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Arte 
Moderna
O surgimento do Modernismo 
pode ser localizado no final do século 
XVIII, não havendo ainda um consenso 
quanto a essa data. 
Por questões didáticas e 
metodológicas nos deteremos aos 
acontecimentos e ao surgimento dos 
movimentos que ocrreram no final do 
século XIX e continuaram no século XX.
O desenvolvimento industrial, técnico 
e tecnológico transformaram não só o 
mundo mais a própria História da Arte. E 
um dos principais causadores dessas 
transformações foi a invenção da fotografia 
em 1839.
“Com a difusão da fotografia, muitos 
serviços sociais passaram do pintor para o 
fotógrafo (retratos, vistas de cidades e de 
campos, reportagens, ilustrações, etc.) A 
crise atinge sobretudo os pintores de 
oficício, mas desloca a pintura, como arte, 
para o nível de uma atividade de elite.” 
ARGAN 1992
Os diversos movimentos artísticos 
que sucederam o impressionismo são 
subdivisões da Arte Moderna. A rigor 
esses movimentos não chegam a 
constituir escolas sendo antes grupos 
de artistas com ideias afins e sem 
dúvidas com notáveis representantes.
Essas correntes artísticas se 
propõem “a interpretar, apoiar e 
acompanhar o esforço progressista, 
econômico-tecnológico, da civilização 
industrial.” ARGAN, 1992
Características comuns às tendências Modernistas: 
1) A deliberação de fazer uma arte em conformidade com sua 
época e a renúncia à invocação de modelos clássicos, tanto 
na temática como no estilo; 
2) O desejo de diminuir a distância entre as artes “maiores” e 
as “aplicações” aos diversos campos da produção 
econômica; 
3) A busca de uma funcionalidade decorativa; 
4) A aspiração de um estilo ou linguagem internacional ou 
europeia; 
5) O esforço em interpretar a espiritualidade que se dizia (com 
um pouco de ingenuidade e um pouco de hipocrisia) inspirar 
e redimir o industrialismo. Por isso, mesclam-se nas 
correntes modernistas, muitas vezes de maneira confusa, 
motivos materialistas e espiritualistas, técnico-científicos e 
alegórico-poéticos, humanitários e social. ARGAN, 1992.
Impressionismo
O movimento impressionista 
rompeu com a tradição artística do 
classicismo e do romantismo, abrindo 
caminho para o desenvolvimento da 
pesquisa artística moderna, formou-se 
em Paris entre 1860 e 1870. realizando 
sua primeira exposição em 1874 no 
estúdio do fotógrafo Nadar. Eles se 
intitulavam de artistas 
“independentes”.
Principais representantes: 
Édouard Manet 
Claude Monet 
Alguste Renoir 
Edgar Degas 
Paul Cézanne 
Alfred Sisley 
Geoges Seurat
Édouard Manet (Paris, 23 de janeiro de 
1832 — Paris, 30 de abril de 1883) foi um 
pintor e artista gráfico francês e uma das 
figuras mais importantes da arte do século 
XIX. 
Manet é considerado um dos fundadores 
da arte moderna. Suas principais obras 
são: Almoço na relva ou Almoço no 
Campo, Olímpia, A sacada, O tocador de 
pífaro e A execução de Maximiliano. 
Foi criticado não apenas pelos temas, mas 
também por sua técnica, que escapava às 
convenções acadêmicas. Frequentemente 
inspirado pelos mestres clássicos e em 
particular pelos espanhóis do Século de 
Ouro, Manet influenciou, entretanto, 
certos precursores do impressionismo, em 
virtude da pureza de sua abordagem.
Édouard Manet: Le déjeuner sur l’herbe (1863); óleo s/ tela. 2,08 x 2,4m. Paris, Museé 
d’Orsay
Édouard Manet: Olympia (1865); óleo s/ tela. 1,30 x 1,90m . Paris, Museé d’Orsay
Oscar-Claude Monet (Paris, 14 de 
novembro de 1840 — Giverny, 5 de 
dezembro de 1926) foi um pintor francês e 
o mais célebre entre os pintores 
impressionistas. 
O termo impressionismo surgiu devido a 
um dos primeiros quadros de Monet, 
"Impressão, nascer do sol", quando de 
uma crítica feita ao quadro pelo pintor e 
escritor Louis Leroy: "Impressão, nascer do 
Sol” – eu bem o sabia! Pensava eu, 
justamente, se estou impressionado é 
porque há lá uma impressão. E que 
liberdade, que suavidade de pincel! Um 
papel de parede é mais elaborado que 
esta cena marinha..2 A expressão foi usada 
originalmente de forma pejorativa, mas 
Monet e seus colegas adotaram o título, 
sabendo da revolução que estavam 
iniciando na pintura.
Claude Monet: Impression Sunrise (1872); óleo s/ tela. 48 x 63cm . Paris, Museu 
Marmottan Monet
Claude Monet: Le bassin aux nymphéas (1919); óleo s/ tela. 100,4 × 201 cm. Paris, 
Museu Marmottan Monet
Georges-Pierre Seurat (1859-1891) 
foi um pintor francês e pioneiro do 
movimento pontilhista, também chamado 
divisionismo. 
Em 1877, ingressou na Escola 
Superior de Belas-Artes de Paris, onde 
visitaria frequentemente o Museu do Louvre, 
desde Jean-Auguste-Dominique Ingres e 
sofreria fortes influências de Rembrandt; 
Francisco Goya e de Puvis de Chavannes. 
Seus estudos seriam interrompidos por um 
ano por motivos de serviço militar na base de 
Brest - uma cidade do oeste francês—onde 
fez numerosos esboços de barcos, de praias e 
do mar. De volta a Paris, em 1880, Seurat se 
torna Mirrestro, inspirado pela obra de 
Michel Eugène Chevreul: A lei do contraste 
simultâneo das cores 1839. 
A técnica do pontilhismo utilizada 
por Seurat deu origem ao neo-impressionismo 
e foi extensivamente 
utilizada na arte do século XX. Pode-se dizer 
que a teoria pontilhista foi precursora da 
televisão e da imagem digital.
Georges Seurat: Paysage et personnages, 1884-1885, óleo sobre madeira, 15,7 x 
26cm; Paris: Coleção Particular
Georges Seurat: Um domingo à tarde em La Grande Jatte - 1884-1886, Óleo sobre tela, 
205,7 × 305,8 cm, Chicago: Art Institute
Impressionismo no Brasil 
No Brasil, ecos do impressionismo podem ser encontrados nas 
obras de Arthur Timótheo da Costa (1882 - 1922), Belmiro de 
Almeida (1858 - 1935), Almeida Júnior (1850 - 1899), 
Castagneto (1851 - 1900), Eliseu Visconti (1866 - 1944) e 
Antônio Parreiras (1860 - 1937) Henrique Campos Cavelleiro 
(1892-1975) Vicente do Rego Monteiro (1899 - 1970 ). entre 
outros. O clareamento da paleta, a atenção aos efeitos 
produzidos pelas diferentes atmosferas luminosas, a 
incorporação de temas simples e afastados da eloqüência 
acadêmica, o uso de pinceladas fragmentadas e descontínuas 
são incorporados aos poucos pelos artistas brasileiros.
Eliseu D’Angelo Visconti Eliseu d'Angelo 
Visconti (30 de julho de 1866, Giffoni Valle 
Piana — 15 de outubro de 1944, Rio de 
Janeiro) foi um pintor e designer ítalo-brasileiro 
ativo entre os séculos XIX e XX. É 
considerado um dos mais importantes 
artistas brasileiros do período. 
Nascido na Itália, Visconti veio para o 
Brasil com menos de 1 ano de idade. Em 
1892 foi à Europa, onde frequentou a 
Escola de Belas Artes de Paris e o curso de 
arte decorativa na Escola Ghérin. Voltou 
para o Brasil em 1900 e passou a realizar 
diversos trabalhos: ensinou pintura 
histórica na Escola Nacional de Belas Artes, 
criou imagens para selos postais e pintou o 
pano de boca¹ do Teatro Municipal do Rio 
de Janeiro.
Eliseu Viscont: Trigal(1915); óleo s/ tela. 30,5 × 44,5 cm. São Paulo, Col. Particular
Eliseu Viscont: Cura de sol(1915); 
óleo s/ tela. 155 × 104 cm. São Paulo, 
Col. Particular
Art Noveau
Estilo artístico que se desenvolve entre 1890 e a Primeira 
Guerra Mundial (1914-1918) na Europa e nos Estados Unidos, 
espalhando-se para o resto do mundo, e que interessa mais de 
perto às Artes Aplicadas: arquitetura, artes decorativas, design, 
artes gráficas, mobiliário e outras. O termo tem origem na 
galeria parisiense L'Art Nouveau, aberta em 1895 pelo 
comerciante de arte e colecionador Siegfried Bing. O projeto de 
redecoração da casa de Bing por arquitetos e designers 
modernos é apresentado na Exposição Universal de Paris de 
1900, Art Nouveau Bing, conferindo visibilidade e 
reconhecimento internacional ao movimento. A designação 
modern style, amplamente utilizada na França, reflete as raízes 
inglesas do novo estilo ornamental.
O movimento social e estético inglês Arts and Crafts, liderado 
por William Morris (1834 - 1896), está nas origens do art 
nouveau ao atenuar as fronteiras entre belas-artes e 
artesanato pela valorização dos ofícios e trabalhos manuais, e 
pela recuperação do ideal de produção coletiva, segundo o 
modelo das guildas medievais. O art nouveau dialoga mais 
decididamente com a produção industrial em série. Os novos 
materiais do mundo moderno são amplamente utilizados (o 
ferro, o vidro e o cimento), assim como são valorizadas a lógica 
e a racionalidade das ciências e da engenharia. Nesse sentido, 
o estilo acompanha de perto os rastros da industrialização e o 
fortalecimento da burguesia.
O art nouveau se insere no coração da sociedade moderna, 
reagindo ao historicismo da Arte Acadêmica do século XIX e ao 
sentimentalismo e expressões líricas dos românticos, e visa 
adaptar-se à vida cotidiana, às mudanças sociais e ao ritmo 
acelerado da vida moderna. Mas sua adesão à lógica industrial 
e à sociedade de massas se dá pela subversão de certos 
princípios básicos à produção em série, que tende aos 
materiais industrializáveis e ao acabamento menos sofisticado. 
A "arte nova" revaloriza a beleza, colocando-a ao alcance de 
todos, pela articulação estreita entre arte e indústria. 
A fonte de inspiração primeira dos artistas é a natureza, as 
linhas sinuosas e assimétricas das flores e animais. O 
movimento da linha assume o primeiro plano dos trabalhos, 
ditando os contornos das formas e o sentido da construção.
Principais Características: 
1- Temática naturalista (flores e animais); 
2- Utilização de motivos icônicos e estilísticos, e até tipológicos, 
derivados da arte japonesa; 
3- Morfologia: arabescos lineares e cromáticos; preferência 
pelos ritmos baseados na curva e suas variantes (espiral, 
voluta, etc), e na cor, pelos tons frios, pálidos, transparentes, 
assonantes, formados por zonas planas ou eivadas, irisadas, 
esfumadas; 
4 – Recusa da proporção e do equilíbrio simétrico, e a busca de 
ritmos “musicais”, com acentuados desenvolvimentos na altura 
ou largura e andamentos geralmente ondulados e sinuosos; 
5- Propósito evidente e constante de comunicar por empatia 
um sentido de agilidade, elasticidade, leveza, juventude e 
otimismo. (ARGAN, 1992)
Jan Toorop (1858-1928), era um pintor 
holandês impressionista, simbolista e 
pintor art nouveau, ilustrador e designer 
gráfico. 
Artista holandês-Indonésia viveu 1.858- 
1.928. Nascido na ilha de Java, mas 
educado na Holanda, desenvolveu vários 
estilos de pintura de arte ao longo de sua 
carreira como pintor. é reconhecido como 
um dos expoentes da pintura holandesa 
no período Art Nouveau.
