal com apoios de pinos
Elementos estruturais compridos e esbeltos, sujeitos a
uma força de compressão axial são denominados
colunas.
Uma coluna ideal é uma coluna perfeitamente reta
antes da carga. A carga é aplicada no centroide da
seção transversal.
A deflexão lateral que ocorre é denominada
flambagem.
A carga axial máxima que uma coluna pode suportar
quando está na iminência de sofrer flambagem é
denominada carga crítica, Pcr.
Resistência dos Materiais II
Estruturas III
Universidade Federal de Pelotas
Centro de Engenharias
Universidade Federal de Pelotas
Centro de Engenharias
Essa equação diferencial linear homogênea de segunda
ordem com coeficientes constantes de solução geral é:
Condições de contorno: y=0 em x=0, C2=0 e y=0 em x=L:
  
2
2
d y
EI M Py
dx
   
       
   
1 2 cos
P P
y C sen x C x
EI EI
 
  
 
2
2
0
d y P
y
dx EI
 
   
 
10
P
C sen L
EI
Resistência dos Materiais II
Estruturas III
Universidade Federal de Pelotas
Centro de Engenharias
Universidade Federal de Pelotas
Centro de Engenharias
O menor valor de P é obtido com n=1, de modo que a carga crítica é:
 
   
 
  
 
  
 
1
1
0
0 0
0
P
C sen L
EI
C y
P
sen L
EI

 
  
 
P
L n
EI

 
2 2
2
1,2,3....
n EI
P n
L


2
2cr
EI
P
L
Resistência dos Materiais II
Estruturas III
Universidade Federal de Pelotas
Centro de Engenharias
Universidade Federal de Pelotas
Centro de Engenharias
Pcr ⟶ carga crítica ou carga axial
σcr ⟶tensão crítica
E ⟶módulo de elasticidade para o material
I ⟶ menor momento de inércia para a área da seção
transversal
L ⟶ comprimento da coluna sem apoio
i⟶ menor raio de giração da coluna
λ=L/i ⟶ índice de esbeltez – medida da flexibilidade
da coluna
 
2
2
2
2
/
cr
cr
EI
P
L
E
σ
L i




I
i
A

 
2 2
2
2
2
( )
/
cr
cr
E Ai
P
L
P E
A L i



 
 
 
Resistência dos Materiais II
Estruturas III
Universidade Federal de Pelotas
Centro de Engenharias
Universidade Federal de Pelotas
Centro de Engenharias
Gráfico Tensão crítica x λ
2
2
cr
P E
A


 
 
 
Resistência dos Materiais II
Estruturas III
Universidade Federal de Pelotas
Centro de Engenharias
Universidade Federal de Pelotas
Centro de Engenharias
A coluna sofrerá flambagem em torno do eixo
principal da seção transversal que tenha o menor
momento de inércia (o eixo menos resistente).
Na coluna da figura ao lado, sofrerá flambagem em
torno do eixo a-a e não do eixo b-b.
Resistência dos Materiais II
Estruturas III
Universidade Federal de Pelotas
Centro de Engenharias
Universidade Federal de Pelotas
Centro de Engenharias
1)Um tubo de aço A-36 com 7,2m de
comprimento e a seção transversal
mostrada ao lado deve ser usado como
uma coluna presa por pinos na
extremidade. Determine a carga axial
admissível máxima que a coluna pode
sofrer flambagem. Resposta:
Exercício de fixação
200
250e
E GPa
MPa


Pcrit=228,2kN
Resistência dos Materiais II
Estruturas III
Universidade Federal de Pelotas
Centro de Engenharias
Universidade Federal de Pelotas
Centro de Engenharias
2)Uma coluna de aço A-36 tem 4m de
comprimento e está presa por pinos
em ambas as extremidades. Se a área
da seção transversal tiver as dimensões
mostradas na figura, determine a carga
crítica. Resposta:
Exercício de fixação
200
250e
E GPa
MPa


Pcrit=22,7kN
Resistência dos Materiais II
Estruturas III
Universidade Federal de Pelotas
Centro de Engenharias
Universidade Federal de Pelotas
Centro de Engenharias
O elemento estrutural A-36 W200 X 46
de aço mostrado na figura ao lado deve
ser usado como uma coluna acoplada
por pinos. Determine a maior carga
axial que ele pode suportar antes de
começar a sofrer flambagem ou antes
que o aço escoe.
Exemplo 1-
2 6 4 6 4
5890 mm , 45,5 10 mm , 15,3 10 mm
250 , 200
x y
e
A I I
MPa E GPa
    
