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Calopsitas

Calopsita é uma linda ave de origem australiana bastante difundida no mundo
       todo, inclusive aqui no Brasil já há bastante tempo! No seu habitat
natural, costuma viver em regiões desérticas, chegando a viajar quilômetros de
   distância, em bandos, a procura de alimento, próximo às águas dos rios.

Predominantemente cinza na Natureza, ao longo do tempo foram surgindo
variedades em sua coloração pelas mãos do Homem, o que chamamos de
"mutações".
Realmente a Calopsita é muito especial! Seu jeito curioso e amigável, sua
inteligência, deixa-nos encantados! A facilidade em reproduzir sons, assobiar,
imitar palavras, e de ser domesticada, faz com que, cada vez mais, pessoas
busquem nesse pássaro um animal de estimação!
Normalmente eles comem pouco e são ótimas aves de estimação, podem ser
ensinadas a falar e assobiar ao longo dos meses. Muitas delas chegam a viver
até quinze anos, já havendo registros de casos que viveram vinte anos de
idade.
Originária da Austrália, medindo cerca de 30 cm, é um psitacídeo da família
das Cacatuas. Costuma se alimentar de sementes, mas os fruto e insetos
também estão no seu cardápio. Gosta mesmo de alimentar no chão e não no
topo das arvores como as outras aves de sua espécie.
Quando criada em cativeiro, a reprodução acontece o ano todo. Já na
natureza, costuma se reproduzir nas épocas de chuvas, até porque os
alimentos aparecem mais fartamente. Procura geralmente eucalipto que esteja
próximo a água e faz seu ninho em algum buraco existente na arvore.
Descrita cientificamente pela primeira vez em 1792, a Calopsita começou a
fazer parte dos aviários europeus apenas em 1884 e teve maior expansão a
partir de 1949 com o surgimento da primeira mutação, a Arlequim, na
Califórnia.
Em 1838, John Gould, ornitólogo inglês, autor bem sucedido de livros sobre
história natural, enfocando principalmente aves, visitou a Austrália objetivando
conhecer sua fauna, até então pouco conhecida e realizar ilustrações de aves.
Foi a partir de seu retorno em 1840, através dos livros e ilustrações divulgadas,
que o público teve sua atenção chamada para a beleza das aves daquele
continente, especialmente a Calopsita. Ainda é creditado a esse pesquisador o
fato de ter sido a primeira pessoa a levar Calopsitas para fora da Austrália,
contribuindo decisivamente para a divulgação da espécie.
Por volta de 1884, a Calopsita já se encontrava bem estabelecida nos aviários
europeus.
Entretanto, a disseminação maciça dessa ave somente ocorreu a partir do
surgimento da primeira mutação de cor, o arlequim, pouco antes de 1950. A
partir daí, outros padrões de cores foram sendo fixados, ganhando então a
Calopsita enorme popularidade, igualando-se, praticamente, àquela do
periquito australiano. É um dos pássaros perfeitos para quem quer uma relação
mais íntima com uma ave. São divertidos e leais ao bando, do qual o dono
passa a fazer parte.
CARACTERISTICAS
Nome/Espécie : Calopsita (Nymphicus hollandicus)
             Caturra (em Portugal)
             Cockatiel (na língua inglesa)
Família : Cacatuidae
Ordem : Psittaciformes
Origem : Nativos da Austrália, aonde podem ser vistos na natureza, vivem em
regiões áridas e semi-áridas do país. Ave nômade, costuma voar em bandos
acompanhando o ciclo das chuvas, em busca de alimentos. A reprodução
ocorre no período das chuvas, pois a criação de filhotes fica ajustada à
disponibilidade de grãos e frutos justamente nessa época.
Caracteristicas : A calopsita é um pássaro que vem conquistando cada vez
mais as pessoas pelo seu jeito amigável e interativo, principalmente quando
domesticado. Apegam-se facilmente aos seus donos e os reconhecem de
longe. Muito participativas e brincalhonas, são alegres e divertidas! É
considerada uma ave sociável, pois convivem bem com algumas espécies
menores, desde que instalados em espaço adequado.
Tamanho : 30 cm (em média, quando adultos)
Peso : 85-120 gramas
Longevidade : variável, dependendo se na natureza ou em cativeiro, podem
chegar a 25 anos aproximadamente
Maturidade sexual : por volta dos 12 meses de vida
Reprodução : ano todo
Postura : 3 a 7 ovos (média)
Incubação : de 18 a 23 dias


COMPORTAMENTO
Por ser muito fácil de criar, é recomendada para iniciantes e para quem quer
ter pouco trabalho. É resistente a doenças. São aves fortes, que raramente
adoecem. Com tanta saúde, a Calopsita vive muito e comumente morre de
velhice.
Outra facilidade dessa ave é a procriação. Por ser criada há muito tempo em
cativeiro, a Calopsita já está predisposta a reproduzir fora do ambiente natural
sem grandes exigências. Não que a ela se dispense todas e quaisquer
exigências para acasalar e botar ovos, mas as poucas de que precisa, além de
serem simples, já são conhecidas, eficientes e estão divulgadas em literatura.
São pássaros que requerem muito tempo e muita atenção, mas isso não
significa que você se desfaça dele para adquirir outro pássaro. Você realça sua
família com esse pássaro.
A Calopsita geralmente mede 30cm de comprimento e pode viver bons vinte
anos, se for bem cuidada, com dieta balanceada e atividades.
Sua dieta consiste de sementes, frutas frescas e muita água fresca. Não é
inconveniente, é um pássaro reacionário. São ótimos pássaros e podem ser
deixados sozinhos por curtos períodos de tempo.
Uma coisa sobre elas é que, como todos os pássaros, elas podem lhe bicar.
Outra característica
deste maravilhoso pássaro, é a sua fácil adaptação com aves de outras
espécies inclusive menores do que ela (caso o viveiro tenha o espaço
necessário), pois a calopsita não tenta dominar o local, afugentando as outras
aves dos poleiros ou ninhos.
Permite compor viveiros com diversidade de espécies, em especial pássaros
de menor porte, como o periquito australiano e o diamante-gold.
Ativa e brincalhona, parece mesmo ser uma ave feliz. Estão sempre brincando,
pulando de um poleiro para outro, subindo na grade ou divertindo-se na
banheira.
É muito gratificante ter Calopsitas, elas estão sempre em movimento,
alegrando o ambiente. E mesmo sendo adepta a muitas brincadeiras, não
costumam ser destrutivas. Diferente de alguns Psitacídeos que roem os
poleiros e os brinquedos, a Calopsita não é de estragar os objetos que usa.
São aves monogâmicas, que devem ser criadas aos pares.




CUIDADOS GERAIS COM AS CALOPSITAS
Quando você adquirir uma Calopsita mansa, lembre-se de que deve manuseá-
la com carinho, pois ela deve sentir prazer em ser manuseada, caso contrário
ela pode se tornar arisca e relutar em ficar na sua mão.
Nos primeiros dias na nova casa, pegue várias vezes por dia por um período
não maior que 15 minutos cada vez, para não estressá-la.
É normal que ela relute um pouco em ficar na sua mão. Caso ela pule da mão
não corra atrás dela, tente pegá-la com delicadeza, dessa forma você mostrará
que é um amigo e não um agressor.
Em pouco tempo ela estará bem à vontade com você e não tentará mais pular
da sua mão.
Lembre-se de que interagir com ela é muito importante, pois as Calopsitas são
aves sociais e necessitam de companhia - como foram criadas na mão desde
bem pequenas elas nos consideram como sendo da sua própria espécie.
Apesar de ser mansa, ela deve ter uma gaiola para poder descansar, se
alimentar etc., além do que, não é aconselhável deixá-la solta todo o tempo,
sobretudo sozinha.
Devemos colocar alguns brinquedos em sua gaiola para que ela se exercite e
se distraia.
Não se deve superalimentar as Calopsitas, nem dar doces e outros alimentos,
principalmente os que contenham muita gordura, pois como elas não se
exercitam voando, têm tendência a obesidade.
Respeite o horário do sono (eles dormem a partir das 18h30/19h00) colocando-
a num ambiente tranqüilo e sem luz acesa. Pode-se cobrir a gaiola com um
pano. Evite deixar a gaiola em locais barulhentos e com correntes de ar, elas
podem ficar estressadas e doentes.
Outra importante recomendação sobre o convívio com seres humanos, é em
relação a crianças pequenas e pouco acostumadas a lidar com aves. É preciso
orientá-las para evitar que as machuquem caso peguem-nas na mão, e
também para que não as estressem com atitudes bruscas, como bater no
viveiro. Atitudes como essas deixam as aves apavoradas e desconfiadas.
ESCOLHENDO NA COMPRA UMA CALOPSITA




SAUDÁVEL
Para escolher uma Calopsita realmente saudável há alguns parâmetros que
deverão ser rigorosamente observados na hora da compra. Podemos destacar
os seguintes:
- A aparência da Calopsita à distância; o ideal é aproveitar quando a ave ainda
não se apercebeu da presença de um novo elemento no meio que a rodeia (as
aves têm uma capacidade extraordinária para ocultar sintomas de doença);
- Que posição toma a ave no poleiro: Caso ela esteja parada com as penas
enrrufadas e apoiando todo o corpo no poleiro não compre, pois possivelmente
esteja doente, no entanto se ela estiver alerta e observando com atenção tudo
o que se passa ao seu redor com certeza estará saudável.
- A ave respira normalmente, ou seja, os movimentos respiratórios são
imperceptíveis caso ela apresente dificuldades, respirando com o bico aberto
ou todo o corpo acompanhando os movimentos respiratórios, tome cuidado.
- Que tipo de alimento tem na gaiola: são biscoitos fabricados para aves, uma
dieta caseira composta por uma variedade grande de vegetais e frutos ou é
uma dieta pobre, deficitária de apenas um elemento - sementes de girassol;
- O tipo de dejeções que se encontra no fundo da jaula. Devem ser compostas
por três porções: uma porção líquida (urina), uma porção sólida de cor variável
entre o castanho e o verde (fezes) e uma porção branca (uratos);
- Quando a proximidade permite, que tipo de comportamento tem o animal em
resposta à nossa presença: interessado e procura de imediato relacionamento,
curioso e retraído, assustado e afastando-se ligeiramente, ou totalmente em
pânico gritando e em posição de defesa;
- Observar cuidadosamente: o estado das penas (devem estar limpas,
alinhadas, apresentando a coloração normal da espécie, não devem apresentar
bandas negras horizontais, nem parecerem "mastigadas" ou mesmo
arrancadas);
- Os olhos devem estar brilhantes, sem secreções ou edemas; o bico deve
encontrar-se liso e de tamanho normal e as narinas desobstruídas;
- As asas devem ser iguais entre si e apoiadas no corpo acompanhando a
silhueta da ave;
- A cauda deve ter penas limpas de fezes ou alimento e acompanhar também a
silhueta do animal.
As patas devem apresentar-se sem edemas ou inflamações (observar com
especial cuidado as articulações), as escamas não devem estar levantadas ou
sujas demais e as unhas devem apresentar um crescimento normal. Se for
possível observar a sola da patinha que se apóia no poleiro, esta deve ter uma
pele lisa, sem quaisquer lesões ou edemas.