Jan Toorop: Fatalismo, 1893.Técnica: Lápiz y pincel sobre papel. 60 x 75 cm
Gustav Klimt (1862 - 1918), Nascido em 14 
de julho de 1862 em Baumgarten, perto 
de Viena, Gustav Klimt é considerado um 
dos maiores pintores decorativos do 
século 20. De 1876 a 1883, ele participou 
do Kunstgewerbeschule Viena (Escola 
Superior de Artes Aplicadas), onde 
estudou desenho e da pintura figurativa. 
Seu irmão Ernst também matriculado na 
escola em 1877. Em 1880, os irmãos de 
Klimt, e seu colega Franz Matschhad tinha 
formado uma equipe que chamaram de 
"Sociedade dos Artistas, Klimt Irmãos e 
Matsch". O grupo recebeu inúmeras 
comissões pintando murais e tetos 
interiores em edifícios públicos, incluindo 
o Teatro Nacional, em Bucareste, e do 
novo Burgtheater e Kunsthistorisches 
Museum em Viena. Depois de completar 
os afrescos Burgtheater Klimt foi premiado 
com a Cruz de Ouro de Mérito austríaco 
pelo imperador Francisco José, por sua 
aquarela Vista do Interior do Antigo 
Burgtheater.
Gustav Klimt: Water Serpents II, 1907. Óleo sore tela, 80 x 145cm; Viena: Coleção particular
Alphonse Maria Mucha (1860 – 1939), foi 
um ilustrador e designer gráfico checo e 
um dos principais expoentes do 
movimento Art Nouveau. Entre seus 
trabalhos mais conhecidos estão os 
cartazes para os espetáculos de Sarah 
Bernhardt realizados na França de 1894 a 
1900 e uma série chamada Epopéia Eslava 
entre 1912 e 1930.
Alphose Mucha: Madonna of the Lilies, 
1905
Expressionismo
O termo expressionismo tem sentido histórico preciso ao 
designar uma tendência da arte europeia moderna, enraizada 
em solo alemão, entre 1905 e 1914. 
“O Expressionismo na verdade, é um fenômeno europeu com 
dois centros distintos: o movimento francês dos fauves 
(“feras”) e o movimento alemão Die Brücker (“a ponte”). Os 
dois movimentos se formam quase simultaneamente em 1905 
e desemboca respectivamente no Cubismo na França (1908) e 
na corrente Der blaue Reiter (“o cavaleiro azul” na Alemanha 
(1911).” ARGAN, 1992 
“O Expressionismo se opõe como antítese do Impressionismo, 
mas o pressupõe: ambos são movimentos realistas, que exigem 
a dedicação total do artista à questão da realidade, mesmo que 
o primeiro resolva no plano do conhecimento e o segundo no 
plano da ação.” ARGAN, 1992.
A arte expressionista encontra suas fontes no romantismo alemão, 
em sua problematica do isolamento do homem frente à natureza, 
assim como na defesa de uma poética sensível à expressão do 
irracional, dos impulsos e paixões individuais. Combina-se a essa 
matriz, o pós-impressionismo de Vincent van Gogh (1853-1890) e 
Paul Gauguin (1848-1903). Do primeiro, destacam-se a intensidade 
com que cria objetos e cenas, assim como o registro da emoção 
subjetiva em cores e linhas. Do segundo, um certo achatamento da 
forma, obtido com o auxílio da suspensão das sombras, o uso de 
grandes áreas de cor e atenção às culturas primitivas. O imaginário 
monstruoso do pintor belga Jame Ensor (1860-1949), suas 
máscaras e anjos decaídos, constitui outra referência importante. 
Assim como uma releitura do simbolismo, pelas possibilidades que 
abre à fantasia e ao universo onírico, embora os expressionistas 
descartem uma visão transcendente do simbólico e certo 
espiritualismo que rondam a linguagem simbolista. O pintor 
norueguês Edvard Munch (1863-1944) é talvez a maior referência 
do expressionismo alemão.
1 – Traços espontâneos, sem se importar com “o belo”. Segue 
sendo uma pintura figurativa, antinaturalista, com forte carga 
simbólica, expresssiva, graças a agressividade. Defendem a 
ideia de que o artista deve criar realidades e não imitá-las ; 
2 – A cor é muito importante, agressiva, viva, planos e cores 
violentamente contrastada; 
3 – Linhas quebradas, desenho tosco a forma real é difusa; 
4 – Exageração, distorção e supressão do acessório. 
5 – Desinteresse pelo espaço, pelo volume, pelo detalhe e 
pelo estudo da luz (não há fonte luminosa de nenhum tipo).
Edward Munch, pintor norueguês, foi um 
dos precursores do expressionismo 
alemão. Nasceu em Loten, em 12 de 
dezembro de 1863, faleceu em 23 de 
janeiro de 1944, na cidade de Ekely. Suas 
obras são lembradas pelas angústias 
existenciais e ameaças invisíveis. 
studou na Escola de Artes e Ofícios de 
Oslo, teve como influências artísticas as 
obras de Courbet e Manet. Em suas obras 
predominou os temas sociais. Começou a 
pintar em 1880, iniciando em retratos e 
quadros naturalistas, nessa época pintou 
“Criança doente” de 1886. 
No decorrer dos anos, perdeu grande 
parte de sua família, a mãe faleceu 
quando tinha cinco anos de idade, a irmã 
mais velha aos quinze anos, a segunda 
irmã morreu após seu casamento e a irmã 
mais nova sofria de doença mental. O 
próprio Edward Munch enfrentava 
diversas doenças.
Alphose Mucha: O grito, 1893; óleo 
sobre madeira, 83 x 66cm. Oslo, Munch 
Museet
Heri Matisse (1869 – 1954) , foi um artista 
francês, conhecido por seu uso da cor e 
seu desenho fluido e original. Ele era um 
desenhista , gravurista e escultor , mas é 
conhecido principalmente como pintor. 
Matisse é comumente considerado, junto 
com Pablo Picasso e Marcel Duchamp , 
como um dos três artistas que ajudaram a 
definir os desenvolvimentos 
revolucionários no plástico artes nas 
décadas iniciais do século XX, responsável 
por uma evolução significativa na pintura e 
na escultura. Embora fosse inicialmente 
rotulado de fauvista (besta selvagem), na 
década de 1920, ele foi cada vez mais 
aclamado como um defensor da tradição 
clássica na pintura francesa. Seu domínio 
da linguagem expressiva da cor e do 
desenho, exibido em um corpo de 
trabalho ao longo de mais de meio século, 
valeram-lhe o reconhecimento como uma 
figura de liderança na arte moderna .
Heri Matisse: A dança, 1910; óleo sobre tela, 2,60 x 3,90m. Lenigrado, Museu Ermitage
Emil Nolde (1867 - 1956) , seu verdadeiro nome 
Emil Hansen, foi um dos mais importantes pintores 
expressionistas alemães. 
Os seus quadros, tal como pretendia, chocavam o 
espectador, devido à vivacidade das cores, que 
contrastavam abusivamente umas com as outras, à 
deformação dos rostos das personagens retratadas, 
à distorção das perspectivas e ao excessivo uso de 
tinta. 
A sua viagem à Nova Guiné, entre 1913 e 
1914 fez com todos este aspectos se avivassem 
ainda mais nas suas obras. Sempre influenciado por 
pintores como Vincent van Gogh, Edvard Munch ou 
mesmo James Ensor, durante todo o seu percurso 
artístico pouco mudou de estilo. 
Em 1941, os nazistas, que imperavam na 
Alemanha, proibiram Nolde de pintar, pois 
consideravam que a sua pintura era mundana e 
imoral, podendo incitar certas revoltas. Anos mais 
tarde, depois com fim da da Segunda Guerra 
Mundial e com a queda dos nazis, Emil Nolde voltou 
a pintar, tendo realizado um número incontável de 
aquarelas e pequenos óleos.
Emil Nolde: Crucificação, 
1912
Expressionismo no Brasil 
No Brasil o movimento foi muito importante. Observa-se,um 
desejo expresso e intenso de pesquisar nossa realidade social, 
espiritual e cultural. 
Os principais artistas que apresentam características 
expressionistas em suas criações são: 
- Anita Malfatti 
- Cândido Portinari 
- Lazar Segal 
- Oswaldo Goeldi
Anita Malfatti, "A Boba" - 
1915/1916, Óleo s/ Tela 
61.0 x 50.6 cm, São Paulo: 
MAC USP
Cândido Portinari, Criança Morta, 1944 - Óleo 
sobre tela, 180 x 190 cm
Oswaldo Goeldi, Criança Morta, xilogravura sobre 
papel,
Cubismo
Movimento artístico que descreve uma revolucionária 
linguagem pictórica, criado conjuntamente por Braque, Picasso 
e Juan Gris entre o período de 1907 e 1914, que se desdobrou 
em um movimento muito amplo que teve projeção 
internacional. O Cubismo abandonou a ideia de um único 
ponto de vista fixo, que havia dominado a pintura europeia ao 
longo dos séculos. A pintura cubista utilizou a multiplicidade de 
pontos de vista, de modo que distintos aspectos de um objeto 
podiam representar-se simultaneamente na mesma imagem, 
oferecendo a ideia acumulada do artista sobre o tema em lugar 
da imitação de sua aparência em um momento determinado.
Seus precedentes imediatos estão na obra de Cézane com a 
valorização do volume, da distorção espacial e da tendência a 
geometrização das formas. Também é muito importante a 
influência da arte africana e ibérica com suas formas angulosas 
e simplificadas.
1 - Abandona o ponto de fuga e a perspectiva; 
2 - Múltiplos pontos de vista simultâneos; 
3 – Fragmentação e transparência; 
4 - Redução das formas a seus esqueletos 
geométricos.
Georges Braque (1883 - 1963) , foi um pintor e 
escultor francês que junto com Pablo Picasso 
revolucionou a pintura fundando um dos 
movimentos artísticos mais importantes de 
todos os tempos: o Cubismo. Foi, também, 
precursor do uso de colagens. 
Filho e neto de pintores, foi criado em Le 
Havre, tendo se mudado para Paris em 1901, 
onde estudou na Academie Humbert. Sua 
obras inicialmente eram impressionistas, mas 
com a mudança para Paris e seus estudos seu 
estilo estava mais próximo do fauvismo. Em 
1908 conseguiu fazer sua primeira exposição 
individual. 
Em sua obra valorizou enormemente o ocre, o 
marrom e o bege. Depois de 1910, Braque 
deixa por algum tempo a pintura e trabalha 
com “papiers collés”: papéis pintados, tecido, 
manchetes de jornais, etiquetas, cartas de 
baralho, embalagens de cigarro. Em suas mãos, 
e depois nas de Picasso, surgiria a “collage”, 
mais tarde tão utilizada pelos dadaístas e 
surrealistas.
Geoges Braque: La guitare 
(Mandora, La Mandore) 909- 
1910, , óleo sobre tela, 71,1 x 55,9 
cm, Londres: Tate Modern
Georges Braque, Nature morte 
(Fruit Dish, Ás de Paus), 1913, 
óleo, guache e carvão sobre tela, 
81 x 60 cm, Paris: Centre Georges 
Pompidou
eorges Braque. Garrafa, jornal, cachimbo e copo, 1913.
Pablo Picasso (1881-1973) , artista espanhol, 
destacou-se em diversas áreas das artes 
plásticas: pintura, escultura, artes gráficas e 
cerâmica. Picasso é considerado um dos mais 
importantes artistas plásticos do século XX. 
Suas obras podem ser divididas em 
várias fases, de acordo com a valorização de 
certas cores. A fase Azul (1901-1904) foi o 
período onde predominou os tons de azul. 
Nesta fase, o artista dá uma atenção toda 
especial aos elementos marginalizados pela 
sociedade. Na Fase Rosa (1905-1907), 
predomina as cores rosa e vermelho, e suas 
obras ganham uma conotação lírica. Recebe 
influência do artista Cézanne e desenvolve o 
estilo artístico conhecido como cubismo. O 
marco inicial deste período é a obra Les 
Demoiselles d'Avignon (1907) , cuja 
característica principal é a decomposição da 
realidade humana.
