Este documento fornece 5 questões e resoluções sobre processos e operações em uma prova para o cargo de Técnico de Operações Júnior na Petrobras. As questões cobrem tópicos como sistemas de controle, equipamentos como colunas de destilação e trocadores de calor, e tipos de bombas e válvulas.
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Resolução da prova p/ Técnico de operação júnior (Petrobras)
1. Prof. Victor Augusto www.estrategiaconcursos.com.br 1
PETROBRAS
Técnico de Operação Júnior
QUESTÕES OPERAÇÕES E PROCESSOS
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Olá pessoal, tudo tranquilo? Disponibilizo aqui as questões da prova para
o cargo de Técnico de Operações Júnior que se referem a processos e
operações. Confira!
Q53. (CESGRANRIO 2017 – Técnico de Operação Júnior / Petrobras)
Na Figura abaixo, os transmissores foram omitidos do desenho, por
simplicidade, e TC, LC e FC são controladores de temperatura, de nível, e de
vazão, respectivamente.
Na coluna representada na Figura, não havendo mudança de set points
em relação à condição normal de operação, o resultado de um cenário de
inundação da coluna tipicamente leva o operador a observar um
(A) aumento da vazão da corrente 1
(B) aumento da vazão da corrente 2
(C) aumento da vazão da corrente 3
(D) redução da vazão da corrente 2
(E) redução da vazão da corrente 3
Resolução:
A inundação é um problema que pode ocorrer em colunas de destilação,
sendo caracterizado pelo excesso de líquido nos pratos da coluna. Veja que
existem vários sistemas de controle instalados nessa planta, eles são
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responsáveis por garantir a normal operação do sistema, mantendo as
variáveis em seus respectivos setpoints (valor desejado para a operação).
Apesar de parecer um problema bem complexo, a resolução é bastante
simples. Se há um acúmulo de líquido na coluna, devemos removê-lo mais
rapidamente. A única alternativa que possibilita essa correção é a letra B,
que sugere o aumento da vazão no topo da coluna (corrente 2). Removendo
mais líquido da coluna, busca-se corrigir o problema da inundação e levar os
parâmetros de volta aos seus setpoints.
GABARITO: B
Q54. (CESGRANRIO 2017 – Técnico de Operação Júnior / Petrobras)
A Figura abaixo é um diagrama de blocos representativo de um sistema
de controle.
A variável manipulada e a variável controlada são aquelas presentes
nos fluxos de sinal indicados, respectivamente, pelos números
(A) 1 e 2
(B) 2 e 3
(C) 2 e 4
(D) 3 e 2
(E) 5 e 3
Resolução:
Um típico sistema de controle retroalimentação (feedback) opera da
seguinte maneira:
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O elemento final de controle é o dispositivo responsável por manipular
uma variável (2) com o intuito de manter o valor da variável controlada
(3) de acordo com a configuração desejada (set-point).
GABARITO: B
Q55. (CESGRANRIO 2017 – Técnico de Operação Júnior / Petrobras)
Em um transmissor pneumático, o sinal correspondente a uma variação
de 0% a 100% da faixa de medição é de 0,2 bar a 1,0 bar. Para um processo
em que ocorre uma variação de temperatura entre 20°C e 120°C, a variação
de temperatura de 80°C será correspondente a uma pressão, em bar, do
transmissor de
(A) 0,12
(B) 0,24
(C) 0,46
(D) 0,68
(E) 0,80
Resolução:
O problema exige que calculemos o sinal emitido pelo transmissor
pneumático com base na variação de temperatura medida. Sabemos que os
sinais dos transmissores são linearizados, ou seja, há uma relação linear
entre os dados emitidos pelo transmissor e a variável medida. Isso nos
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permite estabelecer uma equação da reta (y=mx+n) que relaciona o sinal
(corrente elétrica) com a variável (temperatura).
Do enunciado, extraímos dois pontos dessa reta:
0,2 𝑏𝑎𝑟 → 20℃
1,0 𝑏𝑎𝑟 → 120℃
Em posse desses dados e com conhecimento de geometria analítica,
chegamos a seguinte reta:
Na equação da reta obtida, “y” representa a temperatura e “x” o sinal
de pressão emitido. Usando o valor de 80°C chegamos a seguinte pressão
do transmissor:
80 = 125 ( 𝑃) − 5
𝑃 =
85
125
𝑏𝑎𝑟 = 0,68 𝑏𝑎𝑟
GABARITO: D
y = 125x - 5
R² = 1
0
20
40
60
80
100
120
140
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2
Temperatua(˚C)
Sinal de pressão (bar)
Conversão de sinal
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Q56. (CESGRANRIO 2017 – Técnico de Operação Júnior / Petrobras)
O trocador de calor casco e tubo com espelho fixo é um equipamento
simples e barato. Uma de suas características é a
(A) limitação prática do número de passes no tubo.
(B) limpeza por jatos hidráulicos no exterior do tubo.
