O documento discute a arte moderna, mencionando o surgimento do movimento no século XVIII e focando nos acontecimentos dos séculos XIX e XX. A fotografia teve um papel importante nas transformações da arte nesse período. Vários movimentos artísticos são descritos, incluindo o impressionismo e suas principais características e artistas, como Manet, Monet e Seurat. O documento também aborda a arte no Brasil e estilos como o art nouveau.
2. O surgimento do Modernismo
pode ser localizado no final do século
XVIII, não havendo ainda um consenso
quanto a essa data.
Por questões didáticas e
metodológicas nos deteremos aos
acontecimentos e ao surgimento dos
movimentos que ocrreram no final do
século XIX e continuaram no século XX.
3. O desenvolvimento industrial, técnico
e tecnológico transformaram não só o
mundo mais a própria História da Arte. E
um dos principais causadores dessas
transformações foi a invenção da fotografia
em 1839.
4. “Com a difusão da fotografia, muitos
serviços sociais passaram do pintor para o
fotógrafo (retratos, vistas de cidades e de
campos, reportagens, ilustrações, etc.) A
crise atinge sobretudo os pintores de
oficício, mas desloca a pintura, como arte,
para o nível de uma atividade de elite.”
ARGAN 1992
5. Os diversos movimentos artísticos
que sucederam o impressionismo são
subdivisões da Arte Moderna. A rigor
esses movimentos não chegam a
constituir escolas sendo antes grupos
de artistas com ideias afins e sem
dúvidas com notáveis representantes.
6. Essas correntes artísticas se
propõem “a interpretar, apoiar e
acompanhar o esforço progressista,
econômico-tecnológico, da civilização
industrial.” ARGAN, 1992
7. Características comuns às tendências Modernistas:
1) A deliberação de fazer uma arte em conformidade com sua
época e a renúncia à invocação de modelos clássicos, tanto
na temática como no estilo;
2) O desejo de diminuir a distância entre as artes “maiores” e
as “aplicações” aos diversos campos da produção
econômica;
3) A busca de uma funcionalidade decorativa;
4) A aspiração de um estilo ou linguagem internacional ou
europeia;
5) O esforço em interpretar a espiritualidade que se dizia (com
um pouco de ingenuidade e um pouco de hipocrisia) inspirar
e redimir o industrialismo. Por isso, mesclam-se nas
correntes modernistas, muitas vezes de maneira confusa,
motivos materialistas e espiritualistas, técnico-científicos e
alegórico-poéticos, humanitários e social. ARGAN, 1992.
9. O movimento impressionista
rompeu com a tradição artística do
classicismo e do romantismo, abrindo
caminho para o desenvolvimento da
pesquisa artística moderna, formou-se
em Paris entre 1860 e 1870. realizando
sua primeira exposição em 1874 no
estúdio do fotógrafo Nadar. Eles se
intitulavam de artistas
“independentes”.
11. Édouard Manet (Paris, 23 de janeiro de
1832 — Paris, 30 de abril de 1883) foi um
pintor e artista gráfico francês e uma das
figuras mais importantes da arte do século
XIX.
Manet é considerado um dos fundadores
da arte moderna. Suas principais obras
são: Almoço na relva ou Almoço no
Campo, Olímpia, A sacada, O tocador de
pífaro e A execução de Maximiliano.
Foi criticado não apenas pelos temas, mas
também por sua técnica, que escapava às
convenções acadêmicas. Frequentemente
inspirado pelos mestres clássicos e em
particular pelos espanhóis do Século de
Ouro, Manet influenciou, entretanto,
certos precursores do impressionismo, em
virtude da pureza de sua abordagem.
12. Édouard Manet: Le déjeuner sur l’herbe (1863); óleo s/ tela. 2,08 x 2,4m. Paris, Museé
d’Orsay
14. Oscar-Claude Monet (Paris, 14 de
novembro de 1840 — Giverny, 5 de
dezembro de 1926) foi um pintor francês e
o mais célebre entre os pintores
impressionistas.
O termo impressionismo surgiu devido a
um dos primeiros quadros de Monet,
"Impressão, nascer do sol", quando de
uma crítica feita ao quadro pelo pintor e
escritor Louis Leroy: "Impressão, nascer do
Sol” – eu bem o sabia! Pensava eu,
justamente, se estou impressionado é
porque há lá uma impressão. E que
liberdade, que suavidade de pincel! Um
papel de parede é mais elaborado que
esta cena marinha..2 A expressão foi usada
originalmente de forma pejorativa, mas
Monet e seus colegas adotaram o título,
sabendo da revolução que estavam
iniciando na pintura.
16. Claude Monet: Le bassin aux nymphéas (1919); óleo s/ tela. 100,4 × 201 cm. Paris,
Museu Marmottan Monet
17. Georges-Pierre Seurat (1859-1891)
foi um pintor francês e pioneiro do
movimento pontilhista, também chamado
divisionismo.
Em 1877, ingressou na Escola
Superior de Belas-Artes de Paris, onde
visitaria frequentemente o Museu do Louvre,
desde Jean-Auguste-Dominique Ingres e
sofreria fortes influências de Rembrandt;
Francisco Goya e de Puvis de Chavannes.
Seus estudos seriam interrompidos por um
ano por motivos de serviço militar na base de
Brest - uma cidade do oeste francês—onde
fez numerosos esboços de barcos, de praias e
do mar. De volta a Paris, em 1880, Seurat se
torna Mirrestro, inspirado pela obra de
Michel Eugène Chevreul: A lei do contraste
simultâneo das cores 1839.
A técnica do pontilhismo utilizada
por Seurat deu origem ao neo-impressionismo
e foi extensivamente
utilizada na arte do século XX. Pode-se dizer
que a teoria pontilhista foi precursora da
televisão e da imagem digital.
