3. LITERATURA É A ARTE DA
LINGUAGEM ESCRITA, QUE EXPLORA
TODAS AS POTENCIALIDADES DE
COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO E É
CAPAZ DE TRANSPOR LIMITES DE
TEMPO E ESPAÇO.
4. DIFERENÇAS ENTRE UM TEXTO
LITERÁRIO E UM NÃO-LITERÁRIO:
TEXTO LITERÁRIO:TEXTO LITERÁRIO:
ênfase na expressão;
linguagem conotativa (figurada);
linguagem mais pessoal, emotiva;
recriação da realidade;
ambigüidade – recurso criativo.
5.
6. Texto 1:
“Uma nuvem colossal em forma de cogumelo sobre a
cidade japonesa de Hiroxima assinala a morte de 80
mil de seus habitantes – vítimas do primeiro ataque
nuclear do mundo, em 6 de agosto de 1945. O
lançamento da bomba, uma das duas únicas do
arsenal americano, foi feito para forçar os japoneses
à rendição. Como não houve resposta imediata, os
americanos lançaram outro “artefato” remanescente
sobre Nagasaqui e os russos empreenderam a
prometida invasão à Manchúria. Uma semana depois,
o governo japonês concordou com os termos da
rendição e a capitulação formal foi assinada em 2 de
setembro.” (“A sombra dos ditadores”, História dos
ditadores, 1993, p.88)
7. Texto 2
A ROSA DE HIROXIMA
(Vinícius de Moraes)
Pensem nas crianças
Mudas telepáticas
Pensem nas meninas
Cegas inexatas
Pensem nas mulheres
Rotas alteradas
Pensem nas feridas
como rosas cálidas
8. mas oh não se esqueçam
Da rosa, da rosa
Da rosa de Hiroxima
A rosa hereditária
A rosa radioativa
Estúpida e inválida
A rosa com cirrose
A anti-rosa atômica
Sem cor sem perfume
Sem rosa sem nada.
9.
10. CLASSIFICAÇÃO DAS ESTROFES:
•DÍSTICOSDÍSTICOS = 2 versos
Ex. Canção do exílio (José Paulo Paes)
Um dia segui viagem
Sem olhar sobre o meu ombro
Não vi terras de passagem
Não vi glórias nem escombros.
Guardei no fundo da mala
Um raminho de alecrim.
(...)
11. •TERCETOSTERCETOS = estrofes com 3 versos
Ex. Os Lírios (Henriqueta Lisboa)
Certa madrugada fria
Irei de cabelos soltos
Ver como nascem os lírios.
Quero saber como crescem
Simples e belos – perfeitos! –
Ao abandono dos campos.
(...)
12. •QUARTETOSQUARTETOS = 4 versos
Ex. Infinito presente (Helena Kolody)
No movimento veloz
De nossa viagem,
Embala-nos a ilusão
Da fuga do tempo.
Poeira esparsa no vento,
Apenas passamos nós.
O tempo é mar que se alarga
Num infinito presente.
13. •OITAVASOITAVAS = 8 versos
Ex. Os Lusíadas (Canto primeiro) -
Camões
As armas e os barões assinalados
Que, da Ocidental praia Lusitana,
Por mares nunca dantes navegados
Passaram ainda além da Taprobana,
Em perigos e guerras esforçados
Mais do que prometia a força humana,
E entre gente remota edificaram
Novo reino, que tanto sublimaram.
16. 1. RIMAS: coincidência de sons (total ou parcial)
entre palavras no final ou no meio dos versos.
Classificação das rimas:Classificação das rimas: Quanto à categoria
gramatical:
POBRESPOBRES: as palavras que rimam
pertencem à mesma classe
gramatical.
Exemplo:
.........situado (adjetivo)
.........cresce (verbo)
..........parece (verbo)
........quebrado (adjetivo)
RICAS: as palavras que rimam
pertencem a classes gramaticais
distintas.
Exemplo:
.............arde (verbo)
.............distante (advérbio)
..............diamante
(substantivo)
..............tarde (substantivo)
17. •Quanto à disposição ao longo do
poema:
ALTERNADAS ou
CRUZADAS:
Incendeia A
Coração B
Passeia A
Paixão B
PARALELAS ou
EMPARELHADAS
Aniquilar A
Olhar A
Montanhas B
Entranhas B
INTERPOLADAS ou
OPOSTAS
Espelho A
Disfarce B
Disfarçar-se B
Conselho? A
VERSOS BRANCOSVERSOS BRANCOS sãosão
os que não apresentamos que não apresentam
rimarima
18. 1. MÉTRICA: É o número de sílabas poéticas do verso.
