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Um pouco da história
Poliedro
Tetraedro
Hexaedro ou Cubo
Octaedro
Icosaedro
Dodecaedro
 Os sólidos platónicos são sólidos convexos cujas arestas formam polígonos planos regulares
congruentes. A sua designação deve-se a Platão, que os descobriu em cerca de 400 a.C.. A existência
destes sólidos já era conhecida pelos pitagóricos, e os egípcios utilizaram alguns deles na arquitectura
e noutros objectos que construíram.
 Existem apenas cinco sólidos platónicos.
 Estes sólidos foram adquirindo ao longo dos tempos diversos significados místicos. Por
exemplo, Kepler sentia uma grande admiração e reverência por eles (Porquê apenas cinco?) e chegou
mesmo a tentar explicar os movimentos planetários a partir deles. Além
disso, interpretou, no Harmonices Mundi, as associações de Platão da seguinte forma:
 Uma demonstração de que são apenas cinco os sólidos platónicos pode ser obtida através do processo
da sua construção, como Platão fez num seu texto incluído no diálogo Timeu.
 Para a construção dos sólidos platónicos, por definição, apenas podemos utilizar polígonos regulares
congruentes. Comecemos por considerar o triângulo equilátero, que é o polígono regular com menos
lados. Quantos poliedros, cujas faces são apenas este polígono, conseguimos construir? Para responder
a esta pergunta, centremos a nossa atenção nos vértices dos possíveis poliedros (basta considerar
apenas um, pois os restantes são idênticos).
 Com dois triângulos equiláteros, não se consegue constituir um vértice de um poliedro, pois um ângulo
sólido tem que ser constituído pelo menos por três planos. Com três triângulos equiláteros é possível
constituir um vértice de um poliedro, que é concretamente o tetraedro. Esta possibilidade prende-se
com facto de a soma das amplitudes dos ângulos internos dos diversos triângulos adjacentes, no
vértice, ser inferior a 360º, exactamente 180º.
 Se considerarmos quatro triângulos equiláteros, cuja soma das amplitudes dos ângulos internos
adjacentes no vértice é de 240º, obtemos o octaedro. Considerando cinco desses triângulos num
vértice, essa soma é de 300º, ainda inferior a 360º, e obtemos o icosaedro. Passando para seis
triângulos equiláteros, chegamos a uma impossibilidade. A soma das amplitudes dos ângulos internos
adjacentes no vértice é, neste caso, 360º, o que não permite "fechar" o vértice, isto é, formar um
ângulo sólido, pois os triângulos ficam todos sobre o mesmo plano (formando uma pavimentação do plano
em torno do suposto vértice). A consideração de um número maior de triângulos equiláteros em torno
de um vértice, obviamente já não possibilita a construção de um poliedro.
•Enumeremos então os sólidos que acabámos de
construir: tetraedro, octaedro, icosaedro, cubo e
dodecaedro. São precisamente cinco, como se
queria demonstrar.
•Outra forma demonstrar a existência de apenas
cinco sólidos platónicos é através da fórmula de
Euler, considerando as restrições relativas aos
vértices, arestas e faces inerentes aos sólidos
platónicos.
O pressuposto de construção que tem estado a ser utilizado é o de que a
formação de um ângulo sólido no vértice de um poliedro só é possível se a
soma das amplitudes dos ângulos internos dos polígonos adjacentes no
vértice for inferior a 360º.
Considerando o quadrado, e o pressuposto atrás enunciado, chegamos à
conclusão de que apenas conseguimos construir o cubo. Com pentágonos,
apenas conseguimos construir o dodecaedro.
Com hexágonos não se consegue construir nenhum sólido platónico. Basta
verificar que três hexágonos adjacente em torno de um ponto
(supostamente um vértice) pavimentam o plano, pois a soma das amplitudes
dos ângulos internos desses hexágonos é precisamente 360º, o que não
permite formar um ângulo sólido. Um número maior de hexágonos,
obviamente, que também não permite a construção de um sólido platónico.
Analogamente, com polígonos com um número maior de lados isso também
não é possível.
 Poli = muitos; hedros = faces, são sólidos
delimitados por regiões planas (polígonos)
que constituem as denominadas faces. Os
segmentos de recta que limitam as faces
designam-se por arestas e os pontos de
encontro destas por vértices.
 É um poliedro regular com 4 faces sendo
estas triângulos equiláteros, 4 vértices e 6
arestas. O Tetraedro pode formar-se a
partir de um molde com quatro triângulos.
 É um poliedro regular com 6 faces sendo
estas quadrados, 8 vértices e 2 arestas. O
cubo pode ser formado a partir de um
molde com seis quadrados.
 É um poliedro regular com 8 faces sendo
estas triângulos equiláteros, 6 vértices e
12 arestas. O octaedro pode ser formado
a partir de um molde com oito triângulos
equiláteros.
 É um poliedro regular com 20 faces que
são triângulos equiláteros, 12 vértices e
30 arestas. O icosaedro pode ser formado
a partir de um molde de vinte triângulos
equiláteros.
 É um poliedro regular com 12 faces que
são pentágonos, 20 vértices e 30 arestas.
O dodecaedro pode formar-se a partir de
um molde com vinte pentágonos.
Apresentação:Maria João
Borges Pena Oliveira Costa
Ano:5º-Turma:A
Disciplina:Matemática
Ano:2013/2014
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Matematica os solidos

  • 1.