INSTALAÇÕES
Mesmo que as calopsitas sejam criadas soltas em casa, precisam de um
espaço para sua acomodação sendo necessário manter sempre um lugar para
que ele possa descansar e se alimentar. A ave deverá ter um pequeno local
onde possa ter abrigo com poleiro e proteção. Caso o criador opte pelo sistema
de criação em gaiolas, deve-se dar preferência sempre aquele com maior
comprimento, permitindo assim o exercício de vôo e seus exercícios de
alongamento. O tamanho aconselhável para o abrigo de um casal é: 1,00 x
0,40 x 0,50 (CLA) e podem ser adquiridos em comércio especializado ou
confeccionado pelo próprio dono com tela rígida de arame galvanizado (solda
a ponto) ou malha ao seu gosto. Essa gaiola deverá de preferência ser fixado
em local ventilado (sem correntes de ar) e se possível recebendo sol pela
manhã


ALIMENTAÇÃO
Toda ave ou animal tem que ter uma alimentação balanceada, portanto a
alimentação da sua Calopsita deve ser bem observada, principalmente na
época de postura e reprodução. Abaixo segue orientações. 20%de alpiste, 50%
de painço, 15% de arroz com casca, 10% de aveia e 5% de girassol miúdo.
Deixar os alimentadores para ser consumidos conforme a necessidade da ave.
Atualmente se encontra alimentos prontos a granel (por quilo) ou em pacotes
fechados, de diversas marcas. Estes alimentos, via de regra, possuem a
constituição acima adicionada de algum(ns) ingrediente(s) variando de
fabricante para fabricante.
 Atualmente podem ser encontrados alimentos extrusados que contém
prebióticos que ajudam na saúde das aves. Esses alimentos extrusados podem
variar sendo específicos para cada época: reprodução, muda e estresse das
aves. Note que nem todas as aves aceitam prontamente alimentos extrusados
devendo haver uma transição programada ou misturada à ração normal.
Não é aconselhável fornecer apenas um tipo de semente. Além de causar
carência nutricional alguns alimentos com porcentagem mais alevada (ex.
aveia) podem causar distúrbios gástricos, diarréias e outros problemas. A
utilização das porcentagens acima garante melhor taxa de aproveitamento x
necessidades das aves.
FARINHADAS – Estas farinhadas podem ser feitas em casa ou compradas
prontas em pet shops. Em casa é normalmente feita com ovo cozido e fubá,
podendo acrescentar um pouquinho de AMINOMIX ou ORGANEW
(complemento vitamínico).Alguns criadores misturam Neston nesta farinhada
caseira. Porem deve ser obrigatoriamente retirada após algumas horas para
não estragar e afetar a ave. As farinhadas comerciais têm um período de
validade maior visto serem desidratadas.
FRUTAS E LEGUMES – Em pedaços e verduras como espinafre, chicória,
brócolis, almeirão, couve, bem lavados (2 a 3 vezes por semana), folhas de
beterraba também pode ser fornecidas como alimento.
Outras dicas
Nos dias mais frios, pode oferecer à ave trigo pré-germinado. O trigo integral é
fonte de fibras, além de proteína, carboidrato, vitaminas e minerais. É vendido
em supermercados, na área de alimentos diets. Pega-se um pouco do trigo, e
põe de molho por aproximadamente 2 horas. Depois, lava e escorre, deixando
secar naturalmente.
      Sirva os alimentos (verduras, frutas, legume) e água na temperatura
       ambiente.
      Lave muito bem frutas e verduras, cortando os talos, pois geralmente é
       neles que se concentram os agrotóxicos.
      Cuidado com as sementes! Sementes colhidas antes do tempo, ou em
       época úmida, estão sujeitas a atingir mais de 13% de umidade interna.
       Isto favorece um crescimento muito rápido de fungos. Todos os fungos
       liberam o que se é chamado de microtoxinas que não são destruídas
       mesmo que torre-se o grão ou seja colocado ao sol. O calor é capaz de
destruir os fungos, mas as toxinas não. Portanto, orientamos a não
       estocar sementes por mais de 30 dias, deixa-as dentro de um pote com
       tampa semi-aberta para as mesmas respirarem, em local ventilado. Ao
       comprar as sementes, verifique se são novas ou não.
      Dê folhas de beterraba, contêm iodo, ferro e cálcio! As calopsitas
       adoram desfiar os talos.
      Certos cuidados devemos tomar com relação às verduras, que devem
       ser bem lavadas e, de preferência, deixadas de molho em solução de
       cloro ou vinagre por 30 minutos.
Nunca dê à sua ave : abacate, chocolate, café, leite, chá, tomate, alimento
com sal, feijão, sementes de frutas, principalmente de maçã.
Resumo da alimentação
- 50% de painço;
- 20% de alpiste;
- 15% de arroz com casca;
- 10% de aveia com casca;
- 5% de sementes de girassol;
- milho verde seco em dias alternados;
- ração para cães 2 vezes por semana;
- frutos (maçã, pêra, banana, menos abacate) 2 vezes por semana;
- pão duro, seco e em pedaços de preferência o integral à vontade, torradas;
- barrinha de cereais para calopsitas
- legumes e verduras: brócolis, dente de leão, rúcula, couve, folha de
beterraba, radice, espinafre, almeirão, chicória, pesto ou manjericão, vinagre
(as folhas vermelhas), folhas da beterraba, folha de batata doce, chuchu cru,
jiló, cenoura, abóbora, guaco, hortelã, hortaliças e chás verdes (ao natural) e
etc. Nunca dê alface, tomate ou berinjela;
- semente de abóbora é vermífuga e elas adoram. Semente de melão também.
É só lavar e secar que elas devoram. As sementes de maça são tóxicas.
- farinhada;
- grão de bico, colocado de molho na água por duas horas;
- metades de tijolos velhos de barro, fervidos na água com uma colher de sopa
cheia de sal, deixa-se nas gaiolas para eles roerem.
Atenção: A alimentação dos filhotes é exatamente a mesma dos adultos,
acrescida de milho verde diariamente e o mais importante de tudo; você deverá
sempre estar atento para que as fezes da Calopsita não entrem em contato
com as comida, pois podem transmitir doenças. No caso dos pássaros, as mais
comuns são as verminoses, as infecções bacterianas e a coccidiose
(protozoário causador de diarréia e morte). Se um pássaro com doença
transmissível ingerir as próprias fezes, fica reinfestado e a doença reinicia o
ciclo, enfraquecendo-o mais. Para evitar fezes na comida, o comedouro nunca
deve ser posto abaixo dos poleiros (frutas podem ser penduradas acima do
poleiro mais alto). Para o pássaro não derrubar comida enquanto come (por
exemplo, não deixar cair grãos ao selecionar os maiores), não encha demais o
comedouro, retire restos como cascas sem sementes, que formam volume
desnecessário, ou use comedouro com tampa vazada (só passa a cabeça). A
bandeja com fezes deve ficar distante do piso de grade, para a ave não
alcançá-la.
COMIDAS TÓXICAS
O Abacate é totalmente proibido, pois poderá matar sua Calopsita rapidamente.
Bebidas alcoólicas: apesar de óbvio, nunca é demais lembrar: nunca dê
bebidas alcoólicas a seu pássaro, são totalmente proibidas. Além de ser cruel e
nada divertido embebedar uma ave, o fígado delas não consegue metabolizar o
álcool, podendo causar lesões cerebrais e morte.
Mesmo a inalação de etanol deve ser evitada, pois causa intoxicação.
Chocolate: proibido totalmente. O consumo de pequenas quantidades pode
causar hiperatividade, vômitos, diarréia, batidas cardíacas irregulares, ataques
e morte.
Cafeína: aqui se incluem bebidas cafeinadas, como café e chá. Os sintomas
são o mesmo de chocolate.
Gordura: o excesso de gordura poderá causar doenças hepáticas, obesidade,
diarréia, problemas nas penas, além de afetar a absorção de nutrientes.
Sal: As Calopsitas não conseguem excretar sal como nós. Por isso, o consumo
de sal causa excesso de urina e consumo de água, depressão, hiperatividade,
tremores e até morte.
Outros alimentos que devem ser evitados: folhas de batata, tomate e feijão,
semente e caroço em geral (principalmente os de maçã, damasco, cereja, pêra,
ameixa, pêssego e abacate).


OSSO DE SIBA E PEDRA DE CÁLCIO
A matéria prima para a fabricação do osso de siba é a sépia, um molusco da
família da lula, que possui uma concha interna. Essa concha é rica em
minerais, principalmente o cálcio, podendo ser fornecida, assim como a pedra
de cálcio, durante todo o ano, principalmente nas épocas de postura e muda
das penas. O osso de siba e a pedra de cálcio podem ser presos à grade da
gaiola à disposição da ave. O osso de siba esfarela com facilidade, por isso,
sugerimos colocar um pote logo abaixo do osso de siba, para que os farelos
possam ser aproveitados pela ave.
ALIMENTAÇÃO DOS FILHOTES
A alimentação dos filhotes com poucos dias ou semanas de vida deve ser
efetuado com cuidado e critérios. Atualmente existem, no mercado, diversos
alimentos destinados à alimentação de filhotes de aves. Marcas como CC-
Albium, Beppler, Alcon que têm colocado à disposição do criador alimentos que
atendem a este fim. Se possível devemos procurar alimentos voltados a
psitacídeos. Nem sempre é possível esta escolha, sobretudo em lugares muito
afastados dos grandes centros urbanos ou onde não haja grande saída de
produtos para aves. Atualmente a CC-Albium tem para venda alimentos
especialmente voltados para filhotes de psitacídeos, caso das Calopsitas. Junto
com as embalagens segue também a forma de preparo dos mesmos. Visto de
regra o alimento - em pó - deve ser dissolvido em água morna e servido aos
filhotes. Embora filhotes possam aceitar alimentos frios observa-se uma
aceitação maior quando a alimentação se dá morna. Os filhotes podem,
inicialmente, não aceitar de bom grado este tipo de alimento. Devemos,
entretanto, insistir para garantir a vida da ave. Alguns criadores se utilizam
seringas. Enchem-na de alimento e colocam dentro do bico da ave. A Cockatiel
Society aconselha que os filhotes sejam primeiramente aquecidos e colocados
sobre uma superfície devidamente 'acolchoada' por panos de forma que o
filhote possa sentir o mínimo possível de frio.
Com o filhote de frente para você e a seringa na mão direita, entre com a
seringa pelo lado direito do bico do filhote, diagonalmente, cerca de 40° em
direção ao lado esquerda (onde fica a entrada do papo). Quando a seringa
entrar no bico pressione lentamente para que o filhote reconheça a 'papinha'.
Quando ele sentir e começar a pedir vá apertando a seringa levemente de
forma a não encher totalmente seu bico de papinha e nem que aspire o ar,
podendo engasgar. E desta forma vá alimentando o filhote.
Alguns criadores aconselham a alimentação através de colheres (tipo
sobremesa) . Se possível 'entortadas' nas bordas de forma a criar um pequeno
'funil'. Pegamos o alimento e damos diretamente no bico da ave. Elas aceitam
o alimento normalmente.
Outros criadores pegam pedaços de madeira ou plásticos bem finos, colocam o
alimento neles e, a seguir, no bico dos filhotes. Independentemente do método
devemos sempre nos lembrar da delicadeza dos filhotes e procurar sempre
tomar o maior cuidado possível.
Sempre após a alimentação dos filhotes temos que proceder à limpeza dos
mesmos, sobretudo nos bicos. Caso as penas fiquem sujas devemos
umedecer um pano limpo em água morna e, delicadamente, proceder à
limpeza da ave. O mesmo vale para o bico. A sujeira nos bicos pode favorecer
a criação de fungos, prejudicando a ave. Pode-se utilizar uma haste de plástico
com algodão na ponta ('cotonete'), umedecê-lo em água morna e proceder à
limpeza do bico.
Devemos proceder à alimentação dos filhotes sempre que eles estiverem com
aproximadamente 10% do papo vazio. Abaixo segue tabela para auxiliar no
controle da alimentação dos filhotes. Devemos atentar que muitos filhotes,
mesmo com o papo cheio, ficam ainda pedindo mais alimento e nessa hora
devemos deixá-los acomodados em seu lugar para ele parar com o choro.




                             Filhote de calopsita que acabou de sair do ovo.


