Este documento comemora o 50o aniversário da travessia aérea entre Portugal e Brasil realizada por Gago Coutinho e Sacadura Cabral. A viagem foi um grande feito para a época, quando a aviação e a técnica eram menos avançadas. Apesar de muitos acharem improvável, a dedicação e esforço dos dois homens tornaram a viagem um sucesso.
2. NOTA DE ABERTURA
PELO EXMO COMANDANTE
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TEN. COR. MAGALHAES
Ao cortlBrn,:yr.2,:r-se G 1 º AnI ve r aár I o da. ch,::::-;ad;J,do nosso Bat a Lhão a AngQ
Ao corpo redactorial e a todos os colaboradores, desejo expressar o
meu reconhecimento e faço votos para que com o mesmo entusiasmo posto na
,
9ublicaç~o ieste primeiro numero t continuidade, de forma a
que o nosso jornal contribua parãestreitar laços de camaradagem e ~Diza-
de.
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L~a(! e sem emo çao , que a t cavé s desta NC'I'á:Q..S .ll!if;R.'l'UR4f me oi:rijo a 2.
dos os comçonerrte s do Ba t a.Lbão , tã0 d i.s t an t o s {;eogrà.ficamen~e; fü3JS aemp r e
presentes no meu espírito.
Helem'brar tudo o ·}1).0 foi 10 i t o.:lm,.ntc s Gs;,criflGios quanta devoção,
,
quanto esforço dispendido, quantó entusiasmo l)~ra defesa e progresso des-
ta nossa Província, todos t~m sabido dar no cumprimento da sagrada misslo
de soberania com oe olhos postos na Pátria!
SaJdo, atra~~s deste jornalt todos os militares do Batalhão, bem co-
mo. os no sac s vcama radac de outras armas e .ramo s d.a s Po r-ça s Armadas, irrnan.ê:,
dos na mesma luta e na me sma missão, desde :).UIAGEà J1UIANAo'
Torno extensivas as minhas sA.ud;:;,ções a todos aC},1.1eles que por laços
de sangue estã.o ligados a esta Grande família militar o
Àqueles que tombaram no campo da hon.ea, o ma s proftimdo í raspei to e
saudade.
Estão e e s t a.rão no espírj.to todos
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d.e Serviço, os
c abo At ••• 1'·Jatl.uel An+ón i,o Bolinhas bernar-
do
Joáo Diogo 1<'erreirinho
lº cabo X.A.R •....•.••.. C,,:n<Los AlbeX'to P.i.nto Rodrigu$i3
P:cal1Ci.sco I?er:ceiJ:a da Si1 va
.Joaqui:n L;screvente Fe Lí c Lo
).0 cabo .tij. Eni'. - J'oaqu.írc de Soua a Oliveira
Oriando de SOl1sa Carvalho
Ant ôn í.o .f.ja.:dins RaJl1e.lho
So Lô.ado Ii.ec li In.f. )l João de Oliveira dos Santos Ho-
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Soldade sapo
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So1do.do Sêi.p ~ .······
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.•..• Urbano Alvas da Rocha
Soldad.o =3ásico!!~.t;~Q •• ".~ Fernando Pereira da Iria
Fur.Mil.lnfl-Op.Esp .•.•.• ,Tezé Custódio Cestinha éte So!).sa
tinho 68 Oliveira Duaz t e
fJolda.do kt. Afomw Lourenço Pedrosa
José l'(<"::.ria Pd ne La
6. Meio Século passado sobre o feito
glorioso de GAGO COlJTINHO
ti
e SACADURA CABPAL
PORTUGAL E BRASIL
MAIS UNIDOS AINDA
----- ---
Para as g-eraç.ões ao t ua í,s ha1'i +uadas aos grandes fei tos da ar:: te~nológica
é-lhes difícil fazer uma LdeLa ,lo entusiasmo que se deve ter viv.i.é) há cinquen
ta anos atrás, quando da cozisumação t1mn dOCl maiores feH:os do nos s o século. R~
a Imerrte , numa época: em que 8.8 ,;om1.m~Lüa.9()$S não e r am tão a.pe:t'ff~iço<i tas e em que
a técn.ica na av.í.ação ez-a 'bas.l;,::,n'te radi.montar, f) have n dois homens qae iriam te!!.
tal." uma trav(,w$ia, que à prime íza v.í.et.a seria urna, averrtur-açnão abc lava muito a
seu favor. Para muitos seria: a'té u·"'!j:Jf;0 de :,,'!:'obabilidades, em '11: ~ a consuma-
ção seria irrealizi:Ível. EsquecIam-se; no ent arrto ~ que haví.a a vont ade e a eor.§.
gem de dois homens que tinham ~ambém estudado pro:funcl<.uiiente B tj liam perdido
horas e horas a discutir os se:.l;--;;iP!nfimm~ pormenores, que Gagc Coutinho iQ
ventara um novo sistema de. navega ;ão aérea e que a viagem fora ar. :;ecedida, em
1921, de um voo à Nadeira, para. expez-í.merrta r o rigor do método.
