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Prof. Saulo Barbará

1
Conhecimento Científico
Ao contrário do que dão a entender a maioria dos livros de
metodologia, o conhecimento científico não é algo pronto e
acabado, indiscutível. Na verdade, o século XX foi palco de
uma apaixonada discussão sobre o que é ciência, quais são
suas características e sua relação com os outros tipos de
conhecimento. Os pensadores que exploraram o tema
discordam entre si e há até aqueles que defendem que um
método científico é impossível. Outros têm denunciado a
ideologia por trás do método científico, tais como
Edgar Morin e Hebert Marcuse, que acusam a ciência e a
tecnologia de promoverem a transformação do homem em
coisa e a compartimentação do saber.
DANTON, Gian. Metodologia Científica. 2000/2002. Disponível em:
http://www.virtualbooks.com.br/v2/capa/. Acesso em: dez. 2008.

2
Sumário
 Conhecimento, ciência, método,

metodologia e pesquisa.
 Característica do pesquisador.
 Tipos de trabalhos científicos:

 Relatório de pesquisa, monografia, dissertação,

tese, resenha, ensaio, artigos científico.
 Tipos de artigos científicos – Estrutura e
composição.
 Exemplos

3
Conhecimento
 O que é criado a partir do processo de

aprendizado ou da interpretação de
dados e informações.
 O conhecimento é próprio das pessoas e
é criado num processo mental complexo
ainda não completamente desvendado.
 O conhecimento não existe apenas na
“cabeça das pessoas”.
4
Tipos de Conhecimento
 Explícito – Presente nas diversas forma de

representação: documentos, livros, etc.
 Implícito – O que está na nossa cabeça,
mas que pode ser explicitado.
 Exemplo: para ir para a Faculdade é só.....

 Tácito – Conhecimento subjetivo,

interiorizado nas pessoas e que é muito
difícil de ser explicitado e transmitido.
 Exemplo: eu sei ir, mas não sei explicar com

chegar lá.

5
Noção atual do conhecimento
 A noção que se tem hoje do

conhecimento científico é influenciada
pelos pontos de vista do Círculo de Viena e
dos pensadores:
 Karl Popper e Thomas S. Kuhn pela
influência de suas propostas
epistemológicas.
6
Epistemologia*

* Ramo da Filosofia que trata dos problemas filosóficos relacionados à
crença e ao conhecimento

7
Círculo de Viena
 Europa – Início do século XX.

 Interesse
 Diferenciar o conhecimento científico dos
outros tipos de conhecimento.
 Ponto de partida (perguntas básicas)
 O que é conhecimento científico?
 Que tipo de conhecimento pode ser
caracterizado como científico?
 Avanço - Distinção de dois contextos
 O da descoberta e o da verificação.

8
Círculo de Viena
 O contexto da descoberta é aquele em

que o cientista faz sua descoberta.
 Irrelevante para definir se o

conhecimento é científico ou não.
 A descoberta pode ter surgido de um
sonho, de uma alucinação ou
simplesmente de uma coincidência...

 Para o CV o que realmente importa:
 Como o cientista explica a sua

descoberta aos pares.

9
Círculo de Viena
 O CV dava grande importância à

verificação:

 O Cientista deveria explicar

detalhadamente como chegou aos seus
resultados para que outros pesquisadores,
repetindo a experiência, pudessem chegar
aos mesmos resultados.

 Para evitar equívocos é necessário usar:
 Linguagem unívoca - Cada termo utilizado

no trabalho deveria ter uma única
interpretação.

10
Método/Raciocínio Cartesiano
 Duvidar de tudo.
 Procurar axiomas (verdades

inquestionáveis).
 Procurar deduzir a partir dos axiomas
novas verdades.

11
A Verificação
 Num trabalho sobre performance é preciso

questionar e definir:

 O que é performance?
 Que componentes constitui o ambiente?
 Que componentes afetam este ambiente?
 Quais destes componentes serão pesquisados, e

porquê?

 A definição exata e uso com significado único

asseguram a interpretação correta e a
cientificidade do trabalho.