 
Resistência dos Materiais II
Estruturas III
Universidade Federal de Pelotas
Centro de Engenharias
Universidade Federal de Pelotas
Centro de Engenharias
Ocorrerá flambagem em torno do eixo y–y (menor):
Quando totalmente carregada, a tensão de compressão média na coluna é:
Visto que a tensão ultrapassa a tensão de escoamento,
Resposta:
 2 3 2 6 42
3
2 2
(200 10 / ) 15,3 10 mm
1887,6 10 1887,6
(4000 )cr
N mmEI
P N kN
L mm
  
    
3
2 2
1887,6 10
320,5 320,5
5890 mm mm
cr
cr
P N N
MPa
A


   
3
2 2
250 1472,5 10 1472,5
mm 5890
N P
P N kN
mm
    
1472,5P kN
Resistência dos Materiais II
Estruturas III
Universidade Federal de Pelotas
Centro de Engenharias
Universidade Federal de Pelotas
Centro de Engenharias
A fórmula de Euler foi deduzida para uma coluna com extremidades
acopladas por pinos ou livres para girar. Todavia, muitas vezes as colunas
podem ser apoiadas de outro modo.
Le é denominado comprimento efetivo da coluna.
Um coeficiente dimensional K, fator de comprimento efetivo, é usado para
calcular Le.
KLLe 
5.3- Colunas com vários tipos de
apoios
Resistência dos Materiais II
Estruturas III
Universidade Federal de Pelotas
Centro de Engenharias
Universidade Federal de Pelotas
Centro de Engenharias
Portanto, temos,
   
2 2
2 2
/
cr cr
e e
EI E
P
L L i
 
 
λ=Le/i ⟶índice de esbeltez efetivo
Resistência dos Materiais II
Estruturas III
Universidade Federal de Pelotas
Centro de Engenharias
Universidade Federal de Pelotas
Centro de Engenharias
Resistência dos Materiais II
Estruturas III
Universidade Federal de Pelotas
Centro de Engenharias
Universidade Federal de Pelotas
Centro de Engenharias
Resistência dos Materiais II
Estruturas III
Universidade Federal de Pelotas
Centro de Engenharias
Universidade Federal de Pelotas
Centro de Engenharias
3)Determinar a carga crítica se a coluna for engastada na base e presa
por pinos no topo.
Resposta:
Exercício de fixação
Pcrit=46,4kN
Resistência dos Materiais II
Estruturas III
Universidade Federal de Pelotas
Centro de Engenharias
Universidade Federal de Pelotas
Centro de Engenharias
4) O elemento estrutural W200x100 é feito de
aço A—36 e usado como uma coluna de 7,5m
de comprimento. Podemos considerar que a
base dessa coluna está engastada e que o topo
está preso por um pino. Determine a maior
força axial P que pode ser aplicada sem
provocar flambagem. Considere:
Exercício de fixação-
E = 200GPa
Ix = 113(106)mm4
Iy = 36,6(106)mm4
σe=250MPa
A=12700mm2 Resposta: Pcrit=2621,2kN
Resistência dos Materiais II
Estruturas III
Universidade Federal de Pelotas
Centro de Engenharias
Universidade Federal de Pelotas
Centro de Engenharias
5.4 – A fórmula da secante
Resistência dos Materiais II
Estruturas III
Universidade Federal de Pelotas
Centro de Engenharias
Universidade Federal de Pelotas
Centro de Engenharias
Essa equação tem solução geral é:
Condições de contorno: y=0 em x=0, C2=e e y=0 em x=L:
   
2
2
( )
d y
EI M P e y
dx
   
        
   
1 2 cos
P P
y C sen x C x e
EI EI
   
     
   
2
2
d y P P
y e
dx EI EI
 
   
 
 
  
 
1
[1 cos ]
P
e L
EI
C
P
sen L
EI
Resistência dos Materiais II
Estruturas III
Universidade Federal de Pelotas
Centro de Engenharias
Universidade Federal de Pelotas
Centro de Engenharias
Usando identidades trigonométricas:
Deflexão máxima: (x=L/2)
 
    
 
