1. Jovens amazônidas: expressão
de amor e vida
Eu + cultura – a terra amazônica, os
povos da Amazônia, a cultura
globalizada e economizada. Amor e
vida para uma Amazônia viva.
RICARDO CASTRO - ITEPES E
FSDB - MANAUS
2. A geografia amazônica
Amazônia tem sido saqueada pelos grandes
grupos financeiros durante séculos e seu povo
vive em situações de miséria e exploração.
Ela representa 47% do território brasileiro e
corresponde a 5% da superfície da terra.
Além disso, possui 20% da água doce do mundo
e, apesar de ter uma importância incalculável
para a humanidade, é marcada pelo sofrimento
e pela degradação
RICARDO CASTRO - ITEPES E
FSDB - MANAUS
3. Os povos resistentes da
Amazônia
Na Amazônia vivem quase 20 milhões de pessoas,
entre a população ribeirinha, posseiros, seringueiros,
colonos e migrantes.
Na Amazônia existem 270 mil indígenas além de
quase mil comunidades quilombolas. Povos que
lutam diariamente para sobreviver e para preservar o
seu território da devastação.
Os povos da Amazônia são símbolos de luta e de
resistência e têm preservado um patrimônio que não
é só deles, é todos nós. Esses povos são exemplos
de compromisso e engajamento ambiental.
RICARDO CASTRO - ITEPES E
FSDB - MANAUS
4. Amazônia fonte de vida
• Todos os recursos naturais estão para que o ser
humano viva com dignidade. Deus assim quis e nos
tornou cuidadores, administradores de sua obra. No
entanto a ganância de alguns gera a desigualdade, a
exploração e o sofrimento. Jesus quer vida, vida
plena para todos.
• Para refletir sobre a Amazônia precisamos ser
realistas a respeito da situação de seus povos;
precisamos pensar como usar seus recursos, sem
destruí-la e sem pensar nas futuras gerações.
RICARDO CASTRO - ITEPES E
FSDB - MANAUS
5. Questões para refletir
• O que aprendemos do povo da Amazônia e sua
resistência frente a devastação ambiental?
• Como podemos como jovens nos organizar e
movimentar as nossas comunidades para
resistir frente a exploração e degradação das
riquezas naturais?
• Qual a visão que temos da natureza
amazônica? Como nos relacionamos com ela?
• Como podemos denunciar a exploração da
Amazônia lá onde nós vivemos?
RICARDO CASTRO - ITEPES E
FSDB - MANAUS
6. O que é a Amazônia para nós
amazônidas?
“Águas de todas as cores, árvores de todos os
tamanhos, peixes de todas as formas, e um mundo
sem fim oculto aos nossos olhos... Parece monótona a
região para os menos atentos, mas não: ela é
dinâmica não apresenta nenhum dia igual ao outro. O
sobe e desce das águas, o silêncio ensurdecedor que
em algumas áreas recria sons esquecidos, o cair das
árvores, o pôr do sol, o vento, a friagem, a chuva, a
ilha que se move, as migrações dos homens e dos
bichos, o abraçodamorte, o peixe que “anda” de um
lago para outro, o peixe que morre afogado, o tubarão
que confunde o tipo de água, mas não sua imensidão,
criam, a cada dia, um desenho novo para este
Eldorado que urge conhecer e está a demandar todo o
cuidado da ciência.RICARDO CASTRO ITEPES E
FSDB MANAUS
7. Amazônia como paradigma de vida
A Amazônia é um paradigma com toda sua
habilidade de tecer vida – biodiversidade – vida
diversa que gera vida. A Amazônia não é somente
uma geografia, um bioma ou um espaço de
interesses geopolíticos e econômicos. Amazônia é
um paradigma de vida, uma cosmovisão, um modo
de se relacionar com a natureza, com Deus e o
mundo. O poeta do BoiBumbá fala de “abrir os
olhos e ver a festa da natureza que os deuses
pintaram para nós – Água, terra, fauna e cultura,
obra prima emoldurada de flores”.
RICARDO CASTRO ITEPES E
FSDB MANAUS
8. Mitos e Símbolos da Amazônia
Nos mitos e símbolos da Amazônia, rios e águas,
florestas e matas são fontes de vida e morte, devem ser
reverenciados, temidos e com estes se deve tecer uma
relação amorosa e afetiva. Todavia, a falta de políticas
apropriadas para a Amazônia, onde ainda subsiste a
força do coronelismo e do apadrinhamento,
combinada com a força do capital estrangeiro
madeireiro, ganadeiro, sojeiro e minerador, gera as
grandes migrações ribeirinhas e indígenas para as
cidades, trazendo uma série de problemáticas sociais e
ambientais. A constante poluição dos grandes rios
causa a morte não somente rios e peixes, mas a alma
dos e das amazônidas.
RICARDO CASTRO ITEPES E
FSDB MANAUS
9. Interdependência: nós e Amazônia
• É verdade que a Amazônia precisa de
todos nós. Também é verdade que
todos nós precisamos, e muito, da
Amazônia, não só por ser ela um dos
maiores filtros purificadores de ar
necessários para a sobrevivência do
planeta, mas, sobretudo, porque seus
povos podem nos ensinar os segredos
da vida para as futuras gerações. A
Amazônia em sua complexa
biodiversidade, em sua pluralidade
étnicocultural, em sua fascinante
história, com seus desafios e
possibilidades, elevase como um
grande poema de louvor ao Deus que
tudo criou.