12
A Verificação
 Antes de divulgar os resultados:
 Repetir a experiência
 e verificar se chega sempre ao mesmo

resultado.
 Jamais se deve fazer juízos precipitados.

 Essa corrente de pensamento também

acreditava que o método cientifico
deveria utilizar a indução.

13
Ciência
 Conjunto de conhecimentos precisos e

metodologicamente ordenados em
relação a um determinado domínio do
saber.

14
Método
 Conjunto de etapas,ordenadamente

dispostas, para o estudo de uma ciência,
ou para alcançar um determinado fim.
 Método Científico
 Conjunto de processos a serem seguidos

sistematicamente, na investigação dos fatos
ou na procura de uma verdade.

15
Metodologia
 Estudo do método.

16
Pesquisa
 Atividade de investigação capaz de

produzir conhecimento novo ou
sintetizar o que já se sabe a respeito de
um determinado assunto ou área.
 Procedimento racional, sistemático, que
tem por objetivo buscar respostas aos
problemas que são propostos.
17
O Método de Indução
Princípio segundo o qual deve-se partir das partes
para o todo.
1

2

1
3

3

2
4

4
18
O Método de Indução

 Numa pesquisa, ir coletando casos particulares

e, depois de certo número de casos, pode-se
generalizar, dizendo que sempre que a
situação se repetir o resultado será o mesmo.
 Exemplo - Para saber temperatura de fervura
da água:

 Coloco água no fogo e, munido de um termômetro
 Meço a temperatura e descubro que a fervura

aconteceu a 100 graus centígrados.
 Repito a experiência e chego ao mesmo resultado.
 Repito de novo e vou repetindo até chegar à
conclusão de que a água sempre ferverá a 100
graus centígrados.

19
O Método de Indução
 Umberto Eco e exemplo curioso: os sacos

de feijões.

 Vejo um saco opaco sobre a mesa. Quero saber

o que tem no mesmo. Uso o método indutivo:

 Vou tirando o conteúdo do saco um a um.
 Da primeira vez, me deparo com um feijão branco.
 Na outra tentativa, de novo um feijão branco.
 Repito a experiência até achar que está bom (ou
até acabar a verba).
 Então extraio uma lei:
 Dentro deste saco só há feijões brancos.

20
Karl Popper
 Ciência caracterizada pelo falseamento.
 O cientista não deve procurar fatos que

comprove a sua tese.
 Estudando as galinhas.

 Pesquiso uma e descubro que ela bota ovos.
 Encontro outra galinha e observo o mesmo

comportamento.
 Por indução, chego à conclusão de que todas as
galinhas botam ovos.
 Popper isso não é científico, pois se eu encontrar
uma única galinha que não bote ovos, minha tese
cai por terra.
21
Karl Poper
 As verdades científicas são provisórias.
 São apenas hipóteses esperando pelo

falseamento.

22
O Método da Dedução
Princípio segundo o qual deve-se partir todo
para as partes.
1

2

1
3

3

2
4

4
23
O Método da Dedução
 Devemos primeiro criar uma lei geral, depois

observar casos particulares e verificar se essa lei não
é falseada.
 Para os adeptos da dedução, basta uma única prova
dedutiva para que a lei possa ser considerada válida.
 No caso do saco, se o vendedor nos disse que ele
estava cheio de feijões brancos.
 Eu então retiro um feijão de dentro do saco.
 Se for um feijão branco, então minha hipótese está, por

enquanto, correta.
 O problema da dedução é que ela geralmente se origina de
induções anteriores. Geralmente fazemos uma lei geral
depois de já ter observado casos particulares.
24
THOMAS S. KUHN
 Thomas Kuhn percebeu uma falha na teoria de

Popper:

 Nenhum cientista procura falsear sua hipótese.
 Ninguém passa a vida toda pesquisando clonagem para

depois chegar à conclusão de que clonar um ser vivo é
impossível (falseamento).
 A ciência caminha através de revoluções científicas.

 Para explicar sua teoria, ele criou o termo Paradigma.