Na contagem das sílabas métricas (escansão),
observam-se, geralmente, as seguintes normas:
• A leitura de um verso deve ser caracterizada pelo
ritmo;
• Faz-se a contagem de sílabas até a sílaba tônica da
última palavra;
• Acomodar as sílabas seguindo a entonação. Elisão =
supressão de sons ou a sinalefa = acomodação de
vários sons a uma única sílaba métrica).
19.
20. Exemplos:
Ouviram do Ipiranga as margens plácidas
Ou – vi – ram – do – I – pi – ran – ga – as – mar – gens – plá – ci –
das = 14 sílabas gramaticais
Ou – vi – ram – doI – pi – ran – gaAs – mar – gens – plá = 10
sílabas poéticas
21. De um povo heróico o brado retumbante
De – um – po – vo – he – rói – co – o - bra – do – re – tum – ban –
te = 14 sil. gramaticais
Deum – po – vohe – rói – coo- bra – do – re – tum – ban = 10 sil.
Poéticas
TAIS VERSOS SÃO “DECASSILÁBICOS” = 10 VERSOSTAIS VERSOS SÃO “DECASSILÁBICOS” = 10 VERSOS
22. A) _______(__sílabas)
E agora, José?
A festa acabou,
A luz apagou,
O povo sumiu.
(...)
B) __________(___ sílabas)
Como são belos os dias
Do despontar da existência
(...)
C) __________(___ sílabas)
Tu choraste em presença da
morte?
Na presença de estranhos
choraste?
(...)
23. D) __________(___ sílabas)
Olhai! O sol descamba...A tarde harmoniosa
Envolve luminosa a Grécia em frouxo véu,
Na estrada ao som da vaga, ao suspirar do vento,
De um marco poeirento um velho então se ergueu.
24. RITMORITMO: a musicalidade implícita ou explícita no poema.
A Banda (Chico Buarque)
Estava à toa na vida,
O meu amor me chamou,
Pra ver a banda passar
Cantando coisas de amor. (...)
25.
26.
27.
GÊNERO DRAMÁTICO: textos para serem representados
no palco.
• TRAGÉDIATRAGÉDIA: fato trágico que provoca reação de medo ou
compaixão. Ex. “Édipo Rei”, de Sófocles.
• COMÉDIACOMÉDIA: satirização dos costumes sociais. Ex. “O
Rei da Vela”, de Oswald de Andrade.
• DRAMADRAMA: envolve a tragédia e a comédia. Ex. “Eles não
usam black-tie”, de G. Guarnieri.
• FARSAFARSA: pequena peça que critica a sociedade e seus
costumes. Ex. A Farsa de Inês Pereira”, de Gil Vicente.
• AUTOAUTO: peça breve, de tema religioso ou profano, de
aspecto moralista. Ex. Auto da Barca da Glória, de Gil
Vicente.
28. Gênero Dramático
O Pagador de Promessas - Dias Gomes
• “...Padre — Na porta? Por que ele não entrava? Não é católico?
• Zé do Burro — Tendo uma alma tão boa, Nicolau não pode deixar de ser
católico. Mas não é por isso que ele não entra na igreja. É porque o
vigário não deixa. (Com grande tristeza) Nicolau teve o azar de nascer
burro, de quatro patas.
• Padre — Burro?! Então esse... que você chama de Nicolau, é um burro?!
Um animal?!
• Zé do Burro — Meu burro, sim senhor.
• Padre — E foi por ele, por um burro, que fez essa promessa?... “
• O Gênero Dramático tem função apelativa e desde a antiguidade
clássica, teve grande importância, pois, tanto em suas origens gregas e
latinas como medievais, esteve sempre associado à problemática
religiosa e seus rituais.
29. Gênero Épico
• A palavra épico vem do grego épos –
narrativa, recitação (ação/espaço/tempo) -
tem função referencial ou informativa
• As Epopéias exaltam heróis e contam os
grandes feitos dos povos.
Eneida, de Virgílio
Homero e Virgílio
Os Lusíadas
30. Gênero Épico
Os Lusíadas - Luís de Camões
... “Vereis amor da pátria, não movido
De prémio vil, mas alto e quási eterno;
Que não é prémio vil ser conhecido
Por um pregão do ninho meu paterno.
Ouvi: vereis o nome engrandecido
Daqueles de quem sois senhor superno,
E julgareis qual é mais excelente,
Se ser do mundo Rei, se de tal gente.... “