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Prof. Euclides Alexandre Bernardelli
Instituto Federal do Paraná
Campus Paranaguá
Departamento Controle e Processos Industriais
Corrosão Induzida por
Microorganismos
Prof. Euclides Alexandre Bernardelli.
euclides.bernardelli@ifpr.edu.br
Site: http://sites.google.com/site/euclidesabernardelli
bernardelli.tk
1
Prof. Euclides Alexandre Bernardelli
 Corrosão microbiana ou microbiológica
 A ação de microorganismos (bactérias, fungos e algas)
faz ocorrer a corrosão.
 Água do mar
 Rios
 Sistemas de resfriamento
 Regiões pantanosas
 Sedimentos oleosos
 Solos contendo resíduos orgânicos, sulfatos, sulfetos,
nitratos, fosfatos, enxofre.
2
Prof. Euclides Alexandre Bernardelli
 Corrosão microbiana ou microbiológica
 Bactérias sulfato redutoras:
 Transformam o enxofre ou seus compostos em ácido
sulfúrico;
 Presença de sulfato no ambiente;
3
Prof. Euclides Alexandre Bernardelli
 Casos corrosão por bactérias sulfato redutoras
 Deterioração de mármore e concreto
 Corrosão na forma de alvéolos ou escamações
 Ácido sulfúrico ataca estes materiais
 O H2SO4 é proveniente do SO2 do ambiente, o qual
é sintetizado a ácido sulfúrico por bactérias.
4
 Recuperação secundária de petróleo
 Corrosão química
 A água do mar utilizada pode conter bactérias que
sintetizam o ácido sulfídrico pela redução do
sulfato.
Prof. Euclides Alexandre Bernardelli
 Casos corrosão por bactérias sulfato redutoras
Tubulações para condução de gás e gasômetros
 Corrosão química
 Bactérias sintetizam o sulfato a sulfeto com
consequente formação de ácido sulfídrico.
 Aquecedores e válvulas de petróleo
 Corrosão química
 As bactérias sintetizam o ácido sulfídrico pela
redução de sulfatos.
5
Prof. Euclides Alexandre Bernardelli
 Casos
 Tubulações de distribuição de águas
 Corrosão por aeração diferencial
 Bactérias oxidantes fazem aparecer depósitos de
ferro hidratado (Fe2O3 H2O).
 Sistemas de resfriamento
 Corrosão por aeração diferencial
 Forma-se um biofilme na parede do trocador
6
Prof. Euclides Alexandre Bernardelli
 Casos
 Tubulações de distribuição de águas
Corrosão influenciada pela presença de três tipo de
bactéria: Acid Producing Bacterium, Iron Related
Bacterium and Sulfate Reducing Bacterium.
Comum em linhas de incêndio.
7
Prof. Euclides Alexandre Bernardelli
 Casos
 Tanques de armazenamento de combustível
 Corrosão química
 Combustível e água favorecem a formação de
microorganismos (fungos e bactérias).
 Formação de ácidos e corrosão por aeração
diferencial.
 Deterioração microbiológica do revestimento do
tanque de armazenamento.
8
Prof. Euclides Alexandre Bernardelli
 Casos
 Equipamentos de operações de usinagem
 Corrosão química
 Os óleos utilizados para corte e refrigeração, pela
ação de bactérias, podem sofrer biodegradação e
formar compostos corrosivos.
9
 Deterioração de madeira
 Fungos e bactérias celulolíticas degradam a
madeira.
 Tubulações enterradas
 Corrosão química
 Corrosão de aço inoxidável e aço ao carbono pela
presença de bactérias que sintetizam o ácido
sulfídrico.
Prof. Euclides Alexandre Bernardelli
 Casos
 Biodeterioração de tintas, plásticos e lentes
 Desenvolvimento de fungos em locais úmidos
 Industria de papel e celulose
 Corrosão química
 Tubos de água são corroídos devido a presença de
bactérias.
 Corrosão em tubulações de aço-carbono e de aço
inoxidável austenítico em áreas de soldas
 A mudança microestrutural faz com que ocorra a
colonização de bactérias oxidantes.
 Formação de ácidos.