O frágil aví.ão de tela não contav1. em s í., mas o conjunto ext:r. wrdinário CCIlJ
um dos melhores pilotos e um c í.ezrb í.s üa extraordinário. Contava ele tal maneira
que a travessia. foi uma realià.àde consumada ac :;rincípio d.a tarde lo dia 17 de
J'unho de 1922. 'l'inha-se aberto mais uma página gloriosa na já lortél t História da
Humanidade.
Corno há séculos atrás, os meios· eram diferentes mas o esp!r5tc era o mesmo
e havia uma idêntica vontade de vencer. Uma vez mais, Pcrtl.lgaJ ;:to:!; La.novos ru ...
mos ao Hundo.
Pelo Fun, 'lil. Tavares
• •
7. 6
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E O CEU TAMBÉM' For
PORTUGUÊS
, , •
';"":.
NO :DIÁLOGO II<3NSO DOS Y"i.;..'lTTOS fi DA N1Jv'"Eh ...
no O,lJSid)O rovo !
o ;:A,~ tn: 1;IA
'l'OEFOU r:AR PORTUGUftlS
PAP,A G A1JC,AirçAR,.:,;,
"'.-'
,;.::,:·,[;:,r)~15P.$~:jüUJ~j-SE OS.;'PÊRIGOif;E os VSH~0)".
~T~
B o FRitG lIJ VELEIRO DO .AR
.DAS 1>8LS nA C2UZ DE CIlISTO
POR lTI1ÊS 'i1;Z-i~S NESSA Av"EN'1. URA, i
por;, í~'RnS V~~~ZE:S
!ifESSE ARDOR,
.i.:.
GRANDIOSA A LUZ INSPIRÀnORA
DESSA TERRA IRHÃ
. DE SAI'fI'A CRUZ ALC,A;.f-{ÇADA
QUE usru 1)OIS POYOS DA NESI1A FALA
NUl'-! ABRAÇO ]?zWLONGADO E BELO
EH CALOR E BI,l ÀJ.'10R
NA NUNCA DESr'1.BlITIDA GL6RIA
SE o HAR UJ:.I DIA
SE TORNOU Hi.R PORTUGuts,
o csn Tjij,rnf';J': o SERIA !
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Pelo l'lajot' jfUlíO DE BrVA?
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ttJ.7.I~) frat~~CYlid.~ld.E~ r-ac í.a L, t~lôrl,~. da Human.í dude ft
'lersalidade do po.l"tu.é·u.esinbo~~. ~ l'I8n~:'ltr.l pr.nlo. ~10 l"~u::ld{),n~élho!.." do que nós s abe eí~e~ j
tiva.merlte mat ez I a Lí aar- es s a l){)lit.1.c~ .mu.lti~raci.Etl qus (lés v.í.mos aprag'oa.ndc ao
~" ..-///---
II ,-
·.L·c;
li tarcs se transformav-::.m em cé LuLas c v.í.Liz.ado.eas t '0:r:ig6:0 muí.t as vezes í, de povoa-
çõe s (coma exerap Los deste tipo p od=m ser ap-resent2 ... , entre
dac out cae , as ac t u
a.í s p cvoaç õe a de PAIVf •. GOUCEIll0., na .d.UILA, 8: DIFtICO e t(:tGUSS(l, no Zlf)S~O (listri -
to) . Ao lermos as pá~rin.as .=8: traord i:nárias ela rH~)::Js a :'listó:eia que nar-r-em aLgumas
doas carcpanhas •
do Sul de ANGOLA(1907 ,.."
a 19). t:, L temos
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o'-'ü:r.tunid aô.e de a todo o Lns
_
houve entre o Portugu~B e 02 aeua irmãos de raça preta.
:f.. JUj~IOE; nas
A s uas pá.e;· na;....:1arra.t1l-8ç; éJ.S aventl'lraS })~lssaàaB por uma co luna mll!
ta!' que de JANEIRO il S~.Yl~C:L!üO
de 191U se d e s Lo cou de ,"L~ DA 13113.0EIRA ao i'1UCUSSO.