1
2
P L
C e tg
EI
cos 1
2
P L P P
y e tg sen x x
EI EI EI
      
             
       
  
    
   
sec 1
2máx
P L
y e
EI
Resistência dos Materiais II
Estruturas III
Universidade Federal de Pelotas
Centro de Engenharias
Universidade Federal de Pelotas
Centro de Engenharias
máx
P Mc
A I
  
2
1 sec
2
e
máx
LP ec P
A i i EA

  
   
  

  
    
   
  
    
   
sec 1
2
sec 1
2
máx
máx
M Py
P L
y e
EI
P L
M Pe
EI
sec 1
2
máx
P P L c
Pe
A EI I

  
    
  
σmáx ⟶ tensão elástica máxima na coluna
P ⟶ carga vertical aplicada a coluna
e ⟶ excentricidade da carga P
c ⟶ distância do eixo neutro até a fibra
externa da coluna onde ocorre a tensão de
compressão máxima
A ⟶ área da seção transversal da coluna
Le ⟶ comprimento não apoiado da coluna no
plano de flexão.
E ⟶ módulo de elasticidade para o material
i⟶ raio de giração
Resistência dos Materiais II
Estruturas III
Universidade Federal de Pelotas
Centro de Engenharias
Universidade Federal de Pelotas
Centro de Engenharias
Gráficos Aço A-36
Resistência dos Materiais II
Estruturas III
Universidade Federal de Pelotas
Centro de Engenharias
Universidade Federal de Pelotas
Centro de Engenharias
5) A coluna W8x48 de aço estrutural A-36 está
engastada na base e presa por pino no topo. Se
for submetida à carga excêntrica de 75kip,
determine se ela falha por escoamento. A
coluna está escorada de modo a não sofrer
flambagem em torno de y-y. Considere:
Exercício de fixação-
E = 29(103)ksi
σe = 36ksi
Resposta: não falha
Resistência dos Materiais II
Estruturas III
Universidade Federal de Pelotas
Centro de Engenharias
Universidade Federal de Pelotas
Centro de Engenharias
Resistência dos Materiais II
Estruturas III
Universidade Federal de Pelotas
Centro de Engenharias
Universidade Federal de Pelotas
Centro de Engenharias
6) Um elemento estrutural W10x15 de aço A-36 é usado como uma
coluna engastada. Determine a carga excêntrica máxima P que pode
ser aplicada de modo que a coluna não sofra flambagem ou
escoamento. Considere:
Exercício de fixação-
E = 29(103)ksi
σe = 36ksi
d=9,99in
P=36,8kN
A = 4,41in2
Ix = 68,9in4
Iy = 2,89in4
ix=3,95in
Resposta:
Resistência dos Materiais II
Estruturas III
Universidade Federal de Pelotas
Centro de Engenharias
Universidade Federal de Pelotas
Centro de Engenharias
Resistência dos Materiais II
Estruturas III
Universidade Federal de Pelotas
Centro de Engenharias
Universidade Federal de Pelotas
Centro de Engenharias
7) A coluna de alumínio tem a seção transversal mostrada abaixo. Se
estiver engastada na base e livre no topo, determine a força máxima
que pode ser aplicada em A sem provocar flambagem ou escoamento.
Considere:
Exercício de fixação-
E = 70 GPa
σe = 95MPa
Resposta: P=23,6kN

Más contenido relacionado

La actualidad más candente

Relatório de Experimento: Perdas de Carga Localizada.
Relatório de Experimento: Perdas de Carga Localizada.Relatório de Experimento: Perdas de Carga Localizada.
Relatório de Experimento: Perdas de Carga Localizada.UFMT
 
Exercicios resolvidos de_hidraulica
Exercicios resolvidos de_hidraulicaExercicios resolvidos de_hidraulica
Exercicios resolvidos de_hidraulicaSérgio Lessa
 
Resistência dos materiais
Resistência dos materiaisResistência dos materiais
Resistência dos materiaisAndrew Cass
 
Lista de exercícios flexão em vigas compostas mecânica dos sólidos ii
Lista de exercícios flexão em vigas compostas   mecânica dos sólidos iiLista de exercícios flexão em vigas compostas   mecânica dos sólidos ii
Lista de exercícios flexão em vigas compostas mecânica dos sólidos iiDiego Alves
 