Para a alimentação dos filhotes podemos seguir estas recomendações abaixo:

Os filhotes deverão ter duas semanas de vida, no mínimo. Se você fizer antes,
o pássaro provavelmente não sobreviverá.
Lembre-se: este procedimento somente é aconselhável se estritamente
necessário. Criadores comprovam que aves alimentadas normalmente pelos
pais têm uma melhor saúde e uma maior longevidade ou se o mesmo for criado
em condições muito próximas do ambiente normal dos pais.
Prepare a mistura seguindo estritamente as instruções na embalagem do
produto. Esta mistura pode ser encontrada em casas especializadas. O filhote
pode ser alimentado com uma colher ou seringa normal (fica ao critério do
criador)
Não fique surpreso com os sons que os filhotes emitem durante a alimentação.
Horários para alimentação dos filhotes:
3 Semanas - 07:00 / 11:00 / 15:00 /19:00 / 23:00.
4 Semanas - 07:00 / 12:30 / 17:30 / 21:00 / 22:30.
5 Semanas - 07:00 / 15:00 / 22:00.
6 a 7 Semanas - 07:00 / 22:00.
8 Semanas – 22:00.
O filhote provavelmente estará independente por volta de 10 a 12 semanas.
Daí ele estará “desmamado”. A partir deste ponto prosseguir com a
alimentação normal de calopsitas.
A partir de um mês e meio de vida (6 semanas ) deixe um pouco de ração na
gaiola. O filhote irá aos poucos provando e paulatinamente mudando da
papinha para sementes. Ao ver os pais comendo ou o criador oferecendo o
alimento, serão assim desta forma estimulados a começar a comer as
sementes. Da mesma forma começarão a provar outros alimentos como o
milho verde. A partir do segundo para o terceiro mês podemos começar a
fornecer apenas os alimentos normais. Um filhote saudável irá efetuar sozinha
a transição. Não esqueça de ficar sempre observando o filhote e seu
desenvolvimento. Verifique se está se alimentando de forma normal, se está
comendo bem, se está sempre curioso com as coisas à sua volta. Uma ave
demasiado quieta não é normal. Embora filhotes costumem dormir mais do que
adultos devemos estar sempre atentos. Uma ave muito quieta pode ser sinal de
algum problema maior, talvez mesmo necessitando a intervenção de um (a)
veterinário (a).
Outras informações importantes :
1) Não reaproveite/guarde sobras da papinha pronta, ou faça grande
quantidade para ser armazenada na geladeira e ser utilizada aos poucos, você
deve fazer sempre uma papinha nova a cada vez que for dar à ave.
2) Lavar colher/seringa a cada vez que for alimentar sua ave.
3) A papinha não pode ser dada fria (papinha demasiadamente quente pode
levar a ave à morte).
4) Não esquentar a papinha no microondas.
Estes procedimentos visam a afastar possíveis infecções no papo por fungos e,
consequentemente, evitar que o alimento fique estagnado no papo, podendo
ocasionar até a morte da ave.
Excesso de papinha em volta do bico e nas penas devem ser removidas após o
término da alimentação, com água morna.
Ave alimentada no bico passa a comer sozinha mais tardiamente
(aproximadamente 80 dias), em comparação a uma ave alimentada pelos pais
(55/60 dias). A fim de estimular o filhote a comer sementes e rações, deixe na
gaiola potes de sementes (sem girassol, no início, por ser uma semente
mais dura) e água a partir dos 45/50 dias de vida, mesmo que a ave não se
interesse em provar no início. Ao mesmo tempo, vá diminuindo a quantidade
de papinha aos poucos, tendo sempre certeza de que a ave está sendo bem
alimentada e não está com fome.
Além dos cuidados com a alimentação, o filhote precisa ser mantido aquecido,
já que até seus 30 dias de vida, não consegue manter auto controle de sua
temperatura corporal.
CORTANDO AS PENAS DAS ASAS
Cortar as penas das asas deve ser feito principalmente para a própria
segurança da ave. Para aqueles que não são felizardos de viverem livres na
natureza ou em grandes aviários, é aconselhável que suas penas de vôo sejam
aparadas para evitar sua fuga e posterior sofrimento da ave e do seu dono.
Nem todos sabem como fazer isto, e podem assim machucá-los levando ao
sangramento ou dores por muito tempo, além de uma falta de estética no corte
que o fazem ficar com as asas feias.
Então, um bom corte de penas deve ser feito para manter seu pássaro
saudável e também bonito.
Por que cortar as penas? Para evitar que eles se percam ou se machuquem
dentro de sua própria casa. Janelas de vidro, espelhos, ventiladores de teto
ligados ou uma porta esquecida aberta podem acabar em tragédia. Cortando
as penas, eles poderão voar de um lugar ao outro em vôos curtos sem o perigo
de se machucarem ou escaparem sem querer.
Devemos cortar apenas as penas de vôo como notamos na ilustração acima
(penas primárias), pois logo acima dos pontinhos vermelhos estão as penas
secundária. Caso haja dúvida, melhor levar até um Veterinário de Aves, pois
cortar errado pode sangrar ou até danificar a estética da asa do pássaro.
A primeira vez que for cortar as penas, corte apenas 5 a 6 penas de vôo,
começando pela ponta da asa para dentro. Corte no máximo de 7 a 8 penas.
Não precisam cortar as 10 penas de vôo. Lembre-se que elas só crescerão
novamente na próxima muda, ou seja, cerca de um ano (esse calculo é
baseado em pássaros adultos). Alguns criadores gostam de deixar as duas
primeiras penas intactas por motivos estéticos, pois, quando eles fecham as
asas, não dá para ver que foram cortadas, mas eu pessoalmente não aprovei,
pois os meus pássaros continuavam voando bem, então, depende do pássaro
e da força que ele tem.
Cortar apenas uma asa ou duas? Bem, existem controvérsias, alguns
recomendam as duas, outros apenas uma. Eu particularmente corto as duas,
assim não corro o risco dele voar, pois com as duas cortadas eles nem se
arriscam a voar, apenas trocam de lugar sem tentar vôos arriscados.
APARANDO AS UNHAS
Outro item importante são as unhas, se as unha ficarem grandes demais, ele
pode se machucar ou machucar você! Existem poleiros especiais importados
que desgastam a unha, não são poleiros com lixa embaixo! A lixa colada no
poleiro pode machucar a pele da sola do pé. Você pode cortar a pontinha da
unha com cuidado para não cortar os vasos sangüíneos (Como cães que tem
unhas pretas e não dá para ver o vaso sangüíneo).
Se por acidente a unha dele começar a sangrar, tenha calma, aguarde um
pouco, se não parar, você deve ter em casa um produto encontrado em casas
de produtos veterinários que ajuda a estancar o sangue imediatamente
(Polvedine). Se você não tiver, a alternativa será correr para o Veterinário.
Então, MUITO CUIDADO!
Na minha opinião, a maneira mais garantida é lixar a unha com lixas normais.
Não tem segredo, só lixar um pouquinho e com cuidado. Olhe o desenho acima
e veja por onde circula o sangue. Se o pássaro não parar quieto, enrole-o com
uma toalha macia deixando apenas os pézinhos de fora. Pegue unha por unha
com cuidado para não machucar os ossinhos dos dedos e lixe as pontinhas.
Você vai precisar da ajuda de alguém para fazer esta tarefa.
KIT EMERGÊNCIA
Medicamentos básicos pra uma emergência:


  (1) Pó Antisséptico AH da empresa Limpinho - ele é coagulante. O melhor
dos melhores. É o único que consegue coagular rapidamente, sem infectar a
ferida, mesmo decorrente de corte errado de unhas e sangramento em
canhões de pena.

  (2) Hidrovit ou Glicopan - possui vitaminas e aminoácidos na fórmula, além
da dextrose. É muito útil em casos de intoxicação, e de casos agudos de
stress. Também auxilia aves que estão sem comer há muito tempo.

  (3) Novo Merthiolate - o melhor anti-séptico disponível nas farmácias. Limpa
a ferida sem arder, e sem atrapalhar a cicatrização. Parece que o spray anti-
séptico da Johnsons e Johnsons segue o mesmo princípio ativo.

 (4) Soro fisiológico - para a limpeza de feridas e olhinhos.

 (5) Algodão, toalhinha para segurar a ave.


  E só. Antibióticos, colírios e demais remédios são usados apenas em casos
específicos, portanto, não se enquadram como emergência. O melhor é levar a
ave a um veterinário ou a alguém que conheça bem a criação de calopsitas
antes de usá-los.

  Note que os itens estão em ordens de importância. O coagulante é bom ter
em casa, por causa da facilidade com que a Calopsita sangra nas penas da
asa. Nada pior do que ficar desesperado sem saber o que fazer nessas horas,
tentando parar o sangramento!
PREVENÇÃO
      Adquirir aves sadias, que sejam de uma criação confiável, que se
       encontra em bom estado físico.
      Local onde ficará a ave : tamanho proporcional ao número de aves.
       Preocupe-se com luz, ventilação,temperatura do ambiente.
      Mantenha uma rotina de limpeza do seu plantel : limpe diariamente a
       bandeja da gaiola, lave os potes, utensílios usados pelas aves; gaiolas e
       poleiros podem ser lavados semanalmente. Manter o local sempre
       limpo, evitando-se dessa forma, o acúmulo de restos alimentares, etc.
      (Ofereça à suas aves água filtrada e renove-a diariamente, não deixe
       alimentos expostos por muito tempo nas vasilhas sem serem trocados,
       etc.) Alimento à base de ovo, como é feita a farinhada caseira, deve ser
       fornecido às aves e retirado no mesmo período do dia para que não
       venha a deteriorar-se, ocasionando diarréia/intoxicação nas aves;
       Alimentação : de qualidade adequada para as diferentes fases da
       criação, esteja atento sempre à validade dos produtos;
      Lave bem as mãos com água e sabão antes de cuidar e pegar suas
       aves;
      Apesar de ser resistente ao frio, a Calopsita deve ficar distante de
       correntes de vento, mesmo nos dias quentes, podendo vir a adoecer;
   O ideal seria que o criador fizesse exames preventivos em suas aves
    (fezes, necropsia de aves mortas, etc.)
   Quarentena - período pelo qual a ave nova passa antes de ter contato
    com as demais aves do plantel, que pode ser de aprox. 30 dias, para
    saber se aquela ave vai ou não manifestar eventual doença. Sendo a
    ave adquirida de loja, esse cuidado deve ser levado ao pé da letra, o
    que pode incluir exames clínicos e laboratoriais para garantir a saúde da
    mesma. Doenças transmissíveis através do ovo são mais difíceis de
    serem diagnosticadas, pois aparecem quando a ave é ainda muito nova,
    ou na época de reprodução.
   Respeite o horário de dormir da ave, independentemente se for uma ave
    domesticada ou não. Elas adormecem ao anoitecer, isto é a partir das
    18h30/19h00 devem estar descansando em suas gaiolas, em local
    tranqüilo, sem luminosidade.
   Ao relacionar-se com a ave, procure não fazer movimentos bruscos que
    assuste a ave. As crianças pequenas e ainda não acostumadas a ter
    uma ave devem ser orientadas em como pegá-la e a interação com a
    mesma, evitando gritos, bater na gaiola, enfim, atitudes que acabam
    estressando a ave e deixando-a desconfiada, sem segurança com seu
    dono.
   Aves quando soltas não devem ser deixadas sozinhas, sem supervisão.


    BRINQUEDOS PERIGOSOS
    Brinquedos são imprescindíveis para seu pássaro, mas alguns cuidados
    devem ser tomados para que a brincadeira não se transforme em um
    desastre.
    Brinquedos com espirais ou qualquer outro acessório que possa prender
    pescoço ou pernas estão proibidos. Correntes também são proibidas,
    sejam de metal ou plástico.
    Tenha também cuidado com a ingestão de partes de brinquedos: isso
    trava o aparelho digestivo e a ave não consegue se alimentar.
    Brinquedos com algodão ou poliéster podem soltar fios, onde as aves se
    enroscam.
    Lembre-se que o tamanho do brinquedo importa muito; um brinquedo
    ideal para seu pássaro pode ser perigoso para outro.