 Paradigmas: grandes teorias que orientam a visão de mundo

do cientista.
 Mudança de paradigma pode representar uma alteração
total na maneira como as pessoas vêm o mundo.
 São as chamadas revoluções científicas.

25
THOMAS S. KUHN
 Paradigmas: visão de mundo que orienta os

pesquisadores.

 De tempos em tempos surgem as anomalias,

fenômenos que não se encaixam no paradigma.
 Para explicá-los os cientistas mais jovens criam
um novo paradigma, que leva bastante tempo
para ser aceito, pois os cientistas antigos não
mudam de idéia.

 Exemplos de revoluções científicas:
 O heliocentrismo, a teoria da evolução, a lei da

gravidade, a teoria da relatividade,...

26
Paradigmas
 A ciência é guiada por paradigmas.
 É o paradigma que vai costurar os vários

conhecimentos sobre o mundo,
diferenciando do senso comum.
 As pesquisas procuram verificar e confirmar
o paradigma.

27
Características do pesquisador
 O espírito científico é uma atitude ou

disposição subjetiva do pesquisador que busca
soluções sérias, com métodos adequados, para
o problema que enfrenta.
 Cultiva a honestidade, sensibilidade social,
curiosidade, integridade intelectual,
perseverança.
 Evita o plágio.
28
Características do pesquisador
 Quem são os

melhores
cientistas?

Albert Einstein
29
Pesquisa Científica(Tipos)
 PESQUISA PURA

 Tem como objetivo principal a busca do saber.

 PESQUISA APLICADA

 Busca de solução para problemas concretos e

imediatos.

 PESQUISA BIBLIOGRÁFICA

 É feita a partir de documentos
 Livros, cd-rom, internet, revistas, jornais...
 Deve anteceder todos os tipos de pesquisas

.
30
Pesquisa Científica(Tipos)
 PESQUISA DESCRITIVA

 Observa, registra e analisa os fenômenos,

sem manipulá-los.

 Procura descobrir a freqüência do fenômeno, sua
natureza, suas características, sua relação com
outros fenômenos.

 PESQUISA EXPERIMENTAL

 Manipula diretamente as variáveis

relacionadas ao objeto de estudo.


Quer saber as causas e efeitos, como o evento
ocorre.

 O cientista cria situações de controle para evitar
interferências (o placebo, por exemplo).

31
Tipos de Pesquisa(Objetivos)
 PESQUISA EXPLORATÓRIA
 Primeira aproximação de um tema.
 Visa criar maior familiaridade em relação a um fato

ou fenômeno.
 A pesquisa EXPLICATIVA segue a exploratória.

 PESQUISA EXPLICATIVA
 Procura criar uma teoria aceitável para um fato ou

fenômeno.

32
Tipos de Pesquisa(Coleta de dados)
 Procedimentos de coleta de dados
 Métodos práticos utilizados para juntar as

informações, necessárias à construção dos
raciocínios em torno de um
fato/fenômeno/problema.

33
Pesquisa Quantitativa
 Expressa em números
 As pessoas gostam mais de sorvete de

chocolate ou de morango?
 55% das pessoas gostam de chocolate
 40% preferem morango
 5% não gostam de sorvete.
 Cinco das maiores empresas usam ERP.
 Todas as grandes empresas usam mainframes.
34
Técnicas Quantitativas
 OBSERVAÇÃO SISTEMÁTICA
 Para evitar interferências é comum se

utilizar câmeras na observação sistemática.
 Ou um espelho falso, onde o observador não
é visto.

35
Técnicas Quantitativas
 QUESTIONÁRIO
 Deve seguir uma estrutura lógica;
 Ser progressivo (do mais simples ao mais
complexo)
 Conter uma questão por vez
 Ter linguagem clara.
 Antes de aplicar o questionário
 Aconselhável testá-lo para verificar se é necessário
fazer alterações nas questões.