Linhas de-influencia-de-estruturas-isostaticas (1)
Linhas de-influencia-de-estruturas-isostaticas (1)Linhas de-influencia-de-estruturas-isostaticas (1)
Linhas de-influencia-de-estruturas-isostaticas (1)UFRJ
 
201553 22238 7-flambagem
201553 22238 7-flambagem201553 22238 7-flambagem
201553 22238 7-flambagemBruna Húngaro
 
111272491 exercicios-resolvidos-termo-ii
111272491 exercicios-resolvidos-termo-ii111272491 exercicios-resolvidos-termo-ii
111272491 exercicios-resolvidos-termo-iitwolipa
 
Solução da lista 2
Solução da lista 2Solução da lista 2
Solução da lista 2Ayrton Lira
 
3. cálculo dos esforços em vigas
3. cálculo dos esforços em vigas3. cálculo dos esforços em vigas
3. cálculo dos esforços em vigasWillian De Sá
 
22 tabelas de vigas
22 tabelas de vigas22 tabelas de vigas
22 tabelas de vigasgabioa
 
Exercícios de torque
Exercícios de torqueExercícios de torque
Exercícios de torqueRobsoncn
 
Exercicios resolvidos hidraulica
Exercicios resolvidos hidraulicaExercicios resolvidos hidraulica
Exercicios resolvidos hidraulicafernando correa
 
Relatorio metrologia experimento pratico
Relatorio metrologia   experimento praticoRelatorio metrologia   experimento pratico
Relatorio metrologia experimento praticoolivema91
 

La actualidad más candente (20)

Relatório de Experimento: Perdas de Carga Localizada.
Relatório de Experimento: Perdas de Carga Localizada.Relatório de Experimento: Perdas de Carga Localizada.
Relatório de Experimento: Perdas de Carga Localizada.
 
Aula18(3)
Aula18(3)Aula18(3)
Aula18(3)
 
Exercicios resolvidos de_hidraulica
Exercicios resolvidos de_hidraulicaExercicios resolvidos de_hidraulica
Exercicios resolvidos de_hidraulica
 
E flexao pura
E   flexao puraE   flexao pura
E flexao pura
 
Rm exerc resolvidos
Rm exerc resolvidosRm exerc resolvidos
Rm exerc resolvidos
 
Resistência dos materiais
Resistência dos materiaisResistência dos materiais
Resistência dos materiais
 
Lista de exercícios flexão em vigas compostas mecânica dos sólidos ii
Lista de exercícios flexão em vigas compostas   mecânica dos sólidos iiLista de exercícios flexão em vigas compostas   mecânica dos sólidos ii
Lista de exercícios flexão em vigas compostas mecânica dos sólidos ii
 
Linhas de-influencia-de-estruturas-isostaticas (1)
Linhas de-influencia-de-estruturas-isostaticas (1)Linhas de-influencia-de-estruturas-isostaticas (1)
Linhas de-influencia-de-estruturas-isostaticas (1)
 
201553 22238 7-flambagem
201553 22238 7-flambagem201553 22238 7-flambagem
201553 22238 7-flambagem
 
Calculo de apoio e flecha
Calculo de apoio e flechaCalculo de apoio e flecha
Calculo de apoio e flecha
 
111272491 exercicios-resolvidos-termo-ii
111272491 exercicios-resolvidos-termo-ii111272491 exercicios-resolvidos-termo-ii
111272491 exercicios-resolvidos-termo-ii
 
Solução da lista 2
Solução da lista 2Solução da lista 2
Solução da lista 2
 
3. cálculo dos esforços em vigas
3. cálculo dos esforços em vigas3. cálculo dos esforços em vigas
3. cálculo dos esforços em vigas
 
22 tabelas de vigas
22 tabelas de vigas22 tabelas de vigas
22 tabelas de vigas
 
Cisalhamento
CisalhamentoCisalhamento
Cisalhamento
 
Pilar canto
Pilar cantoPilar canto
Pilar canto
 
Exercícios de torque
Exercícios de torqueExercícios de torque
Exercícios de torque
 
Aula 02 torcao
Aula 02   torcaoAula 02   torcao
Aula 02 torcao
 
Exercicios resolvidos hidraulica
Exercicios resolvidos hidraulicaExercicios resolvidos hidraulica
Exercicios resolvidos hidraulica
 
Relatorio metrologia experimento pratico
Relatorio metrologia   experimento praticoRelatorio metrologia   experimento pratico
Relatorio metrologia experimento pratico
 