    BANHO
    O banho é algo sagrado, e que as Calopsitas não dispensam, se lhes
    permitirmos ter onde se banharem. No entanto, assim como outros
    pássaros, as Calopsitas não apreciam fisicamente serem colocados na
    água do banho e serem lavados pelos seus próprios donos. Estão
habituadas por instinto a fazer a sua higiene pessoal onde têm
possibilidade para isto.
Grande parte das Calopsitas criadas em cativeiro nunca tiveram essa
oportunidade exatamente devido a muitos criadores inexperientes não
atentarem ao fato de que elas necessitam de um recipiente que lhes
permitam entrar de corpo inteiro.
O primeiro passo será arranjar uma "banheira" adequada à ave e que
incentive o seu banhoregular.
Existe um mito que o banho torna as aves mais vulneráveis, isso é falso,
assim como você, elas se tornariam vulneráveis caso não pudessem
tomar banho freqüentemente!
No entanto, alguns cuidados deverão ser adotados; nunca as deixe
diretamente sob o sol ou em zonas de freqüentes correntes de ar.
Lembre-se que um banho de água de temperatura ambiente é o melhor
que elas podem desejar.
DEFINA O LOCAL ONDE FICARÁ A GAIOLA DE SUA AVE
Evite local que seja passagem de pessoas, e com barulho.
A sala pode não ser um ambiente adequado, em virtude do trânsito de
pessoas, e do barulho de televisão e de visitas, o que pode interferir no
período de sono da ave. Excesso de claridade deve ser controlada com
cortina, etc. ao longo do dia.
Varanda : pode ser colocada a gaiola durante o dia, devidamente
protegida de ventos, deixando uma parte da gaiola na sombra. Cuidado
com possíveis predadores que podem pousar na sua varanda (gaviões,
etc.)
Cozinha : não é local adequado, devido ao cheiro dos alimentos
preparados, instrumentos cortantes, teflon das panelas, etc.


CUIDADO:
* Com produtos que possam fazer mal à ave : purificadores de ar, velas
em uso, perfumes, cigarros, produtos químicos, plantas tóxicas, etc.
* Se sua ave está acostumada a voar pela casa, também você deverá
redobrar cuidados : as janelas devem estar com cortinas, ventiladores
de teto desligados, etc. Pense na possibilidade de colocar telas na
janela e/ou varanda do apartamento, veja abaixo a foto de uma janela
telada.
* Tome muito cuidado com sua ave andando pelo chão da casa, elas
podem ser pisoteadas sem querer. Infelizmente vemos muitos casos de
pessoas que se distraem, e não percebem a presença da ave no chão, e
na maioria dos casos, a ave acaba morrendo.
* Jamais deixar a ave voar pela cozinha, com asa cortada ou não, as
consequências podem ser desastrosas, principalmente se o fogão
estiver sendo utilizado.
* A ave não deve ser deixada fora da gaiola, sozinha sem supervisão.
* Cuidado com outros animais na casa! cães, gatos, etc. não devem ser
deixados sozinhos com a ave.
* Nas datas comemorativas, as aves podem se assustar com o barulho
dos fogos, procure ficar nesses momentos com sua ave, para passar a
ela segurança e minimizar situações como debater-se na gaiola.
Não saia com sua calopsita ao ar livre, mesmo sua ave estando com asa
cortada, pois a calopsita se assusta com facilidade e, além de acidentes
que podem ocorrer, existe uma grande chance de a ave fugir. Em
resumo, não dá para prevermos as suas reações.
REPRODUÇÃO
A ave se torna sexualmente adulta com 12 meses de vida, e há
criadores que só acasalam exemplares a partir de 18 meses. Antes de
um ano, podem ocorrer contratempos no processo reprodutivo :
ausência do casal ou de um dos pares no choco, quebra dos ovos, ovos
não galados, etc. Recomendamos não iniciar criação com aves com
idade inferior a 12 meses.
Geralmente não costuma haver incompatibilidade quando se junta um
Macho com uma Fêmea, uns se entrosam rapidamente, enquanto em
outros casos pode haver uma demora no aceite de um pelo outro. Se
realmente o casal não se aceitar, o melhor é separá-los e tentar acasalar
com outras calopsitas.
O manejo para formação de casais depende do criador. Há aqueles que
deixam as aves em colônia para se escolherem, e depois separa os
casais formados em gaiolas individuais com ninhos. Outros criadores
formam os casais pelas suas características e do que se quer obter dos
filhotes, para depois instalarem em gaiolas.
Após a colocação do ninho, o tempo aproximado mínimo para que a
fêmea inicie a postura dos ovos é de 10 dias, podendo demorar muito
mais tempo (dependendo do interesse em procriar, entrosamento do
casal, saúde da ave, e da ave sentir-se segura no ambiente em que
está). No choco, o casal se reveza no ninho : o macho choca durante o
dia enquanto a fêmea a partir do fim da tarde até a manhã seguinte.
Alguns casais, principalmente os que já tiveram filhotes antes, somente
começam a chocar quando tiverem sido botados entre 2 a 3 ovos.
Portanto, não estranhe o fato de o casal não estar no ninho nos
primeiros dias.
O período de incubação deva em média de 18 a 23 dias, dependendo da
ausência no choco ou não e variações na temperatura. Deixe uma
banheira na gaiola para o casal, a água é importante para que o casal
leve umidade necessária aos ovos.
Um ovo fertilizado (galado) pode ser chocado e com chances de
nascimento de filhote, até por volta de 10 dias da data que foi botado,
desde que fique armazenado em temperatura amena, e que não tenham
sido anteriormente chocados mesmo que por pequenos períodos
(exemplo, casais que chocam mas depois de alguns dias abandonam os
ovos).
As chances de um ovo eclodir, isto é, de nascer um filhote, depende de
alguns fatores : tamanho (ovo muito pequeno), qualidade da casca
(rugosa, fina quebradiça, deformada), casca suja, manipulação incorreta
dos ovos, falta de umidade (tempo seco), etc.
A morte de embrião dentro do ovo pode ter diversas causas : vermes,
infecções por outras doenças, consangüinidade, falta de umidade,
contaminação da casca do ovo, etc. A Calopsita em cativeiro se
reproduzem o ano inteiro, mas temos que evitar acasalamento na época
de muda de penas das aves, bem como com temperatura
excessivamente quente e/ou com baixa umidade do ar.
PADRÕES DE CORES
A Calopsita é encontrada na natureza na cor cinza com as bordas das
asas brancas. O macho tem crista e cabeça amarelas e a fêmea tem
crista cinza amarelado e a cabeça cinza. Ambos têm as bochechas
vermelhas, mas a da fêmea é mais clara. A cauda do macho é preta e a
da fêmea intercala o preto com o amarelo. É o que os criadores chamam
de padrão silvestre ou normal.
Quando surgem aves mutantes na natureza, ostentando outras
combinações de cores, dificilmente sobrevivem. Elas são vítimas mais
fáceis de predadores, pois a coloração diferente ganha destaque e
colabora para uma visualização mais rápida da ave por parte dos
predadores naturais.
O contraste da cor negra na cauda parece deixar as outras cores se
sobressaírem ainda mais. Mas essa é uma característica só dos
machos, pois as fêmeas misturam o negro e o amarelo, na parte mais
baixa da cauda.
A partir do padrão silvestre, a criação selecionada fixou diversos
padrões e também muitas variedades que se caracterizam pela mescla
de padrões distintos e as inúmeras cores existentes hoje, são
decorrentes da fixação de mutações feitas pelos criadores, diversas
surgidas nos últimos 15 anos, algumas muito recentes e difíceis de
serem encontradas nas lojas.
A seguir destacaremos as cores mais freqüentes:
-
- Padrão Canela: parecido com o padrão Normal, mas difere na cor do corpo,
que é marrom em vez de cinza, e na tonalidade mais clara das pernas e dos
olhos.

      - Padrão Pérola: de forma geral, apresentam na cabeça duas manchas
      vermelhas laterais, as faces são amarelas salpicadas de cinza, a crista
      amarela é riscada de cinza, as penas das costas podem variar do
      branco ao amarelo. As penas das asas são cinza com faixas amarelas.
      A cauda é amarela, o peito e a barriga, listrados de amarelo e cinza.
      - Padrão Lutino: o branco predomina no corpo. Os olhos são
      vermelhos, os pés rosados, a crista amarela, o bico marfim, a cabeça
      amarelada com bochechas vermelhas. Nas asas e na cauda também há
      um pouco de amarelo.
      - Padrão Arlequim: padrão bem variável que pode ser parecido ao
      padrão normal ou até apresentar pouquíssimo cinza e, sim, o amarelo
      claro. A cabeça é amarelas forte, bochechas vermelhas e crista amarela.
      - Padrão Cara Branca: as cores dominantes são o cinza escuro, o preto
      e o branco. O macho tem cabeça branca, crista cinza e bordas das asas
      brancas. A fêmea tem o corpo cinza, bordas das asas brancas e face
      interior da cauda com estrias pretas e brancas.
      - Padrão Fulvo: semelhante ao padrão canela. A cor predominante no
      corpo é canela pálida, com manchas de amarelo suave e com a face
      amarelo forte. Os olhos são vermelhos.
      - Padrão Prata: há duas formas distintas. A chamada recessiva e a
      dominante. Na recessiva, os olhos são vermelhos e o cinza do corpo é
      prateado. As demais características são iguais à do padrão normal. São
      raras. Na dominante o tom do corpo é prateado pastel. Os olhos são
      pretos, as penas cinza e as faces e a crista são amarelo forte.
      - Padrão Cara Amarela: é muito semelhante ao padrão silvestre. A
      principal diferença é a cor da bochecha. Em vez de ser vermelha é
      amarela.
      A maioria das Aves de Companhia, nomeadamente os Psitacídeos, não
      apresenta dimorfismo sexual, ou seja, o macho e a fêmea apresentam
      as mesmas características físicas e não nos é possível diferenciá-los. As
      diferenças nas cores e padrões podem ajudar, mas nunca darão 100%
      de certeza. Um meio seguro para identificar o sexo da sua Calopsita é
      apalpar a região anal. Se houver espaçamento entre os ossos ela é
      fêmea, pois esse espaço é necessário para por os ovos, e se não tiver
      espaço entre os ossos é macho. Não é preciso ter medo de apalpar a
      Calopsita por que isso não a machucará. Caso você tenha medo de
      machucá-la, o melhor é o exame de DNA, que poderá com máxima
      eficiência determinar o sexo.
DESCUBRA O QUE SUA CALOPSITA QUER TE DIZER




                       Sentindo-se seguro.   Satisfeito ou
alerta.




                  Se mostrando.               Querendo
ser acariciado.
Pedindo algo.                  Agressivo.




Assustado ou com medo.             Atencioso.




Extremamente feliz.




         Cumprimentando e feliz.
Falso nervoso.
TRANSPORTANDO SUA CALOPSITA
Caso tenha que levar a sua Calopsita ao veterinário ou simplesmente
quiser dar um passeio de carro com ela, atente para o fato que a
temperatura no interior do automóvel poderá atingir valores muito
elevados e extremamente perigosos mesmo com as janelas abertas.
Nunca deixe a sua ave presa dentro do automóvel parado, não faça um
trajeto muito prolongado e use sempre uma gaiola especial para
transporte. Se possível, habitue durante alguns dias a sua ave à nova
gaiola. Nunca viaje de automóvel com a sua ave solta lá dentro. É muito
perigoso para ela, para si e para os demais automobilistas e
transeuntes.
Materiais que você deverá levar consigo durante a viagem
- Uma gaiola para manter a Calopsita durante a estadia no local de
destino;
- Comida suficiente para a viagem (e mais se no destino não puder
adquirir);
- Água fresca para toda a viagem;
- Recipientes para a comida e água;
- Brinquedos habituais;
- Medicamentos recomendados pelo veterinário;
- Material para a higiene e cuidados do animal (cotonetes, cortador de
unhas especial para aves);
- Estojo de primeiros socorros.
Viagens dentro do Estado:

Não é necessária documentação. Procure manter a ave em sua própria
gaiola (ave mansa), desde que seja pequena, para a ave não
movimentar-se muito. Forneça alimento e água. As aves ariscas devem
ser colocadas em caixas de transporte apropriadas e com pouca
luminosidade, para evitar ao máximo o estresse da viagem. Evite
viagens longas em dias quentes, se o veículo não possuir ar
condicionado. Tenha preferência em viajar à noite devido a temperatura
amena, e em horários que não tenha trânsito.