36
Técnicas Quantitativas
 ENTREVISTA DIRIGIDA
 O informante apenas escolhe uma entre

várias possibilidades.
 Importante que as questões sejam fechadas.
 Pergunta fechada:
 A internet pode ser usada como
instrumento de apoio na educação?
 Pergunta aberta:
 Qual a sua opinião sobre a internet como
instrumento de apoio pedagógico?

37
Pesquisa Qualitativa
 Nos últimos anos a pesquisa quantitativa

vem sofrendo diversas críticas.
 A sociedade muda de estratégia de
acordo com as informações que recebe,
sendo, portanto, impossível matematizar
o homem, explicá-lo a partir de números.

38
Técnicas Qualitativas
 OBSERVAÇÃO PARTICIPANTE
 Obtida através do contato direto do

pesquisador com o fenômeno observado.
 Procura compreender o sentido que os
atores atribuem aos fatos.
 Os resultados devem ser expressos com
base na percepção, sentimento,
observação.
39
Técnicas Qualitativas
 ENTREVISTA NÃO-DIRETIVA
 Esse instrumento de pesquisa foi criado

pelo psicólogo Carl Rogers.
 Parte do princípio de que o informante é
capaz de se exprimir com clareza.
 O entrevistador deve se manter apenas
escutando, anotando e interagindo com
breves perguntas.
40
Técnicas Qualitativas
 ESTUDO DE CASO
 O estudo de caso parte de uma lógica

dedutiva.
 O caso é tomado como unidade significativa
do todo.

41
Técnicas Qualitativas
 Aplicação do estudo de caso (três fases)
 1 - Seleção e delimitação do caso
 O uso da webaula na Escola XPTY.
 2 – Trabalho de campo
 Coleta de informações: diários de classe, depoimentos
de professores, gravações (as crianças usando o
software).
 3 – Organização e redação do relatório
 Ordenação e tratamento dos dados
 Análise dos resultados
 Descrição do relatório.
42
Tipos de trabalhos científicos

43
Relatório de pesquisa
 Forma de apresentação semelhante ao

artigo e monografia (mas reduzido)
 Expõe os resultados de experiências
práticas ou investigativas.

44
Monografia – Definição/Uso
 Trabalho sistemático e completo sobre um

assunto particular, usualmente
pormenorizado no tratamento, mas não
extenso em alcance.

American Libray Association.

 Informe científico sobre um assunto restrito
 Uso comum
 Trabalho de Conclusão de Cursos de Graduação ou

Especialização.

45
Monografia/Características
 Observa e acumula observações
 Organiza observações e informações
 Estabelece relações entre as observações
 Indaga os porquês das relações e regularidades
 Comprova as relações e regularidades através de

comentários, reflexões, interpretações, citação de
Autores
 Estabelece relações de conclusão, respondendo às
questões propostas
 Descreve/Comunica os resultados e as conclusões.
46
Monografia/Características
 O texto não pode
 Repetir estudo sobre tema já explorado e não






apresentar nada de novo em relação ao enfoque,
desenvolvimento e às conclusões
Responder questões sem apresentar reflexão,
comentário ou crítica fundamentada em autores
Manifestar opiniões pessoais sem fundamentação
Comprobatória
Fazer citação de autores sem relação com o
assunto, o tema, o problema da pesquisa
Apresentar texto irrelevantes ao estudo.

47
Dissertação
 Texto elaborado nos moldes de uma tese
 Sem muita profundidade
 Supõe investigações futuras.

 Trabalho final de mestrado.
 Confere o título de Mestre (M. Sc.)

48
Tese
 Texto expositivo de hipótese explicativa

ou compreensiva sobre o objeto de
investigação;
 O autor deve chegar a um alto nível de
profundidade sobre o tema abordado;
 Trabalho final de doutorado
 Confere título de doutor (D. Sc.; Ph. D).

49
Artigo científico
 Distingue-se da monografia, pela sua

reduzida dimensão e pelo seu conteúdo.
 Tem a mesma estrutura exigida para
trabalhos científicos (introdução,
desenvolvimento e conclusão).