Similar a Flambagem de colunas e carga crítica

Similar a Flambagem de colunas e carga crítica (20)

FLEXÕES
FLEXÕESFLEXÕES
FLEXÕES
 
Aula 5-flambagem
Aula 5-flambagemAula 5-flambagem
Aula 5-flambagem
 
Unidade 3
Unidade 3Unidade 3
Unidade 3
 
Carga-axial.pdf
Carga-axial.pdfCarga-axial.pdf
Carga-axial.pdf
 
Flexão.pdf
Flexão.pdfFlexão.pdf
Flexão.pdf
 
Apostila pm
Apostila pmApostila pm
Apostila pm
 
Resistencia
ResistenciaResistencia
Resistencia
 
Resistencia materiais e dimensionamento
Resistencia materiais e dimensionamentoResistencia materiais e dimensionamento
Resistencia materiais e dimensionamento
 
Resistencia
ResistenciaResistencia
Resistencia
 
Resistencia dos materiais e dimensionamento de estruturas
Resistencia dos materiais e dimensionamento de estruturasResistencia dos materiais e dimensionamento de estruturas
Resistencia dos materiais e dimensionamento de estruturas
 
Capítulo-3.pdf
Capítulo-3.pdfCapítulo-3.pdf
Capítulo-3.pdf
 
Analogia de-mohr-e-eq-3-momentos
Analogia de-mohr-e-eq-3-momentosAnalogia de-mohr-e-eq-3-momentos
Analogia de-mohr-e-eq-3-momentos
 
Resistência dos Materiais - Lista de exercicios 1
Resistência dos Materiais - Lista de exercicios 1Resistência dos Materiais - Lista de exercicios 1
Resistência dos Materiais - Lista de exercicios 1
 
Flexão lista 2
Flexão lista 2   Flexão lista 2
Flexão lista 2
 
Trabalho de flambagem
Trabalho de flambagemTrabalho de flambagem
Trabalho de flambagem
 
Resistênca dos Materiais Avançado - Lista de Exercícios 1
Resistênca dos Materiais Avançado - Lista de Exercícios 1Resistênca dos Materiais Avançado - Lista de Exercícios 1
Resistênca dos Materiais Avançado - Lista de Exercícios 1
 
Aula cap tulo_13
Aula cap tulo_13Aula cap tulo_13
Aula cap tulo_13
 
Lei de-hooke
Lei de-hookeLei de-hooke
Lei de-hooke
 
Apostila eng2031
Apostila eng2031Apostila eng2031
Apostila eng2031
 
Curso introdutório de Concreto Protendido
Curso introdutório de Concreto ProtendidoCurso introdutório de Concreto Protendido
Curso introdutório de Concreto Protendido
 

