O documento descreve a colonização inicial do Espírito Santo pelos portugueses em 1535, liderados por Vasco Fernandes Coutinho. Detalha os primeiros assentamentos em Vila Velha e os ataques dos indígenas. Também menciona a fundação da cidade de Vitória e o comércio de farinha de mandioca de São Mateus com outras regiões do Brasil.
2. Chegada de vasco Fernandes Coutinho
• Vila Velha
•
Colonização do Solo Espírito Santense
Para muitos capixabas 23 de maio é apenas mais um dia de folga, mas a data vai
mais além de um dia fora do trabalho. A data vem de 23 de maio de 1535 quando os
portugueses, a bordo da caravela Glória, desembarcaram na Prainha, em Vila Velha,
com a missão de colonizar a então Capitania do Espírito Santo.
Breve Histórico
Em 1534, o Rei de Portugal, Dom João III, decidiu dividir o Brasil em 15 Capitanias
Hereditárias, assim chamadas porque seriam pedaços de terras governados por
capitães-mores e que passariam de pai para filho. A decisão procedeu da dificuldade
de administrar o país e principalmente, pelos contrabandistas que roubavam o pau-brasil.
Assim, em 1º de junho deste mesmo ano, o fidalgo Vasco Fernandes Coutinho
recebeu por Carta de Doação e Carta Foral a Capitania do Espírito Santo. Após
vender os seus bens, o donatário embarcou na caravela Glória, juntamente com outros
colonizadores portugueses, no intuito de governar a capitania. "Eles não eram tão nobres.
Eram fidalgos portugueses, mas nada de tão poderoso.
Como, no Brasil estavam sendo distribuídas as sesmarias, a do Espírito Santo coube
ao Vasco Fernandes Coutinho. Ele chega em 1535, a bordo da caravela Glória,
e desembarca aos pés do Monte Moreno".
3.
4. A administração de Coutinho
• O estabelecimento da capitania
• Com o estabelecimento, pela Coroa Portuguesa do sistema de Capitanias Hereditárias para a colonização do Brasil
(1534), o seu atual território estava compreendido no lote que se estendia da foz do rio Mucuri à do rio
Itapemirim (aproximadamente), doada aVasco Fernandes Coutinho em 1 de junho de 1534.
• O seu donatário, acompanhado de sessenta degredados, desembarcou da nau Glória, numa pequena enseada nas
faldas do morro da Penha, a 23 de maio de 1535, um domingo de Pentecostes, razão pela qual o donatário
resolveu batizar o seu lote com o nome de Capitania do Espírito Santo.
• O desembarque, na praia de Piratininga, fez-se penosamente, sob as flechas dos Goitacás, havendo necessidade
do troar das duas peças de artilharia da embarcação, para que os indígenas debandassem, permitindo a posse da
terra pelo donatário. Ali mesmo decidiu-se erguer a povoação que mais tarde seria conhecida como Vila
Velha, principiando-se as primeiras habitações, uma ermida - sob a invocação de São João, em homenagem ao
soberano -, e uma fortificação (Fortim do Espírito Santo). Os indígenas denominaram esta primitiva vila do Espírito
Santo como "Mboab", (ave com os pés emplumados; 'pintos calçudos'),palavra em tupi que fazia uma menção aos
pés calçados dos portugueses. O termo, aportuguesado para "emboaba", virou sinônimo pejorativo de forasteiro.
Distribuídas as sesmarias, a D. Jorge de Menezes o donatário entregou a ilha junto à barra (atual ilha do Boi); a
Valentim Nunes coube a atual ilha dos Frades e, a 15 de julho de 1537, doou a Duarte de Lemos a então ilha de
Santo Antonio (atual ilha de Vitória), em que se instalara na sua parte alta, fazendo construir, na fazenda, ao lado
da residência, uma igreja em honra a Santa Luzia.
• Por essa época, os colonizadores sentiam-se mais desafogados do gentio. A falta, porém, de colonos para dar
desenvolvimento aos trabalhos iniciados obrigou o donatário a ir à Metrópole.
5. Ataques indígenas
• Belchior Azeredo assumiu as funções de Capitão-mor
de 1561 a 1564, com todos os poderes e jurisdições
atribuídas anteriormente a Vasco Fernandes Coutinho.
Posteriormente, Azeredo participou da expulsão
dos invasores franceses da baía de Guanabara, no comando
de uma das naus da esquadra de Cristóvão de
Barros, sendo recompensado com a doação de uma
vasta sesmaria, onde se fixou com seus familiares.
• Vítima de ataques esporádicos de ingleses e
de franceses, foi atacada pelo corsário inglês Thomas
Cavendish em 8 de fevereiro de1592, ocasião em que foi
derrotado com a perda de oitenta homens de sua
tripulação.Não apenas na invasão, mas também foi
derrotado por índios ( homens da terra ).