S10 dele eatas palavrRs;
"Ne s s a oc as Lão ;o s oLdad o .~at;-(..:fet.:~que che gou a. e st e Posto, COIn a mala do
9. dos Boldados d~ posto de etapas de ria.fI s ac a., la. uns
Silva Nunes (b) não perdeu tempo a organizar uma f'oxç a mili'tar~colli 1 saI.'
gento e 12 soldados indígenas, todos morrtad os, e uma vi,atura ligeira com
víveres e munições e partiu no mesmo d:La.da. notícia, à noi'te.
••
Regressou ao Posto A no dia seguinte à tarde, trazendo presos o soba Ca-
xaxa ina viatura e 6 gentios aoor-r-e nt ados e, numa t:L:;)()ia improvisada con-
duz Lda por dois gentios,tam'bém presos, o corpo do soldado asz8,,!p'hlado.
o s oba continuou preso com homenagem no Porte e 02 8 gerrt í.os , aos quais
haviam sido +orsad aa as espinga.:r:das e p oI vor í.nhoe , I'or-a. en.ca.r;!~egad os de
trabalhos na granja i vista.
afr!colo, com sentinela O Alferes Madeira
recebeu o encargo de elaborar o respectivo processo e descobrir o assas
E:;ntendia Silva H1.).nes que quem devia julg'arwn cl'ime de morte fera (j 'rri-
banal da Comarea de si da Bandeira.
o soldado as aas s.í.nad o iii sopulti3.do no cemitério do Pos t o i. - fi.p:,,,,ü, de
encerrado em oaixio fabricado nas oficinas do posto - com as honras de
ir coberto com a Bandeira de Portugal e de tr~B descargas da respectiva
guardé de honz-a , Os oficiais. exeepto o Alferes
i-"'·
"~ , e sarger.rtos, t omar-am parte no f'une ral ,
Devido ao prestígiO que conquistara, Silva Runes conseguira trazc~ pre-
SO o Boba Caxax8f sem oposiçka do seu povo.
Ele marchara do fosto A, Dela margem direita. do Cubango, Hté próx:imo de
caír d.e Stu'prezl:1_ s o oz-e 8 emba la do 3008'9 'bloqueando-lhe a entrada.
Pelo primeiro gentio que apareceu curioso t 311 va Nunes mandou di,~er ao
s oba que o esperava ali o COlUandanteNili t ar ,
c axaxa demorou a apa r-e ee.r , mas chegou seguido de 8 homens arwp.-j')s ue,
q
à medida que saíam da embala, eram obrigados a entregar as eS~iÍn,sardas
e acorrentados. Entretanto, Silva NU.':18S mandou prevenir o povo (1"" 8mba-
la, de que não prenderia os homens que ap az-eces sem desarmados) nam as mu
l.heres. Saíram todos os hab.Ltarrt es sem ar-mas .e Silva Nunes , mandou dizer
ao povo que vieraa1i para prender o s oba , (lua mandara matar um solda-
do, e as seus 8 guardas, atj saber quem foi o homem que matou.
l~.inguém respondeu nem o próprio a oba ,
Então Silva Nunes mandou explicar que, matar uma peS~308.~nem o Govey:no de
Portugal podia mandar. Se o soba tinha queixa do soldado: participasse-o
ao Comandante do Posto A, que o soldado seria castigado. Por issoto soba
teri.a de ir preso e iriam os 8 gentios acorrentado8 até confessarem quem
fora o assassino. Depois, o s oba mandante e o assassino rr'''·'ê,:l3t~.:r:·~.cer Lam
s
enviados para. sã da Bande Lca , para serem julgados pele ~rribu.nal compete!!,
10. te. E o gentio não se OpOS à medida tomada p.üo Comandante I·TilHar.
o s oba era velho e cardíaco, pe Lo que faleceu uns dias depois de preso
no Forte,
Como nenhU!J1 dos B gentios presos, até denunciasse o assas~ino, Silva
Nunes ..teve a ideia d-a soltar um deles e de mandar ent:regar-lhe a espin-
.. g'a,rda, Q. po Lvor-Lnho e alirTIH!l.otação pal~ê .. c ca.minho j fazendo-lhe ve!: que, TI!J
gando os 8 presos ser qualquer deles o assassino, este 'evia an.dar em li
herdade o que não estava bem. Por Lss o que o s oLt ava , para ele ir buscar
o assassino e depois dar a liberda.de aos -lua estavam presos por cau~a df
le.
o g,:,;ntio solto mostrou compreender o recado e partiu.