(C) inexistência de juntas de vedação interna.
(D) presença de feixe removível.
(E) possibilidade de substituição do feixe.
Resolução:
Os espelhos nos trocadores de calor casco e tubos são as placas que
fixam o feixe de tubos.
No trocador de calor casco e tubo com espelho fixo, a placa de tubos é
soldada ao casco. Isso resulta em uma construção simples e econômica e os
furos dos tubos podem ser limpos mecanicamente ou quimicamente. No
entanto, as superfícies externas dos tubos são inacessíveis, exceto para
limpeza química.
Confira onde se localiza o espelho fixo:
Como neste equipamento o feixe de tubos não pode ser removido nem
substituído, eliminamos as alternativas “D” e “E”.
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Não há como usar jatos no interior dos tubos, pois eles são inacessíveis.
A única forma de promover a limpeza é usando aditivos químicos no fluido.
Assim, eliminamos a letra “B”.
Não há limitação quanto ao número de passes nos tubos, assim
eliminamos a opção “A”.
Reconhecemos a alternativa “C” como correta pelo fato da fixação do
espelho ser por meio da solda no casco. Isso elimina a necessidade de juntas
para vedação interna.
GABARITO: C
Q57. (CESGRANRIO 2017 – Técnico de Operação Júnior / Petrobras)
Em instalações de bombeamento, as válvulas que possuem um disco
giratório biconvexo no interior de uma cavidade esférica, usadas na linha de
aspiração quando a bomba fica afogada, em relação ao nível da água
montante, são as do tipo
(A) agulha
(B) borboleta
(C) esfera
(D) globo
(E) gaveta
Resolução:
O elemento de vedação tem a forma de um disco nas válvulas do tipo
borboleta, essa é sua mais típica característica. Confira nas imagens a
seguir:
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GABARITO: B
Q58. (CESGRANRIO 2017 – Técnico de Operação Júnior / Petrobras)
Um exemplo de bombas que possuem uma vedação mecânica
separando a entrada da saída são as do tipo
(A) axial
(B) centrífuga helicoidal
(C) centrífuga radial
(D) centrífuga diagonal
(E) alternativa de êmbolo
Resolução:
O fluido é confinado e bombeado por etapas nas bombas
alternativas. O processo ocorre da seguinte maneira: por uma entrada, o
fluido adentra na câmara, onde é então confinado e submetido a pressão
pelo êmbolo (ou pistão em outros casos). Desta forma o fluido deixa a bomba
pela saída com o desejado ganho de pressão.
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Assim, identificamos como a resposta a alternativa “E”, pois as outras
opções são bombas dinâmicas, que operam continuamente. Já as bombas
alternativas precisam separar a entrada da saída para operar por etapas.
GABARITO: E
Q59. (CESGRANRIO 2017 – Técnico de Operação Júnior / Petrobras)
O tipo de escoamento que tem como característica o fato de as
partículas apresentarem um movimento aleatório macroscópico, isto é, a
velocidade das partículas apresenta componentes transversais ao movimento
geral do conjunto do fluido, é o escoamento
(A) compressível
(B) incompressível
(C) laminar
(D) turbulento
(E) viscoso
Resolução:
No escoamento laminar as partículas movem-se sob uma trajetória
regular, umas sobre as outras, formando camadas (ou lâminas). Já para um
escoamento turbulento as partículas escoam de uma forma caótica
(aleatória), formando uma trajetória irregular. Vejamos na figura abaixo a
trajetória para cada um dos casos em um escoamento unidimensional:
Fonte: Pritchard, P.J. (2011). Fox and McDonald’s Introduction to Fluid Mechanics.
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Observe a existência de componentes transversais (𝑗̂ e 𝑘̂) para a
velocidade no escoamento turbulento. Por isso, este é o tipo de escoamento
descrito no enunciado do problema.
GABARITO: D
Q60. (CESGRANRIO 2017 – Técnico de Operação Júnior / Petrobras)
Em um escoamento sobre uma placa plana, a velocidade do fluido em
contato com a superfície sólida é zero, embora o fluido esteja em movimento.
A condição de não escorregamento é uma característica de todos os
escoamentos de fluidos
(A) barotrópicos
(B) ideais
(C) compressíveis
(D) não newtonianos
(E) viscosos
Resolução:
Considere o caso a seguir, no qual a placa inferior permanece em
repouso enquanto a superior está em movimento.
Fonte: Pritchard, P.J. (2011). Fox and McDonald’s Introduction to Fluid Mechanics.
Perceba que o fluido em contato com a superfície sólida permanece
“grudado” com a sua respectiva placa. A parte do fluido em contato com a
placa inferior permanece em repouso junto com essa placa, mesmo que o
resto do fluido esteja em movimento. Isso se deve a condição de não
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escorregamento (ou condição de não deslizamento), fenômeno observado
em fluidos viscosos.
GABARITO: E
Abraço,
Prof. Victor Augusto