50
Tipos de artigos
 Originais ou de divulgação
 Relatos de experiência de pesquisa.

 Revisão
 Descrição da análise e discussão de

trabalhos já publicados (revisões
bibliográficas).

51
Estrutura do artigo
 O artigo científico tem a mesma

estrutura dos demais trabalhos
científicos:
 Pré-textual
 Textual
 Pós-textual

52
Elementos Pré-textuais
a) Título e subtítulo: devem figurar na página

de abertura do artigo, na língua do texto;
b) Autoria: Nome completo do(s) autor(es) na
forma direta, acompanhados de um breve
currículo que o (s) qualifique na área do
artigo;
c) Mini-currículo: incluindo endereço (e-mail)
para contato, deve aparecer em nota de
rodapé;
d) Resumo: descrito na língua do texto.
53
Exemplo:
Qualidade em Engenharia de Software: o
CMMI nos países emergentes.
João T. B. Carradino [1]
e-mail: jbcarradino@yhaoo.com.br
Mário A. C. Prates [2]
e-mail: mac@gmail.com
____________________
[1] Analista de Sistemas: especialista em desenvolvimento de software da TciInformática.
[2] Analista de Sistemas e Métodos: professor do Centro Universitário da
Cidade do Rio de Janeiro (UniverCidade).

54
Resumo
 Resumo na língua do texto

 Deve apresentar de forma concisa, os





objetivos, a metodologia e os resultados
alcançados;
Não deve ultrapassar 250 palavras;
Não deve conter citações;
Uma seqüência de frases concisas e não de
uma simples enumeração de tópicos;
Deve-se usar o verbo na voz ativa e na
terceira pessoa do singular .

Ref. ABNT. NBR-6028, 2003, p. 2.

55
Palavras-chave
 Na linguagem do texto
 De uso obrigatório, devem figurar abaixo

do resumo, antecedidas da expressão:
Palavras-chave separadas entre si por
ponto, conforme a NBR 6028, 2003, p. 2.

56
Exemplo: resumo e palavraschave
RESUMO
O artigo compara a experiência de empresas do Brasil, da Índia e da China
na adoção do Capability Maturity Model Integrated. Este modelo,
crescentemente adotado em todo o mundo, preconiza a melhoria contínua
no desempenho das atividades de desenvolvimento e manutenção de
softwares. Após uma apresentação de dados gerais sobre a indústria de
software nos três países e de uma descrição do CMM, são discutidos dados
obtidos por meio de questionários respondidos por profissionais das
empresas e tratados por Análise Fatorial. O impacto do modelo é
analisado, distinguindo-se os resultados segundo o país, o nível de
maturidade na adoção do modelo e o porte da empresa. Uma das
principais conclusões é a importância do modelo para as pequenas
empresas. São propostas políticas e estratégias para o controle da
qualidade no setor de software.
Palavras-chave: Capability Maturity Model Integrated. CMMI. Engenharia
de Software. Qualidade em Software.
57
Elementos textuais(Introdução)
 Formulação clara e simples do tema da

investigação
 Apresentação sintética da questão
 Importância da metodologia
 Breve referência a trabalhos anteriores
sobre o mesmo assunto.

58
Elementos textuais(Introdução)



Expor a finalidade e os objetivos do trabalho para
uma visão geral do tema.
A introdução deve apresentar:
a) tema (objeto de estudo);
b) delimitação do tema, ou seja o ponto de vista sob o qual o

tema foi abordado;
c) estado da arte, ou pesquisas realizadas sobre o mesmo
tema;
d) justificativa, o trabalho é importante considerando quais
argumentações;
e) problema, hipótese, o objetivos, método (a razão de
escolha do método e resultados.
59
Exemplo
1.