* Viagens interestaduais:
É necessária a Guia de Trânsito Animal (GTA).Você pode obtê-la no
Ministério da Agricultura (Secretarias de D.A) de sua
cidade. É necessário apresentar o atestado de saúde de sua ave obtida
com seu veterinário. A guia é valida por 4 dias, pode-se obter outra para
viagem de volta, caso a primeira tenha vencido apenas apresente a
antiga.


* Viagens aéreas:
Consulte a companhia aérea de sua escolha,Em todos os casos é
exigido atestado de saúde da ave e GTA, bem como caixas de
transporte apropriadas e em dimensões especificas. Não é possível
transportar as aves em gaiolas comuns.


* Entrando com aves vindas do Exterior:
É proibida a entrada de aves do exterior devido a ausência de
quarentenas autorizadas pelo MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária
e Abastecimento).


* Saindo do Brasil com aves:
É possível, porém necessário verificar com o consulado do país em
questão, inclusive as suas regulamentações sanitárias.Lembre-se que
será muito difícil entrar com a ave no Brasil posteriormente.

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Calopsitas

  • 1. Calopsitas Calopsita é uma linda ave de origem australiana bastante difundida no mundo todo, inclusive aqui no Brasil já há bastante tempo! No seu habitat natural, costuma viver em regiões desérticas, chegando a viajar quilômetros de distância, em bandos, a procura de alimento, próximo às águas dos rios. Predominantemente cinza na Natureza, ao longo do tempo foram surgindo variedades em sua coloração pelas mãos do Homem, o que chamamos de "mutações". Realmente a Calopsita é muito especial! Seu jeito curioso e amigável, sua inteligência, deixa-nos encantados! A facilidade em reproduzir sons, assobiar, imitar palavras, e de ser domesticada, faz com que, cada vez mais, pessoas busquem nesse pássaro um animal de estimação! Normalmente eles comem pouco e são ótimas aves de estimação, podem ser ensinadas a falar e assobiar ao longo dos meses. Muitas delas chegam a viver até quinze anos, já havendo registros de casos que viveram vinte anos de idade. Originária da Austrália, medindo cerca de 30 cm, é um psitacídeo da família das Cacatuas. Costuma se alimentar de sementes, mas os fruto e insetos também estão no seu cardápio. Gosta mesmo de alimentar no chão e não no topo das arvores como as outras aves de sua espécie. Quando criada em cativeiro, a reprodução acontece o ano todo. Já na natureza, costuma se reproduzir nas épocas de chuvas, até porque os alimentos aparecem mais fartamente. Procura geralmente eucalipto que esteja próximo a água e faz seu ninho em algum buraco existente na arvore. Descrita cientificamente pela primeira vez em 1792, a Calopsita começou a fazer parte dos aviários europeus apenas em 1884 e teve maior expansão a partir de 1949 com o surgimento da primeira mutação, a Arlequim, na Califórnia. Em 1838, John Gould, ornitólogo inglês, autor bem sucedido de livros sobre história natural, enfocando principalmente aves, visitou a Austrália objetivando conhecer sua fauna, até então pouco conhecida e realizar ilustrações de aves. Foi a partir de seu retorno em 1840, através dos livros e ilustrações divulgadas, que o público teve sua atenção chamada para a beleza das aves daquele continente, especialmente a Calopsita. Ainda é creditado a esse pesquisador o fato de ter sido a primeira pessoa a levar Calopsitas para fora da Austrália, contribuindo decisivamente para a divulgação da espécie. Por volta de 1884, a Calopsita já se encontrava bem estabelecida nos aviários europeus. Entretanto, a disseminação maciça dessa ave somente ocorreu a partir do surgimento da primeira mutação de cor, o arlequim, pouco antes de 1950. A partir daí, outros padrões de cores foram sendo fixados, ganhando então a Calopsita enorme popularidade, igualando-se, praticamente, àquela do
  • 2. periquito australiano. É um dos pássaros perfeitos para quem quer uma relação mais íntima com uma ave. São divertidos e leais ao bando, do qual o dono passa a fazer parte. CARACTERISTICAS Nome/Espécie : Calopsita (Nymphicus hollandicus) Caturra (em Portugal) Cockatiel (na língua inglesa) Família : Cacatuidae Ordem : Psittaciformes Origem : Nativos da Austrália, aonde podem ser vistos na natureza, vivem em regiões áridas e semi-áridas do país. Ave nômade, costuma voar em bandos acompanhando o ciclo das chuvas, em busca de alimentos. A reprodução ocorre no período das chuvas, pois a criação de filhotes fica ajustada à disponibilidade de grãos e frutos justamente nessa época. Caracteristicas : A calopsita é um pássaro que vem conquistando cada vez mais as pessoas pelo seu jeito amigável e interativo, principalmente quando domesticado. Apegam-se facilmente aos seus donos e os reconhecem de longe. Muito participativas e brincalhonas, são alegres e divertidas! É considerada uma ave sociável, pois convivem bem com algumas espécies menores, desde que instalados em espaço adequado. Tamanho : 30 cm (em média, quando adultos) Peso : 85-120 gramas Longevidade : variável, dependendo se na natureza ou em cativeiro, podem chegar a 25 anos aproximadamente Maturidade sexual : por volta dos 12 meses de vida Reprodução : ano todo Postura : 3 a 7 ovos (média) Incubação : de 18 a 23 dias COMPORTAMENTO Por ser muito fácil de criar, é recomendada para iniciantes e para quem quer ter pouco trabalho. É resistente a doenças. São aves fortes, que raramente adoecem. Com tanta saúde, a Calopsita vive muito e comumente morre de velhice. Outra facilidade dessa ave é a procriação. Por ser criada há muito tempo em cativeiro, a Calopsita já está predisposta a reproduzir fora do ambiente natural sem grandes exigências. Não que a ela se dispense todas e quaisquer
  • 3. exigências para acasalar e botar ovos, mas as poucas de que precisa, além de serem simples, já são conhecidas, eficientes e estão divulgadas em literatura. São pássaros que requerem muito tempo e muita atenção, mas isso não significa que você se desfaça dele para adquirir outro pássaro. Você realça sua família com esse pássaro. A Calopsita geralmente mede 30cm de comprimento e pode viver bons vinte anos, se for bem cuidada, com dieta balanceada e atividades. Sua dieta consiste de sementes, frutas frescas e muita água fresca. Não é inconveniente, é um pássaro reacionário. São ótimos pássaros e podem ser deixados sozinhos por curtos períodos de tempo. Uma coisa sobre elas é que, como todos os pássaros, elas podem lhe bicar. Outra característica deste maravilhoso pássaro, é a sua fácil adaptação com aves de outras espécies inclusive menores do que ela (caso o viveiro tenha o espaço necessário), pois a calopsita não tenta dominar o local, afugentando as outras aves dos poleiros ou ninhos. Permite compor viveiros com diversidade de espécies, em especial pássaros de menor porte, como o periquito australiano e o diamante-gold. Ativa e brincalhona, parece mesmo ser uma ave feliz. Estão sempre brincando, pulando de um poleiro para outro, subindo na grade ou divertindo-se na banheira. É muito gratificante ter Calopsitas, elas estão sempre em movimento, alegrando o ambiente. E mesmo sendo adepta a muitas brincadeiras, não costumam ser destrutivas. Diferente de alguns Psitacídeos que roem os poleiros e os brinquedos, a Calopsita não é de estragar os objetos que usa. São aves monogâmicas, que devem ser criadas aos pares. CUIDADOS GERAIS COM AS CALOPSITAS Quando você adquirir uma Calopsita mansa, lembre-se de que deve manuseá- la com carinho, pois ela deve sentir prazer em ser manuseada, caso contrário ela pode se tornar arisca e relutar em ficar na sua mão. Nos primeiros dias na nova casa, pegue várias vezes por dia por um período não maior que 15 minutos cada vez, para não estressá-la. É normal que ela relute um pouco em ficar na sua mão. Caso ela pule da mão não corra atrás dela, tente pegá-la com delicadeza, dessa forma você mostrará que é um amigo e não um agressor. Em pouco tempo ela estará bem à vontade com você e não tentará mais pular da sua mão.
  • 4. Lembre-se de que interagir com ela é muito importante, pois as Calopsitas são aves sociais e necessitam de companhia - como foram criadas na mão desde bem pequenas elas nos consideram como sendo da sua própria espécie. Apesar de ser mansa, ela deve ter uma gaiola para poder descansar, se alimentar etc., além do que, não é aconselhável deixá-la solta todo o tempo, sobretudo sozinha. Devemos colocar alguns brinquedos em sua gaiola para que ela se exercite e se distraia. Não se deve superalimentar as Calopsitas, nem dar doces e outros alimentos, principalmente os que contenham muita gordura, pois como elas não se exercitam voando, têm tendência a obesidade. Respeite o horário do sono (eles dormem a partir das 18h30/19h00) colocando- a num ambiente tranqüilo e sem luz acesa. Pode-se cobrir a gaiola com um pano. Evite deixar a gaiola em locais barulhentos e com correntes de ar, elas podem ficar estressadas e doentes. Outra importante recomendação sobre o convívio com seres humanos, é em relação a crianças pequenas e pouco acostumadas a lidar com aves. É preciso orientá-las para evitar que as machuquem caso peguem-nas na mão, e também para que não as estressem com atitudes bruscas, como bater no viveiro. Atitudes como essas deixam as aves apavoradas e desconfiadas. ESCOLHENDO NA COMPRA UMA CALOPSITA SAUDÁVEL Para escolher uma Calopsita realmente saudável há alguns parâmetros que deverão ser rigorosamente observados na hora da compra. Podemos destacar os seguintes: - A aparência da Calopsita à distância; o ideal é aproveitar quando a ave ainda não se apercebeu da presença de um novo elemento no meio que a rodeia (as aves têm uma capacidade extraordinária para ocultar sintomas de doença); - Que posição toma a ave no poleiro: Caso ela esteja parada com as penas enrrufadas e apoiando todo o corpo no poleiro não compre, pois possivelmente esteja doente, no entanto se ela estiver alerta e observando com atenção tudo o que se passa ao seu redor com certeza estará saudável. - A ave respira normalmente, ou seja, os movimentos respiratórios são imperceptíveis caso ela apresente dificuldades, respirando com o bico aberto ou todo o corpo acompanhando os movimentos respiratórios, tome cuidado.
  • 5. - Que tipo de alimento tem na gaiola: são biscoitos fabricados para aves, uma dieta caseira composta por uma variedade grande de vegetais e frutos ou é uma dieta pobre, deficitária de apenas um elemento - sementes de girassol; - O tipo de dejeções que se encontra no fundo da jaula. Devem ser compostas por três porções: uma porção líquida (urina), uma porção sólida de cor variável entre o castanho e o verde (fezes) e uma porção branca (uratos); - Quando a proximidade permite, que tipo de comportamento tem o animal em resposta à nossa presença: interessado e procura de imediato relacionamento, curioso e retraído, assustado e afastando-se ligeiramente, ou totalmente em pânico gritando e em posição de defesa; - Observar cuidadosamente: o estado das penas (devem estar limpas, alinhadas, apresentando a coloração normal da espécie, não devem apresentar bandas negras horizontais, nem parecerem "mastigadas" ou mesmo arrancadas); - Os olhos devem estar brilhantes, sem secreções ou edemas; o bico deve encontrar-se liso e de tamanho normal e as narinas desobstruídas; - As asas devem ser iguais entre si e apoiadas no corpo acompanhando a silhueta da ave; - A cauda deve ter penas limpas de fezes ou alimento e acompanhar também a silhueta do animal. As patas devem apresentar-se sem edemas ou inflamações (observar com especial cuidado as articulações), as escamas não devem estar levantadas ou sujas demais e as unhas devem apresentar um crescimento normal. Se for possível observar a sola da patinha que se apóia no poleiro, esta deve ter uma pele lisa, sem quaisquer lesões ou edemas. INSTALAÇÕES Mesmo que as calopsitas sejam criadas soltas em casa, precisam de um espaço para sua acomodação sendo necessário manter sempre um lugar para que ele possa descansar e se alimentar. A ave deverá ter um pequeno local onde possa ter abrigo com poleiro e proteção. Caso o criador opte pelo sistema de criação em gaiolas, deve-se dar preferência sempre aquele com maior comprimento, permitindo assim o exercício de vôo e seus exercícios de alongamento. O tamanho aconselhável para o abrigo de um casal é: 1,00 x 0,40 x 0,50 (CLA) e podem ser adquiridos em comércio especializado ou confeccionado pelo próprio dono com tela rígida de arame galvanizado (solda a ponto) ou malha ao seu gosto. Essa gaiola deverá de preferência ser fixado em local ventilado (sem correntes de ar) e se possível recebendo sol pela manhã ALIMENTAÇÃO