18. Georges Seurat: Paysage et personnages, 1884-1885, óleo sobre madeira, 15,7 x
26cm; Paris: Coleção Particular
19. Georges Seurat: Um domingo à tarde em La Grande Jatte - 1884-1886, Óleo sobre tela,
205,7 × 305,8 cm, Chicago: Art Institute
20. Impressionismo no Brasil
No Brasil, ecos do impressionismo podem ser encontrados nas
obras de Arthur Timótheo da Costa (1882 - 1922), Belmiro de
Almeida (1858 - 1935), Almeida Júnior (1850 - 1899),
Castagneto (1851 - 1900), Eliseu Visconti (1866 - 1944) e
Antônio Parreiras (1860 - 1937) Henrique Campos Cavelleiro
(1892-1975) Vicente do Rego Monteiro (1899 - 1970 ). entre
outros. O clareamento da paleta, a atenção aos efeitos
produzidos pelas diferentes atmosferas luminosas, a
incorporação de temas simples e afastados da eloqüência
acadêmica, o uso de pinceladas fragmentadas e descontínuas
são incorporados aos poucos pelos artistas brasileiros.
21. Eliseu D’Angelo Visconti Eliseu d'Angelo
Visconti (30 de julho de 1866, Giffoni Valle
Piana — 15 de outubro de 1944, Rio de
Janeiro) foi um pintor e designer ítalo-brasileiro
ativo entre os séculos XIX e XX. É
considerado um dos mais importantes
artistas brasileiros do período.
Nascido na Itália, Visconti veio para o
Brasil com menos de 1 ano de idade. Em
1892 foi à Europa, onde frequentou a
Escola de Belas Artes de Paris e o curso de
arte decorativa na Escola Ghérin. Voltou
para o Brasil em 1900 e passou a realizar
diversos trabalhos: ensinou pintura
histórica na Escola Nacional de Belas Artes,
criou imagens para selos postais e pintou o
pano de boca¹ do Teatro Municipal do Rio
de Janeiro.
25. Estilo artístico que se desenvolve entre 1890 e a Primeira
Guerra Mundial (1914-1918) na Europa e nos Estados Unidos,
espalhando-se para o resto do mundo, e que interessa mais de
perto às Artes Aplicadas: arquitetura, artes decorativas, design,
artes gráficas, mobiliário e outras. O termo tem origem na
galeria parisiense L'Art Nouveau, aberta em 1895 pelo
comerciante de arte e colecionador Siegfried Bing. O projeto de
redecoração da casa de Bing por arquitetos e designers
modernos é apresentado na Exposição Universal de Paris de
1900, Art Nouveau Bing, conferindo visibilidade e
reconhecimento internacional ao movimento. A designação
modern style, amplamente utilizada na França, reflete as raízes
inglesas do novo estilo ornamental.
26. O movimento social e estético inglês Arts and Crafts, liderado
por William Morris (1834 - 1896), está nas origens do art
nouveau ao atenuar as fronteiras entre belas-artes e
artesanato pela valorização dos ofícios e trabalhos manuais, e
pela recuperação do ideal de produção coletiva, segundo o
modelo das guildas medievais. O art nouveau dialoga mais
decididamente com a produção industrial em série. Os novos
materiais do mundo moderno são amplamente utilizados (o
ferro, o vidro e o cimento), assim como são valorizadas a lógica
e a racionalidade das ciências e da engenharia. Nesse sentido,
o estilo acompanha de perto os rastros da industrialização e o
fortalecimento da burguesia.
27. O art nouveau se insere no coração da sociedade moderna,
reagindo ao historicismo da Arte Acadêmica do século XIX e ao
sentimentalismo e expressões líricas dos românticos, e visa
adaptar-se à vida cotidiana, às mudanças sociais e ao ritmo
acelerado da vida moderna. Mas sua adesão à lógica industrial
e à sociedade de massas se dá pela subversão de certos
princípios básicos à produção em série, que tende aos
materiais industrializáveis e ao acabamento menos sofisticado.
A "arte nova" revaloriza a beleza, colocando-a ao alcance de
todos, pela articulação estreita entre arte e indústria.
A fonte de inspiração primeira dos artistas é a natureza, as
linhas sinuosas e assimétricas das flores e animais. O
movimento da linha assume o primeiro plano dos trabalhos,
ditando os contornos das formas e o sentido da construção.
28. Principais Características:
1- Temática naturalista (flores e animais);
2- Utilização de motivos icônicos e estilísticos, e até tipológicos,
derivados da arte japonesa;
3- Morfologia: arabescos lineares e cromáticos; preferência
pelos ritmos baseados na curva e suas variantes (espiral,
voluta, etc), e na cor, pelos tons frios, pálidos, transparentes,
assonantes, formados por zonas planas ou eivadas, irisadas,
esfumadas;
4 – Recusa da proporção e do equilíbrio simétrico, e a busca de
ritmos “musicais”, com acentuados desenvolvimentos na altura
ou largura e andamentos geralmente ondulados e sinuosos;
5- Propósito evidente e constante de comunicar por empatia
um sentido de agilidade, elasticidade, leveza, juventude e
otimismo. (ARGAN, 1992)
29. Jan Toorop (1858-1928), era um pintor
holandês impressionista, simbolista e
pintor art nouveau, ilustrador e designer
gráfico.
Artista holandês-Indonésia viveu 1.858-
1.928. Nascido na ilha de Java, mas
educado na Holanda, desenvolveu vários
estilos de pintura de arte ao longo de sua
carreira como pintor. é reconhecido como
um dos expoentes da pintura holandesa
no período Art Nouveau.
31. Gustav Klimt (1862 - 1918), Nascido em 14
de julho de 1862 em Baumgarten, perto
de Viena, Gustav Klimt é considerado um
dos maiores pintores decorativos do
século 20. De 1876 a 1883, ele participou
do Kunstgewerbeschule Viena (Escola
Superior de Artes Aplicadas), onde
estudou desenho e da pintura figurativa.