6.
7. Fundação da ilha de vitoria
• A fundação do Espírito Santo (e de Vitória) começa 34 anos depois
de o Brasil ter sido descoberto, em 1500. O então Rei de Portugal,
D. João III, dividiu as terras do Brasil em capitanias hereditárias,
cabendo a capitania do Espírito Santo ao fidalgo Vasco Fernandes
Coutinho, que tomou posse em 23 de maio de 1535, instalando-se
no sopé do morro da Penha, em Vila Velha.
• Explorando a região, os portugueses buscaram um local mais
seguro para se guardarem dos ataques dos índios e de estrangeiros
(holandeses e franceses). Eles seguiram, então, pela baía de Vitória
e, contornando a ilha, aportaram em Santo Antônio.
• Nos 300 anos iniciais de sua história, Vitória foi uma vila-porto,
tendo enfrentado franceses e ingleses atrás de açúcar e de pau-
brasil.
8. A serra das esmeraldas
• No governo do novo donatário, o comércio e a lavoura se desenvolveram, mas foi totalmente
frustrado o motivo principal da compra da capitania: o descobrimento das "pedras verdes" —
as esmeraldas. Essa busca começara por iniciativa do governo-geral. As expedições
iniciais, denominadas por alguns historiadores "ciclo espírito-santense", incluem-se na categoria
das entradas.[9] Na verdade, o ciclo limitou-se a poucas expedições relevantes, cuja importância
está menos nos resultados obtidos, do que na dinamização do interesse pela área e em um
maior conhecimento do interior. Entre as mais destacadas, contam-se as de Diogo Martins Cão
(1596), Marcos de Azeredo (1611) e Agostinho Barbalho de Bezerra (1664), que vasculharam as
imediações do rio Doce. Francisco Gil de Araújo fundou a vila de Nossa Senhora de Guarapari e
construiu os fortes do Monte do Carmo e de São Francisco Xavier; o de São João, encontrado em
ruínas, foi reconstruído.[9]
• Gil de Araújo promoveu 14 entradas através do rio Doce, dirigidas à serra das Esmeraldas, as
quais podem ter travado contato com os paulistas de Fernão Dias Pais. Da grande atividade e do
vultoso emprego de capital realizados por Francisco Gil não tesourou qualquer descoberta
metalífera, embora se tenham produzido alguns frutos na valorização das terras, pelo
estabelecimento de povoadores e criação de novos engenhos.[9] Os lucros, de qualquer
modo, não compensaram o investimento feito. Seu filho e herdeiro, talvez por esse
motivo, preferiu conservar-se ausente do senhorio e, por morte deste, a capitania tornou-se
devoluta, sendo vendida à coroa por Cosme Rolim de Moura, primo do último donatário. Em
conseqüência, ficou o Espírito Santo submetido à jurisdição da Bahia, e seu governo sempre a
cargo de displicentes capitães-mores.[9]
9. O comercio de farinha com o norte
• São Mateus o estado do desenvolvimento da mandioca
a mandioca começou a ser produzida de forma
acelerada a produção de farinha de mandioca deu tao
certo que ela se tornou famosa em todo o brasil
passando a ser vendida para todas as regiões com a
melhor e a mais saborosa farinha brasileira os navios
chegavam carregados de produtos trazido de outras
regiões do Brasil e de outros paises e partiam com os
porões carregados de farinha de mandioca a farinha de
mandioca de são Mateus foi muito usada na região de
minas gerais no rio de janeiro salvador e ate
exportadas para outros países do mundo
10. O papel de são Mateus
• As pesquisas mais atuais, ao lidar com contextos regionais específicos, apresentam
• nuanças diferenciadas para as diversas situações envolvendo os imigrantes portugueses na
• epopéia da colonização brasileira. Nesta perspectiva, no decorrer deste texto, procurar-se-á
• desvendar os meandros deste processo no evolver da ocupação territorial de São Mateus-ES,
• abarcando desde a fase inicial da capitania até os fins do século XIX, período que
compreende
• uma “longa duração”, mas na qual daremos destaque a certos momentos representativos da
• história de São Mateus, a saber: a criação oficial da Vila em 1764 (no contexto das reformas
• pombalinas) e os meados do século XIX (marcado pela turbulenta conjuntura advinda da
• proibição do tráfico externo de escravos africanos para o Brasil e a concomitante decretação
• da Lei de Terras, ambas no ano de 1850).
• Ressaltamos que o interesse pela abordagem do tema se relaciona à pesquisa realizada
• recentemente, na qual procuramos investigar a história agrária de São Mateus nos
oitocentos,