Pablo Picasso. Les Demoiselles d'Avignon, 1907, óleo sobre tela, 243.9 cm × 233.7 cm, Nova 
Iorque: Museu de Arte Moderna.
Pablo Picasso. Girl with a 
Mandolin, 1910, óleo sobre tela, 
100,3 x 73,6 cm, Nova Iorque: 
Museu de Arte Moderna.
Pablo Picasso. Guitarra, 1912, 
pintura a óleo e colagem com 
papelão, 77,5 x 35cm, Nova 
Iorque: Museu de Arte Moderna.
Cubismo no Brasil 
Somente após a Semana de Arte Moderna de 1922 o 
movimento cubista ganhou terreno no Brasil. Mesmo assim, 
não encontramos artistas com características exclusivamente 
cubista em nosso país. Muitos pintores brasileiros foram 
influenciados pelo movimento e apresentaram características 
do cubismo em suas obras. Neste sentido, podemos citar os 
seguintes artistas: Tarsila do Amaral, Anita Malfati, Victor 
Brecheret e Di Cavalcante.
Di Cavalcanti, Mulher na varanda 
– 100 x 81 cm 
Di Cavalcanti, Gente do morro – 
162 x 114 cm
Brecheret, Tocadora de Guitarra, 
1923
Dadaismo
O movimento Dada nasce como uma contestação de todos os 
valores, a começar pela arte. Surge quase que 
simultaneamente em Zurique (artistas e poetas: Arp, Tazra, 
Ball) e nos Estados Unidos (os pintores Duchamp, Picabia e o 
pintor-fotógrafo Man Ray) . O movimento se alastra 
rapidamente como influência da crise cultural gerada pela 
Primeira Guerra Mundial. Essa crise de valores é percebida até 
mesmo em relação à arte; “esta deixa de ser um modo de 
produzir valor, repudia qualquer lógica, é nonsense ("sem 
sentido“), faz-se (se e quando se faz) segundo as leis do acaso. 
Já não é uma operação técnica e linguística; ela pode se valer 
de qualquer instrumento, retirar seus materiais seja de onde 
for. De não produz valor; ela documenta um processo mental, 
considerado estático por ser gratuito.” ARGAN, 1992
O próprio nome do movimento foi escolhido ao acaso abrindo-se 
um dicionário. “As manifestações do grupo dadaísta são 
deliberadamente desordenadas, desconcertantes, 
escandalosas; a práxis é semelhante à do Futurismo e das 
vanguardas em geral, mas no caso do Dadaísmo trata-se de 
uma vanguarda negativa, por não pretender instaurar uma 
nova relação, e assim demonstrar a impossibilidade e a 
indensiderabilidade de qualquer relação entre arte e 
sociedade.” ARGAN, 1992. 
“Destacando o impulso e o ato estético inicial de toda a história 
da arte, o Dadaísmo rejeita todas as experiências formais e 
técnicas anteriores. Retornar ao ponto zero, todavia, não 
significa voltar ao ponto de partida refazendo um percurso 
histórico. Com suas intervenções inesperadas e aparentemente 
gratuitas o Dadaísmo propõe uma ação perturbadora, com o 
fito de colocar o sistema em crise, voltando contra a sociedade 
seus próprios procedimentos ou utilizando de maneira absurda 
as coisas a que ela atribuía valor.” ARGAN, 1992.
1 – Apresenta em imagens o irônico, o absurdo e 
desagradável; 
2- Nega a lógica e a arte como protesto contra a 
sociedade; 
3 – Integra colagens, fotografias, assemblage, pintura 
e ready made; 
4 – Aproveita materiais não convencionais.
Marcel Duchamp (1887 – 1968), Artista francês, 
nasceu em Blainville, França, irmão do pintor 
Jacques Villon (Gastón Duchamp) e do escultor 
Raymond Duchamp-Villon. Freqüentou em Paris a 
Academie Julian, onde pinta quadros 
impressionistas, segundo ele, "só para ver como eles 
faziam isso". 
Entre 1913-1915 elabora os "ready made", isto é, 
objetos encontrados já prontos, às vezes 
acrescentando detalhes, outras vezes atribuindo-lhes 
títulos arbitrários. O caso mais célebre é o de 
"Fonte", urinol de louça enviado a uma exposição 
em Nova York e recusado pelo comitê de seleção. Os 
títulos são sugestivos ou irônicos, como "Um ruído 
secreto" ou "Farmácia". Esses "ready mades" 
escondem, na verdade, uma crítica agressiva contra 
a noção comum de obra de arte. Com os títulos 
literários, Duchamp rebelou-se contra a "arte da 
retina", cujos significados eram só, segundo ele, 
impressões visuais. Duchamp declarou preferir ser 
influenciado pelos escritores (Mallarmé, Laforgue, 
Raymond Roussel) - e não pretendia criar objetos 
belos ou interessantes. A crítica da obra de arte se 
estendia à antítese bom gosto - mau gosto.
Marcel Duchamp: Fonte, 1917, replica 1964, mictório invertido, 60 cm de altura. New YorK: 
Tate
Marcel Duchamp: Fotografia da instalação de fio de Duchamp para 'primeiros trabalhos do 
surrealismo' (1942) Philadelphia Museum of Art, outubro de 1942, a instalação na exposição, 
451 Madison Avenue, New York, Marcel Duchamp Archive, presente de Jacqueline, Peter e 
Paul Matisse
Kurt Schwitters (1887 - 1948), foi um artista plástico, 
poeta, pintor e escultor alemão, além de ter se 
aventurado por outras artes. Conhecido do grande 
público atualmente, principalmente, por suas colagens, 
foi, no entanto, um multi-artista que inventou a arte de 
instalações artísticas e precursor da chamada Nova 
Tipografia. Suas inovações iriam, definitivamente, 
conduzir muito da arte dos século XX e início do XXI e, 
através de sua influência na Bauhaus, definir novos 
rumos para o design publicitário. Em 1923 produziu o 
seu primeiro grande trabalho de ocupação espacial, que 
posteriormente chamou de "Merzbau" (Casa Merz), 
considerada a primeira instalação artística, que ocupava 
toda a residência do artista em Hannover. Consistia em 
um apartamento com decoração nada convencional, tal 
como malas com roupas presas através de arames na 
parede. Em seus últimos anos, na Inglaterra, utiliza 
revistas americanas, quadrinhos, anúncios publicitários 
e obras de grandes mestres para composição de suas 
pinturas, antecipando a Pop Art, embora tenha ainda 
praticado a pintura no estilo mais "convencional", 
demonstrando que jamais fora por "inabilidade" que 
rompera com cânones da arte tradicional e que não era 
o seu desejo "jogar no lixo" todo o legado histórico da 
arte
Kurt Schwitters Merzbau (Teilansicht: 
Grosse Gruppe), um 1932 Zerstört 
(1943) Foto (Repro): Kurt Schwitters 
Archiv im Sprengel Museum 
Hannover © Pro Litteris, Zürich
Kurt Schwitters, 1939, Merz com 
Arco-Íris
Abstracionismo
Em sentido amplo, abstracionismo refere-se às formas 
de arte não regidas pela figuração e pela imitação do mundo. 
Em acepção específica, o termo liga-se às vanguardas 
europeias das décadas de 1910 e 1920, que recusam a 
representação ilusionista da natureza. A decomposição da 
figura, a simplificação da forma, os novos usos da cor, o 
descarte da perspectiva e das técnicas de modelagem e a 
rejeição dos jogos convencionais de sombra e luz, aparecem 
como traços recorrentes das diferentes orientações abrigadas 
sob esse rótulo. Inúmeros movimentos e artistas aderem à 
abstração, que se torna, a partir da década de 1930, um dos 
eixos centrais da produção artística no século XX. 
É possível notar duas vertentes a organizar a ampla 
gama de direções assumidas pela arte abstrata. A primeira, 
inclinada ao percurso da emoção, ao ritmo da cor e à expressão 
de impulsos individuais, encontra suas matrizes no 
expressionismo e no fauvismo. A segunda, mais afinada com os
fundamentos racionalistas das composições cubistas, o rigor 
matemático e a depuração da forma, aparece descrita como 
abstração geométrica. As vanguardas russas exemplificam as 
duas vertentes: Wassili Kandinsky (1866-1944), representante 
da primeira, é considerado pioneiro na realização de pinturas 
não-figurativas com Primeira Aquarela Abstrata (1910) e a série 
Improvisações (1909/1914). Seu movimento em direção à 
abstração inspira-se na música e na defesa de uma orientação 
espiritual da arte, apoiada na teosofia. Em torno de Kandinsky 
e Franz Mac (1880-1916) organiza-se, na Alemanha, o Der 
Blaue Reiter [O Cavaleiro Azul], 1911, grupo do qual participam 
August Macke (1887-1914) e Paul Klee (1879-1940), e se 
aproximam as pesquisas abstratas de Robert Delaunay (1885- 
1941) e o simbolismo místico do checo radicado em Paris 
Frantisek Kupka (1871-1957).
Kasimir Malevich (1878-1935) é um dos maiores expoentes da 
arte abstrata geométrica. No bojo do suprematismo, 1915, 
defende uma arte comprometida com a pesquisa metódica da 
estrutura da imagem. A geometria suprematista se apresenta 
nos célebres Quadrado Preto Suprematista (1914/1915) e 
Quadrado Branco sobre Fundo Branco (1918). A obra de 
Malevitch tem impacto sobre o construtivismo de Alexander 
Rodchenko (1891-1956) - ver Negro sobre Negro (1918) - e o 
realismo dos irmãos A. Pevsner (1886-1962) e N. Gabo (1890- 
1977). O neoplasticismo de Piet Mondrian e Theo van 
Doesburg indica outra tendência da abstração geométrica. O 
movimento se organiza em torno da revista De Stijl [O Estilo], 
1917, e tem o propósito de encontrar nova forma de expressão 
plástica, liberta de sugestões representativas. As composições 
se articulam com base em elementos mínimos: a linha reta, o 
retângulo e as cores primárias - azul, vermelha e amarela -, 
além da preta, branca e cinza. As idéias estéticas defendidas
em De Stijl reverberam nos grupos Cercle et Carré (1930) e 
Abstraction-Création (1931), na França, e no Circle (1937), na 
Inglaterra. 
Depois da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), a Europa e os 
Estados Unidos assistem a desdobramentos da pesquisa 
abstrata. O tachismo europeu, também associado à abstração 
lírica, apresenta-se como tentativa de superação da forma pela 
ultrapassagem dos conteúdos realistas e dos formalismos 
geométricos. Os trabalhos de Hans Hartung (1904) e Pierre 
Soulages (1919) apóiam-se sobretudo no gesto, enquanto nas 
obras de Jean Fautrier (1898-1964) e Jean Dubuffet (1901- 
1985) - e nos trabalhos de Alberto Burri (1915-1995) e Antoni 
Tàpies (1923-2012) - a pesquisa incide preferencialmente sobre 
a matéria. Nos Estados Unidos, a abstração ganha força com o 
expressionismo abstrato de Jackson Pollock (1912-1956) e
Willem de Kooning (1904-1997) - que descarta tanto a noção 
de composição, cara à abstração geométrica, quanto a 
abstração lírica -, as grandes extensões de cor não modulada 
de Barnett Newman (1905-1970) e Mark Rotkho (1903-1970) e 
a pintura com cores planas e contornos marcados de Ellsworth 
Kelly (1923) e Kenneth Noland (1924). O minimalismo de 
Donald Judd (1928), Ronald Bladen (1918-1988) e Tony Smith 
(1912-1980) - tributário de uma vertente da arte abstrata 
norte-americana que remonta a Ad Reinhardt (1913-1967), 
Jasper Johns (1930) e Frank Stella (1936) - retoma as pesquisas 
geométricas na contramão da exuberância romântica do 
expressionismo abstrato.
Vasily Kandinsky (1866-1944) , foi um artista russo, 
professor da Bauhaus e introdutor da abstração no 
campo das artes visuais. 