Introdução
Um dos requisitos de competitividade no mercado global de desenvolvimento de
software é a adoção de práticas de processos aceitas internacionalmente. Visando a
melhoria desta competitividade, o Brasil lançou, em novembro de 2003, uma nova
Política Industrial, Tecnológica e de Comércio Exterior (PITCE), onde o Software
passou a ser uma questão estratégica do governo federal, principalmente devido ao
fato de que o software está presente e contribui para as inovações de diversas áreas,
como: engenharia, medicina, educação, segurança, transportes, telecomunicações,
gestão organizacional, etc. É um dos setores mais dinâmico, que desempenha um
papel essencial na utilização, convergência e integração das tecnologias da
informação e da comunicação (TIC). Mas, há vários anos o crescimento da
complexidade e do tamanho das aplicações vem trazendo problemas de qualidade e
produtividade à indústria de TIC e ao desenvolvimento de software em particular. A
busca de uma solução tornou‑se um imperativo. Ferramentas e técnicas de apoio ao
desenvolvimento de software vêm sendo usadas para minimizar o problema. Todavia,
o rápido crescimento do número de padrões alternativos dificulta, cada vez mais, a
escolha da ferramenta ideal. Para se ter uma idéia sobre a seriedade do problema,
basta observar que somente o Catálogo on line da ISO (2006) registra, unicamente
para o desenvolvimento de software e a documentação de sistemas, cerca de 80
normas ISO. Por isto, surgiu, nas últimas décadas, toda uma geração de métodos e
modelos destinados a orientar a busca pela Qualidade da Engenharia de Software.
Significa, basicamente, substituir o improviso no desenvolvimento de software, uma
prática comum deste setor, pelo uso de normas capazes de permitir a utilização de
padrões e garantir qualidade, como exatidão, correção, robustez, adaptabilidade,
rentabilidade e manutenibilidade (TEKINERDOĞAN, 2003).

60
Exemplo desta geração o CMMI vem se impondo mundialmente
Dentre os modelos

comoferramenta para gestão de processos de desenvolvimento e manutenção
de software e como referência na contratação de software desenvolvido sob
encomenda. Seu desenvolvimento surgiu do esforço e colaboração do SEI
(Software Engineering Institute), da indústria e agentes do governo americano
(SEI, 2002). Seu antecessor, o CMM (Capability Maturity Model), foi desenvolvido
com base nos conceitos e princípios da Qualidade Total e posteriormente
melhorado. O suporte a este modelo inicial foi descontinuado pelo SEI em
dezembro de 2003, mas continua sendo usado em todo mundo como legado. O
CMMI difere do CMM devido a sua maior ênfase não apenas no desenvolvimento
de produtos, mas também no desenvolvimento do negócio. Seu objetivo é
prover um modelo que dê apoio ao desenvolvimento e manutenção de produtos
e serviços, oferecendo um framework extensivo de modo que novos corpos de
conhecimentos possam ser adicionados (CHRISSIS, 2003).

As organizações podem usar a representação por estágio do CMMI para melhorar
e comparar o seu nível de maturidade com o de outras organizações, ou a
representação contínua, para melhorar seu nível de capacidade em uma área de
processo específica (GOLDENSON, 2003; BEYNON, 2007). Nesse estudo foram
incluídas somente empresas que usam a representação por estágio, conforme
descrito na sessão 3. Neste tipo de representação, o uso deste modelo permite
avaliar o nível de maturidade organizacional, de acordo com a seguinte
classificação: 1) inicial; 2) repetível; 3) definido; 4) gerenciado; 5) otimizado. A
avaliação começa no nível 2, pois é considerado que as organizações começam a
61
se diferenciar umas das outras a partir deste nível.
Elementos Textuais(Desenvolvimento)

 Parte principal e mais extensa do

trabalho, deve apresentar:
 a fundamentação teórica;
 a metodologia;
 os resultados;
 a discussão.

 Divide-se em seções e subseções.
62
Elementos Textuais(Conclusão)
 Resumo completo, mas sintetizado, do

trabalho:

a) as conclusões devem responder às
questões da pesquisa, correspondentes
aos objetivos e hipóteses;
b) devem ser breves podendo apresentar
recomendações e sugestões para
trabalhos futuros;
c) artigos de revisão: excluir material,
método e resultados.