10
Prof. Euclides Alexandre Bernardelli
 Mecanismos
 Etapas
 Material em contato com água
 Formação de um biofilme (Bactérias, fungos, algas...)
 Baixa a difusão de nutrientes e de oxigênio para as
bactérias próximas ao substrato
 Desprendimento de parte do biofilme
 Tem-se corrosão por aeração diferencial, química,
sob depósito e por diferença de concentração.
11
Prof. Euclides Alexandre Bernardelli
 Mecanismos
 Condições que favorecem o crescimento de
microorganismos
 Temperatura (30 – 40°C)
 Velocidade do fluxo – quanto maior a velocidade maior
a aderência e a densidade do biofilme
 pH – quanto mais básico, mais difícil de desenvolver
bactérias (pH ~ 11)
 Oxigênio – quanto menos mais se desenvolve bactérias
anaeróbicas
 limpeza e sanitização – impedem a formação do
biofilme.
12
Prof. Euclides Alexandre Bernardelli
 Mecanismos
 Corrosão devido a formação de ácidos
 Oxidação de compostos inorgânicos de enxofre pelo
gênero Thiobacillus (bactérias aeróbicas)
 Sintetiza sulfato através da oxidação de enxofre –
produção de ácido sulfúrico.
13
• Temperatura ótima – 25-30°C.
• Produzem pH de aproximadamente 2.
• Proteção: eliminar a
fonte de enxofre,
empregar proteção
catódica, utilizar
tubulações de PVC.
Prof. Euclides Alexandre Bernardelli
 Mecanismos
 Corrosão devido a formação de ácidos
 Oxidação de piritas (FeSx) a ácido sulfúrico por
Ferrobacillus ferrooxidans
 Água presente em minas de ouro e carvão tende a ser
ácida pois as bactérias oxidam a pirita formando ácido
sulfúrico. Pode gerar a corrosão de bombas e máquinas.
14
• Proteção: neutralizar a
acidez com óxido de
cálcio, uso de material
resistente a ácido
sulfúrico.
Prof. Euclides Alexandre Bernardelli
 Mecanismos
 Corrosão devido a formação de ácidos
 Fungos ou bactérias celulolíticas que fermentam
material celulósico a ácidos orgânicos
 Tubulações enterradas são revestidas com material
celulósico (ex.: aniagem)
 Bactérias oxidam a celulose para formar ácido
acético e butírico e dióxido de carbono.
15
Prof. Euclides Alexandre Bernardelli
 Mecanismos
 Corrosão por Despolarização Catódica
 Bactérias utilizam o hidrogênio livre ou hidrogênio de
material orgânico para produzir energia.
16
 Locais de corrosão: em regiões de estagnação em linhas de
fluxo; embaixo de depósitos ou frestas; embaixo de lamas; em
filtros; em torno de tubulações enterradas.
 Corrosão na
forma de tubérculos
Prof. Euclides Alexandre Bernardelli
 Mecanismos
 Corrosão por Despolarização Catódica
 Condições favoráveis para o crescimento de bactérias:
 pH entre 5,5 e 8,5.
 ausência de oxigênio
 presença de sulfato
 presença de nutrientes – matéria orgânica
 temperatura entre 25 e 44°C
17
Prof. Euclides Alexandre Bernardelli
 Mecanismos
 Corrosão por Despolarização Catódica
 Meios de proteção
 proteção catódica
 revestimentos protetores (alcatrão de hulha,
polietileno)
 uso de tubos não ferrosos (tubos plásticos)
 aeração
 emprego de cromatos – inibem o crescimento de
bactérias;
 emprego de bactericidas
18
Prof. Euclides Alexandre Bernardelli
 Mecanismos
 Corrosão por Aeração Diferencial
 Algas, fungos e bactérias formam produtos insolúveis –
ocasionando depósitos
 corrosão por aeração diferencial
 pode propiciar a formação de bactérias que
sintetizam ácidos.