Na década de 1910 Kandinsky desenvolve seus 
primeiros estudos não figurativos, fazendo com que 
seja considerado o primeiro pintor ocidental a 
produzir uma tela abstrata. Algumas das suas obras 
desta época, como "murnau - Jardim 1" (1910) e 
"Grüngasse em Murnau" (1909) mostram a 
influência dos Verões que Kandinsky passava em 
Murnau nessa época, notando-se um crescente 
abstraccionismo nas suas paisagens. Outra 
influência nas suas pinturas foi a música do 
compositor Arnold Schönberg, com quem Kandinsky 
manteve correspondência entre 1911 e 1914. 
oi professor na Bauhaus uma das maiores e mais 
importantes expressões do que é chamado 
Modernismo no design e na arquitetura da 
Alemanha sendo a primeira escola de design do 
mundo até 1933 até que foi fechada pelos nazistas 
e, seus quadros foram confiscados. Em 1939, fugiu 
para a França, onde se naturalizou. Morreu em 
Neuilly-sur-Seine, na França em 1944.
Vasily Kandinsky: Improvisações, 1909; óleo sobre tela, 1585 x 108 cm. Museu de Arte de 
Nizhnii Novgorod Estado, Nizhnii Novgorod, Rússia
Vasily Kandinsky: Compensação 
rosa, 1933; óleo e tempera sobre 
tela, 96 x 106 cm. Musée des 
Beaux Arts, Nantes, França
Vasily Kandinsky: Sem Título, 
1933; tempera sobre papelão, 44 
x 58 cm. Musée National d'Art 
Moderne, Centre Georges 
Pompidou, Paris, France
Kazimir Malevitch (1878-1935) , Pintor e projetista 
russo. Reconhecido como um dos precursores da 
arte abstrata geométrica. Kazimir Severinovich 
Malevitch nasce em Kiev, na Ucrânia, e estuda 
pintura na cidade. Segue o estilo pós-impressionista 
no início da carreira, mas, por volta de 1912, 
compõe imagens de camponeses em estilo 
geométrico e pinturas de inspiração cubista, como O 
Amolador de Facas (1912). 
Inaugura em 1913 o movimento suprematista, que 
leva a simplicidade para a arte geométrica. As 
pinturas dessa fase só são mostradas em 1915, em 
Moscou, onde produz confusão entre o público 
sobre o que identificar como a parte de cima e a de 
baixo de determinada figura. 
Dedica-se ao ensino e à construção de modelos 
tridimensionais, contribuindo com isso para o 
surgimento do construtivismo. Em 1922 muda-se 
para Leningrado, atual São Petersburgo. Vai a Berlim 
em 1927 para acompanhar a exposição de suas 
obras na escola Bauhaus.
Kazimir Malevitch: Quadrado vermelho, 1915
Kazimir Malevitch: Suprematismo, 1915, óleo 
sobre madeira, 71 x 45cm, Museu Russo, São 
Petersburgo, Rússia
Piet Mondrian (1872-1944) , Pintor holandês, 
teórico e desenhista. Sua obra marca a transição 
no início do século 20 a partir da escola de Haia e 
simbolismo para o Neo-Impressionismo e 
Cubismo . Sua posição de destaque dentro do 
avant-garde internacional é determinado pelas 
obras produzidas a partir de 1920. Ele expôs a 
sua teoria no jornal da De Stijl , em uma série de 
artigos que foram resumidas em um livreto 
separado publicado em Paris em 1920, sob o 
título Le Neo-plasticisme (ver Neo-plasticism ) 
por Léonce Rosenberg. A essência das idéias de 
Mondrian é que a pintura, composto dos 
aspectos mais fundamentais da linha e da cor, 
devem dar o exemplo para as outras artes para 
alcançar uma sociedade em que a arte, como tal, 
não tem lugar, mas pertence ao invés da 
realização total de "beleza '. A representação do 
pulso universal, dinâmico da vida, também 
expressa em jazz moderno e da metrópole, foi 
ponto de partida de Mondrian. Ele foi capaz de 
ganhar a vida com a venda de suas obras na 
Holanda, Alemanha, Suíça, Inglaterra e EUA.
Piet Mondrian: Composição 
em marrom e cinza, 1913, óleo 
sobre tela, 85,7 x 75,6 cm, 
New York: MoMA
Piet Mondrian: Composição 
em vermelho, azul e amarelo, 
1937-1942, óleo sobre tela, 
60,3 x 55,4 cm, New York: 
MoMA
Piet Mondrian: Broadway 
Boogie Woogie, 1942-1943, 
óleo sobre tela, 127 cm x 
127cm, New York: MoMA
Jackson Pollock (1912-1956) , foi um importante 
pintor dos Estados Unidos da América e 
referência no movimento do expressionismo 
abstrato. 
Começou seus estudos em Los Angeles e depois 
mudou-se para Nova Iorque. Desenvolveu uma 
técnica de pintura, criada por Max Ernst, o 
'dripping' (gotejamento), na qual respingava a 
tinta sobre suas imensas telas; os pingos 
escorriam formando traços harmoniosos e 
pareciam entrelaçar-se na superfície da tela. O 
quadro Umé um exemplo dessa técnica. Pintava 
com a tela colocada no chão para sentir-se 
dentro do quadro. Pollock parte do zero, do 
pingo de tinta que deixa cair na tela elabora uma 
obra de arte. Além de deixar de lado o cavalete, 
Pollock também não mais usa pincéis. 
A arte de Pollock combinava a simplicidade com a 
pintura pura e suas obras de maiores dimensões 
possuem características monumentais. Com 
Pollock, há o auge da pintura de ação (action 
painting). Sua esfera da arte é o inconsciente: 
seus signos são um prolongamento do seu 
interior.
Jackson Pollock: Número 8, 1949 (detalhe) 
1949 (280 Kb); Óleo, esmalte e tinta de alumínio sobre tela; Museu Neuberger, da 
Universidade Estadual de Nova York
Jackson Pollock: Lavender Mist: Número 1, 1950; Óleo sobre tela, óleo, esmalte, e 
alumínio sobre tela; 221 x 300 cm; National Gallery of Art, Washington, DC
Abstracionismo no Brasil 
No Brasil, as obras de Manabu Mabe (1924-1997) e Tomie 
Ohtake (1913) aproximam-se do abstracionismo lírico, que tem 
adesão de Cicero Dias (1907-2003) e Antonio Bandeira (1922- 
1967). Nos anos 80, observa-se uma apropriação tardia da obra 
de Kooning na produção de Jorge Guinle (1947-1987). O pós-minimalismo, 
por sua vez, ressoa em obras de Carlos Fajardo 
(1941), José Resende (1945) e Ana Maria Tavares (1958). Em 
termos de abstração geométrica, são mencionados os artistas 
reunidos no movimento concreto de São Paulo (Grupo 
Ruptura) e do Rio de Janeiro (Grupo Frente) e no 
neoconcretismo.
Manabu Mabe (1924-1997), Pintor, gravador, ilustrador. De Kobe, Japão, emigra com a 
família para o Brasil em 1934, para dedicar-se ao trabalho na lavoura de café no interior do 
Estado de São Paulo. Interessado em pintura, começa a pesquisar, como autodidata, em 
revistas japonesas e livros sobre arte. 
No início de sua trajetória no campo da abstração, Manabu Mabe explora em suas obras o 
empastamento, a textura e o traço e se revela um colorista de porte. Ao voltar-se para o 
universo das formas caligráficas, percebe também as possibilidades de criar uma linguagem 
lírica com a cor. Dessa forma, em meados da década de 1960, começa a aproximar-se 
também de certos aspectos do tachismo. Os títulos de suas obras evocam emoções ou 
fenômenos da natureza. A partir da década de 1970, cristaliza seus procedimentos 
anteriores - que reaparecem estilizadamente em quase toda sua produção -, incorpora em 
seus quadros figuras humanas e formas de animais, apenas insinuadas ou sugeridas, mas 
que em geral são representadas em grandes dimensões.
Manabu Mabe : Vento Vermelho, 1985
Manabu Mabe Sem Título, 
1995, Gravura Serigrafia, 47 
x 67 cm
Surrealismo
Movimento artístico e literário que floresceu nos anos vinte e 
trinta e se caracterizou pela fascinação pelo estranho, o 
inconsciente e o irracional. Estava intimamente ligado ao 
Dadaísmo, sua principal fonte de inspiração, e alguns artistas 
pertenceram a ambos os movimentos. Os dois estavam 
concebidos como um modo revolucionário de pensamento e 
ação, antirracionalista e compartilhavam a preocupação pela 
provocação, ainda que o Surrealismo teria um espírito mais 
positivo. 
Em 1924 André Breton publicou o primeiro manifesto 
surrealista, que defendia o automatismo psíquico como meio 
de expressão do pensamento. 
Surgiu como um movimento literário e logo depois surgem as 
primeiras pinturas.
O Surrealismo trata de plasmar o mundo pelo onírico, mágico e 
absurdo, algo que salvo em determinados casos estavam 
excluídos da pintura. Agora os sonhos, com sua carga as vezes 
sexual e sempre inquietante, se tornam tão reais como o 
cotidiano: e a imaginação se converte no elemento primordial. 
O meio de expressão deste será coo havíamos mencionado 
mais acima do automatismo psíquico, assim a mão expressa de 
forma livre e sem a intervenção da razão o que existe no 
inconsciente.
1 – Imagens absurdas, exageradas, irreais, oníricas; 
2 – Desenho acadêmico do automatismo psíquico; 
3 – Acadêmico: atmosfera opressiva, colorido denso, 
uso do claro-escuro. 
4 – Automatismo psíquico: linhas irregulares, figuras 
não identificáveis, manchas.
Salvador Dali (1904 - 1989) , Salvador 
Domingo Felipe Jacinto Dalí i Domènech 
nasceu na cidade espanhola de Figueres 
(Catalunha). Foi um dos mais importantes 
artistas plásticos (pintor e escultor) 
surrealistas da Espanha. 
Foi um autêntico showman, e seu rosto 
moreno, com os olhos espantados e os longos 
bigodes levantados nas pontas, tornou-se 
uma espécie de ícone da irreverente arte de 
vanguarda do século XX. 
A partir de 1927 aproximou-se cada vez mais 
do Surrealismo, tendo desenvolvido um 
método a que chamou "crítico-paranóico", 
que envolvia várias formas subjetivas de 
associações de idéias e imagens. 
Dedicou-se a várias atividades profissionais, 
mas destacou-se, sem dúvida, como pintor, 
tendo deixado algumas obras que já se 
incorporaram ao imaginário da cultura 
ocidental, como, por exemplo, a pequena tela 
intitulada A persistência da memória.
Salvador Dali: Bebé mapa mundi, 
1910; óleo sobre tela, 2,60 x 3,90m. 
Lenigrado, Museu Ermitage
Salvador Dali: Sonho de Cristóvão 
Colombo ou A Descoberta da 
América por Cristóvão Colombo, 
1958/1959; óleo sobre tela, 
410x284cm. Exposto no The 
Salvador Dalí Museum, em St. 
Petersburg
Marx Ernst (1891 - 1976) , Pintor alemão, 
gravurista e escultor, naturalizado norte-americano 
em 1948 e França em 1958. Ele era 
um dos principais contribuintes para a teoria ea 
prática do surrealismo. Seu trabalho desafiou e 
interrompeu o que ele considerava ser aspectos 
repressivos da cultura europeia, em particular, a 
doutrina cristã, a moral convencional e os 
códigos estéticos da arte acadêmica ocidental. 
Até meados da década de 1920, ele era pouco 
conhecido fora de um pequeno círculo de 
artistas e escritores em Colônia e Paris, mas ele 
tornou-se cada vez mais bem-sucedida do c. 
1.928 em diante. Depois de 1945, ele era 
respeitado e honrado como representante 
sobrevivente de uma geração "heróico" de 
artistas de vanguarda.
Max Ernst: Long Live Love, 1923; 
óleo sobre tela. Saint Louis Art 
Museum, St. Louis, MO, USA
Max Ernst: Long Live Love, 1934; 
ilustração colagem, 18 x 13 cm. 
Staatsgalerie, Stuttgart, Germany
Max Ernst: Marx Ernst & André Breton - La femme 100 têtes, 
1929; ilustração colagem /Novela .