Pas savam os dias e eu ,já descria de que o gei1t}.o 3.0;1
tpaparecesse, qua.
do 9 dias depois da sua partida, 'fi-of com outros ';ioi.s: -gentiOS ~ oS' tr'
armados de espingardas, errtz-ar- no' Forte, escol fçi.ndd~rqu[arto gentio c
uma tira de couro de boi a prender-lhe, pelas Qo~tas·~· DeStoco ~e uma p~
..•.
., .." .'
na, rara não poder fugir~ . "-:'-"
Ent r-ad o este preso no calabouço, Silv'a Kunes marrdou eV~"'?A.r no respectiY'
auto, a acusação dos 10 gentios ao preso, soltar OB sete e entregar-lhas
as espine-ard.as t os po.Ivcz-Lnhos e a Lãmerrt ação pa.ca o regresso de todos.
Coisa cu.riosa que me espantou e sensibiliz..ou: os 8 gentios libertados à-
•
joelharam diante do Comandante Hilita.r e, apanhando terra do chão e lan-
"que
rMÔ' cubra a terra que pisas 11.
Agra.decc]~ o que por brancos seria cons í.ãer-ado uma prepotencia, só da
te de quem tinha ni t:tda compz'ee ns ão dos d.everes da aut cr-Ldad.e•••
Fi ainda dois factos sintomáticos; a vJ.úva do soldado assassina.do prefe·
riu. vir paz a a s anz a.La do Posto l"tili tal.' onde c as ou depois com outro s ol
dado indígena~ a regressar à sua terra; e o gentio de C~xaxa elegeu nov
s oba que seapresentotl. a cumpr-ãmerrt ax o Gomandante Hi:ti t ar-",
E foi com factos destes, com exemplos t ão no or-es de Gomando e de humar
mo que o POR'l'UGutS criou a s ua civilização AFRICANA. ç~u.ere;;:rponsabilidades
mendas nos deixaram os üOssos antepassados Saibamos ser iignos c on't í.nua-
res da sua obra !
Perto do actual C.AIUNDO. "
(o) - Comand an t e do Posto A - CAIUNIlO,2Q 'tene.nte JAli1E fF30DOB.ICO DA S
VA l{UI,.c;St sepul taào no CU.AlWAR -E:e.xist~} ne at a .povoação uma Lancn.
da .ARl-:Al!A com o seu. nome). ., ,> . ".
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12. DIMENS6ES
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o '~... • c~
tivo pz-ovocador , ou me Lno:r t e s t Lmu.Lado r ,
• o caso foi o segu:í.nte~
Sai:ndo da "r-edacç ão a do ncs s o ;jo::cnal 0:1'18 ti vs r a lugar ['13. reul.i.ião com a
casualmente ouvi f'oz-am o suf'Lc Lerrte :r.H;1.rE:.me f'az er entrar no gabinete de t r abe,-
lho e procurar c enf'La» ao p ape L as r,,;.f'le:r.õE;s que :mc ocor-r Lam,
o tempo que tão ;5 uma das dimensões
pr ód í.gareent e e s banjamoe
da vida. Cada
um de nós tem um tempo mar-oad o , maior ou menor, não J.mpo:r.·ta.~ é uma. v'erdade que
da dia que passa é uma op 'lrt.un:idade of'e:'ecida para nos c o Locaa ..
'mos mais pr-éxí.»
mos do objectivo final a atingir. Cada dia ~ue ~assa, e passa velOZlli~_te, pode
:representa,t' t ambém um f<.•I'as t ament o prof<ressiyo da meta i'in2,1 p ar..
'2. que d eve r Ia-
mos correr,
Comparando C) tempo a urna escad.:- euja origem é o nosso berço e eujo termi-
, t ."
nus e a eern~Qa d~~ os d Las a outros t::mtoz de;,;~raus áessa os cad a Lnví.e Ive I mas
real que deveríamos sub::":r~ ac ont e oe que .•.• bo nos podemos ap rox.í.mar-
an sub i ndo le!!