  • 6. Toda ave ou animal tem que ter uma alimentação balanceada, portanto a alimentação da sua Calopsita deve ser bem observada, principalmente na época de postura e reprodução. Abaixo segue orientações. 20%de alpiste, 50% de painço, 15% de arroz com casca, 10% de aveia e 5% de girassol miúdo. Deixar os alimentadores para ser consumidos conforme a necessidade da ave. Atualmente se encontra alimentos prontos a granel (por quilo) ou em pacotes fechados, de diversas marcas. Estes alimentos, via de regra, possuem a constituição acima adicionada de algum(ns) ingrediente(s) variando de fabricante para fabricante. Atualmente podem ser encontrados alimentos extrusados que contém prebióticos que ajudam na saúde das aves. Esses alimentos extrusados podem variar sendo específicos para cada época: reprodução, muda e estresse das aves. Note que nem todas as aves aceitam prontamente alimentos extrusados devendo haver uma transição programada ou misturada à ração normal. Não é aconselhável fornecer apenas um tipo de semente. Além de causar carência nutricional alguns alimentos com porcentagem mais alevada (ex. aveia) podem causar distúrbios gástricos, diarréias e outros problemas. A utilização das porcentagens acima garante melhor taxa de aproveitamento x necessidades das aves. FARINHADAS – Estas farinhadas podem ser feitas em casa ou compradas prontas em pet shops. Em casa é normalmente feita com ovo cozido e fubá, podendo acrescentar um pouquinho de AMINOMIX ou ORGANEW (complemento vitamínico).Alguns criadores misturam Neston nesta farinhada caseira. Porem deve ser obrigatoriamente retirada após algumas horas para não estragar e afetar a ave. As farinhadas comerciais têm um período de validade maior visto serem desidratadas. FRUTAS E LEGUMES – Em pedaços e verduras como espinafre, chicória, brócolis, almeirão, couve, bem lavados (2 a 3 vezes por semana), folhas de beterraba também pode ser fornecidas como alimento. Outras dicas Nos dias mais frios, pode oferecer à ave trigo pré-germinado. O trigo integral é fonte de fibras, além de proteína, carboidrato, vitaminas e minerais. É vendido em supermercados, na área de alimentos diets. Pega-se um pouco do trigo, e põe de molho por aproximadamente 2 horas. Depois, lava e escorre, deixando secar naturalmente.  Sirva os alimentos (verduras, frutas, legume) e água na temperatura ambiente.  Lave muito bem frutas e verduras, cortando os talos, pois geralmente é neles que se concentram os agrotóxicos.  Cuidado com as sementes! Sementes colhidas antes do tempo, ou em época úmida, estão sujeitas a atingir mais de 13% de umidade interna. Isto favorece um crescimento muito rápido de fungos. Todos os fungos liberam o que se é chamado de microtoxinas que não são destruídas mesmo que torre-se o grão ou seja colocado ao sol. O calor é capaz de
  • 7. destruir os fungos, mas as toxinas não. Portanto, orientamos a não estocar sementes por mais de 30 dias, deixa-as dentro de um pote com tampa semi-aberta para as mesmas respirarem, em local ventilado. Ao comprar as sementes, verifique se são novas ou não.  Dê folhas de beterraba, contêm iodo, ferro e cálcio! As calopsitas adoram desfiar os talos.  Certos cuidados devemos tomar com relação às verduras, que devem ser bem lavadas e, de preferência, deixadas de molho em solução de cloro ou vinagre por 30 minutos. Nunca dê à sua ave : abacate, chocolate, café, leite, chá, tomate, alimento com sal, feijão, sementes de frutas, principalmente de maçã. Resumo da alimentação - 50% de painço; - 20% de alpiste; - 15% de arroz com casca; - 10% de aveia com casca; - 5% de sementes de girassol; - milho verde seco em dias alternados; - ração para cães 2 vezes por semana; - frutos (maçã, pêra, banana, menos abacate) 2 vezes por semana; - pão duro, seco e em pedaços de preferência o integral à vontade, torradas; - barrinha de cereais para calopsitas - legumes e verduras: brócolis, dente de leão, rúcula, couve, folha de beterraba, radice, espinafre, almeirão, chicória, pesto ou manjericão, vinagre (as folhas vermelhas), folhas da beterraba, folha de batata doce, chuchu cru, jiló, cenoura, abóbora, guaco, hortelã, hortaliças e chás verdes (ao natural) e etc. Nunca dê alface, tomate ou berinjela; - semente de abóbora é vermífuga e elas adoram. Semente de melão também. É só lavar e secar que elas devoram. As sementes de maça são tóxicas. - farinhada; - grão de bico, colocado de molho na água por duas horas; - metades de tijolos velhos de barro, fervidos na água com uma colher de sopa cheia de sal, deixa-se nas gaiolas para eles roerem. Atenção: A alimentação dos filhotes é exatamente a mesma dos adultos, acrescida de milho verde diariamente e o mais importante de tudo; você deverá sempre estar atento para que as fezes da Calopsita não entrem em contato
  • 8. com as comida, pois podem transmitir doenças. No caso dos pássaros, as mais comuns são as verminoses, as infecções bacterianas e a coccidiose (protozoário causador de diarréia e morte). Se um pássaro com doença transmissível ingerir as próprias fezes, fica reinfestado e a doença reinicia o ciclo, enfraquecendo-o mais. Para evitar fezes na comida, o comedouro nunca deve ser posto abaixo dos poleiros (frutas podem ser penduradas acima do poleiro mais alto). Para o pássaro não derrubar comida enquanto come (por exemplo, não deixar cair grãos ao selecionar os maiores), não encha demais o comedouro, retire restos como cascas sem sementes, que formam volume desnecessário, ou use comedouro com tampa vazada (só passa a cabeça). A bandeja com fezes deve ficar distante do piso de grade, para a ave não alcançá-la. COMIDAS TÓXICAS O Abacate é totalmente proibido, pois poderá matar sua Calopsita rapidamente. Bebidas alcoólicas: apesar de óbvio, nunca é demais lembrar: nunca dê bebidas alcoólicas a seu pássaro, são totalmente proibidas. Além de ser cruel e nada divertido embebedar uma ave, o fígado delas não consegue metabolizar o álcool, podendo causar lesões cerebrais e morte. Mesmo a inalação de etanol deve ser evitada, pois causa intoxicação. Chocolate: proibido totalmente. O consumo de pequenas quantidades pode causar hiperatividade, vômitos, diarréia, batidas cardíacas irregulares, ataques e morte. Cafeína: aqui se incluem bebidas cafeinadas, como café e chá. Os sintomas são o mesmo de chocolate. Gordura: o excesso de gordura poderá causar doenças hepáticas, obesidade, diarréia, problemas nas penas, além de afetar a absorção de nutrientes. Sal: As Calopsitas não conseguem excretar sal como nós. Por isso, o consumo de sal causa excesso de urina e consumo de água, depressão, hiperatividade, tremores e até morte. Outros alimentos que devem ser evitados: folhas de batata, tomate e feijão, semente e caroço em geral (principalmente os de maçã, damasco, cereja, pêra, ameixa, pêssego e abacate). OSSO DE SIBA E PEDRA DE CÁLCIO A matéria prima para a fabricação do osso de siba é a sépia, um molusco da família da lula, que possui uma concha interna. Essa concha é rica em minerais, principalmente o cálcio, podendo ser fornecida, assim como a pedra de cálcio, durante todo o ano, principalmente nas épocas de postura e muda das penas. O osso de siba e a pedra de cálcio podem ser presos à grade da gaiola à disposição da ave. O osso de siba esfarela com facilidade, por isso, sugerimos colocar um pote logo abaixo do osso de siba, para que os farelos possam ser aproveitados pela ave.
  • 9. ALIMENTAÇÃO DOS FILHOTES A alimentação dos filhotes com poucos dias ou semanas de vida deve ser efetuado com cuidado e critérios. Atualmente existem, no mercado, diversos alimentos destinados à alimentação de filhotes de aves. Marcas como CC- Albium, Beppler, Alcon que têm colocado à disposição do criador alimentos que atendem a este fim. Se possível devemos procurar alimentos voltados a psitacídeos. Nem sempre é possível esta escolha, sobretudo em lugares muito afastados dos grandes centros urbanos ou onde não haja grande saída de produtos para aves. Atualmente a CC-Albium tem para venda alimentos especialmente voltados para filhotes de psitacídeos, caso das Calopsitas. Junto com as embalagens segue também a forma de preparo dos mesmos. Visto de regra o alimento - em pó - deve ser dissolvido em água morna e servido aos filhotes. Embora filhotes possam aceitar alimentos frios observa-se uma aceitação maior quando a alimentação se dá morna. Os filhotes podem, inicialmente, não aceitar de bom grado este tipo de alimento. Devemos, entretanto, insistir para garantir a vida da ave. Alguns criadores se utilizam seringas. Enchem-na de alimento e colocam dentro do bico da ave. A Cockatiel Society aconselha que os filhotes sejam primeiramente aquecidos e colocados sobre uma superfície devidamente 'acolchoada' por panos de forma que o filhote possa sentir o mínimo possível de frio. Com o filhote de frente para você e a seringa na mão direita, entre com a seringa pelo lado direito do bico do filhote, diagonalmente, cerca de 40° em direção ao lado esquerda (onde fica a entrada do papo). Quando a seringa entrar no bico pressione lentamente para que o filhote reconheça a 'papinha'. Quando ele sentir e começar a pedir vá apertando a seringa levemente de forma a não encher totalmente seu bico de papinha e nem que aspire o ar, podendo engasgar. E desta forma vá alimentando o filhote. Alguns criadores aconselham a alimentação através de colheres (tipo sobremesa) . Se possível 'entortadas' nas bordas de forma a criar um pequeno 'funil'. Pegamos o alimento e damos diretamente no bico da ave. Elas aceitam o alimento normalmente. Outros criadores pegam pedaços de madeira ou plásticos bem finos, colocam o alimento neles e, a seguir, no bico dos filhotes. Independentemente do método devemos sempre nos lembrar da delicadeza dos filhotes e procurar sempre tomar o maior cuidado possível. Sempre após a alimentação dos filhotes temos que proceder à limpeza dos mesmos, sobretudo nos bicos. Caso as penas fiquem sujas devemos umedecer um pano limpo em água morna e, delicadamente, proceder à limpeza da ave. O mesmo vale para o bico. A sujeira nos bicos pode favorecer a criação de fungos, prejudicando a ave. Pode-se utilizar uma haste de plástico com algodão na ponta ('cotonete'), umedecê-lo em água morna e proceder à limpeza do bico. Devemos proceder à alimentação dos filhotes sempre que eles estiverem com aproximadamente 10% do papo vazio. Abaixo segue tabela para auxiliar no controle da alimentação dos filhotes. Devemos atentar que muitos filhotes,