19
 Corrosão na
forma de tubérculos
Prof. Euclides Alexandre Bernardelli
 Mecanismos
 Corrosão por Aeração Diferencial
 Bactérias oxidantes do ferro
 Proteção
 remover o ferro da água
 usar biocidas
 limpar periodicamente
 ácido clorídrico + inibidor de corrosão
(derivado de tioureia ou de aminados)
 sais de sódio do ácido
etilenodiaminotetracético, gluconato de sódio
e agentes dispersantes e tensoativos
usar inibidores como silicato de sódio – evita
a formação de tubérculos.
20
Prof. Euclides Alexandre Bernardelli
21
Prof. Euclides Alexandre Bernardelli
 Proteção
 Medidas gerais contra corrosão
 limpeza sistemática e sanitização
 eliminação de áreas de estagnação e de frestas
 emprego adequado de biocidas
 aeração
 variação de pH
 revestimentos
 proteção catódica
22
Prof. Euclides Alexandre Bernardelli
 Proteção
 Medidas gerais contra corrosão
 Biocidas
 aldeídos – acroleína, formaldeído, glutaraldeído
 tiocianatos orgânicos – metileno-bis-tiocianato e
cloroetileno-bis-tiocianato
 sais de amônio quartenário
 cloro e compostos clorados – hipoclorito de sódio,
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 compostos orgânicos de estanho, enxofre, boro,
 sais de cobre
 radiações ultravioletas.
23
Prof. Euclides Alexandre Bernardelli
 Proteção
 Medidas gerais contra corrosão
 Biocidas
 proteção externa das tubulações enterradas –
polietileno, PVC, betume
 revestimentos internos – resina furânica
 tubulações feitas com resinas – poliéster
 proteção catódica
 ultrassom – desprende o biofilme
24
Prof. Euclides Alexandre Bernardelli
 Controle
 Contagem das colônias de microorganismo através de um
microscópio
 Identificação do tipo de microorganismo
25
Prof. Euclides Alexandre Bernardelli
 Curiosidade
 Fezes de passarinho são as que mais corroem o verniz da
tinta do veículo, deixando manchas;
 As fezes de passarinho contém ácido úrico, que corrói o
verniz da tinta do veículo, deixando manchas, caso não seja
removida rapidamente.
 Recomenda-se que seja feita uma limpeza no local em um
prazo de 4h.
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7 corrosao microorganismos

  • 1. Prof. Euclides Alexandre Bernardelli Instituto Federal do Paraná Campus Paranaguá Departamento Controle e Processos Industriais Corrosão Induzida por Microorganismos Prof. Euclides Alexandre Bernardelli. euclides.bernardelli@ifpr.edu.br Site: http://sites.google.com/site/euclidesabernardelli bernardelli.tk 1
  • 2. Prof. Euclides Alexandre Bernardelli  Corrosão microbiana ou microbiológica  A ação de microorganismos (bactérias, fungos e algas) faz ocorrer a corrosão.  Água do mar  Rios  Sistemas de resfriamento  Regiões pantanosas  Sedimentos oleosos  Solos contendo resíduos orgânicos, sulfatos, sulfetos, nitratos, fosfatos, enxofre. 2
  • 3. Prof. Euclides Alexandre Bernardelli  Corrosão microbiana ou microbiológica  Bactérias sulfato redutoras:  Transformam o enxofre ou seus compostos em ácido sulfúrico;  Presença de sulfato no ambiente; 3
  • 4. Prof. Euclides Alexandre Bernardelli  Casos corrosão por bactérias sulfato redutoras  Deterioração de mármore e concreto  Corrosão na forma de alvéolos ou escamações  Ácido sulfúrico ataca estes materiais  O H2SO4 é proveniente do SO2 do ambiente, o qual é sintetizado a ácido sulfúrico por bactérias. 4  Recuperação secundária de petróleo  Corrosão química  A água do mar utilizada pode conter bactérias que sintetizam o ácido sulfídrico pela redução do sulfato.
