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FIGURAS DE
LINGUAGEM

     Prof. Tim
    Bagatelas
Aliteração
   Consiste na repetição ordenada de mesmos sons
consonantais.
       “Esperando, parada, pregada na pedra do porto.”

Assonância
   Consiste na repetição ordenada de sons vocálicos
idênticos.
       “Sou um mulato nato no sentido lato
       mulato democrático do litoral.”

Paronomásia
   Consiste na aproximação de palavras de sons parecidos,
mas de significados distintos.
     “Eu que passo, penso e peço.”
Metonímia
É a figura em que um termo é usado no lugar de outro para designar uma coisa,
porque esse termo mantém com a coisa designada uma relação lógica facilmente
identificável.
a) parte pelo todo
         O bonde passa cheio de pernas:
         pernas brancas pretas amarelas.
         Para que tanta perna, meu Deus, pergunta meu coração.
b) o lugar pela coisa
         Champanhe só se toma bem gelado. (champanhe é nome de uma região
         onde se produz vinho espumante)
c) O instrumento pela pessoa que o utiliza
         A melhor tesoura da região.
         O gatilho mais rápido do oeste.
d) O autor pela obra
        Eu leio Clarice Lispector.
e) A marca pelo produto
        Ela bebeu Coca-cola, comprou Bombril e deu ao filho mingau de
    Maizena.
f) O continente pelo conteúdo
         João comeu dois pratos de feijoada e bebeu dois copos de suco.
Sinédoque
Essa figura emprega, para falar de um ser ou de um objeto, uma palavra que
designa uma parte desse ser ou objeto, ou a matéria da qual ele é feito.
         Sem teto nem chão, o ser humano não conquista sua dignidade. (sem
teto nem chão substitui casa, moradia).
         Ele ficou sem eira nem beira. (eira e beira são partes constituintes de
uma casa colonial nobre, isto é ficou pobre, numa casa simples, com poucos
recursos)
É, basicamente, a relação metonímica de “parte pelo todo”.

Catacrese
Ocorre quando, por falta de um termo específico para designar um conceito, torna-
se outro por empréstimo. Entretanto, devido ao uso contínuo, não mais se percebe
que ele está sendo empregado em sentido figurado.
         O pé da mesa estava quebrado.

Antonomásia ou perífrase
Consiste em substituir um nome por uma expressão que o identifique com
facilidade:
          ...os quatro rapazes de Liverpool (em vez de os Beatles)
          "Cidade maravilhosa/ Cheia de encantos mil/ Cidade maravilhosa/
Coração do meu Brasil." (em vez de Rio de Janeiro)
Sinestesia
    Trata-se de mesclar, numa expressão, sensações percebidas por diferentes
órgãos do sentido.
        A luz crua da madrugada invadia meu quarto.


    Antítese
    Consiste na aproximação de termos contrários, de palavras que se opõem pelo
sentido, com a produção de uma expressão com sentido possível e lógico na língua.
         “Os jardins têm vida e morte.”

Paradoxo (oximoro)
     Consiste na conciliação de termos contrários, de palavras que se opõem pelo
sentido, com a produção de uma expressão com sentido estranho e ilógico na
língua.
         “A sombria luz do sol brilhava no jardim.”
         “Amor é fogo que arde sem se ver/ é ferida que dói e não se sente”.

Ironia
    É a figura que apresenta um termo em sentido oposto ao usual, obtendo-se,
com isso, efeito crítico ou humorístico.
         “A excelente Dona Inácia era mestra na arte de judiar de crianças.”
Eufemismo
    Consiste em substituir uma expressão por outra menos brusca; em síntese,
procura-se suavizar alguma afirmação desagradável.
         Ele enriqueceu por meios ilícitos. (em vez de ele roubou)

Hipérbole
    Trata-se de exagerar uma idéia com finalidade enfática.
        Estou morrendo de sede. (em vez de estou com muita sede)

Prosopopéia ou personificação
    Consiste em atribuir a seres inanimados predicativos que são próprios de
seres animados.
                  O jardim olhava as crianças sem dizer nada.
                  “As casas espiam os homens
         que correm atrás de mulheres.”

    Zoomorfização, Reificação, coisificação
    Consiste em atribuir a seres humanos predicativos que são próprios de coisas,
objetos ou animais.
         O bicho não era um cão,/ Não era um gato,/ ão era um rato./ O bicho,
meu Deus, era um homem.
Gradação ou clímax
    É a apresentação de idéias em progressão ascendente (clímax) ou
descendente (anticlímax)
                       “Um coração chagado de desejos
                       Latejando, batendo, restrugindo.”
                       “O trigo... nasceu, cresceu, espigou, amadureceu, colheu-
                 se.” (Padre Vieira)

    Apóstrofe
    Consiste na interpelação enfática a alguém (ou alguma coisa personificada).
       “Senhor Deus dos desgraçados!
       Dizei-me vós, Senhor Deus!”