Joan Miro (1893 - 1983) , Cursou a Escola de 
Belas Artes de sua cidade e a Academia de Gali. 
Em 1919, visitou Paris, onde foi contagiado por 
aspectos dos movimentos estéticos fovista e 
dadaísta. No início dos anos 20, conheceu 
Breton e outros artistas surrealistas. A pintura O 
Carnaval de Arlequim , 1924-25, inaugurou uma 
linguagem cujos símbolos remetem a uma 
fantasia inocente, sem as profundezas das 
questões surrealistas. Participou da primeira 
exposição surrealista em 1925. Em 1928, viajou 
para a Holanda, tendo pintado a tela Interiores 
Holandeses . Em 1937, trabalhou em pinturas-mural. 
Mais tarde, em 1944, iniciou-se em 
cerâmica e escultura. Três anos depois, viajou 
pela primeira vez aos Estados Unidos. No anos 
seguintes, trabalhou entre Paris e Barcelona. 
No final de sua vida reduziu os 
elementos de sua linguagem artística a pontos, 
linhas, alguns símbolos e reduziu a cor, passando 
a usar basicamente o branco e o preto.
Joan Miro: Maternidade, 1924; óleo 
sobre tela, 92 x 73 cm. National 
Galleries of Scotland
Joan Miro: O pássaro bonito 
Revelando o desconhecido a 
um par de amantes (da série 
Constellation), 1941; óleo sobre 
tela. Museum of Modern Art, 
New York, USA

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Modernismo

  • 2. O surgimento do Modernismo pode ser localizado no final do século XVIII, não havendo ainda um consenso quanto a essa data. Por questões didáticas e metodológicas nos deteremos aos acontecimentos e ao surgimento dos movimentos que ocrreram no final do século XIX e continuaram no século XX.
  • 3. O desenvolvimento industrial, técnico e tecnológico transformaram não só o mundo mais a própria História da Arte. E um dos principais causadores dessas transformações foi a invenção da fotografia em 1839.
  • 4. “Com a difusão da fotografia, muitos serviços sociais passaram do pintor para o fotógrafo (retratos, vistas de cidades e de campos, reportagens, ilustrações, etc.) A crise atinge sobretudo os pintores de oficício, mas desloca a pintura, como arte, para o nível de uma atividade de elite.” ARGAN 1992
  • 5. Os diversos movimentos artísticos que sucederam o impressionismo são subdivisões da Arte Moderna. A rigor esses movimentos não chegam a constituir escolas sendo antes grupos de artistas com ideias afins e sem dúvidas com notáveis representantes.
  • 6. Essas correntes artísticas se propõem “a interpretar, apoiar e acompanhar o esforço progressista, econômico-tecnológico, da civilização industrial.” ARGAN, 1992
  • 7. Características comuns às tendências Modernistas: 1) A deliberação de fazer uma arte em conformidade com sua época e a renúncia à invocação de modelos clássicos, tanto na temática como no estilo; 2) O desejo de diminuir a distância entre as artes “maiores” e as “aplicações” aos diversos campos da produção econômica; 3) A busca de uma funcionalidade decorativa; 4) A aspiração de um estilo ou linguagem internacional ou europeia; 5) O esforço em interpretar a espiritualidade que se dizia (com um pouco de ingenuidade e um pouco de hipocrisia) inspirar e redimir o industrialismo. Por isso, mesclam-se nas correntes modernistas, muitas vezes de maneira confusa, motivos materialistas e espiritualistas, técnico-científicos e alegórico-poéticos, humanitários e social. ARGAN, 1992.
  • 9. O movimento impressionista rompeu com a tradição artística do classicismo e do romantismo, abrindo caminho para o desenvolvimento da pesquisa artística moderna, formou-se em Paris entre 1860 e 1870. realizando sua primeira exposição em 1874 no estúdio do fotógrafo Nadar. Eles se intitulavam de artistas “independentes”.
  • 10. Principais representantes: Édouard Manet Claude Monet Alguste Renoir Edgar Degas Paul Cézanne Alfred Sisley Geoges Seurat
  • 11. Édouard Manet (Paris, 23 de janeiro de 1832 — Paris, 30 de abril de 1883) foi um pintor e artista gráfico francês e uma das figuras mais importantes da arte do século XIX. Manet é considerado um dos fundadores da arte moderna. Suas principais obras são: Almoço na relva ou Almoço no Campo, Olímpia, A sacada, O tocador de pífaro e A execução de Maximiliano. Foi criticado não apenas pelos temas, mas também por sua técnica, que escapava às convenções acadêmicas. Frequentemente inspirado pelos mestres clássicos e em particular pelos espanhóis do Século de Ouro, Manet influenciou, entretanto, certos precursores do impressionismo, em virtude da pureza de sua abordagem.
  • 12. Édouard Manet: Le déjeuner sur l’herbe (1863); óleo s/ tela. 2,08 x 2,4m. Paris, Museé d’Orsay
  • 13. Édouard Manet: Olympia (1865); óleo s/ tela. 1,30 x 1,90m . Paris, Museé d’Orsay
  • 14. Oscar-Claude Monet (Paris, 14 de novembro de 1840 — Giverny, 5 de dezembro de 1926) foi um pintor francês e o mais célebre entre os pintores impressionistas. O termo impressionismo surgiu devido a um dos primeiros quadros de Monet, "Impressão, nascer do sol", quando de uma crítica feita ao quadro pelo pintor e escritor Louis Leroy: "Impressão, nascer do Sol” – eu bem o sabia! Pensava eu, justamente, se estou impressionado é porque há lá uma impressão. E que liberdade, que suavidade de pincel! Um papel de parede é mais elaborado que esta cena marinha..2 A expressão foi usada originalmente de forma pejorativa, mas Monet e seus colegas adotaram o título, sabendo da revolução que estavam iniciando na pintura.
  • 15. Claude Monet: Impression Sunrise (1872); óleo s/ tela. 48 x 63cm . Paris, Museu Marmottan Monet
  • 16. Claude Monet: Le bassin aux nymphéas (1919); óleo s/ tela. 100,4 × 201 cm. Paris, Museu Marmottan Monet
  • 17. Georges-Pierre Seurat (1859-1891) foi um pintor francês e pioneiro do movimento pontilhista, também chamado divisionismo. Em 1877, ingressou na Escola Superior de Belas-Artes de Paris, onde visitaria frequentemente o Museu do Louvre, desde Jean-Auguste-Dominique Ingres e sofreria fortes influências de Rembrandt; Francisco Goya e de Puvis de Chavannes. Seus estudos seriam interrompidos por um ano por motivos de serviço militar na base de Brest - uma cidade do oeste francês—onde fez numerosos esboços de barcos, de praias e do mar. De volta a Paris, em 1880, Seurat se torna Mirrestro, inspirado pela obra de Michel Eugène Chevreul: A lei do contraste simultâneo das cores 1839. A técnica do pontilhismo utilizada por Seurat deu origem ao neo-impressionismo e foi extensivamente utilizada na arte do século XX. Pode-se dizer que a teoria pontilhista foi precursora da televisão e da imagem digital.
  • 18. Georges Seurat: Paysage et personnages, 1884-1885, óleo sobre madeira, 15,7 x 26cm; Paris: Coleção Particular
  • 19. Georges Seurat: Um domingo à tarde em La Grande Jatte - 1884-1886, Óleo sobre tela, 205,7 × 305,8 cm, Chicago: Art Institute
  • 20. Impressionismo no Brasil No Brasil, ecos do impressionismo podem ser encontrados nas obras de Arthur Timótheo da Costa (1882 - 1922), Belmiro de Almeida (1858 - 1935), Almeida Júnior (1850 - 1899), Castagneto (1851 - 1900), Eliseu Visconti (1866 - 1944) e Antônio Parreiras (1860 - 1937) Henrique Campos Cavelleiro (1892-1975) Vicente do Rego Monteiro (1899 - 1970 ). entre outros. O clareamento da paleta, a atenção aos efeitos produzidos pelas diferentes atmosferas luminosas, a incorporação de temas simples e afastados da eloqüência acadêmica, o uso de pinceladas fragmentadas e descontínuas são incorporados aos poucos pelos artistas brasileiros.
  • 21. Eliseu D’Angelo Visconti Eliseu d'Angelo Visconti (30 de julho de 1866, Giffoni Valle Piana — 15 de outubro de 1944, Rio de Janeiro) foi um pintor e designer ítalo-brasileiro ativo entre os séculos XIX e XX. É considerado um dos mais importantes artistas brasileiros do período. Nascido na Itália, Visconti veio para o Brasil com menos de 1 ano de idade. Em 1892 foi à Europa, onde frequentou a Escola de Belas Artes de Paris e o curso de arte decorativa na Escola Ghérin. Voltou para o Brasil em 1900 e passou a realizar diversos trabalhos: ensinou pintura histórica na Escola Nacional de Belas Artes, criou imagens para selos postais e pintou o pano de boca¹ do Teatro Municipal do Rio de Janeiro.
  • 22. Eliseu Viscont: Trigal(1915); óleo s/ tela. 30,5 × 44,5 cm. São Paulo, Col. Particular
  • 23. Eliseu Viscont: Cura de sol(1915); óleo s/ tela. 155 × 104 cm. São Paulo, Col. Particular
  • 25. Estilo artístico que se desenvolve entre 1890 e a Primeira Guerra Mundial (1914-1918) na Europa e nos Estados Unidos, espalhando-se para o resto do mundo, e que interessa mais de perto às Artes Aplicadas: arquitetura, artes decorativas, design, artes gráficas, mobiliário e outras. O termo tem origem na galeria parisiense L'Art Nouveau, aberta em 1895 pelo comerciante de arte e colecionador Siegfried Bing. O projeto de redecoração da casa de Bing por arquitetos e designers modernos é apresentado na Exposição Universal de Paris de 1900, Art Nouveau Bing, conferindo visibilidade e reconhecimento internacional ao movimento. A designação modern style, amplamente utilizada na França, reflete as raízes inglesas do novo estilo ornamental.
  • 26. O movimento social e estético inglês Arts and Crafts, liderado por William Morris (1834 - 1896), está nas origens do art nouveau ao atenuar as fronteiras entre belas-artes e artesanato pela valorização dos ofícios e trabalhos manuais, e pela recuperação do ideal de produção coletiva, segundo o modelo das guildas medievais. O art nouveau dialoga mais decididamente com a produção industrial em série. Os novos materiais do mundo moderno são amplamente utilizados (o ferro, o vidro e o cimento), assim como são valorizadas a lógica e a racionalidade das ciências e da engenharia. Nesse sentido, o estilo acompanha de perto os rastros da industrialização e o fortalecimento da burguesia.
  • 27. O art nouveau se insere no coração da sociedade moderna, reagindo ao historicismo da Arte Acadêmica do século XIX e ao sentimentalismo e expressões líricas dos românticos, e visa adaptar-se à vida cotidiana, às mudanças sociais e ao ritmo acelerado da vida moderna. Mas sua adesão à lógica industrial e à sociedade de massas se dá pela subversão de certos princípios básicos à produção em série, que tende aos materiais industrializáveis e ao acabamento menos sofisticado. A "arte nova" revaloriza a beleza, colocando-a ao alcance de todos, pela articulação estreita entre arte e indústria. A fonte de inspiração primeira dos artistas é a natureza, as linhas sinuosas e assimétricas das flores e animais. O movimento da linha assume o primeiro plano dos trabalhos, ditando os contornos das formas e o sentido da construção.