  • 5. Prof. Euclides Alexandre Bernardelli  Casos corrosão por bactérias sulfato redutoras Tubulações para condução de gás e gasômetros  Corrosão química  Bactérias sintetizam o sulfato a sulfeto com consequente formação de ácido sulfídrico.  Aquecedores e válvulas de petróleo  Corrosão química  As bactérias sintetizam o ácido sulfídrico pela redução de sulfatos. 5
  • 6. Prof. Euclides Alexandre Bernardelli  Casos  Tubulações de distribuição de águas  Corrosão por aeração diferencial  Bactérias oxidantes fazem aparecer depósitos de ferro hidratado (Fe2O3 H2O).  Sistemas de resfriamento  Corrosão por aeração diferencial  Forma-se um biofilme na parede do trocador 6
  • 7. Prof. Euclides Alexandre Bernardelli  Casos  Tubulações de distribuição de águas Corrosão influenciada pela presença de três tipo de bactéria: Acid Producing Bacterium, Iron Related Bacterium and Sulfate Reducing Bacterium. Comum em linhas de incêndio. 7
  • 8. Prof. Euclides Alexandre Bernardelli  Casos  Tanques de armazenamento de combustível  Corrosão química  Combustível e água favorecem a formação de microorganismos (fungos e bactérias).  Formação de ácidos e corrosão por aeração diferencial.  Deterioração microbiológica do revestimento do tanque de armazenamento. 8
  • 9. Prof. Euclides Alexandre Bernardelli  Casos  Equipamentos de operações de usinagem  Corrosão química  Os óleos utilizados para corte e refrigeração, pela ação de bactérias, podem sofrer biodegradação e formar compostos corrosivos. 9  Deterioração de madeira  Fungos e bactérias celulolíticas degradam a madeira.  Tubulações enterradas  Corrosão química  Corrosão de aço inoxidável e aço ao carbono pela presença de bactérias que sintetizam o ácido sulfídrico.
  • 10. Prof. Euclides Alexandre Bernardelli  Casos  Biodeterioração de tintas, plásticos e lentes  Desenvolvimento de fungos em locais úmidos  Industria de papel e celulose  Corrosão química  Tubos de água são corroídos devido a presença de bactérias.  Corrosão em tubulações de aço-carbono e de aço inoxidável austenítico em áreas de soldas  A mudança microestrutural faz com que ocorra a colonização de bactérias oxidantes.  Formação de ácidos. 10
  • 11. Prof. Euclides Alexandre Bernardelli  Mecanismos  Etapas  Material em contato com água  Formação de um biofilme (Bactérias, fungos, algas...)  Baixa a difusão de nutrientes e de oxigênio para as bactérias próximas ao substrato  Desprendimento de parte do biofilme  Tem-se corrosão por aeração diferencial, química, sob depósito e por diferença de concentração. 11
  • 12. Prof. Euclides Alexandre Bernardelli  Mecanismos  Condições que favorecem o crescimento de microorganismos  Temperatura (30 – 40°C)  Velocidade do fluxo – quanto maior a velocidade maior a aderência e a densidade do biofilme  pH – quanto mais básico, mais difícil de desenvolver bactérias (pH ~ 11)  Oxigênio – quanto menos mais se desenvolve bactérias anaeróbicas  limpeza e sanitização – impedem a formação do biofilme. 12
  • 13. Prof. Euclides Alexandre Bernardelli  Mecanismos  Corrosão devido a formação de ácidos  Oxidação de compostos inorgânicos de enxofre pelo gênero Thiobacillus (bactérias aeróbicas)  Sintetiza sulfato através da oxidação de enxofre – produção de ácido sulfúrico. 13 • Temperatura ótima – 25-30°C. • Produzem pH de aproximadamente 2. • Proteção: eliminar a fonte de enxofre, empregar proteção catódica, utilizar tubulações de PVC.
  • 14. Prof. Euclides Alexandre Bernardelli  Mecanismos  Corrosão devido a formação de ácidos  Oxidação de piritas (FeSx) a ácido sulfúrico por Ferrobacillus ferrooxidans  Água presente em minas de ouro e carvão tende a ser ácida pois as bactérias oxidam a pirita formando ácido sulfúrico. Pode gerar a corrosão de bombas e máquinas. 14 • Proteção: neutralizar a acidez com óxido de cálcio, uso de material resistente a ácido sulfúrico.