Seu irmão Ernst também matriculado na
escola em 1877. Em 1880, os irmãos de
Klimt, e seu colega Franz Matschhad tinha
formado uma equipe que chamaram de
"Sociedade dos Artistas, Klimt Irmãos e
Matsch". O grupo recebeu inúmeras
comissões pintando murais e tetos
interiores em edifícios públicos, incluindo
o Teatro Nacional, em Bucareste, e do
novo Burgtheater e Kunsthistorisches
Museum em Viena. Depois de completar
os afrescos Burgtheater Klimt foi premiado
com a Cruz de Ouro de Mérito austríaco
pelo imperador Francisco José, por sua
aquarela Vista do Interior do Antigo
Burgtheater.
32. Gustav Klimt: Water Serpents II, 1907. Óleo sore tela, 80 x 145cm; Viena: Coleção particular
33. Alphonse Maria Mucha (1860 – 1939), foi
um ilustrador e designer gráfico checo e
um dos principais expoentes do
movimento Art Nouveau. Entre seus
trabalhos mais conhecidos estão os
cartazes para os espetáculos de Sarah
Bernhardt realizados na França de 1894 a
1900 e uma série chamada Epopéia Eslava
entre 1912 e 1930.
36. O termo expressionismo tem sentido histórico preciso ao
designar uma tendência da arte europeia moderna, enraizada
em solo alemão, entre 1905 e 1914.
“O Expressionismo na verdade, é um fenômeno europeu com
dois centros distintos: o movimento francês dos fauves
(“feras”) e o movimento alemão Die Brücker (“a ponte”). Os
dois movimentos se formam quase simultaneamente em 1905
e desemboca respectivamente no Cubismo na França (1908) e
na corrente Der blaue Reiter (“o cavaleiro azul” na Alemanha
(1911).” ARGAN, 1992
“O Expressionismo se opõe como antítese do Impressionismo,
mas o pressupõe: ambos são movimentos realistas, que exigem
a dedicação total do artista à questão da realidade, mesmo que
o primeiro resolva no plano do conhecimento e o segundo no
plano da ação.” ARGAN, 1992.
37. A arte expressionista encontra suas fontes no romantismo alemão,
em sua problematica do isolamento do homem frente à natureza,
assim como na defesa de uma poética sensível à expressão do
irracional, dos impulsos e paixões individuais. Combina-se a essa
matriz, o pós-impressionismo de Vincent van Gogh (1853-1890) e
Paul Gauguin (1848-1903). Do primeiro, destacam-se a intensidade
com que cria objetos e cenas, assim como o registro da emoção
subjetiva em cores e linhas. Do segundo, um certo achatamento da
forma, obtido com o auxílio da suspensão das sombras, o uso de
grandes áreas de cor e atenção às culturas primitivas. O imaginário
monstruoso do pintor belga Jame Ensor (1860-1949), suas
máscaras e anjos decaídos, constitui outra referência importante.
Assim como uma releitura do simbolismo, pelas possibilidades que
abre à fantasia e ao universo onírico, embora os expressionistas
descartem uma visão transcendente do simbólico e certo
espiritualismo que rondam a linguagem simbolista. O pintor
norueguês Edvard Munch (1863-1944) é talvez a maior referência
do expressionismo alemão.
38. 1 – Traços espontâneos, sem se importar com “o belo”. Segue
sendo uma pintura figurativa, antinaturalista, com forte carga
simbólica, expresssiva, graças a agressividade. Defendem a
ideia de que o artista deve criar realidades e não imitá-las ;
2 – A cor é muito importante, agressiva, viva, planos e cores
violentamente contrastada;
3 – Linhas quebradas, desenho tosco a forma real é difusa;
4 – Exageração, distorção e supressão do acessório.
5 – Desinteresse pelo espaço, pelo volume, pelo detalhe e
pelo estudo da luz (não há fonte luminosa de nenhum tipo).
39. Edward Munch, pintor norueguês, foi um
dos precursores do expressionismo
alemão. Nasceu em Loten, em 12 de
dezembro de 1863, faleceu em 23 de
janeiro de 1944, na cidade de Ekely. Suas
obras são lembradas pelas angústias
existenciais e ameaças invisíveis.
studou na Escola de Artes e Ofícios de
Oslo, teve como influências artísticas as
obras de Courbet e Manet. Em suas obras
predominou os temas sociais. Começou a
pintar em 1880, iniciando em retratos e
quadros naturalistas, nessa época pintou
“Criança doente” de 1886.
No decorrer dos anos, perdeu grande
parte de sua família, a mãe faleceu
quando tinha cinco anos de idade, a irmã
mais velha aos quinze anos, a segunda
irmã morreu após seu casamento e a irmã
mais nova sofria de doença mental. O
próprio Edward Munch enfrentava
diversas doenças.
40. Alphose Mucha: O grito, 1893; óleo
sobre madeira, 83 x 66cm. Oslo, Munch
Museet
41. Heri Matisse (1869 – 1954) , foi um artista
francês, conhecido por seu uso da cor e
seu desenho fluido e original. Ele era um
desenhista , gravurista e escultor , mas é
conhecido principalmente como pintor.
Matisse é comumente considerado, junto
com Pablo Picasso e Marcel Duchamp ,
como um dos três artistas que ajudaram a
definir os desenvolvimentos
revolucionários no plástico artes nas
décadas iniciais do século XX, responsável
por uma evolução significativa na pintura e
na escultura. Embora fosse inicialmente
rotulado de fauvista (besta selvagem), na
década de 1920, ele foi cada vez mais
aclamado como um defensor da tradição
clássica na pintura francesa. Seu domínio
da linguagem expressiva da cor e do
desenho, exibido em um corpo de
trabalho ao longo de mais de meio século,
valeram-lhe o reconhecimento como uma
figura de liderança na arte moderna .