  • 28. Principais Características: 1- Temática naturalista (flores e animais); 2- Utilização de motivos icônicos e estilísticos, e até tipológicos, derivados da arte japonesa; 3- Morfologia: arabescos lineares e cromáticos; preferência pelos ritmos baseados na curva e suas variantes (espiral, voluta, etc), e na cor, pelos tons frios, pálidos, transparentes, assonantes, formados por zonas planas ou eivadas, irisadas, esfumadas; 4 – Recusa da proporção e do equilíbrio simétrico, e a busca de ritmos “musicais”, com acentuados desenvolvimentos na altura ou largura e andamentos geralmente ondulados e sinuosos; 5- Propósito evidente e constante de comunicar por empatia um sentido de agilidade, elasticidade, leveza, juventude e otimismo. (ARGAN, 1992)
  • 29. Jan Toorop (1858-1928), era um pintor holandês impressionista, simbolista e pintor art nouveau, ilustrador e designer gráfico. Artista holandês-Indonésia viveu 1.858- 1.928. Nascido na ilha de Java, mas educado na Holanda, desenvolveu vários estilos de pintura de arte ao longo de sua carreira como pintor. é reconhecido como um dos expoentes da pintura holandesa no período Art Nouveau.
  • 30. Jan Toorop: Fatalismo, 1893.Técnica: Lápiz y pincel sobre papel. 60 x 75 cm
  • 31. Gustav Klimt (1862 - 1918), Nascido em 14 de julho de 1862 em Baumgarten, perto de Viena, Gustav Klimt é considerado um dos maiores pintores decorativos do século 20. De 1876 a 1883, ele participou do Kunstgewerbeschule Viena (Escola Superior de Artes Aplicadas), onde estudou desenho e da pintura figurativa. Seu irmão Ernst também matriculado na escola em 1877. Em 1880, os irmãos de Klimt, e seu colega Franz Matschhad tinha formado uma equipe que chamaram de "Sociedade dos Artistas, Klimt Irmãos e Matsch". O grupo recebeu inúmeras comissões pintando murais e tetos interiores em edifícios públicos, incluindo o Teatro Nacional, em Bucareste, e do novo Burgtheater e Kunsthistorisches Museum em Viena. Depois de completar os afrescos Burgtheater Klimt foi premiado com a Cruz de Ouro de Mérito austríaco pelo imperador Francisco José, por sua aquarela Vista do Interior do Antigo Burgtheater.
  • 32. Gustav Klimt: Water Serpents II, 1907. Óleo sore tela, 80 x 145cm; Viena: Coleção particular
  • 33. Alphonse Maria Mucha (1860 – 1939), foi um ilustrador e designer gráfico checo e um dos principais expoentes do movimento Art Nouveau. Entre seus trabalhos mais conhecidos estão os cartazes para os espetáculos de Sarah Bernhardt realizados na França de 1894 a 1900 e uma série chamada Epopéia Eslava entre 1912 e 1930.
  • 34. Alphose Mucha: Madonna of the Lilies, 1905
  • 36. O termo expressionismo tem sentido histórico preciso ao designar uma tendência da arte europeia moderna, enraizada em solo alemão, entre 1905 e 1914. “O Expressionismo na verdade, é um fenômeno europeu com dois centros distintos: o movimento francês dos fauves (“feras”) e o movimento alemão Die Brücker (“a ponte”). Os dois movimentos se formam quase simultaneamente em 1905 e desemboca respectivamente no Cubismo na França (1908) e na corrente Der blaue Reiter (“o cavaleiro azul” na Alemanha (1911).” ARGAN, 1992 “O Expressionismo se opõe como antítese do Impressionismo, mas o pressupõe: ambos são movimentos realistas, que exigem a dedicação total do artista à questão da realidade, mesmo que o primeiro resolva no plano do conhecimento e o segundo no plano da ação.” ARGAN, 1992.
  • 37. A arte expressionista encontra suas fontes no romantismo alemão, em sua problematica do isolamento do homem frente à natureza, assim como na defesa de uma poética sensível à expressão do irracional, dos impulsos e paixões individuais. Combina-se a essa matriz, o pós-impressionismo de Vincent van Gogh (1853-1890) e Paul Gauguin (1848-1903). Do primeiro, destacam-se a intensidade com que cria objetos e cenas, assim como o registro da emoção subjetiva em cores e linhas. Do segundo, um certo achatamento da forma, obtido com o auxílio da suspensão das sombras, o uso de grandes áreas de cor e atenção às culturas primitivas. O imaginário monstruoso do pintor belga Jame Ensor (1860-1949), suas máscaras e anjos decaídos, constitui outra referência importante. Assim como uma releitura do simbolismo, pelas possibilidades que abre à fantasia e ao universo onírico, embora os expressionistas descartem uma visão transcendente do simbólico e certo espiritualismo que rondam a linguagem simbolista. O pintor norueguês Edvard Munch (1863-1944) é talvez a maior referência do expressionismo alemão.
  • 38. 1 – Traços espontâneos, sem se importar com “o belo”. Segue sendo uma pintura figurativa, antinaturalista, com forte carga simbólica, expresssiva, graças a agressividade. Defendem a ideia de que o artista deve criar realidades e não imitá-las ; 2 – A cor é muito importante, agressiva, viva, planos e cores violentamente contrastada; 3 – Linhas quebradas, desenho tosco a forma real é difusa; 4 – Exageração, distorção e supressão do acessório. 5 – Desinteresse pelo espaço, pelo volume, pelo detalhe e pelo estudo da luz (não há fonte luminosa de nenhum tipo).
  • 39. Edward Munch, pintor norueguês, foi um dos precursores do expressionismo alemão. Nasceu em Loten, em 12 de dezembro de 1863, faleceu em 23 de janeiro de 1944, na cidade de Ekely. Suas obras são lembradas pelas angústias existenciais e ameaças invisíveis. studou na Escola de Artes e Ofícios de Oslo, teve como influências artísticas as obras de Courbet e Manet. Em suas obras predominou os temas sociais. Começou a pintar em 1880, iniciando em retratos e quadros naturalistas, nessa época pintou “Criança doente” de 1886. No decorrer dos anos, perdeu grande parte de sua família, a mãe faleceu quando tinha cinco anos de idade, a irmã mais velha aos quinze anos, a segunda irmã morreu após seu casamento e a irmã mais nova sofria de doença mental. O próprio Edward Munch enfrentava diversas doenças.
  • 40. Alphose Mucha: O grito, 1893; óleo sobre madeira, 83 x 66cm. Oslo, Munch Museet
  • 41. Heri Matisse (1869 – 1954) , foi um artista francês, conhecido por seu uso da cor e seu desenho fluido e original. Ele era um desenhista , gravurista e escultor , mas é conhecido principalmente como pintor. Matisse é comumente considerado, junto com Pablo Picasso e Marcel Duchamp , como um dos três artistas que ajudaram a definir os desenvolvimentos revolucionários no plástico artes nas décadas iniciais do século XX, responsável por uma evolução significativa na pintura e na escultura. Embora fosse inicialmente rotulado de fauvista (besta selvagem), na década de 1920, ele foi cada vez mais aclamado como um defensor da tradição clássica na pintura francesa. Seu domínio da linguagem expressiva da cor e do desenho, exibido em um corpo de trabalho ao longo de mais de meio século, valeram-lhe o reconhecimento como uma figura de liderança na arte moderna .
  • 42. Heri Matisse: A dança, 1910; óleo sobre tela, 2,60 x 3,90m. Lenigrado, Museu Ermitage
  • 43. Emil Nolde (1867 - 1956) , seu verdadeiro nome Emil Hansen, foi um dos mais importantes pintores expressionistas alemães. Os seus quadros, tal como pretendia, chocavam o espectador, devido à vivacidade das cores, que contrastavam abusivamente umas com as outras, à deformação dos rostos das personagens retratadas, à distorção das perspectivas e ao excessivo uso de tinta. A sua viagem à Nova Guiné, entre 1913 e 1914 fez com todos este aspectos se avivassem ainda mais nas suas obras. Sempre influenciado por pintores como Vincent van Gogh, Edvard Munch ou mesmo James Ensor, durante todo o seu percurso artístico pouco mudou de estilo. Em 1941, os nazistas, que imperavam na Alemanha, proibiram Nolde de pintar, pois consideravam que a sua pintura era mundana e imoral, podendo incitar certas revoltas. Anos mais tarde, depois com fim da da Segunda Guerra Mundial e com a queda dos nazis, Emil Nolde voltou a pintar, tendo realizado um número incontável de aquarelas e pequenos óleos.
  • 45. Expressionismo no Brasil No Brasil o movimento foi muito importante. Observa-se,um desejo expresso e intenso de pesquisar nossa realidade social, espiritual e cultural. Os principais artistas que apresentam características expressionistas em suas criações são: - Anita Malfatti - Cândido Portinari - Lazar Segal - Oswaldo Goeldi
  • 46. Anita Malfatti, "A Boba" - 1915/1916, Óleo s/ Tela 61.0 x 50.6 cm, São Paulo: MAC USP
  • 47. Cândido Portinari, Criança Morta, 1944 - Óleo sobre tela, 180 x 190 cm
  • 48. Oswaldo Goeldi, Criança Morta, xilogravura sobre papel,
  • 50. Movimento artístico que descreve uma revolucionária linguagem pictórica, criado conjuntamente por Braque, Picasso e Juan Gris entre o período de 1907 e 1914, que se desdobrou em um movimento muito amplo que teve projeção internacional. O Cubismo abandonou a ideia de um único ponto de vista fixo, que havia dominado a pintura europeia ao longo dos séculos. A pintura cubista utilizou a multiplicidade de pontos de vista, de modo que distintos aspectos de um objeto podiam representar-se simultaneamente na mesma imagem, oferecendo a ideia acumulada do artista sobre o tema em lugar da imitação de sua aparência em um momento determinado.
  • 51. Seus precedentes imediatos estão na obra de Cézane com a valorização do volume, da distorção espacial e da tendência a geometrização das formas. Também é muito importante a influência da arte africana e ibérica com suas formas angulosas e simplificadas.
  • 52. 1 - Abandona o ponto de fuga e a perspectiva; 2 - Múltiplos pontos de vista simultâneos; 3 – Fragmentação e transparência; 4 - Redução das formas a seus esqueletos geométricos.
  • 53. Georges Braque (1883 - 1963) , foi um pintor e escultor francês que junto com Pablo Picasso revolucionou a pintura fundando um dos movimentos artísticos mais importantes de todos os tempos: o Cubismo. Foi, também, precursor do uso de colagens. Filho e neto de pintores, foi criado em Le Havre, tendo se mudado para Paris em 1901, onde estudou na Academie Humbert. Sua obras inicialmente eram impressionistas, mas com a mudança para Paris e seus estudos seu estilo estava mais próximo do fauvismo. Em 1908 conseguiu fazer sua primeira exposição individual. Em sua obra valorizou enormemente o ocre, o marrom e o bege. Depois de 1910, Braque deixa por algum tempo a pintura e trabalha com “papiers collés”: papéis pintados, tecido, manchetes de jornais, etiquetas, cartas de baralho, embalagens de cigarro. Em suas mãos, e depois nas de Picasso, surgiria a “collage”, mais tarde tão utilizada pelos dadaístas e surrealistas.
  • 54. Geoges Braque: La guitare (Mandora, La Mandore) 909- 1910, , óleo sobre tela, 71,1 x 55,9 cm, Londres: Tate Modern
  • 55. Georges Braque, Nature morte (Fruit Dish, Ás de Paus), 1913, óleo, guache e carvão sobre tela, 81 x 60 cm, Paris: Centre Georges Pompidou
  • 56. eorges Braque. Garrafa, jornal, cachimbo e copo, 1913.
  • 57. Pablo Picasso (1881-1973) , artista espanhol, destacou-se em diversas áreas das artes plásticas: pintura, escultura, artes gráficas e cerâmica. Picasso é considerado um dos mais importantes artistas plásticos do século XX. Suas obras podem ser divididas em várias fases, de acordo com a valorização de certas cores. A fase Azul (1901-1904) foi o período onde predominou os tons de azul. Nesta fase, o artista dá uma atenção toda especial aos elementos marginalizados pela sociedade. Na Fase Rosa (1905-1907), predomina as cores rosa e vermelho, e suas obras ganham uma conotação lírica. Recebe influência do artista Cézanne e desenvolve o estilo artístico conhecido como cubismo. O marco inicial deste período é a obra Les Demoiselles d'Avignon (1907) , cuja característica principal é a decomposição da realidade humana.