    Elipse
    consiste na omissão de um termo facilmente identificável pelo contexto.
        “Na sala, apenas quatro ou cinco convidados.” (omissão de havia)

Zeugma
   Consiste na elipse de um termo que já apareceu antes.
       Ele prefere cinema; eu, teatro. (omissão de prefiro)
Assíndeto
    Consiste na supressão de conectivo.
       “chegou, viu; gostou, pediu; bebeu, cuspiu; pagou, saiu; tropeçou,
caiu; levantou, sumiu;”

    Polissíndeto
    Consiste na repetição de conectivos ligando termos da oração ou
elementos do período.
        “ E sob as ondas ritmadas
        e sob as nuvens e os ventos
        e sob as pontes e sob o sarcasmo
        e sob a gosma e sob o vômito (...)”

Hipérbato
    Consiste na mudança da ordem natural dos termos da oração. Dá ao
texto um tom clássico.
        “Ouviram do Ipiranga as margens plácidas
        De um povo o heróico brado retumbante.”
Silepse
    Consiste na concordância não com o que vem expresso, mas com o que se
subentende, com o que está implícito. A silepse pode ser:

        • De gênero - Vossa Excelência está preocupado.

        • De número - Os lusíadas glorificou nossa literatura.

        • De pessoa - “O que me parece inexplicável é que os brasileiros ainda
votemos em políticos corruptos.”

Anacoluto
     Consiste em deixar um termo solto na frase. Normalmente, isso ocorre porque
se inicia uma determinada construção sintática e depois se opta por outra. Palavra
ou palavras jogadas no início de um período sem desempenhar função sintática.
          A vida, não sei realmente se ela vale alguma coisa.
          “Poesia. Ora, ninguém gosta de choradeiras poéticas.”
Pleonasmo
Consiste numa redundância cuja finalidade é reforçar a mensagem.
            “E rir meu riso e derramar meu pranto.”

Anáfora
Consiste na repetição de uma mesma palavra no início de versos ou frases.
   “ Amor é um fogo que arde sem se ver;/ É ferida que dói e não se sente;/
   É um contentamento descontente;/ É dor que desatina sem doer”

             “Oô...
    Foge, bicho
    Foge, povo
    Passa ponte
    Passa poste
    Passa pasto
    Passa boi
    Passa boiada
    Passa galho
    Da ingazeira
    Debruçada
    No riacho
    Que vontade
    De cantar!”

