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Miguel Torga Trabalho Realizado por: Ruben Carvalho nº 19 10ºD1 Tiago Lacão nº21 10ºD1
Biografia ,[object Object]
Poeta, estreou com Ansiedade (1928), Rampa (1930) e Tributo (1931). Impôs o seu nome a partir de O Outro Livro de Job (1936) e atingiria o seu apogeu em Poemas Ibéricos (1952) e Orfeu Rebelde (1958). Autor de ficção, estreou com Pão Ázimo (1931) e A Terceira Voz (1934). A sua colectânea Bichos (1940) constitui um marco do conto em Portugal.
Outros livros de realce: Contos da Montanha (1941), Novos Contos da Montanha (1944), o romance Vindima (1945) e Pedras Lavradas (1951). Em 1937 iniciou a série A Criação do Mundo, que em 1981, com O Sexto Dia da Criação do Mundo, atingia cinco volumes: ciclo cósmico de carácter autobiográfico. Em 1941 publicou o primeiro volume do Diário, cuja série abrangia 14 volumes em 1987; é nesse ciclo autobiográfico, expresso em prosa e verso, que a poesia de Torga atinge a sua plenitude. Filho de camponeses e ex-seminarista, afloram na sua obra as raízes telúricas (reflectidas até na escolha do pseudónimo) e os motivos de ordem bíblica que lhe povoam o imaginário. Entre outros prémios literários, conta-se o Prémio Camões, que recebeu em 1989.,[object Object]
Brinquedo Foi um sonho que tive:Era uma grande estrela de papel,Um cordelE um menino de bibe. O menino tinha lançado a estrelacom ar de quem semeia uma ilusão;e a estrela ia subindo, azul e amarela,presa pelo cordel à sua mão. Mas tão alto subiuQue deixou de ser estrela de papel,e o menino ao vê-la assim, sorriue cortou-lhe o cordel.
Poema “Brinquedo”Análise da estrutura interna Neste poema, o sujeito poético narra um sonho “Uma grande estrela de papel/um cordel/e um menino de bibe”.         Na segunda quadra estamos perante um sonho dentro de um sonho que, desde logo, se assume pelo gesto do menino de lançar a estrela de papel.         Na terceira quadra a estrela transforma-se numa estrela verdadeira, visto que o sonho é capaz de operar qualquer transfiguração.         A sua atitude final de cortar o cordel, implica que o menino já tinha concluído o que pretendia, a ilusão já fora semeada e o resultado conseguido.         Neste poema verifica-se o regresso à infância, à idade da inocência, da ilusão, do sonho, traduzindo também um sentimento de enternecimento, de ternura pela tenra idade da personagem envolvida.
Estrutura externa ,[object Object]

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  • 7.
  • 8.
  • 9. Estilo poético: eloquência sóbria, viril, que entusiasma ou fadiga.
  • 10. Uso de estrofes irregulares.
  • 11. Recurso a verbos e tempos verbais
  • 12. Figuras de estilo: antítese, metáfora e adjectivação.