42. Heri Matisse: A dança, 1910; óleo sobre tela, 2,60 x 3,90m. Lenigrado, Museu Ermitage
43. Emil Nolde (1867 - 1956) , seu verdadeiro nome
Emil Hansen, foi um dos mais importantes pintores
expressionistas alemães.
Os seus quadros, tal como pretendia, chocavam o
espectador, devido à vivacidade das cores, que
contrastavam abusivamente umas com as outras, à
deformação dos rostos das personagens retratadas,
à distorção das perspectivas e ao excessivo uso de
tinta.
A sua viagem à Nova Guiné, entre 1913 e
1914 fez com todos este aspectos se avivassem
ainda mais nas suas obras. Sempre influenciado por
pintores como Vincent van Gogh, Edvard Munch ou
mesmo James Ensor, durante todo o seu percurso
artístico pouco mudou de estilo.
Em 1941, os nazistas, que imperavam na
Alemanha, proibiram Nolde de pintar, pois
consideravam que a sua pintura era mundana e
imoral, podendo incitar certas revoltas. Anos mais
tarde, depois com fim da da Segunda Guerra
Mundial e com a queda dos nazis, Emil Nolde voltou
a pintar, tendo realizado um número incontável de
aquarelas e pequenos óleos.
45. Expressionismo no Brasil
No Brasil o movimento foi muito importante. Observa-se,um
desejo expresso e intenso de pesquisar nossa realidade social,
espiritual e cultural.
Os principais artistas que apresentam características
expressionistas em suas criações são:
- Anita Malfatti
- Cândido Portinari
- Lazar Segal
- Oswaldo Goeldi
46. Anita Malfatti, "A Boba" -
1915/1916, Óleo s/ Tela
61.0 x 50.6 cm, São Paulo:
MAC USP
50. Movimento artístico que descreve uma revolucionária
linguagem pictórica, criado conjuntamente por Braque, Picasso
e Juan Gris entre o período de 1907 e 1914, que se desdobrou
em um movimento muito amplo que teve projeção
internacional. O Cubismo abandonou a ideia de um único
ponto de vista fixo, que havia dominado a pintura europeia ao
longo dos séculos. A pintura cubista utilizou a multiplicidade de
pontos de vista, de modo que distintos aspectos de um objeto
podiam representar-se simultaneamente na mesma imagem,
oferecendo a ideia acumulada do artista sobre o tema em lugar
da imitação de sua aparência em um momento determinado.
51. Seus precedentes imediatos estão na obra de Cézane com a
valorização do volume, da distorção espacial e da tendência a
geometrização das formas. Também é muito importante a
influência da arte africana e ibérica com suas formas angulosas
e simplificadas.
52. 1 - Abandona o ponto de fuga e a perspectiva;
2 - Múltiplos pontos de vista simultâneos;
3 – Fragmentação e transparência;
4 - Redução das formas a seus esqueletos
geométricos.
53. Georges Braque (1883 - 1963) , foi um pintor e
escultor francês que junto com Pablo Picasso
revolucionou a pintura fundando um dos
movimentos artísticos mais importantes de
todos os tempos: o Cubismo. Foi, também,
precursor do uso de colagens.
Filho e neto de pintores, foi criado em Le
Havre, tendo se mudado para Paris em 1901,
onde estudou na Academie Humbert. Sua
obras inicialmente eram impressionistas, mas
com a mudança para Paris e seus estudos seu
estilo estava mais próximo do fauvismo. Em
1908 conseguiu fazer sua primeira exposição
individual.
Em sua obra valorizou enormemente o ocre, o
marrom e o bege. Depois de 1910, Braque
deixa por algum tempo a pintura e trabalha
com “papiers collés”: papéis pintados, tecido,
manchetes de jornais, etiquetas, cartas de
baralho, embalagens de cigarro. Em suas mãos,
e depois nas de Picasso, surgiria a “collage”,
mais tarde tão utilizada pelos dadaístas e
surrealistas.
54. Geoges Braque: La guitare
(Mandora, La Mandore) 909-
1910, , óleo sobre tela, 71,1 x 55,9
cm, Londres: Tate Modern
55. Georges Braque, Nature morte
(Fruit Dish, Ás de Paus), 1913,
óleo, guache e carvão sobre tela,
81 x 60 cm, Paris: Centre Georges
Pompidou
57. Pablo Picasso (1881-1973) , artista espanhol,
destacou-se em diversas áreas das artes
plásticas: pintura, escultura, artes gráficas e
cerâmica. Picasso é considerado um dos mais
importantes artistas plásticos do século XX.
Suas obras podem ser divididas em
várias fases, de acordo com a valorização de
certas cores. A fase Azul (1901-1904) foi o
período onde predominou os tons de azul.
Nesta fase, o artista dá uma atenção toda
especial aos elementos marginalizados pela
sociedade. Na Fase Rosa (1905-1907),
predomina as cores rosa e vermelho, e suas
obras ganham uma conotação lírica. Recebe
influência do artista Cézanne e desenvolve o
estilo artístico conhecido como cubismo. O
marco inicial deste período é a obra Les
Demoiselles d'Avignon (1907) , cuja
característica principal é a decomposição da
realidade humana.
58. Pablo Picasso. Les Demoiselles d'Avignon, 1907, óleo sobre tela, 243.9 cm × 233.7 cm, Nova
Iorque: Museu de Arte Moderna.
59. Pablo Picasso. Girl with a
Mandolin, 1910, óleo sobre tela,
100,3 x 73,6 cm, Nova Iorque:
Museu de Arte Moderna.
60. Pablo Picasso. Guitarra, 1912,
pintura a óleo e colagem com
papelão, 77,5 x 35cm, Nova
Iorque: Museu de Arte Moderna.