ta e seguramente os deg'raus da vida. como nos podemos a..astar
f desoendo vergo-
nhos amen+e , não se Gabe até onde, e':·SD;)ne s mos degraus. TE repare-se que a que-
da num plano Lnc Lí.nado aumenta ('1(,: ve Lo cLd.ade i.i medida que o o'0~iec'bo em que d a ffi
afasta do ponto de origem •••
A perda. de tempo, sob qllalql.:wr <los aspectos lI,U;... se queira considerar, si-
~
gnifica sempre uma vida esté:!.'il e vaz La de sentido, É sabido d e todos como e
impossível recuperar o tempo ,já passado. Passou .•• morreu. p ar-a nós e com ele
morreram tantas oportunidades de vall!.':Lzação, tantas ocasiões de realizar algo
'de pocitivo e concreto que poderia constituir patriu6nio pessoal e motivo de
org-.lJ.ho por ter enc h.í.d o a<tV'ida de vaã-or-e s , O ananhã é 'UJTI advé:J:'.'bio frequentemen
te empregado por todos os ve nc í.d oe d.a vid.a, por tactos aquelés para quem o tem-
po conat í, tu.! um inimigó de que é pxe cLs o ~'lesfaze.l.'.'mo-nos a todo o custo.
Assim se vai t::~uncando uma e xí stenc í a , assim se vai Lmped í.ndo a vida de
de i.xar- atrJ.s de si uma esteira de luz que seL'viri"J também para iluminar o c amí,
• nho sabe-se lá de quarrt os Lnúbe Ls c omo tu que julgam matar o tempo e não vem
A
que o tempo os vai matando a eles,
J.1.,
1'
--,- / ií ---
ss TEl'IOS tlfrlA VIDA PARA VIVER :f; ?ORQ,UE 'lEriOS UH IrjIJRDO PJtIL4. ';OilSTRUIR
13. JNFORM!2 " ...
.»
. ..".; ,-~
de animais, assim divididas?
700.000
20.000
8.600
.'",."
v,ooo .
5.000
1.500
chega ~ atingir seis metros ?
.:~~€ a defesa natural C01Y; que foram dotados os herbívol'cs é a sua capae tdao e
-e abasteoerem I'8.l'i:: .unorrt e de grandes quant Id ade s de vegetais podemloasain:
::..t- ::-loc8.r-se úm(ôeg-ü.ida p ar-a 100t:.::s maí.s .seb'U::.'os, onde oom a cabeça ergltide
t od os os f;)6ntidos alG:!:'-ta pod em ccrrt i.nuaz- a nas t í.ga r os a Lí.merrt oa ingeridoB.
~iando sirrn:tl-t5.~eaI.1ente cs 301J.S inimigos ?
o
14. metroD horários ?
(Reoorde-se que os nc s s on meLhcxe s CJ.íJ:lpicO-s f'azern leiO met ro s em 10 se
guzid oe , vcLoc Ld.ad e inferior f)., 4() qu.í tLôme r os P()J:' 110ra)
- ~Gue o avestruz é considerado U.1n dos o01.'J'edox'es mais :resisten'tes da savana ?
(Já f'o.r am c rcnome t rad cs 65 qu.i I ómet roa see'liidos"
QU..
8 oomp í, ta cornelc em velocidade i30bre-Gi.Ido 11~S
..
- ~ue no ano de 1960 foi es~abelecido o recerd de independ~ncias concedidas
est~doB africanos ?
não d ev í.am existir 80e qu í.Lórne t ros de estradas
tô.d.as e ho j a já u L tra.p~8sa 5.000 qu.í.Lôrne t r-cs ?
I ,
apr-ox í.madaman+e 'pL'ov~nc~a
15. DA I~UMAr~A
1
rfeste momerrt o l1istórico do nosso Ba ta Lhão , a :eeal:i.zar a' comissão de servi
ç o ~ pe i a p az e p r omc çã eles povos nas t€~ras (lo f'Lm do mund.o , julgo OpCl"'tU.U"1.
una profunda z'eflexão, s obr-e a dignidade da pessoa humana ,
Ape;:ia:r d a di'trergêrlcla de op Lm.õe s e daa rrrúl í.p Las ideologias
t que tk'élSSam
pel:J acordo
"Tudo o qU0 existe na terra, deve ser ordenado para o homem como seu
8. cúoul,a da criação.
4'.....
l;;xal ta.do até ao euozeac .Á
DO!.'
•••.
uns,
me. ospre:i:,étc1o é.~té 8.0 absurdo por outros, ele é tOlliado, ape s an de tudo,pelo c on-
senso un venaa.L,
í COiTIO pessoa humana, dotada dr3 inhilieência e von-tade livre.