  • 2. Um pouco da história Poliedro Tetraedro Hexaedro ou Cubo Octaedro Icosaedro Dodecaedro
  • 3.  Os sólidos platónicos são sólidos convexos cujas arestas formam polígonos planos regulares congruentes. A sua designação deve-se a Platão, que os descobriu em cerca de 400 a.C.. A existência destes sólidos já era conhecida pelos pitagóricos, e os egípcios utilizaram alguns deles na arquitectura e noutros objectos que construíram.  Existem apenas cinco sólidos platónicos.  Estes sólidos foram adquirindo ao longo dos tempos diversos significados místicos. Por exemplo, Kepler sentia uma grande admiração e reverência por eles (Porquê apenas cinco?) e chegou mesmo a tentar explicar os movimentos planetários a partir deles. Além disso, interpretou, no Harmonices Mundi, as associações de Platão da seguinte forma:  Uma demonstração de que são apenas cinco os sólidos platónicos pode ser obtida através do processo da sua construção, como Platão fez num seu texto incluído no diálogo Timeu.  Para a construção dos sólidos platónicos, por definição, apenas podemos utilizar polígonos regulares congruentes. Comecemos por considerar o triângulo equilátero, que é o polígono regular com menos lados. Quantos poliedros, cujas faces são apenas este polígono, conseguimos construir? Para responder a esta pergunta, centremos a nossa atenção nos vértices dos possíveis poliedros (basta considerar apenas um, pois os restantes são idênticos).  Com dois triângulos equiláteros, não se consegue constituir um vértice de um poliedro, pois um ângulo sólido tem que ser constituído pelo menos por três planos. Com três triângulos equiláteros é possível constituir um vértice de um poliedro, que é concretamente o tetraedro. Esta possibilidade prende-se com facto de a soma das amplitudes dos ângulos internos dos diversos triângulos adjacentes, no vértice, ser inferior a 360º, exactamente 180º.  Se considerarmos quatro triângulos equiláteros, cuja soma das amplitudes dos ângulos internos adjacentes no vértice é de 240º, obtemos o octaedro. Considerando cinco desses triângulos num vértice, essa soma é de 300º, ainda inferior a 360º, e obtemos o icosaedro. Passando para seis triângulos equiláteros, chegamos a uma impossibilidade. A soma das amplitudes dos ângulos internos adjacentes no vértice é, neste caso, 360º, o que não permite "fechar" o vértice, isto é, formar um ângulo sólido, pois os triângulos ficam todos sobre o mesmo plano (formando uma pavimentação do plano em torno do suposto vértice). A consideração de um número maior de triângulos equiláteros em torno de um vértice, obviamente já não possibilita a construção de um poliedro.
  • 4. •Enumeremos então os sólidos que acabámos de construir: tetraedro, octaedro, icosaedro, cubo e dodecaedro. São precisamente cinco, como se queria demonstrar. •Outra forma demonstrar a existência de apenas cinco sólidos platónicos é através da fórmula de Euler, considerando as restrições relativas aos vértices, arestas e faces inerentes aos sólidos platónicos.
  • 5. O pressuposto de construção que tem estado a ser utilizado é o de que a formação de um ângulo sólido no vértice de um poliedro só é possível se a soma das amplitudes dos ângulos internos dos polígonos adjacentes no vértice for inferior a 360º. Considerando o quadrado, e o pressuposto atrás enunciado, chegamos à conclusão de que apenas conseguimos construir o cubo. Com pentágonos, apenas conseguimos construir o dodecaedro. Com hexágonos não se consegue construir nenhum sólido platónico. Basta verificar que três hexágonos adjacente em torno de um ponto (supostamente um vértice) pavimentam o plano, pois a soma das amplitudes dos ângulos internos desses hexágonos é precisamente 360º, o que não permite formar um ângulo sólido. Um número maior de hexágonos, obviamente, que também não permite a construção de um sólido platónico. Analogamente, com polígonos com um número maior de lados isso também não é possível.
  • 6.  Poli = muitos; hedros = faces, são sólidos delimitados por regiões planas (polígonos) que constituem as denominadas faces. Os segmentos de recta que limitam as faces designam-se por arestas e os pontos de encontro destas por vértices.
  • 7.
  • 8.  É um poliedro regular com 4 faces sendo estas triângulos equiláteros, 4 vértices e 6 arestas. O Tetraedro pode formar-se a partir de um molde com quatro triângulos.
  • 9.  É um poliedro regular com 6 faces sendo estas quadrados, 8 vértices e 2 arestas. O cubo pode ser formado a partir de um molde com seis quadrados.
  • 10.  É um poliedro regular com 8 faces sendo estas triângulos equiláteros, 6 vértices e 12 arestas. O octaedro pode ser formado a partir de um molde com oito triângulos equiláteros.
  • 11.  É um poliedro regular com 20 faces que são triângulos equiláteros, 12 vértices e 30 arestas. O icosaedro pode ser formado a partir de um molde de vinte triângulos equiláteros.
  • 12.  É um poliedro regular com 12 faces que são pentágonos, 20 vértices e 30 arestas. O dodecaedro pode formar-se a partir de um molde com vinte pentágonos.
  • 13. Apresentação:Maria João Borges Pena Oliveira Costa Ano:5º-Turma:A Disciplina:Matemática Ano:2013/2014