61. Cubismo no Brasil
Somente após a Semana de Arte Moderna de 1922 o
movimento cubista ganhou terreno no Brasil. Mesmo assim,
não encontramos artistas com características exclusivamente
cubista em nosso país. Muitos pintores brasileiros foram
influenciados pelo movimento e apresentaram características
do cubismo em suas obras. Neste sentido, podemos citar os
seguintes artistas: Tarsila do Amaral, Anita Malfati, Victor
Brecheret e Di Cavalcante.
62. Di Cavalcanti, Mulher na varanda
– 100 x 81 cm
Di Cavalcanti, Gente do morro –
162 x 114 cm
65. O movimento Dada nasce como uma contestação de todos os
valores, a começar pela arte. Surge quase que
simultaneamente em Zurique (artistas e poetas: Arp, Tazra,
Ball) e nos Estados Unidos (os pintores Duchamp, Picabia e o
pintor-fotógrafo Man Ray) . O movimento se alastra
rapidamente como influência da crise cultural gerada pela
Primeira Guerra Mundial. Essa crise de valores é percebida até
mesmo em relação à arte; “esta deixa de ser um modo de
produzir valor, repudia qualquer lógica, é nonsense ("sem
sentido“), faz-se (se e quando se faz) segundo as leis do acaso.
Já não é uma operação técnica e linguística; ela pode se valer
de qualquer instrumento, retirar seus materiais seja de onde
for. De não produz valor; ela documenta um processo mental,
considerado estático por ser gratuito.” ARGAN, 1992
66. O próprio nome do movimento foi escolhido ao acaso abrindo-se
um dicionário. “As manifestações do grupo dadaísta são
deliberadamente desordenadas, desconcertantes,
escandalosas; a práxis é semelhante à do Futurismo e das
vanguardas em geral, mas no caso do Dadaísmo trata-se de
uma vanguarda negativa, por não pretender instaurar uma
nova relação, e assim demonstrar a impossibilidade e a
indensiderabilidade de qualquer relação entre arte e
sociedade.” ARGAN, 1992.
“Destacando o impulso e o ato estético inicial de toda a história
da arte, o Dadaísmo rejeita todas as experiências formais e
técnicas anteriores. Retornar ao ponto zero, todavia, não
significa voltar ao ponto de partida refazendo um percurso
histórico. Com suas intervenções inesperadas e aparentemente
gratuitas o Dadaísmo propõe uma ação perturbadora, com o
fito de colocar o sistema em crise, voltando contra a sociedade
seus próprios procedimentos ou utilizando de maneira absurda
as coisas a que ela atribuía valor.” ARGAN, 1992.
67. 1 – Apresenta em imagens o irônico, o absurdo e
desagradável;
2- Nega a lógica e a arte como protesto contra a
sociedade;
3 – Integra colagens, fotografias, assemblage, pintura
e ready made;
4 – Aproveita materiais não convencionais.
68. Marcel Duchamp (1887 – 1968), Artista francês,
nasceu em Blainville, França, irmão do pintor
Jacques Villon (Gastón Duchamp) e do escultor
Raymond Duchamp-Villon. Freqüentou em Paris a
Academie Julian, onde pinta quadros
impressionistas, segundo ele, "só para ver como eles
faziam isso".
Entre 1913-1915 elabora os "ready made", isto é,
objetos encontrados já prontos, às vezes
acrescentando detalhes, outras vezes atribuindo-lhes
títulos arbitrários. O caso mais célebre é o de
"Fonte", urinol de louça enviado a uma exposição
em Nova York e recusado pelo comitê de seleção. Os
títulos são sugestivos ou irônicos, como "Um ruído
secreto" ou "Farmácia". Esses "ready mades"
escondem, na verdade, uma crítica agressiva contra
a noção comum de obra de arte. Com os títulos
literários, Duchamp rebelou-se contra a "arte da
retina", cujos significados eram só, segundo ele,
impressões visuais. Duchamp declarou preferir ser
influenciado pelos escritores (Mallarmé, Laforgue,
Raymond Roussel) - e não pretendia criar objetos
belos ou interessantes. A crítica da obra de arte se
estendia à antítese bom gosto - mau gosto.
69. Marcel Duchamp: Fonte, 1917, replica 1964, mictório invertido, 60 cm de altura. New YorK:
Tate
70. Marcel Duchamp: Fotografia da instalação de fio de Duchamp para 'primeiros trabalhos do
surrealismo' (1942) Philadelphia Museum of Art, outubro de 1942, a instalação na exposição,
451 Madison Avenue, New York, Marcel Duchamp Archive, presente de Jacqueline, Peter e
Paul Matisse
71. Kurt Schwitters (1887 - 1948), foi um artista plástico,
poeta, pintor e escultor alemão, além de ter se
aventurado por outras artes. Conhecido do grande
público atualmente, principalmente, por suas colagens,
foi, no entanto, um multi-artista que inventou a arte de
instalações artísticas e precursor da chamada Nova
Tipografia. Suas inovações iriam, definitivamente,
conduzir muito da arte dos século XX e início do XXI e,
através de sua influência na Bauhaus, definir novos
rumos para o design publicitário. Em 1923 produziu o
seu primeiro grande trabalho de ocupação espacial, que
posteriormente chamou de "Merzbau" (Casa Merz),
considerada a primeira instalação artística, que ocupava
toda a residência do artista em Hannover. Consistia em
um apartamento com decoração nada convencional, tal
como malas com roupas presas através de arames na
parede. Em seus últimos anos, na Inglaterra, utiliza
revistas americanas, quadrinhos, anúncios publicitários
e obras de grandes mestres para composição de suas
pinturas, antecipando a Pop Art, embora tenha ainda
praticado a pintura no estilo mais "convencional",
demonstrando que jamais fora por "inabilidade" que
rompera com cânones da arte tradicional e que não era
o seu desejo "jogar no lixo" todo o legado histórico da
arte
75. Em sentido amplo, abstracionismo refere-se às formas
de arte não regidas pela figuração e pela imitação do mundo.