  • 58. Pablo Picasso. Les Demoiselles d'Avignon, 1907, óleo sobre tela, 243.9 cm × 233.7 cm, Nova Iorque: Museu de Arte Moderna.
  • 59. Pablo Picasso. Girl with a Mandolin, 1910, óleo sobre tela, 100,3 x 73,6 cm, Nova Iorque: Museu de Arte Moderna.
  • 60. Pablo Picasso. Guitarra, 1912, pintura a óleo e colagem com papelão, 77,5 x 35cm, Nova Iorque: Museu de Arte Moderna.
  • 61. Cubismo no Brasil Somente após a Semana de Arte Moderna de 1922 o movimento cubista ganhou terreno no Brasil. Mesmo assim, não encontramos artistas com características exclusivamente cubista em nosso país. Muitos pintores brasileiros foram influenciados pelo movimento e apresentaram características do cubismo em suas obras. Neste sentido, podemos citar os seguintes artistas: Tarsila do Amaral, Anita Malfati, Victor Brecheret e Di Cavalcante.
  • 62. Di Cavalcanti, Mulher na varanda – 100 x 81 cm Di Cavalcanti, Gente do morro – 162 x 114 cm
  • 63. Brecheret, Tocadora de Guitarra, 1923
  • 65. O movimento Dada nasce como uma contestação de todos os valores, a começar pela arte. Surge quase que simultaneamente em Zurique (artistas e poetas: Arp, Tazra, Ball) e nos Estados Unidos (os pintores Duchamp, Picabia e o pintor-fotógrafo Man Ray) . O movimento se alastra rapidamente como influência da crise cultural gerada pela Primeira Guerra Mundial. Essa crise de valores é percebida até mesmo em relação à arte; “esta deixa de ser um modo de produzir valor, repudia qualquer lógica, é nonsense ("sem sentido“), faz-se (se e quando se faz) segundo as leis do acaso. Já não é uma operação técnica e linguística; ela pode se valer de qualquer instrumento, retirar seus materiais seja de onde for. De não produz valor; ela documenta um processo mental, considerado estático por ser gratuito.” ARGAN, 1992
  • 66. O próprio nome do movimento foi escolhido ao acaso abrindo-se um dicionário. “As manifestações do grupo dadaísta são deliberadamente desordenadas, desconcertantes, escandalosas; a práxis é semelhante à do Futurismo e das vanguardas em geral, mas no caso do Dadaísmo trata-se de uma vanguarda negativa, por não pretender instaurar uma nova relação, e assim demonstrar a impossibilidade e a indensiderabilidade de qualquer relação entre arte e sociedade.” ARGAN, 1992. “Destacando o impulso e o ato estético inicial de toda a história da arte, o Dadaísmo rejeita todas as experiências formais e técnicas anteriores. Retornar ao ponto zero, todavia, não significa voltar ao ponto de partida refazendo um percurso histórico. Com suas intervenções inesperadas e aparentemente gratuitas o Dadaísmo propõe uma ação perturbadora, com o fito de colocar o sistema em crise, voltando contra a sociedade seus próprios procedimentos ou utilizando de maneira absurda as coisas a que ela atribuía valor.” ARGAN, 1992.
  • 67. 1 – Apresenta em imagens o irônico, o absurdo e desagradável; 2- Nega a lógica e a arte como protesto contra a sociedade; 3 – Integra colagens, fotografias, assemblage, pintura e ready made; 4 – Aproveita materiais não convencionais.
  • 68. Marcel Duchamp (1887 – 1968), Artista francês, nasceu em Blainville, França, irmão do pintor Jacques Villon (Gastón Duchamp) e do escultor Raymond Duchamp-Villon. Freqüentou em Paris a Academie Julian, onde pinta quadros impressionistas, segundo ele, "só para ver como eles faziam isso". Entre 1913-1915 elabora os "ready made", isto é, objetos encontrados já prontos, às vezes acrescentando detalhes, outras vezes atribuindo-lhes títulos arbitrários. O caso mais célebre é o de "Fonte", urinol de louça enviado a uma exposição em Nova York e recusado pelo comitê de seleção. Os títulos são sugestivos ou irônicos, como "Um ruído secreto" ou "Farmácia". Esses "ready mades" escondem, na verdade, uma crítica agressiva contra a noção comum de obra de arte. Com os títulos literários, Duchamp rebelou-se contra a "arte da retina", cujos significados eram só, segundo ele, impressões visuais. Duchamp declarou preferir ser influenciado pelos escritores (Mallarmé, Laforgue, Raymond Roussel) - e não pretendia criar objetos belos ou interessantes. A crítica da obra de arte se estendia à antítese bom gosto - mau gosto.
  • 69. Marcel Duchamp: Fonte, 1917, replica 1964, mictório invertido, 60 cm de altura. New YorK: Tate
  • 70. Marcel Duchamp: Fotografia da instalação de fio de Duchamp para 'primeiros trabalhos do surrealismo' (1942) Philadelphia Museum of Art, outubro de 1942, a instalação na exposição, 451 Madison Avenue, New York, Marcel Duchamp Archive, presente de Jacqueline, Peter e Paul Matisse
  • 71. Kurt Schwitters (1887 - 1948), foi um artista plástico, poeta, pintor e escultor alemão, além de ter se aventurado por outras artes. Conhecido do grande público atualmente, principalmente, por suas colagens, foi, no entanto, um multi-artista que inventou a arte de instalações artísticas e precursor da chamada Nova Tipografia. Suas inovações iriam, definitivamente, conduzir muito da arte dos século XX e início do XXI e, através de sua influência na Bauhaus, definir novos rumos para o design publicitário. Em 1923 produziu o seu primeiro grande trabalho de ocupação espacial, que posteriormente chamou de "Merzbau" (Casa Merz), considerada a primeira instalação artística, que ocupava toda a residência do artista em Hannover. Consistia em um apartamento com decoração nada convencional, tal como malas com roupas presas através de arames na parede. Em seus últimos anos, na Inglaterra, utiliza revistas americanas, quadrinhos, anúncios publicitários e obras de grandes mestres para composição de suas pinturas, antecipando a Pop Art, embora tenha ainda praticado a pintura no estilo mais "convencional", demonstrando que jamais fora por "inabilidade" que rompera com cânones da arte tradicional e que não era o seu desejo "jogar no lixo" todo o legado histórico da arte
  • 72. Kurt Schwitters Merzbau (Teilansicht: Grosse Gruppe), um 1932 Zerstört (1943) Foto (Repro): Kurt Schwitters Archiv im Sprengel Museum Hannover © Pro Litteris, Zürich
  • 73. Kurt Schwitters, 1939, Merz com Arco-Íris
  • 75. Em sentido amplo, abstracionismo refere-se às formas de arte não regidas pela figuração e pela imitação do mundo. Em acepção específica, o termo liga-se às vanguardas europeias das décadas de 1910 e 1920, que recusam a representação ilusionista da natureza. A decomposição da figura, a simplificação da forma, os novos usos da cor, o descarte da perspectiva e das técnicas de modelagem e a rejeição dos jogos convencionais de sombra e luz, aparecem como traços recorrentes das diferentes orientações abrigadas sob esse rótulo. Inúmeros movimentos e artistas aderem à abstração, que se torna, a partir da década de 1930, um dos eixos centrais da produção artística no século XX. É possível notar duas vertentes a organizar a ampla gama de direções assumidas pela arte abstrata. A primeira, inclinada ao percurso da emoção, ao ritmo da cor e à expressão de impulsos individuais, encontra suas matrizes no expressionismo e no fauvismo. A segunda, mais afinada com os
  • 76. fundamentos racionalistas das composições cubistas, o rigor matemático e a depuração da forma, aparece descrita como abstração geométrica. As vanguardas russas exemplificam as duas vertentes: Wassili Kandinsky (1866-1944), representante da primeira, é considerado pioneiro na realização de pinturas não-figurativas com Primeira Aquarela Abstrata (1910) e a série Improvisações (1909/1914). Seu movimento em direção à abstração inspira-se na música e na defesa de uma orientação espiritual da arte, apoiada na teosofia. Em torno de Kandinsky e Franz Mac (1880-1916) organiza-se, na Alemanha, o Der Blaue Reiter [O Cavaleiro Azul], 1911, grupo do qual participam August Macke (1887-1914) e Paul Klee (1879-1940), e se aproximam as pesquisas abstratas de Robert Delaunay (1885- 1941) e o simbolismo místico do checo radicado em Paris Frantisek Kupka (1871-1957).
  • 77. Kasimir Malevich (1878-1935) é um dos maiores expoentes da arte abstrata geométrica. No bojo do suprematismo, 1915, defende uma arte comprometida com a pesquisa metódica da estrutura da imagem. A geometria suprematista se apresenta nos célebres Quadrado Preto Suprematista (1914/1915) e Quadrado Branco sobre Fundo Branco (1918). A obra de Malevitch tem impacto sobre o construtivismo de Alexander Rodchenko (1891-1956) - ver Negro sobre Negro (1918) - e o realismo dos irmãos A. Pevsner (1886-1962) e N. Gabo (1890- 1977). O neoplasticismo de Piet Mondrian e Theo van Doesburg indica outra tendência da abstração geométrica. O movimento se organiza em torno da revista De Stijl [O Estilo], 1917, e tem o propósito de encontrar nova forma de expressão plástica, liberta de sugestões representativas. As composições se articulam com base em elementos mínimos: a linha reta, o retângulo e as cores primárias - azul, vermelha e amarela -, além da preta, branca e cinza. As idéias estéticas defendidas
  • 78. em De Stijl reverberam nos grupos Cercle et Carré (1930) e Abstraction-Création (1931), na França, e no Circle (1937), na Inglaterra. Depois da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), a Europa e os Estados Unidos assistem a desdobramentos da pesquisa abstrata. O tachismo europeu, também associado à abstração lírica, apresenta-se como tentativa de superação da forma pela ultrapassagem dos conteúdos realistas e dos formalismos geométricos. Os trabalhos de Hans Hartung (1904) e Pierre Soulages (1919) apóiam-se sobretudo no gesto, enquanto nas obras de Jean Fautrier (1898-1964) e Jean Dubuffet (1901- 1985) - e nos trabalhos de Alberto Burri (1915-1995) e Antoni Tàpies (1923-2012) - a pesquisa incide preferencialmente sobre a matéria. Nos Estados Unidos, a abstração ganha força com o expressionismo abstrato de Jackson Pollock (1912-1956) e
  • 79. Willem de Kooning (1904-1997) - que descarta tanto a noção de composição, cara à abstração geométrica, quanto a abstração lírica -, as grandes extensões de cor não modulada de Barnett Newman (1905-1970) e Mark Rotkho (1903-1970) e a pintura com cores planas e contornos marcados de Ellsworth Kelly (1923) e Kenneth Noland (1924). O minimalismo de Donald Judd (1928), Ronald Bladen (1918-1988) e Tony Smith (1912-1980) - tributário de uma vertente da arte abstrata norte-americana que remonta a Ad Reinhardt (1913-1967), Jasper Johns (1930) e Frank Stella (1936) - retoma as pesquisas geométricas na contramão da exuberância romântica do expressionismo abstrato.
  • 80. Vasily Kandinsky (1866-1944) , foi um artista russo, professor da Bauhaus e introdutor da abstração no campo das artes visuais. Na década de 1910 Kandinsky desenvolve seus primeiros estudos não figurativos, fazendo com que seja considerado o primeiro pintor ocidental a produzir uma tela abstrata. Algumas das suas obras desta época, como "murnau - Jardim 1" (1910) e "Grüngasse em Murnau" (1909) mostram a influência dos Verões que Kandinsky passava em Murnau nessa época, notando-se um crescente abstraccionismo nas suas paisagens. Outra influência nas suas pinturas foi a música do compositor Arnold Schönberg, com quem Kandinsky manteve correspondência entre 1911 e 1914. oi professor na Bauhaus uma das maiores e mais importantes expressões do que é chamado Modernismo no design e na arquitetura da Alemanha sendo a primeira escola de design do mundo até 1933 até que foi fechada pelos nazistas e, seus quadros foram confiscados. Em 1939, fugiu para a França, onde se naturalizou. Morreu em Neuilly-sur-Seine, na França em 1944.