  • 15. Prof. Euclides Alexandre Bernardelli  Mecanismos  Corrosão devido a formação de ácidos  Fungos ou bactérias celulolíticas que fermentam material celulósico a ácidos orgânicos  Tubulações enterradas são revestidas com material celulósico (ex.: aniagem)  Bactérias oxidam a celulose para formar ácido acético e butírico e dióxido de carbono. 15
  • 16. Prof. Euclides Alexandre Bernardelli  Mecanismos  Corrosão por Despolarização Catódica  Bactérias utilizam o hidrogênio livre ou hidrogênio de material orgânico para produzir energia. 16  Locais de corrosão: em regiões de estagnação em linhas de fluxo; embaixo de depósitos ou frestas; embaixo de lamas; em filtros; em torno de tubulações enterradas.  Corrosão na forma de tubérculos
  • 17. Prof. Euclides Alexandre Bernardelli  Mecanismos  Corrosão por Despolarização Catódica  Condições favoráveis para o crescimento de bactérias:  pH entre 5,5 e 8,5.  ausência de oxigênio  presença de sulfato  presença de nutrientes – matéria orgânica  temperatura entre 25 e 44°C 17
  • 18. Prof. Euclides Alexandre Bernardelli  Mecanismos  Corrosão por Despolarização Catódica  Meios de proteção  proteção catódica  revestimentos protetores (alcatrão de hulha, polietileno)  uso de tubos não ferrosos (tubos plásticos)  aeração  emprego de cromatos – inibem o crescimento de bactérias;  emprego de bactericidas 18
  • 19. Prof. Euclides Alexandre Bernardelli  Mecanismos  Corrosão por Aeração Diferencial  Algas, fungos e bactérias formam produtos insolúveis – ocasionando depósitos  corrosão por aeração diferencial  pode propiciar a formação de bactérias que sintetizam ácidos. 19  Corrosão na forma de tubérculos
  • 20. Prof. Euclides Alexandre Bernardelli  Mecanismos  Corrosão por Aeração Diferencial  Bactérias oxidantes do ferro  Proteção  remover o ferro da água  usar biocidas  limpar periodicamente  ácido clorídrico + inibidor de corrosão (derivado de tioureia ou de aminados)  sais de sódio do ácido etilenodiaminotetracético, gluconato de sódio e agentes dispersantes e tensoativos usar inibidores como silicato de sódio – evita a formação de tubérculos. 20
  • 21. Prof. Euclides Alexandre Bernardelli 21
  • 22. Prof. Euclides Alexandre Bernardelli  Proteção  Medidas gerais contra corrosão  limpeza sistemática e sanitização  eliminação de áreas de estagnação e de frestas  emprego adequado de biocidas  aeração  variação de pH  revestimentos  proteção catódica 22
  • 23. Prof. Euclides Alexandre Bernardelli  Proteção  Medidas gerais contra corrosão  Biocidas  aldeídos – acroleína, formaldeído, glutaraldeído  tiocianatos orgânicos – metileno-bis-tiocianato e cloroetileno-bis-tiocianato  sais de amônio quartenário  cloro e compostos clorados – hipoclorito de sódio, clacio, dióxido de cloro  compostos orgânicos de estanho, enxofre, boro,  sais de cobre  radiações ultravioletas. 23
  • 24. Prof. Euclides Alexandre Bernardelli  Proteção  Medidas gerais contra corrosão  Biocidas  proteção externa das tubulações enterradas – polietileno, PVC, betume  revestimentos internos – resina furânica  tubulações feitas com resinas – poliéster  proteção catódica  ultrassom – desprende o biofilme 24
  • 25. Prof. Euclides Alexandre Bernardelli  Controle  Contagem das colônias de microorganismo através de um microscópio  Identificação do tipo de microorganismo 25
  • 26. Prof. Euclides Alexandre Bernardelli  Curiosidade  Fezes de passarinho são as que mais corroem o verniz da tinta do veículo, deixando manchas;  As fezes de passarinho contém ácido úrico, que corrói o verniz da tinta do veículo, deixando manchas, caso não seja removida rapidamente.  Recomenda-se que seja feita uma limpeza no local em um prazo de 4h. 26