Está ai a atesti-lo a declaração mliversal dos diraitos do homem, saída "
Lune SEi 19-48; a doutrina ela. Igrejà, nas s uas enc Ic Lí.cas , "Pacera in terris tt
, uP2
Pu.:o:;:uril prog:r08siol! e no documento conciliar I;Gaudium et Spes I!. iio campo da R!l.
ve Lação , hasi;;:.i rooordar que ela ensina que o homem foi cr-í.aô.o à. "Lmagem e se'F'Sl_
Lhanç a de JjeuB" f e tornado por Ele, cúpu La de tocla a. criação, sujei tando-a e do
:r;a:Ls 11re .í.cad oe no homem, são fonte duma dignidade humana , exigi tiya de
•
di.rei.tos sagra.o,Qs e ã na'l Lenáve Ls 1 inerentes e Lnd.Lss oLúveLa no próprio homem!
seja qua'l for fi- sua raça, cor, língua, religião~ .fo::L'ttma ou s í.íruação s oc La.l,
Logo "1.;od,05 os homens nascem iguais na natu.J:.'ezfot d.ignidad.€1 e direi tos, ê :
'rODO o HOLEl< TI~}i[ DIREITO A VIDA E À IlZT~~GRID,1-i.J)E :F'1:SIGA.
16. uma c.í.r-cuns t ânc í.a elo que o poder
.. civil, :po{le a:e:cogar~·oú de s se d..
Lr-e L t01! Q,uando
o illdi.víd,ltO caril t end.êl1o ia. ace ntruada par a o C!:5JTl(l'l p oz defeito far~lilia.r, s o c La.I
..
C31.1 tenlI;-Gra.rnel1tZtl, pôe COlltln,i1..ô).rlt9ntf~ em l~isco a. da
sDi~·Lt:Ci.trh;~i3~ v.í.d.a dos ou+r os , OU~
•
I'iesmo assim, tal pode r , remo-ta:nente assenta na 1eJ. Eterna de Deus.
é um P02't2.nto a vida dom pr8ci.oso~ gra:tu:i.to 1 que o homem tem ':Jü::..':i.gaçã.<. gr-~
ve de cultivar e promover.
t~}ntana.o pr-opor-c onar- ao hcuem , todo í o necessário: para um d.igno nivel de vi -
da, :1.sto é:
a l)roileogão d as no rmas que condenam toda. a f'o~
'. '" .
a VI~R.1).w4.DE e [: INFOPJ·L4.ÇJiC v3RD.ADr~I -
liA; dentro dos li.m5.tes d a ordem a de; Bem Comum.
livres
bilid.,ade ~
.~.
Sem. a po~'{sibilid.-aite de OlJ9Êf.O consc í errte ~ li v:re;.e respons áve L, o ;"'~;:tmem ..rsta
Lns t Lnt Lvo elo anima.l
irraci.'yn.al, d e s t ru t:n,do a. pe r s cna l.Ldade humana ... "izer com
.~.
:,z,,-
'l'hlago de l~ª-:.tO~ •• ,.!lA :pa.1:tJ.r clest;e Lnsüantie , a l:i.berdade s~rá rügo vivo e tran.§!.
parente~ como um fogo 01.1. um r101 ou como a s6m8r.·te <ia t:r:i.gd, e a sua mor-adá ae
homem". I
pens arrhe , o homem.não vi 'Ire tó
pao esp~rl_ua. _. 1860 ,1 engendra
- ·'t 1 ~or e_, ideias, conoei ~
r. •. ~ ~ •• ~ 1 - :} ,
a sua vao ar
••• J""
IDçL1S ~ e.ie pzocur-a (j,csespel'8..{lamel1::;e "l.
resposta E~ati5fa.tbria· as suas
e
ô.:n~~~~'"t4..';~:e1 d.úvidas maLs pr~:ftlndas !I
-s:
Est~ ~r<"l tiiYJ.â,mica .. r€rmô.l1e~nt;2 1;; ara. encontrar a V:;li:DAIJ]{; q,.tJ.J? o pod erá s ac Lar ,
vência.
Na p~c&.t.ica, quem não aum.i.r a e tem. confiança no homem que busca. e p oe ver-
dade na sua vida ? o ment Lros o , o dúp Lí.ce , ú o !1:L:96c:r:ita. hoje é visceralmen-
te detestado e repugnado.
•
O mund.o int<:ciro quer gritar: "Pdca decretad.o que a.gol'a vale .J. Verdade,que
agora vale a vid.a verd.adeira e que de mãos daclas t:t'a"balh-::xer"::-: para esse fim!!.
Bem Comum. Se é mc.mb:ro1