  • 81. Vasily Kandinsky: Improvisações, 1909; óleo sobre tela, 1585 x 108 cm. Museu de Arte de Nizhnii Novgorod Estado, Nizhnii Novgorod, Rússia
  • 82. Vasily Kandinsky: Compensação rosa, 1933; óleo e tempera sobre tela, 96 x 106 cm. Musée des Beaux Arts, Nantes, França
  • 83. Vasily Kandinsky: Sem Título, 1933; tempera sobre papelão, 44 x 58 cm. Musée National d'Art Moderne, Centre Georges Pompidou, Paris, France
  • 84. Kazimir Malevitch (1878-1935) , Pintor e projetista russo. Reconhecido como um dos precursores da arte abstrata geométrica. Kazimir Severinovich Malevitch nasce em Kiev, na Ucrânia, e estuda pintura na cidade. Segue o estilo pós-impressionista no início da carreira, mas, por volta de 1912, compõe imagens de camponeses em estilo geométrico e pinturas de inspiração cubista, como O Amolador de Facas (1912). Inaugura em 1913 o movimento suprematista, que leva a simplicidade para a arte geométrica. As pinturas dessa fase só são mostradas em 1915, em Moscou, onde produz confusão entre o público sobre o que identificar como a parte de cima e a de baixo de determinada figura. Dedica-se ao ensino e à construção de modelos tridimensionais, contribuindo com isso para o surgimento do construtivismo. Em 1922 muda-se para Leningrado, atual São Petersburgo. Vai a Berlim em 1927 para acompanhar a exposição de suas obras na escola Bauhaus.
  • 85. Kazimir Malevitch: Quadrado vermelho, 1915
  • 86. Kazimir Malevitch: Suprematismo, 1915, óleo sobre madeira, 71 x 45cm, Museu Russo, São Petersburgo, Rússia
  • 87. Piet Mondrian (1872-1944) , Pintor holandês, teórico e desenhista. Sua obra marca a transição no início do século 20 a partir da escola de Haia e simbolismo para o Neo-Impressionismo e Cubismo . Sua posição de destaque dentro do avant-garde internacional é determinado pelas obras produzidas a partir de 1920. Ele expôs a sua teoria no jornal da De Stijl , em uma série de artigos que foram resumidas em um livreto separado publicado em Paris em 1920, sob o título Le Neo-plasticisme (ver Neo-plasticism ) por Léonce Rosenberg. A essência das idéias de Mondrian é que a pintura, composto dos aspectos mais fundamentais da linha e da cor, devem dar o exemplo para as outras artes para alcançar uma sociedade em que a arte, como tal, não tem lugar, mas pertence ao invés da realização total de "beleza '. A representação do pulso universal, dinâmico da vida, também expressa em jazz moderno e da metrópole, foi ponto de partida de Mondrian. Ele foi capaz de ganhar a vida com a venda de suas obras na Holanda, Alemanha, Suíça, Inglaterra e EUA.
  • 88. Piet Mondrian: Composição em marrom e cinza, 1913, óleo sobre tela, 85,7 x 75,6 cm, New York: MoMA
  • 89. Piet Mondrian: Composição em vermelho, azul e amarelo, 1937-1942, óleo sobre tela, 60,3 x 55,4 cm, New York: MoMA
  • 90. Piet Mondrian: Broadway Boogie Woogie, 1942-1943, óleo sobre tela, 127 cm x 127cm, New York: MoMA
  • 91. Jackson Pollock (1912-1956) , foi um importante pintor dos Estados Unidos da América e referência no movimento do expressionismo abstrato. Começou seus estudos em Los Angeles e depois mudou-se para Nova Iorque. Desenvolveu uma técnica de pintura, criada por Max Ernst, o 'dripping' (gotejamento), na qual respingava a tinta sobre suas imensas telas; os pingos escorriam formando traços harmoniosos e pareciam entrelaçar-se na superfície da tela. O quadro Umé um exemplo dessa técnica. Pintava com a tela colocada no chão para sentir-se dentro do quadro. Pollock parte do zero, do pingo de tinta que deixa cair na tela elabora uma obra de arte. Além de deixar de lado o cavalete, Pollock também não mais usa pincéis. A arte de Pollock combinava a simplicidade com a pintura pura e suas obras de maiores dimensões possuem características monumentais. Com Pollock, há o auge da pintura de ação (action painting). Sua esfera da arte é o inconsciente: seus signos são um prolongamento do seu interior.
  • 92. Jackson Pollock: Número 8, 1949 (detalhe) 1949 (280 Kb); Óleo, esmalte e tinta de alumínio sobre tela; Museu Neuberger, da Universidade Estadual de Nova York
  • 93. Jackson Pollock: Lavender Mist: Número 1, 1950; Óleo sobre tela, óleo, esmalte, e alumínio sobre tela; 221 x 300 cm; National Gallery of Art, Washington, DC
  • 94. Abstracionismo no Brasil No Brasil, as obras de Manabu Mabe (1924-1997) e Tomie Ohtake (1913) aproximam-se do abstracionismo lírico, que tem adesão de Cicero Dias (1907-2003) e Antonio Bandeira (1922- 1967). Nos anos 80, observa-se uma apropriação tardia da obra de Kooning na produção de Jorge Guinle (1947-1987). O pós-minimalismo, por sua vez, ressoa em obras de Carlos Fajardo (1941), José Resende (1945) e Ana Maria Tavares (1958). Em termos de abstração geométrica, são mencionados os artistas reunidos no movimento concreto de São Paulo (Grupo Ruptura) e do Rio de Janeiro (Grupo Frente) e no neoconcretismo.
  • 95. Manabu Mabe (1924-1997), Pintor, gravador, ilustrador. De Kobe, Japão, emigra com a família para o Brasil em 1934, para dedicar-se ao trabalho na lavoura de café no interior do Estado de São Paulo. Interessado em pintura, começa a pesquisar, como autodidata, em revistas japonesas e livros sobre arte. No início de sua trajetória no campo da abstração, Manabu Mabe explora em suas obras o empastamento, a textura e o traço e se revela um colorista de porte. Ao voltar-se para o universo das formas caligráficas, percebe também as possibilidades de criar uma linguagem lírica com a cor. Dessa forma, em meados da década de 1960, começa a aproximar-se também de certos aspectos do tachismo. Os títulos de suas obras evocam emoções ou fenômenos da natureza. A partir da década de 1970, cristaliza seus procedimentos anteriores - que reaparecem estilizadamente em quase toda sua produção -, incorpora em seus quadros figuras humanas e formas de animais, apenas insinuadas ou sugeridas, mas que em geral são representadas em grandes dimensões.
  • 96. Manabu Mabe : Vento Vermelho, 1985
  • 97. Manabu Mabe Sem Título, 1995, Gravura Serigrafia, 47 x 67 cm
  • 99. Movimento artístico e literário que floresceu nos anos vinte e trinta e se caracterizou pela fascinação pelo estranho, o inconsciente e o irracional. Estava intimamente ligado ao Dadaísmo, sua principal fonte de inspiração, e alguns artistas pertenceram a ambos os movimentos. Os dois estavam concebidos como um modo revolucionário de pensamento e ação, antirracionalista e compartilhavam a preocupação pela provocação, ainda que o Surrealismo teria um espírito mais positivo. Em 1924 André Breton publicou o primeiro manifesto surrealista, que defendia o automatismo psíquico como meio de expressão do pensamento. Surgiu como um movimento literário e logo depois surgem as primeiras pinturas.
  • 100. O Surrealismo trata de plasmar o mundo pelo onírico, mágico e absurdo, algo que salvo em determinados casos estavam excluídos da pintura. Agora os sonhos, com sua carga as vezes sexual e sempre inquietante, se tornam tão reais como o cotidiano: e a imaginação se converte no elemento primordial. O meio de expressão deste será coo havíamos mencionado mais acima do automatismo psíquico, assim a mão expressa de forma livre e sem a intervenção da razão o que existe no inconsciente.
  • 101. 1 – Imagens absurdas, exageradas, irreais, oníricas; 2 – Desenho acadêmico do automatismo psíquico; 3 – Acadêmico: atmosfera opressiva, colorido denso, uso do claro-escuro. 4 – Automatismo psíquico: linhas irregulares, figuras não identificáveis, manchas.
  • 102. Salvador Dali (1904 - 1989) , Salvador Domingo Felipe Jacinto Dalí i Domènech nasceu na cidade espanhola de Figueres (Catalunha). Foi um dos mais importantes artistas plásticos (pintor e escultor) surrealistas da Espanha. Foi um autêntico showman, e seu rosto moreno, com os olhos espantados e os longos bigodes levantados nas pontas, tornou-se uma espécie de ícone da irreverente arte de vanguarda do século XX. A partir de 1927 aproximou-se cada vez mais do Surrealismo, tendo desenvolvido um método a que chamou "crítico-paranóico", que envolvia várias formas subjetivas de associações de idéias e imagens. Dedicou-se a várias atividades profissionais, mas destacou-se, sem dúvida, como pintor, tendo deixado algumas obras que já se incorporaram ao imaginário da cultura ocidental, como, por exemplo, a pequena tela intitulada A persistência da memória.
  • 103. Salvador Dali: Bebé mapa mundi, 1910; óleo sobre tela, 2,60 x 3,90m. Lenigrado, Museu Ermitage
  • 104. Salvador Dali: Sonho de Cristóvão Colombo ou A Descoberta da América por Cristóvão Colombo, 1958/1959; óleo sobre tela, 410x284cm. Exposto no The Salvador Dalí Museum, em St. Petersburg
  • 105. Marx Ernst (1891 - 1976) , Pintor alemão, gravurista e escultor, naturalizado norte-americano em 1948 e França em 1958. Ele era um dos principais contribuintes para a teoria ea prática do surrealismo. Seu trabalho desafiou e interrompeu o que ele considerava ser aspectos repressivos da cultura europeia, em particular, a doutrina cristã, a moral convencional e os códigos estéticos da arte acadêmica ocidental. Até meados da década de 1920, ele era pouco conhecido fora de um pequeno círculo de artistas e escritores em Colônia e Paris, mas ele tornou-se cada vez mais bem-sucedida do c. 1.928 em diante. Depois de 1945, ele era respeitado e honrado como representante sobrevivente de uma geração "heróico" de artistas de vanguarda.
  • 106. Max Ernst: Long Live Love, 1923; óleo sobre tela. Saint Louis Art Museum, St. Louis, MO, USA
  • 107. Max Ernst: Long Live Love, 1934; ilustração colagem, 18 x 13 cm. Staatsgalerie, Stuttgart, Germany
  • 108. Max Ernst: Marx Ernst & André Breton - La femme 100 têtes, 1929; ilustração colagem /Novela .
  • 109. Joan Miro (1893 - 1983) , Cursou a Escola de Belas Artes de sua cidade e a Academia de Gali. Em 1919, visitou Paris, onde foi contagiado por aspectos dos movimentos estéticos fovista e dadaísta. No início dos anos 20, conheceu Breton e outros artistas surrealistas. A pintura O Carnaval de Arlequim , 1924-25, inaugurou uma linguagem cujos símbolos remetem a uma fantasia inocente, sem as profundezas das questões surrealistas. Participou da primeira exposição surrealista em 1925. Em 1928, viajou para a Holanda, tendo pintado a tela Interiores Holandeses . Em 1937, trabalhou em pinturas-mural. Mais tarde, em 1944, iniciou-se em cerâmica e escultura. Três anos depois, viajou pela primeira vez aos Estados Unidos. No anos seguintes, trabalhou entre Paris e Barcelona. No final de sua vida reduziu os elementos de sua linguagem artística a pontos, linhas, alguns símbolos e reduziu a cor, passando a usar basicamente o branco e o preto.
  • 110. Joan Miro: Maternidade, 1924; óleo sobre tela, 92 x 73 cm. National Galleries of Scotland
  • 111. Joan Miro: O pássaro bonito Revelando o desconhecido a um par de amantes (da série Constellation), 1941; óleo sobre tela. Museum of Modern Art, New York, USA