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Figuras de linguagem

  • 1. FIGURAS DE LINGUAGEM Prof. Tim Bagatelas
  • 2. Aliteração Consiste na repetição ordenada de mesmos sons consonantais. “Esperando, parada, pregada na pedra do porto.” Assonância Consiste na repetição ordenada de sons vocálicos idênticos. “Sou um mulato nato no sentido lato mulato democrático do litoral.” Paronomásia Consiste na aproximação de palavras de sons parecidos, mas de significados distintos. “Eu que passo, penso e peço.”
  • 3. Metonímia É a figura em que um termo é usado no lugar de outro para designar uma coisa, porque esse termo mantém com a coisa designada uma relação lógica facilmente identificável. a) parte pelo todo O bonde passa cheio de pernas: pernas brancas pretas amarelas. Para que tanta perna, meu Deus, pergunta meu coração. b) o lugar pela coisa Champanhe só se toma bem gelado. (champanhe é nome de uma região onde se produz vinho espumante) c) O instrumento pela pessoa que o utiliza A melhor tesoura da região. O gatilho mais rápido do oeste. d) O autor pela obra Eu leio Clarice Lispector. e) A marca pelo produto Ela bebeu Coca-cola, comprou Bombril e deu ao filho mingau de Maizena. f) O continente pelo conteúdo João comeu dois pratos de feijoada e bebeu dois copos de suco.
  • 4. Sinédoque Essa figura emprega, para falar de um ser ou de um objeto, uma palavra que designa uma parte desse ser ou objeto, ou a matéria da qual ele é feito. Sem teto nem chão, o ser humano não conquista sua dignidade. (sem teto nem chão substitui casa, moradia). Ele ficou sem eira nem beira. (eira e beira são partes constituintes de uma casa colonial nobre, isto é ficou pobre, numa casa simples, com poucos recursos) É, basicamente, a relação metonímica de “parte pelo todo”. Catacrese Ocorre quando, por falta de um termo específico para designar um conceito, torna- se outro por empréstimo. Entretanto, devido ao uso contínuo, não mais se percebe que ele está sendo empregado em sentido figurado. O pé da mesa estava quebrado. Antonomásia ou perífrase Consiste em substituir um nome por uma expressão que o identifique com facilidade: ...os quatro rapazes de Liverpool (em vez de os Beatles) "Cidade maravilhosa/ Cheia de encantos mil/ Cidade maravilhosa/ Coração do meu Brasil." (em vez de Rio de Janeiro)
  • 5. Sinestesia Trata-se de mesclar, numa expressão, sensações percebidas por diferentes órgãos do sentido. A luz crua da madrugada invadia meu quarto. Antítese Consiste na aproximação de termos contrários, de palavras que se opõem pelo sentido, com a produção de uma expressão com sentido possível e lógico na língua. “Os jardins têm vida e morte.” Paradoxo (oximoro) Consiste na conciliação de termos contrários, de palavras que se opõem pelo sentido, com a produção de uma expressão com sentido estranho e ilógico na língua. “A sombria luz do sol brilhava no jardim.” “Amor é fogo que arde sem se ver/ é ferida que dói e não se sente”. Ironia É a figura que apresenta um termo em sentido oposto ao usual, obtendo-se, com isso, efeito crítico ou humorístico. “A excelente Dona Inácia era mestra na arte de judiar de crianças.”
  • 6. Eufemismo Consiste em substituir uma expressão por outra menos brusca; em síntese, procura-se suavizar alguma afirmação desagradável. Ele enriqueceu por meios ilícitos. (em vez de ele roubou) Hipérbole Trata-se de exagerar uma idéia com finalidade enfática. Estou morrendo de sede. (em vez de estou com muita sede) Prosopopéia ou personificação Consiste em atribuir a seres inanimados predicativos que são próprios de seres animados. O jardim olhava as crianças sem dizer nada. “As casas espiam os homens que correm atrás de mulheres.” Zoomorfização, Reificação, coisificação Consiste em atribuir a seres humanos predicativos que são próprios de coisas, objetos ou animais. O bicho não era um cão,/ Não era um gato,/ ão era um rato./ O bicho, meu Deus, era um homem.
  • 7. Gradação ou clímax É a apresentação de idéias em progressão ascendente (clímax) ou descendente (anticlímax) “Um coração chagado de desejos Latejando, batendo, restrugindo.” “O trigo... nasceu, cresceu, espigou, amadureceu, colheu- se.” (Padre Vieira) Apóstrofe Consiste na interpelação enfática a alguém (ou alguma coisa personificada). “Senhor Deus dos desgraçados! Dizei-me vós, Senhor Deus!” Elipse consiste na omissão de um termo facilmente identificável pelo contexto. “Na sala, apenas quatro ou cinco convidados.” (omissão de havia) Zeugma Consiste na elipse de um termo que já apareceu antes. Ele prefere cinema; eu, teatro. (omissão de prefiro)
  • 8. Assíndeto Consiste na supressão de conectivo. “chegou, viu; gostou, pediu; bebeu, cuspiu; pagou, saiu; tropeçou, caiu; levantou, sumiu;” Polissíndeto Consiste na repetição de conectivos ligando termos da oração ou elementos do período. “ E sob as ondas ritmadas e sob as nuvens e os ventos e sob as pontes e sob o sarcasmo e sob a gosma e sob o vômito (...)” Hipérbato Consiste na mudança da ordem natural dos termos da oração. Dá ao texto um tom clássico. “Ouviram do Ipiranga as margens plácidas De um povo o heróico brado retumbante.”
  • 9. Silepse Consiste na concordância não com o que vem expresso, mas com o que se subentende, com o que está implícito. A silepse pode ser: • De gênero - Vossa Excelência está preocupado. • De número - Os lusíadas glorificou nossa literatura. • De pessoa - “O que me parece inexplicável é que os brasileiros ainda votemos em políticos corruptos.” Anacoluto Consiste em deixar um termo solto na frase. Normalmente, isso ocorre porque se inicia uma determinada construção sintática e depois se opta por outra. Palavra ou palavras jogadas no início de um período sem desempenhar função sintática. A vida, não sei realmente se ela vale alguma coisa. “Poesia. Ora, ninguém gosta de choradeiras poéticas.”
  • 10. Pleonasmo Consiste numa redundância cuja finalidade é reforçar a mensagem. “E rir meu riso e derramar meu pranto.” Anáfora Consiste na repetição de uma mesma palavra no início de versos ou frases. “ Amor é um fogo que arde sem se ver;/ É ferida que dói e não se sente;/ É um contentamento descontente;/ É dor que desatina sem doer” “Oô... Foge, bicho Foge, povo Passa ponte Passa poste Passa pasto Passa boi Passa boiada Passa galho Da ingazeira Debruçada No riacho Que vontade De cantar!”