RICARDO CASTRO ITEPES E
FSDB MANAUS
10. Contemplando a manifestação de Deus
Pensar na Amazônia à luz da
fraternidade requer começar
pelos povos da Amazônia, que
há séculos vivem e convivem
nesse mundo de águas,
florestas, cerrados, lagos e
campos inundáveis. Pôr a
Amazônia no centro de nossas
atenções fraternas significa
aceitar o desafio de nos deixar
questionar, surpreender e
envolver numa outra maneira
de enxergar a natureza, a vida
e nossas relações com elas e
entre nós.
RICARDO CASTRO ITEPES E
FSDB MANAUS
11. Religiosidade do homem/mulher amazônicos
Os povos indígenas . Um missionário
católico, ao falar dessa qualidade
deles, destacou que os indígenas
espiritualizam a natureza e
naturalizam a vida humana. Todas
as formas de vida, a floresta, a
água, os lagos, o solo, os rios e as
cachoeiras, os animais, os
pássaros, assim como o sol, a lua,
o dia e a noite, as chuvas, os
trovões e os raios, tudo conta
com a presença de espíritos. As
pessoas devem reconhecer estes
espíritos e relacionar-se bem
com eles, para garantir a vida de
seu povo e de seu mundo. A vida
das pessoas se desenvolve em
convivência permanente com
esta realidade espiritualizada.
RICARDO CASTRO - ITEPES E
FSDB - MANAUS
12. Equilibrio
Na grande maioria dos mitos amazônicos existe um
fundo comum que trata do desequilíbrio das
relações de poder, e da necessidade de
compensação. Como a natureza, tudo precisa
conviver com seu oposto, em equilíbrio. Luz demais
acarreta problemas e necessidade da noite e da
sombra. O dia precisa da noite e vice-versa. A
sombra ou a noite não contém somente o que é mau,
o incontrolável e desconhecido, mas saindo do
fundo do rio a noite pode conter elementos
preciosos que compensa aquilo que está
desequilibrado.
RICARDO CASTRO - ITEPES E
FSDB - MANAUS
13. Resgatar nossa alma amazônica
Precisamos resgatar a parte aguerrida de
nossos ancestrais índios, que além de
dividirem terras brasileiras com brancos e
negros, moram também em nós, no fundo de
nossa estrutura antropológica. O resgate
mitológico deve nos levar à luta pelos direitos
em todos os âmbitos da realidade amazônica. É
necessário começarmos a aprender e vivenciar
a força, a vitalidade e a agressividade sadia das
culturas indígenas e afro-brasileiras, que estão
em todos nós.
RICARDO CASTRO - ITEPES E
FSDB - MANAUS
14. Desafio para juventude
Aceitar quem somos. Várias culturas fazem parte dos
povos que aqui habitam por milênios e outros que
vieram morar aqui ao longo da colonização que
fazem nascer a mestiçagem. A Teologia Amazônica
será intercultural devido as três grandes bases
culturais que se entrelaçam para exprimir a
identidade amazônica: a cultura indígena, a cultura
cabocla mestiça (ribeirinha) e cultura branca
(européia). Na sua força dinâmica hoje também é
preciso levar em conta o processo de urbanização,
que nasce dos fluxos migratórios contemporâneos,
nas cidades do interior e nas capitais da Amazônia.
RICARDO CASTRO - ITEPES E
FSDB - MANAUS
15. Conhecer modo adequado de como
usar os recursos naturais
• Sustentabilidade
É a capacidade que a ação humana ou uma sociedade
tem de satisfazer suas necessidades básicas por tempo
indeterminado, sem colocar em risco o esgotamento, a
qualidade e o uso abusivo de seus recursos naturais.
Sustentabilidade Social - melhoria da qualidade de vida
da população, eqüidade na distribuição de renda e de
diminuição das diferenças sociais, com participação e
organização popular;
Sustentabilidade Cultural - respeito aos diferentes
valores entre os povos e incentivo a processos de
mudança que acolham as especificidades locais;
RICARDO CASTRO - ITEPES E
FSDB - MANAUS
16. Sustentabilidade
Sustentabilidade Espacial - equilíbrio entre o rural e o urbano,
equilíbrio de migrações, desconcentração das metrópoles, adoção
de práticas agrícolas mais inteligentes e não agressivas à saúde e
ao ambiente, manejo sustentado das florestas e industrialização
descentralizada;
Sustentabilidade Política - no caso do Brasil, a evolução da
democracia representativa para sistemas descentralizados e
participativos, construção de espaços públicos comunitários,
maior autonomia dos governos locais e descentralização da
gestão de recursos;
Sustentabilidade Ambiental - conservação geográfica,
equilíbrio de ecossistemas, erradicação da pobreza e da exclusão,
respeito aos direitos humanos e integração social. Abarca todas
as dimensões anteriores através de processos complexos.
RICARDO CASTRO - ITEPES E
FSDB - MANAUS
17. Cidadão e florestanos da Amazônia
• Somos chamados a elaborar juntos um projeto popular de
sociedade para a Amazônia. Isso supõe educação ambiental,
consciência de nossos direitos e deveres de povos da
floresta.
• Valorizando a cultura milenar de nossos povos no modo de
cuidar e preservar a natureza;
• Adquirindo hábitos de consumo que sejam menos
predadores e sejam obstáculos a mentalidade capitalista.
• Estudar, ler, se informar com os mais velhos sobre a cultura
amazônica (mitologia, costumes, alimentação, etc)
• Elaborar campanhas de conscientização que ajude as pessoas
a preservar melhor seu meio ambiente.
RICARDO CASTRO - ITEPES E
FSDB - MANAUS
18. Benção
• Deus de infinita ternura ilumine nosso
caminhar, fortaleça nossa resistência contra
as forças da ganância e da destruição da
vida. Derrame sobre nós sua bênção de paz,
alegria e amor. Amém.
RICARDO CASTRO - ITEPES E
FSDB - MANAUS