Em acepção específica, o termo liga-se às vanguardas
europeias das décadas de 1910 e 1920, que recusam a
representação ilusionista da natureza. A decomposição da
figura, a simplificação da forma, os novos usos da cor, o
descarte da perspectiva e das técnicas de modelagem e a
rejeição dos jogos convencionais de sombra e luz, aparecem
como traços recorrentes das diferentes orientações abrigadas
sob esse rótulo. Inúmeros movimentos e artistas aderem à
abstração, que se torna, a partir da década de 1930, um dos
eixos centrais da produção artística no século XX.
É possível notar duas vertentes a organizar a ampla
gama de direções assumidas pela arte abstrata. A primeira,
inclinada ao percurso da emoção, ao ritmo da cor e à expressão
de impulsos individuais, encontra suas matrizes no
expressionismo e no fauvismo. A segunda, mais afinada com os
76. fundamentos racionalistas das composições cubistas, o rigor
matemático e a depuração da forma, aparece descrita como
abstração geométrica. As vanguardas russas exemplificam as
duas vertentes: Wassili Kandinsky (1866-1944), representante
da primeira, é considerado pioneiro na realização de pinturas
não-figurativas com Primeira Aquarela Abstrata (1910) e a série
Improvisações (1909/1914). Seu movimento em direção à
abstração inspira-se na música e na defesa de uma orientação
espiritual da arte, apoiada na teosofia. Em torno de Kandinsky
e Franz Mac (1880-1916) organiza-se, na Alemanha, o Der
Blaue Reiter [O Cavaleiro Azul], 1911, grupo do qual participam
August Macke (1887-1914) e Paul Klee (1879-1940), e se
aproximam as pesquisas abstratas de Robert Delaunay (1885-
1941) e o simbolismo místico do checo radicado em Paris
Frantisek Kupka (1871-1957).
77. Kasimir Malevich (1878-1935) é um dos maiores expoentes da
arte abstrata geométrica. No bojo do suprematismo, 1915,
defende uma arte comprometida com a pesquisa metódica da
estrutura da imagem. A geometria suprematista se apresenta
nos célebres Quadrado Preto Suprematista (1914/1915) e
Quadrado Branco sobre Fundo Branco (1918). A obra de
Malevitch tem impacto sobre o construtivismo de Alexander
Rodchenko (1891-1956) - ver Negro sobre Negro (1918) - e o
realismo dos irmãos A. Pevsner (1886-1962) e N. Gabo (1890-
1977). O neoplasticismo de Piet Mondrian e Theo van
Doesburg indica outra tendência da abstração geométrica. O
movimento se organiza em torno da revista De Stijl [O Estilo],
1917, e tem o propósito de encontrar nova forma de expressão
plástica, liberta de sugestões representativas. As composições
se articulam com base em elementos mínimos: a linha reta, o
retângulo e as cores primárias - azul, vermelha e amarela -,
além da preta, branca e cinza. As idéias estéticas defendidas
78. em De Stijl reverberam nos grupos Cercle et Carré (1930) e
Abstraction-Création (1931), na França, e no Circle (1937), na
Inglaterra.
Depois da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), a Europa e os
Estados Unidos assistem a desdobramentos da pesquisa
abstrata. O tachismo europeu, também associado à abstração
lírica, apresenta-se como tentativa de superação da forma pela
ultrapassagem dos conteúdos realistas e dos formalismos
geométricos. Os trabalhos de Hans Hartung (1904) e Pierre
Soulages (1919) apóiam-se sobretudo no gesto, enquanto nas
obras de Jean Fautrier (1898-1964) e Jean Dubuffet (1901-
1985) - e nos trabalhos de Alberto Burri (1915-1995) e Antoni
Tàpies (1923-2012) - a pesquisa incide preferencialmente sobre
a matéria. Nos Estados Unidos, a abstração ganha força com o
expressionismo abstrato de Jackson Pollock (1912-1956) e
79. Willem de Kooning (1904-1997) - que descarta tanto a noção
de composição, cara à abstração geométrica, quanto a
abstração lírica -, as grandes extensões de cor não modulada
de Barnett Newman (1905-1970) e Mark Rotkho (1903-1970) e
a pintura com cores planas e contornos marcados de Ellsworth
Kelly (1923) e Kenneth Noland (1924). O minimalismo de
Donald Judd (1928), Ronald Bladen (1918-1988) e Tony Smith
(1912-1980) - tributário de uma vertente da arte abstrata
norte-americana que remonta a Ad Reinhardt (1913-1967),
Jasper Johns (1930) e Frank Stella (1936) - retoma as pesquisas
geométricas na contramão da exuberância romântica do
expressionismo abstrato.
80. Vasily Kandinsky (1866-1944) , foi um artista russo,
professor da Bauhaus e introdutor da abstração no
campo das artes visuais.
Na década de 1910 Kandinsky desenvolve seus
primeiros estudos não figurativos, fazendo com que
seja considerado o primeiro pintor ocidental a
produzir uma tela abstrata. Algumas das suas obras
desta época, como "murnau - Jardim 1" (1910) e
"Grüngasse em Murnau" (1909) mostram a
influência dos Verões que Kandinsky passava em
Murnau nessa época, notando-se um crescente
abstraccionismo nas suas paisagens. Outra
influência nas suas pinturas foi a música do
compositor Arnold Schönberg, com quem Kandinsky
manteve correspondência entre 1911 e 1914.
oi professor na Bauhaus uma das maiores e mais
importantes expressões do que é chamado
Modernismo no design e na arquitetura da
Alemanha sendo a primeira escola de design do
mundo até 1933 até que foi fechada pelos nazistas
e, seus quadros foram confiscados. Em 1939, fugiu
para a França, onde se naturalizou. Morreu em
Neuilly-sur-Seine, na França em 1944.