  • 10. mesmo com o papo cheio, ficam ainda pedindo mais alimento e nessa hora devemos deixá-los acomodados em seu lugar para ele parar com o choro. Filhote de calopsita que acabou de sair do ovo. Para a alimentação dos filhotes podemos seguir estas recomendações abaixo: Os filhotes deverão ter duas semanas de vida, no mínimo. Se você fizer antes, o pássaro provavelmente não sobreviverá. Lembre-se: este procedimento somente é aconselhável se estritamente necessário. Criadores comprovam que aves alimentadas normalmente pelos pais têm uma melhor saúde e uma maior longevidade ou se o mesmo for criado em condições muito próximas do ambiente normal dos pais. Prepare a mistura seguindo estritamente as instruções na embalagem do produto. Esta mistura pode ser encontrada em casas especializadas. O filhote pode ser alimentado com uma colher ou seringa normal (fica ao critério do criador) Não fique surpreso com os sons que os filhotes emitem durante a alimentação. Horários para alimentação dos filhotes: 3 Semanas - 07:00 / 11:00 / 15:00 /19:00 / 23:00. 4 Semanas - 07:00 / 12:30 / 17:30 / 21:00 / 22:30. 5 Semanas - 07:00 / 15:00 / 22:00. 6 a 7 Semanas - 07:00 / 22:00. 8 Semanas – 22:00. O filhote provavelmente estará independente por volta de 10 a 12 semanas. Daí ele estará “desmamado”. A partir deste ponto prosseguir com a alimentação normal de calopsitas. A partir de um mês e meio de vida (6 semanas ) deixe um pouco de ração na gaiola. O filhote irá aos poucos provando e paulatinamente mudando da papinha para sementes. Ao ver os pais comendo ou o criador oferecendo o alimento, serão assim desta forma estimulados a começar a comer as sementes. Da mesma forma começarão a provar outros alimentos como o milho verde. A partir do segundo para o terceiro mês podemos começar a fornecer apenas os alimentos normais. Um filhote saudável irá efetuar sozinha
  • 11. a transição. Não esqueça de ficar sempre observando o filhote e seu desenvolvimento. Verifique se está se alimentando de forma normal, se está comendo bem, se está sempre curioso com as coisas à sua volta. Uma ave demasiado quieta não é normal. Embora filhotes costumem dormir mais do que adultos devemos estar sempre atentos. Uma ave muito quieta pode ser sinal de algum problema maior, talvez mesmo necessitando a intervenção de um (a) veterinário (a). Outras informações importantes : 1) Não reaproveite/guarde sobras da papinha pronta, ou faça grande quantidade para ser armazenada na geladeira e ser utilizada aos poucos, você deve fazer sempre uma papinha nova a cada vez que for dar à ave. 2) Lavar colher/seringa a cada vez que for alimentar sua ave. 3) A papinha não pode ser dada fria (papinha demasiadamente quente pode levar a ave à morte). 4) Não esquentar a papinha no microondas. Estes procedimentos visam a afastar possíveis infecções no papo por fungos e, consequentemente, evitar que o alimento fique estagnado no papo, podendo ocasionar até a morte da ave. Excesso de papinha em volta do bico e nas penas devem ser removidas após o término da alimentação, com água morna. Ave alimentada no bico passa a comer sozinha mais tardiamente (aproximadamente 80 dias), em comparação a uma ave alimentada pelos pais (55/60 dias). A fim de estimular o filhote a comer sementes e rações, deixe na gaiola potes de sementes (sem girassol, no início, por ser uma semente mais dura) e água a partir dos 45/50 dias de vida, mesmo que a ave não se interesse em provar no início. Ao mesmo tempo, vá diminuindo a quantidade de papinha aos poucos, tendo sempre certeza de que a ave está sendo bem alimentada e não está com fome. Além dos cuidados com a alimentação, o filhote precisa ser mantido aquecido, já que até seus 30 dias de vida, não consegue manter auto controle de sua temperatura corporal. CORTANDO AS PENAS DAS ASAS Cortar as penas das asas deve ser feito principalmente para a própria segurança da ave. Para aqueles que não são felizardos de viverem livres na natureza ou em grandes aviários, é aconselhável que suas penas de vôo sejam aparadas para evitar sua fuga e posterior sofrimento da ave e do seu dono. Nem todos sabem como fazer isto, e podem assim machucá-los levando ao sangramento ou dores por muito tempo, além de uma falta de estética no corte que o fazem ficar com as asas feias. Então, um bom corte de penas deve ser feito para manter seu pássaro saudável e também bonito. Por que cortar as penas? Para evitar que eles se percam ou se machuquem dentro de sua própria casa. Janelas de vidro, espelhos, ventiladores de teto ligados ou uma porta esquecida aberta podem acabar em tragédia. Cortando
  • 12. as penas, eles poderão voar de um lugar ao outro em vôos curtos sem o perigo de se machucarem ou escaparem sem querer. Devemos cortar apenas as penas de vôo como notamos na ilustração acima (penas primárias), pois logo acima dos pontinhos vermelhos estão as penas secundária. Caso haja dúvida, melhor levar até um Veterinário de Aves, pois cortar errado pode sangrar ou até danificar a estética da asa do pássaro. A primeira vez que for cortar as penas, corte apenas 5 a 6 penas de vôo, começando pela ponta da asa para dentro. Corte no máximo de 7 a 8 penas. Não precisam cortar as 10 penas de vôo. Lembre-se que elas só crescerão novamente na próxima muda, ou seja, cerca de um ano (esse calculo é baseado em pássaros adultos). Alguns criadores gostam de deixar as duas primeiras penas intactas por motivos estéticos, pois, quando eles fecham as asas, não dá para ver que foram cortadas, mas eu pessoalmente não aprovei, pois os meus pássaros continuavam voando bem, então, depende do pássaro e da força que ele tem. Cortar apenas uma asa ou duas? Bem, existem controvérsias, alguns recomendam as duas, outros apenas uma. Eu particularmente corto as duas, assim não corro o risco dele voar, pois com as duas cortadas eles nem se arriscam a voar, apenas trocam de lugar sem tentar vôos arriscados. APARANDO AS UNHAS Outro item importante são as unhas, se as unha ficarem grandes demais, ele pode se machucar ou machucar você! Existem poleiros especiais importados que desgastam a unha, não são poleiros com lixa embaixo! A lixa colada no poleiro pode machucar a pele da sola do pé. Você pode cortar a pontinha da unha com cuidado para não cortar os vasos sangüíneos (Como cães que tem unhas pretas e não dá para ver o vaso sangüíneo). Se por acidente a unha dele começar a sangrar, tenha calma, aguarde um pouco, se não parar, você deve ter em casa um produto encontrado em casas de produtos veterinários que ajuda a estancar o sangue imediatamente (Polvedine). Se você não tiver, a alternativa será correr para o Veterinário. Então, MUITO CUIDADO! Na minha opinião, a maneira mais garantida é lixar a unha com lixas normais. Não tem segredo, só lixar um pouquinho e com cuidado. Olhe o desenho acima e veja por onde circula o sangue. Se o pássaro não parar quieto, enrole-o com uma toalha macia deixando apenas os pézinhos de fora. Pegue unha por unha com cuidado para não machucar os ossinhos dos dedos e lixe as pontinhas. Você vai precisar da ajuda de alguém para fazer esta tarefa. KIT EMERGÊNCIA Medicamentos básicos pra uma emergência: (1) Pó Antisséptico AH da empresa Limpinho - ele é coagulante. O melhor dos melhores. É o único que consegue coagular rapidamente, sem infectar a ferida, mesmo decorrente de corte errado de unhas e sangramento em
  • 13. canhões de pena. (2) Hidrovit ou Glicopan - possui vitaminas e aminoácidos na fórmula, além da dextrose. É muito útil em casos de intoxicação, e de casos agudos de stress. Também auxilia aves que estão sem comer há muito tempo. (3) Novo Merthiolate - o melhor anti-séptico disponível nas farmácias. Limpa a ferida sem arder, e sem atrapalhar a cicatrização. Parece que o spray anti- séptico da Johnsons e Johnsons segue o mesmo princípio ativo. (4) Soro fisiológico - para a limpeza de feridas e olhinhos. (5) Algodão, toalhinha para segurar a ave. E só. Antibióticos, colírios e demais remédios são usados apenas em casos específicos, portanto, não se enquadram como emergência. O melhor é levar a ave a um veterinário ou a alguém que conheça bem a criação de calopsitas antes de usá-los. Note que os itens estão em ordens de importância. O coagulante é bom ter em casa, por causa da facilidade com que a Calopsita sangra nas penas da asa. Nada pior do que ficar desesperado sem saber o que fazer nessas horas, tentando parar o sangramento! PREVENÇÃO  Adquirir aves sadias, que sejam de uma criação confiável, que se encontra em bom estado físico.  Local onde ficará a ave : tamanho proporcional ao número de aves. Preocupe-se com luz, ventilação,temperatura do ambiente.  Mantenha uma rotina de limpeza do seu plantel : limpe diariamente a bandeja da gaiola, lave os potes, utensílios usados pelas aves; gaiolas e poleiros podem ser lavados semanalmente. Manter o local sempre limpo, evitando-se dessa forma, o acúmulo de restos alimentares, etc.  (Ofereça à suas aves água filtrada e renove-a diariamente, não deixe alimentos expostos por muito tempo nas vasilhas sem serem trocados, etc.) Alimento à base de ovo, como é feita a farinhada caseira, deve ser fornecido às aves e retirado no mesmo período do dia para que não venha a deteriorar-se, ocasionando diarréia/intoxicação nas aves;  Alimentação : de qualidade adequada para as diferentes fases da criação, esteja atento sempre à validade dos produtos;  Lave bem as mãos com água e sabão antes de cuidar e pegar suas aves;  Apesar de ser resistente ao frio, a Calopsita deve ficar distante de correntes de vento, mesmo nos dias quentes, podendo vir a adoecer;
  • 14. O ideal seria que o criador fizesse exames preventivos em suas aves (fezes, necropsia de aves mortas, etc.)  Quarentena - período pelo qual a ave nova passa antes de ter contato com as demais aves do plantel, que pode ser de aprox. 30 dias, para saber se aquela ave vai ou não manifestar eventual doença. Sendo a ave adquirida de loja, esse cuidado deve ser levado ao pé da letra, o que pode incluir exames clínicos e laboratoriais para garantir a saúde da mesma. Doenças transmissíveis através do ovo são mais difíceis de serem diagnosticadas, pois aparecem quando a ave é ainda muito nova, ou na época de reprodução.  Respeite o horário de dormir da ave, independentemente se for uma ave domesticada ou não. Elas adormecem ao anoitecer, isto é a partir das 18h30/19h00 devem estar descansando em suas gaiolas, em local tranqüilo, sem luminosidade.  Ao relacionar-se com a ave, procure não fazer movimentos bruscos que assuste a ave. As crianças pequenas e ainda não acostumadas a ter uma ave devem ser orientadas em como pegá-la e a interação com a mesma, evitando gritos, bater na gaiola, enfim, atitudes que acabam estressando a ave e deixando-a desconfiada, sem segurança com seu dono.  Aves quando soltas não devem ser deixadas sozinhas, sem supervisão. BRINQUEDOS PERIGOSOS Brinquedos são imprescindíveis para seu pássaro, mas alguns cuidados devem ser tomados para que a brincadeira não se transforme em um desastre. Brinquedos com espirais ou qualquer outro acessório que possa prender pescoço ou pernas estão proibidos. Correntes também são proibidas, sejam de metal ou plástico. Tenha também cuidado com a ingestão de partes de brinquedos: isso trava o aparelho digestivo e a ave não consegue se alimentar. Brinquedos com algodão ou poliéster podem soltar fios, onde as aves se enroscam. Lembre-se que o tamanho do brinquedo importa muito; um brinquedo ideal para seu pássaro pode ser perigoso para outro. BANHO O banho é algo sagrado, e que as Calopsitas não dispensam, se lhes permitirmos ter onde se banharem. No entanto, assim como outros pássaros, as Calopsitas não apreciam fisicamente serem colocados na água do banho e serem lavados pelos seus próprios donos. Estão