Flambagem de colunas e carga crítica

  • 1. Resistência dos Materiais II Estruturas III Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias Capítulo 5 Flambagem
  • 2. Resistência dos Materiais II Estruturas III Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias Resistência dos Materiais II Estruturas III Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias 5.1 – Experiências para entender a flambagem 1) Pegue uma régua escolar de plástico e pressione-a entre dois pontos bem próximos, um a cinco centímetros do outro. Você está simulando uma estrutura em compressão simples. Agora, pressione dois pontos distantes 15cm um do outro. Algo começa a aparecer nessa nova posição, é visivelmente mais fácil criar condições para a barra começar a encurvar. A barra está começando a sofrer o fenômeno da flambagem. Faça agora com pontos distantes a 30cm. Force a régua até a ruptura. A régua se quebra, pois o plástico é um material frágil.
  • 3. Resistência dos Materiais II Estruturas III Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias Resistência dos Materiais II Estruturas III Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias 2) Pise em cima de uma lata vazia de refrigerante. Você notará que a lata, sem se quebrar, amassa. Não quebrou porque, ao contrário do plástico que é frágil, o alumínio é dúctil e se deforma bastante antes de perder sua unidade.  Peças comprimidas de grande altura podem flambar, fato que é reduzido sensivelmente se a altura for pequena.  Quanto maior for a espessura da peça comprimida, menor a tendência a flambar.  Quanto mais flexível for o material (menor E), mais fácil é a ocorrência da flambagem. Deve-se a Leonhard Euler (1744) a primeira formulação de uma quantificação do limite que se pode colocar uma peça comprimida, para que ela não flambe. Conclusões
  • 4. Resistência dos Materiais II Estruturas III Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias Resistência dos Materiais II Estruturas III Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias 5.2 – Carga crítica – fórmula de Euler para coluna ideal com apoios de pinos Elementos estruturais compridos e esbeltos, sujeitos a uma força de compressão axial são denominados colunas. Uma coluna ideal é uma coluna perfeitamente reta antes da carga. A carga é aplicada no centroide da seção transversal. A deflexão lateral que ocorre é denominada flambagem. A carga axial máxima que uma coluna pode suportar quando está na iminência de sofrer flambagem é denominada carga crítica, Pcr.
  • 5. Resistência dos Materiais II Estruturas III Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias Essa equação diferencial linear homogênea de segunda ordem com coeficientes constantes de solução geral é: Condições de contorno: y=0 em x=0, C2=0 e y=0 em x=L:    2 2 d y EI M Py dx                 1 2 cos P P y C sen x C x EI EI        2 2 0 d y P y dx EI         10 P C sen L EI
  • 6. Resistência dos Materiais II Estruturas III Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias O menor valor de P é obtido com n=1, de modo que a carga crítica é:                   1 1 0 0 0 0 P C sen L EI C y P sen L EI         P L n EI    2 2 2 1,2,3.... n EI P n L   2 2cr EI P L
  • 7. Resistência dos Materiais II Estruturas III Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias Pcr ⟶ carga crítica ou carga axial σcr ⟶tensão crítica E ⟶módulo de elasticidade para o material I ⟶ menor momento de inércia para a área da seção transversal L ⟶ comprimento da coluna sem apoio i⟶ menor raio de giração da coluna λ=L/i ⟶ índice de esbeltez – medida da flexibilidade da coluna   2 2 2 2 / cr cr EI P L E σ L i     I i A    2 2 2 2 2 ( ) / cr cr E Ai P L P E A L i         
  • 8. Resistência dos Materiais II Estruturas III Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias Gráfico Tensão crítica x λ 2 2 cr P E A        
  • 9. Resistência dos Materiais II Estruturas III Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias A coluna sofrerá flambagem em torno do eixo principal da seção transversal que tenha o menor momento de inércia (o eixo menos resistente). Na coluna da figura ao lado, sofrerá flambagem em torno do eixo a-a e não do eixo b-b.
  • 10. Resistência dos Materiais II Estruturas III Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias 1)Um tubo de aço A-36 com 7,2m de comprimento e a seção transversal mostrada ao lado deve ser usado como uma coluna presa por pinos na extremidade. Determine a carga axial admissível máxima que a coluna pode sofrer flambagem. Resposta: Exercício de fixação 200 250e E GPa MPa   Pcrit=228,2kN
  • 11. Resistência dos Materiais II Estruturas III Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias 2)Uma coluna de aço A-36 tem 4m de comprimento e está presa por pinos em ambas as extremidades. Se a área da seção transversal tiver as dimensões mostradas na figura, determine a carga crítica. Resposta: Exercício de fixação 200 250e E GPa MPa   Pcrit=22,7kN
  • 12. Resistência dos Materiais II Estruturas III Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias O elemento estrutural A-36 W200 X 46 de aço mostrado na figura ao lado deve ser usado como uma coluna acoplada por pinos. Determine a maior carga axial que ele pode suportar antes de começar a sofrer flambagem ou antes que o aço escoe. Exemplo 1- 2 6 4 6 4 5890 mm , 45,5 10 mm , 15,3 10 mm 250 , 200 x y e A I I MPa E GPa       