81. Vasily Kandinsky: Improvisações, 1909; óleo sobre tela, 1585 x 108 cm. Museu de Arte de
Nizhnii Novgorod Estado, Nizhnii Novgorod, Rússia
82. Vasily Kandinsky: Compensação
rosa, 1933; óleo e tempera sobre
tela, 96 x 106 cm. Musée des
Beaux Arts, Nantes, França
83. Vasily Kandinsky: Sem Título,
1933; tempera sobre papelão, 44
x 58 cm. Musée National d'Art
Moderne, Centre Georges
Pompidou, Paris, France
84. Kazimir Malevitch (1878-1935) , Pintor e projetista
russo. Reconhecido como um dos precursores da
arte abstrata geométrica. Kazimir Severinovich
Malevitch nasce em Kiev, na Ucrânia, e estuda
pintura na cidade. Segue o estilo pós-impressionista
no início da carreira, mas, por volta de 1912,
compõe imagens de camponeses em estilo
geométrico e pinturas de inspiração cubista, como O
Amolador de Facas (1912).
Inaugura em 1913 o movimento suprematista, que
leva a simplicidade para a arte geométrica. As
pinturas dessa fase só são mostradas em 1915, em
Moscou, onde produz confusão entre o público
sobre o que identificar como a parte de cima e a de
baixo de determinada figura.
Dedica-se ao ensino e à construção de modelos
tridimensionais, contribuindo com isso para o
surgimento do construtivismo. Em 1922 muda-se
para Leningrado, atual São Petersburgo. Vai a Berlim
em 1927 para acompanhar a exposição de suas
obras na escola Bauhaus.
87. Piet Mondrian (1872-1944) , Pintor holandês,
teórico e desenhista. Sua obra marca a transição
no início do século 20 a partir da escola de Haia e
simbolismo para o Neo-Impressionismo e
Cubismo . Sua posição de destaque dentro do
avant-garde internacional é determinado pelas
obras produzidas a partir de 1920. Ele expôs a
sua teoria no jornal da De Stijl , em uma série de
artigos que foram resumidas em um livreto
separado publicado em Paris em 1920, sob o
título Le Neo-plasticisme (ver Neo-plasticism )
por Léonce Rosenberg. A essência das idéias de
Mondrian é que a pintura, composto dos
aspectos mais fundamentais da linha e da cor,
devem dar o exemplo para as outras artes para
alcançar uma sociedade em que a arte, como tal,
não tem lugar, mas pertence ao invés da
realização total de "beleza '. A representação do
pulso universal, dinâmico da vida, também
expressa em jazz moderno e da metrópole, foi
ponto de partida de Mondrian. Ele foi capaz de
ganhar a vida com a venda de suas obras na
Holanda, Alemanha, Suíça, Inglaterra e EUA.
89. Piet Mondrian: Composição
em vermelho, azul e amarelo,
1937-1942, óleo sobre tela,
60,3 x 55,4 cm, New York:
MoMA
90. Piet Mondrian: Broadway
Boogie Woogie, 1942-1943,
óleo sobre tela, 127 cm x
127cm, New York: MoMA
91. Jackson Pollock (1912-1956) , foi um importante
pintor dos Estados Unidos da América e
referência no movimento do expressionismo
abstrato.
Começou seus estudos em Los Angeles e depois
mudou-se para Nova Iorque. Desenvolveu uma
técnica de pintura, criada por Max Ernst, o
'dripping' (gotejamento), na qual respingava a
tinta sobre suas imensas telas; os pingos
escorriam formando traços harmoniosos e
pareciam entrelaçar-se na superfície da tela. O
quadro Umé um exemplo dessa técnica. Pintava
com a tela colocada no chão para sentir-se
dentro do quadro. Pollock parte do zero, do
pingo de tinta que deixa cair na tela elabora uma
obra de arte. Além de deixar de lado o cavalete,
Pollock também não mais usa pincéis.
A arte de Pollock combinava a simplicidade com a
pintura pura e suas obras de maiores dimensões
possuem características monumentais. Com
Pollock, há o auge da pintura de ação (action
painting). Sua esfera da arte é o inconsciente:
seus signos são um prolongamento do seu
interior.
92. Jackson Pollock: Número 8, 1949 (detalhe)
1949 (280 Kb); Óleo, esmalte e tinta de alumínio sobre tela; Museu Neuberger, da
Universidade Estadual de Nova York
93. Jackson Pollock: Lavender Mist: Número 1, 1950; Óleo sobre tela, óleo, esmalte, e
alumínio sobre tela; 221 x 300 cm; National Gallery of Art, Washington, DC
94. Abstracionismo no Brasil
No Brasil, as obras de Manabu Mabe (1924-1997) e Tomie
Ohtake (1913) aproximam-se do abstracionismo lírico, que tem
adesão de Cicero Dias (1907-2003) e Antonio Bandeira (1922-
1967). Nos anos 80, observa-se uma apropriação tardia da obra
de Kooning na produção de Jorge Guinle (1947-1987). O pós-minimalismo,
por sua vez, ressoa em obras de Carlos Fajardo
(1941), José Resende (1945) e Ana Maria Tavares (1958). Em
termos de abstração geométrica, são mencionados os artistas
reunidos no movimento concreto de São Paulo (Grupo
Ruptura) e do Rio de Janeiro (Grupo Frente) e no
neoconcretismo.
95. Manabu Mabe (1924-1997), Pintor, gravador, ilustrador. De Kobe, Japão, emigra com a
família para o Brasil em 1934, para dedicar-se ao trabalho na lavoura de café no interior do
Estado de São Paulo. Interessado em pintura, começa a pesquisar, como autodidata, em
revistas japonesas e livros sobre arte.