  • 15. habituadas por instinto a fazer a sua higiene pessoal onde têm possibilidade para isto. Grande parte das Calopsitas criadas em cativeiro nunca tiveram essa oportunidade exatamente devido a muitos criadores inexperientes não atentarem ao fato de que elas necessitam de um recipiente que lhes permitam entrar de corpo inteiro. O primeiro passo será arranjar uma "banheira" adequada à ave e que incentive o seu banhoregular. Existe um mito que o banho torna as aves mais vulneráveis, isso é falso, assim como você, elas se tornariam vulneráveis caso não pudessem tomar banho freqüentemente! No entanto, alguns cuidados deverão ser adotados; nunca as deixe diretamente sob o sol ou em zonas de freqüentes correntes de ar. Lembre-se que um banho de água de temperatura ambiente é o melhor que elas podem desejar. DEFINA O LOCAL ONDE FICARÁ A GAIOLA DE SUA AVE Evite local que seja passagem de pessoas, e com barulho. A sala pode não ser um ambiente adequado, em virtude do trânsito de pessoas, e do barulho de televisão e de visitas, o que pode interferir no período de sono da ave. Excesso de claridade deve ser controlada com cortina, etc. ao longo do dia. Varanda : pode ser colocada a gaiola durante o dia, devidamente protegida de ventos, deixando uma parte da gaiola na sombra. Cuidado com possíveis predadores que podem pousar na sua varanda (gaviões, etc.) Cozinha : não é local adequado, devido ao cheiro dos alimentos preparados, instrumentos cortantes, teflon das panelas, etc. CUIDADO: * Com produtos que possam fazer mal à ave : purificadores de ar, velas em uso, perfumes, cigarros, produtos químicos, plantas tóxicas, etc. * Se sua ave está acostumada a voar pela casa, também você deverá redobrar cuidados : as janelas devem estar com cortinas, ventiladores de teto desligados, etc. Pense na possibilidade de colocar telas na janela e/ou varanda do apartamento, veja abaixo a foto de uma janela telada. * Tome muito cuidado com sua ave andando pelo chão da casa, elas podem ser pisoteadas sem querer. Infelizmente vemos muitos casos de pessoas que se distraem, e não percebem a presença da ave no chão, e na maioria dos casos, a ave acaba morrendo.
  • 16. * Jamais deixar a ave voar pela cozinha, com asa cortada ou não, as consequências podem ser desastrosas, principalmente se o fogão estiver sendo utilizado. * A ave não deve ser deixada fora da gaiola, sozinha sem supervisão. * Cuidado com outros animais na casa! cães, gatos, etc. não devem ser deixados sozinhos com a ave. * Nas datas comemorativas, as aves podem se assustar com o barulho dos fogos, procure ficar nesses momentos com sua ave, para passar a ela segurança e minimizar situações como debater-se na gaiola. Não saia com sua calopsita ao ar livre, mesmo sua ave estando com asa cortada, pois a calopsita se assusta com facilidade e, além de acidentes que podem ocorrer, existe uma grande chance de a ave fugir. Em resumo, não dá para prevermos as suas reações. REPRODUÇÃO A ave se torna sexualmente adulta com 12 meses de vida, e há criadores que só acasalam exemplares a partir de 18 meses. Antes de um ano, podem ocorrer contratempos no processo reprodutivo : ausência do casal ou de um dos pares no choco, quebra dos ovos, ovos não galados, etc. Recomendamos não iniciar criação com aves com idade inferior a 12 meses. Geralmente não costuma haver incompatibilidade quando se junta um Macho com uma Fêmea, uns se entrosam rapidamente, enquanto em outros casos pode haver uma demora no aceite de um pelo outro. Se realmente o casal não se aceitar, o melhor é separá-los e tentar acasalar com outras calopsitas. O manejo para formação de casais depende do criador. Há aqueles que deixam as aves em colônia para se escolherem, e depois separa os casais formados em gaiolas individuais com ninhos. Outros criadores formam os casais pelas suas características e do que se quer obter dos filhotes, para depois instalarem em gaiolas. Após a colocação do ninho, o tempo aproximado mínimo para que a fêmea inicie a postura dos ovos é de 10 dias, podendo demorar muito mais tempo (dependendo do interesse em procriar, entrosamento do casal, saúde da ave, e da ave sentir-se segura no ambiente em que está). No choco, o casal se reveza no ninho : o macho choca durante o dia enquanto a fêmea a partir do fim da tarde até a manhã seguinte. Alguns casais, principalmente os que já tiveram filhotes antes, somente começam a chocar quando tiverem sido botados entre 2 a 3 ovos. Portanto, não estranhe o fato de o casal não estar no ninho nos primeiros dias. O período de incubação deva em média de 18 a 23 dias, dependendo da ausência no choco ou não e variações na temperatura. Deixe uma
  • 17. banheira na gaiola para o casal, a água é importante para que o casal leve umidade necessária aos ovos. Um ovo fertilizado (galado) pode ser chocado e com chances de nascimento de filhote, até por volta de 10 dias da data que foi botado, desde que fique armazenado em temperatura amena, e que não tenham sido anteriormente chocados mesmo que por pequenos períodos (exemplo, casais que chocam mas depois de alguns dias abandonam os ovos). As chances de um ovo eclodir, isto é, de nascer um filhote, depende de alguns fatores : tamanho (ovo muito pequeno), qualidade da casca (rugosa, fina quebradiça, deformada), casca suja, manipulação incorreta dos ovos, falta de umidade (tempo seco), etc. A morte de embrião dentro do ovo pode ter diversas causas : vermes, infecções por outras doenças, consangüinidade, falta de umidade, contaminação da casca do ovo, etc. A Calopsita em cativeiro se reproduzem o ano inteiro, mas temos que evitar acasalamento na época de muda de penas das aves, bem como com temperatura excessivamente quente e/ou com baixa umidade do ar. PADRÕES DE CORES A Calopsita é encontrada na natureza na cor cinza com as bordas das asas brancas. O macho tem crista e cabeça amarelas e a fêmea tem crista cinza amarelado e a cabeça cinza. Ambos têm as bochechas vermelhas, mas a da fêmea é mais clara. A cauda do macho é preta e a da fêmea intercala o preto com o amarelo. É o que os criadores chamam de padrão silvestre ou normal. Quando surgem aves mutantes na natureza, ostentando outras combinações de cores, dificilmente sobrevivem. Elas são vítimas mais fáceis de predadores, pois a coloração diferente ganha destaque e colabora para uma visualização mais rápida da ave por parte dos predadores naturais. O contraste da cor negra na cauda parece deixar as outras cores se sobressaírem ainda mais. Mas essa é uma característica só dos machos, pois as fêmeas misturam o negro e o amarelo, na parte mais baixa da cauda. A partir do padrão silvestre, a criação selecionada fixou diversos padrões e também muitas variedades que se caracterizam pela mescla de padrões distintos e as inúmeras cores existentes hoje, são decorrentes da fixação de mutações feitas pelos criadores, diversas surgidas nos últimos 15 anos, algumas muito recentes e difíceis de serem encontradas nas lojas. A seguir destacaremos as cores mais freqüentes:
  • 18. -
  • 19. - Padrão Canela: parecido com o padrão Normal, mas difere na cor do corpo, que é marrom em vez de cinza, e na tonalidade mais clara das pernas e dos olhos. - Padrão Pérola: de forma geral, apresentam na cabeça duas manchas vermelhas laterais, as faces são amarelas salpicadas de cinza, a crista amarela é riscada de cinza, as penas das costas podem variar do branco ao amarelo. As penas das asas são cinza com faixas amarelas. A cauda é amarela, o peito e a barriga, listrados de amarelo e cinza. - Padrão Lutino: o branco predomina no corpo. Os olhos são vermelhos, os pés rosados, a crista amarela, o bico marfim, a cabeça amarelada com bochechas vermelhas. Nas asas e na cauda também há um pouco de amarelo. - Padrão Arlequim: padrão bem variável que pode ser parecido ao padrão normal ou até apresentar pouquíssimo cinza e, sim, o amarelo claro. A cabeça é amarelas forte, bochechas vermelhas e crista amarela. - Padrão Cara Branca: as cores dominantes são o cinza escuro, o preto e o branco. O macho tem cabeça branca, crista cinza e bordas das asas brancas. A fêmea tem o corpo cinza, bordas das asas brancas e face interior da cauda com estrias pretas e brancas. - Padrão Fulvo: semelhante ao padrão canela. A cor predominante no corpo é canela pálida, com manchas de amarelo suave e com a face amarelo forte. Os olhos são vermelhos. - Padrão Prata: há duas formas distintas. A chamada recessiva e a dominante. Na recessiva, os olhos são vermelhos e o cinza do corpo é prateado. As demais características são iguais à do padrão normal. São raras. Na dominante o tom do corpo é prateado pastel. Os olhos são pretos, as penas cinza e as faces e a crista são amarelo forte. - Padrão Cara Amarela: é muito semelhante ao padrão silvestre. A principal diferença é a cor da bochecha. Em vez de ser vermelha é amarela. A maioria das Aves de Companhia, nomeadamente os Psitacídeos, não apresenta dimorfismo sexual, ou seja, o macho e a fêmea apresentam as mesmas características físicas e não nos é possível diferenciá-los. As diferenças nas cores e padrões podem ajudar, mas nunca darão 100% de certeza. Um meio seguro para identificar o sexo da sua Calopsita é apalpar a região anal. Se houver espaçamento entre os ossos ela é fêmea, pois esse espaço é necessário para por os ovos, e se não tiver espaço entre os ossos é macho. Não é preciso ter medo de apalpar a Calopsita por que isso não a machucará. Caso você tenha medo de machucá-la, o melhor é o exame de DNA, que poderá com máxima eficiência determinar o sexo.
  • 20. DESCUBRA O QUE SUA CALOPSITA QUER TE DIZER Sentindo-se seguro. Satisfeito ou alerta. Se mostrando. Querendo ser acariciado.
  • 21. Pedindo algo. Agressivo. Assustado ou com medo. Atencioso. Extremamente feliz. Cumprimentando e feliz.
  • 22. Falso nervoso. TRANSPORTANDO SUA CALOPSITA Caso tenha que levar a sua Calopsita ao veterinário ou simplesmente quiser dar um passeio de carro com ela, atente para o fato que a temperatura no interior do automóvel poderá atingir valores muito elevados e extremamente perigosos mesmo com as janelas abertas. Nunca deixe a sua ave presa dentro do automóvel parado, não faça um trajeto muito prolongado e use sempre uma gaiola especial para transporte. Se possível, habitue durante alguns dias a sua ave à nova gaiola. Nunca viaje de automóvel com a sua ave solta lá dentro. É muito perigoso para ela, para si e para os demais automobilistas e transeuntes. Materiais que você deverá levar consigo durante a viagem - Uma gaiola para manter a Calopsita durante a estadia no local de destino; - Comida suficiente para a viagem (e mais se no destino não puder adquirir); - Água fresca para toda a viagem; - Recipientes para a comida e água; - Brinquedos habituais; - Medicamentos recomendados pelo veterinário; - Material para a higiene e cuidados do animal (cotonetes, cortador de unhas especial para aves); - Estojo de primeiros socorros. Viagens dentro do Estado: Não é necessária documentação. Procure manter a ave em sua própria gaiola (ave mansa), desde que seja pequena, para a ave não movimentar-se muito. Forneça alimento e água. As aves ariscas devem ser colocadas em caixas de transporte apropriadas e com pouca luminosidade, para evitar ao máximo o estresse da viagem. Evite viagens longas em dias quentes, se o veículo não possuir ar
  • 23. condicionado. Tenha preferência em viajar à noite devido a temperatura amena, e em horários que não tenha trânsito. * Viagens interestaduais: É necessária a Guia de Trânsito Animal (GTA).Você pode obtê-la no Ministério da Agricultura (Secretarias de D.A) de sua cidade. É necessário apresentar o atestado de saúde de sua ave obtida com seu veterinário. A guia é valida por 4 dias, pode-se obter outra para viagem de volta, caso a primeira tenha vencido apenas apresente a antiga. * Viagens aéreas: Consulte a companhia aérea de sua escolha,Em todos os casos é exigido atestado de saúde da ave e GTA, bem como caixas de transporte apropriadas e em dimensões especificas. Não é possível transportar as aves em gaiolas comuns. * Entrando com aves vindas do Exterior: É proibida a entrada de aves do exterior devido a ausência de quarentenas autorizadas pelo MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento). * Saindo do Brasil com aves: É possível, porém necessário verificar com o consulado do país em questão, inclusive as suas regulamentações sanitárias.Lembre-se que será muito difícil entrar com a ave no Brasil posteriormente.