  • 13. Resistência dos Materiais II Estruturas III Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias Ocorrerá flambagem em torno do eixo y–y (menor): Quando totalmente carregada, a tensão de compressão média na coluna é: Visto que a tensão ultrapassa a tensão de escoamento, Resposta:  2 3 2 6 42 3 2 2 (200 10 / ) 15,3 10 mm 1887,6 10 1887,6 (4000 )cr N mmEI P N kN L mm         3 2 2 1887,6 10 320,5 320,5 5890 mm mm cr cr P N N MPa A       3 2 2 250 1472,5 10 1472,5 mm 5890 N P P N kN mm      1472,5P kN
  • 14. Resistência dos Materiais II Estruturas III Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias A fórmula de Euler foi deduzida para uma coluna com extremidades acopladas por pinos ou livres para girar. Todavia, muitas vezes as colunas podem ser apoiadas de outro modo. Le é denominado comprimento efetivo da coluna. Um coeficiente dimensional K, fator de comprimento efetivo, é usado para calcular Le. KLLe  5.3- Colunas com vários tipos de apoios
  • 15. Resistência dos Materiais II Estruturas III Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias Portanto, temos,     2 2 2 2 / cr cr e e EI E P L L i     λ=Le/i ⟶índice de esbeltez efetivo
  • 16. Resistência dos Materiais II Estruturas III Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias
  • 17. Resistência dos Materiais II Estruturas III Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias
  • 18. Resistência dos Materiais II Estruturas III Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias 3)Determinar a carga crítica se a coluna for engastada na base e presa por pinos no topo. Resposta: Exercício de fixação Pcrit=46,4kN
  • 19. Resistência dos Materiais II Estruturas III Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias 4) O elemento estrutural W200x100 é feito de aço A—36 e usado como uma coluna de 7,5m de comprimento. Podemos considerar que a base dessa coluna está engastada e que o topo está preso por um pino. Determine a maior força axial P que pode ser aplicada sem provocar flambagem. Considere: Exercício de fixação- E = 200GPa Ix = 113(106)mm4 Iy = 36,6(106)mm4 σe=250MPa A=12700mm2 Resposta: Pcrit=2621,2kN
  • 20. Resistência dos Materiais II Estruturas III Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias 5.4 – A fórmula da secante
  • 21. Resistência dos Materiais II Estruturas III Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias Essa equação tem solução geral é: Condições de contorno: y=0 em x=0, C2=e e y=0 em x=L:     2 2 ( ) d y EI M P e y dx                  1 2 cos P P y C sen x C x e EI EI               2 2 d y P P y e dx EI EI                1 [1 cos ] P e L EI C P sen L EI
  • 22. Resistência dos Materiais II Estruturas III Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias Usando identidades trigonométricas: Deflexão máxima: (x=L/2)          1 2 P L C e tg EI cos 1 2 P L P P y e tg sen x x EI EI EI                                          sec 1 2máx P L y e EI
  • 23. Resistência dos Materiais II Estruturas III Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias máx P Mc A I    2 1 sec 2 e máx LP ec P A i i EA                                     sec 1 2 sec 1 2 máx máx M Py P L y e EI P L M Pe EI sec 1 2 máx P P L c Pe A EI I             σmáx ⟶ tensão elástica máxima na coluna P ⟶ carga vertical aplicada a coluna e ⟶ excentricidade da carga P c ⟶ distância do eixo neutro até a fibra externa da coluna onde ocorre a tensão de compressão máxima A ⟶ área da seção transversal da coluna Le ⟶ comprimento não apoiado da coluna no plano de flexão. E ⟶ módulo de elasticidade para o material i⟶ raio de giração
  • 24. Resistência dos Materiais II Estruturas III Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias Gráficos Aço A-36
  • 25. Resistência dos Materiais II Estruturas III Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias 5) A coluna W8x48 de aço estrutural A-36 está engastada na base e presa por pino no topo. Se for submetida à carga excêntrica de 75kip, determine se ela falha por escoamento. A coluna está escorada de modo a não sofrer flambagem em torno de y-y. Considere: Exercício de fixação- E = 29(103)ksi σe = 36ksi Resposta: não falha
  • 26. Resistência dos Materiais II Estruturas III Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias
  • 27. Resistência dos Materiais II Estruturas III Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias 6) Um elemento estrutural W10x15 de aço A-36 é usado como uma coluna engastada. Determine a carga excêntrica máxima P que pode ser aplicada de modo que a coluna não sofra flambagem ou escoamento. Considere: Exercício de fixação- E = 29(103)ksi σe = 36ksi d=9,99in P=36,8kN A = 4,41in2 Ix = 68,9in4 Iy = 2,89in4 ix=3,95in Resposta:
  • 28. Resistência dos Materiais II Estruturas III Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias
  • 29. Resistência dos Materiais II Estruturas III Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias 7) A coluna de alumínio tem a seção transversal mostrada abaixo. Se estiver engastada na base e livre no topo, determine a força máxima que pode ser aplicada em A sem provocar flambagem ou escoamento. Considere: Exercício de fixação- E = 70 GPa σe = 95MPa Resposta: P=23,6kN