No início de sua trajetória no campo da abstração, Manabu Mabe explora em suas obras o
empastamento, a textura e o traço e se revela um colorista de porte. Ao voltar-se para o
universo das formas caligráficas, percebe também as possibilidades de criar uma linguagem
lírica com a cor. Dessa forma, em meados da década de 1960, começa a aproximar-se
também de certos aspectos do tachismo. Os títulos de suas obras evocam emoções ou
fenômenos da natureza. A partir da década de 1970, cristaliza seus procedimentos
anteriores - que reaparecem estilizadamente em quase toda sua produção -, incorpora em
seus quadros figuras humanas e formas de animais, apenas insinuadas ou sugeridas, mas
que em geral são representadas em grandes dimensões.
99. Movimento artístico e literário que floresceu nos anos vinte e
trinta e se caracterizou pela fascinação pelo estranho, o
inconsciente e o irracional. Estava intimamente ligado ao
Dadaísmo, sua principal fonte de inspiração, e alguns artistas
pertenceram a ambos os movimentos. Os dois estavam
concebidos como um modo revolucionário de pensamento e
ação, antirracionalista e compartilhavam a preocupação pela
provocação, ainda que o Surrealismo teria um espírito mais
positivo.
Em 1924 André Breton publicou o primeiro manifesto
surrealista, que defendia o automatismo psíquico como meio
de expressão do pensamento.
Surgiu como um movimento literário e logo depois surgem as
primeiras pinturas.
100. O Surrealismo trata de plasmar o mundo pelo onírico, mágico e
absurdo, algo que salvo em determinados casos estavam
excluídos da pintura. Agora os sonhos, com sua carga as vezes
sexual e sempre inquietante, se tornam tão reais como o
cotidiano: e a imaginação se converte no elemento primordial.
O meio de expressão deste será coo havíamos mencionado
mais acima do automatismo psíquico, assim a mão expressa de
forma livre e sem a intervenção da razão o que existe no
inconsciente.
101. 1 – Imagens absurdas, exageradas, irreais, oníricas;
2 – Desenho acadêmico do automatismo psíquico;
3 – Acadêmico: atmosfera opressiva, colorido denso,
uso do claro-escuro.
4 – Automatismo psíquico: linhas irregulares, figuras
não identificáveis, manchas.
102. Salvador Dali (1904 - 1989) , Salvador
Domingo Felipe Jacinto Dalí i Domènech
nasceu na cidade espanhola de Figueres
(Catalunha). Foi um dos mais importantes
artistas plásticos (pintor e escultor)
surrealistas da Espanha.
Foi um autêntico showman, e seu rosto
moreno, com os olhos espantados e os longos
bigodes levantados nas pontas, tornou-se
uma espécie de ícone da irreverente arte de
vanguarda do século XX.
A partir de 1927 aproximou-se cada vez mais
do Surrealismo, tendo desenvolvido um
método a que chamou "crítico-paranóico",
que envolvia várias formas subjetivas de
associações de idéias e imagens.
Dedicou-se a várias atividades profissionais,
mas destacou-se, sem dúvida, como pintor,
tendo deixado algumas obras que já se
incorporaram ao imaginário da cultura
ocidental, como, por exemplo, a pequena tela
intitulada A persistência da memória.
103. Salvador Dali: Bebé mapa mundi,
1910; óleo sobre tela, 2,60 x 3,90m.
Lenigrado, Museu Ermitage
104. Salvador Dali: Sonho de Cristóvão
Colombo ou A Descoberta da
América por Cristóvão Colombo,
1958/1959; óleo sobre tela,
410x284cm. Exposto no The
Salvador Dalí Museum, em St.
Petersburg
105. Marx Ernst (1891 - 1976) , Pintor alemão,
gravurista e escultor, naturalizado norte-americano
em 1948 e França em 1958. Ele era
um dos principais contribuintes para a teoria ea
prática do surrealismo. Seu trabalho desafiou e
interrompeu o que ele considerava ser aspectos
repressivos da cultura europeia, em particular, a
doutrina cristã, a moral convencional e os
códigos estéticos da arte acadêmica ocidental.
Até meados da década de 1920, ele era pouco
conhecido fora de um pequeno círculo de
artistas e escritores em Colônia e Paris, mas ele
tornou-se cada vez mais bem-sucedida do c.
1.928 em diante. Depois de 1945, ele era
respeitado e honrado como representante
sobrevivente de uma geração "heróico" de
artistas de vanguarda.
106. Max Ernst: Long Live Love, 1923;
óleo sobre tela. Saint Louis Art
Museum, St. Louis, MO, USA
107. Max Ernst: Long Live Love, 1934;
ilustração colagem, 18 x 13 cm.
Staatsgalerie, Stuttgart, Germany
108. Max Ernst: Marx Ernst & André Breton - La femme 100 têtes,
1929; ilustração colagem /Novela .
109. Joan Miro (1893 - 1983) , Cursou a Escola de
Belas Artes de sua cidade e a Academia de Gali.
Em 1919, visitou Paris, onde foi contagiado por
aspectos dos movimentos estéticos fovista e
dadaísta. No início dos anos 20, conheceu
Breton e outros artistas surrealistas. A pintura O
Carnaval de Arlequim , 1924-25, inaugurou uma
linguagem cujos símbolos remetem a uma
fantasia inocente, sem as profundezas das
questões surrealistas. Participou da primeira
exposição surrealista em 1925. Em 1928, viajou
para a Holanda, tendo pintado a tela Interiores
Holandeses . Em 1937, trabalhou em pinturas-mural.
Mais tarde, em 1944, iniciou-se em
cerâmica e escultura. Três anos depois, viajou
pela primeira vez aos Estados Unidos. No anos
seguintes, trabalhou entre Paris e Barcelona.
No final de sua vida reduziu os
elementos de sua linguagem artística a pontos,
linhas, alguns símbolos e reduziu a cor, passando
a usar basicamente o branco e o preto.
111. Joan Miro: O pássaro bonito
Revelando o desconhecido a
um par de amantes (da série
Constellation), 1941; óleo sobre
tela. Museum of Modern Art,
New York, USA