63
Elementos(Pós-Textuais)
 resumo em língua estrangeira
 referências: Elemento obrigatório, constitui

uma lista ordenada dos documentos
efetivamente citados no texto.
 glossário: elemento opcional elaborado em
ordem alfabética;
 apêndices: Elemento opcional. Texto ou
documento elaborado pelo autor
 anexos: Elemento opcional, “texto ou
documento que serve de fundamentação,
comprovação e ilustração”.

64
Ilustrações
 Quadros, figuras, fotos, etc., devem ter

numeração seqüencial.
 Identificação na parte inferior, seguida
do seu número em algarismo arábico.

65
Exemplo

FIGURA 1 – Os níveis da representação por estágio
Fontes: (SEI, 2005; SEI, 2006; GUERRERO, 2004).

66
Tabela
 Título por extenso, inscrito no topo da

tabela, para indicar a natureza e
abrangência do seu conteúdo
 Fonte: a fonte deve ser colocada
imediatamente abaixo da tabela em
letra maiúscula/minúscula para indicar a
autoridade dos dados e/ou informações
da tabela, precedida da palavra Fonte.
67
Exemplo
TABELA 1 – Número de participantes da pesquisa

Fonte: Elaboração própria.

68
Exemplos: citação no texto
As organizações podem usar a representação por
estágio do CMMI para melhorar e comparar o seu nível
de maturidade com o de outras organizações, ou a
representação contínua, para melhorar seu nível de
capacidade em uma área de processo específica
(GOLDENSON, 2003; BEYNON, 2007).
De acordo como Tigre e Botelho (2001, pp. 100-101) “a
possível vantagem comparativa do Brasil está no
desenho e na engenharia intensiva de aplicações”.
69
Exemplo: citação longa
Apesar de ser um país com grau de informatização comparável
aos mais desenvolvidos, a exportação do software não atingiu
ainda as expectativas estabelecidas no início da década de 90. Na
visão de Resende,
A estimativa é que ele exporte anualmente cerca de 300 milhões de dólares em
software e serviços, com a meta de exportar 2 bilhões de dólares até 2007, que é
ambiciosa. Para isso é preciso pensar numa política integrada para o setor, que passa
também pela promoção comercial e pelo fortalecimento da indústria nacional, com
aumento da participação no mercado interno e estímulo à fusão e criação de
empresas de grande porte (RESENDE, 2006).

O mercado interno, por sua vez, está em forte mudança, devido
à entrada significativa de organizações multinacionais, limitando
a participação das empresas constituídas no país a ocuparem
menos que 20% desse mercado (BARROSO, 2006).
70
Referências - Exemplos
CSIA (2006). China Software Export Achieved 7 Times Growth in Five Years. Disponível
em: <http://www.csia.org.cn/chinese_en/index/index.htm>. Acesso em: 19 aug., 2006.
CRUZ, Tadeu. Workflow: a tecnologia que vai revolucionar processos. São Paulo: 2ª. Ed,
Atlas, 2000, pp. 33-42.
___________. Sistemas, Métodos e Processos: administrando organizações por meio de
processos de negócios. São Paulo: Atlas, 2003, pp. 33-43.
GIBB, Allan; LI, Jun. Organizing for Enterprise in China: what can we learn from the
chinese micro, small, and medium enterprise development experience. Futures, 35,
2003, pp. 403-421.
RESENDE, Sergio. Ministro fala sobre as ações estratégicas da SOFTEX. Disponível em:
<http://www.softex.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=6348&sid=178>. Acesso em:
19 aug. 2006.
SEI (2002). Capability Maturity Model Integration (CMMI), Version 1.1. (CMMI-SE/SW,
V1.1. Continuous Representation. CMU/SEI-2002-TR-001. Available at:
<http:www.sei.cmu.edu/CMMI>. Accesso em: mar 8, 2007.
SEI (2005). Capability Maturity Model Integrated Overview. Carnegie Mellon & Software
Engineering Institute. USA, Pittisburg, PA, 152133890, 2005, p. 38.
TIGRE, P. Bastos; BOTELHO, A. J. J. Brazil Meets the Global Challenge: it policy in port
liberalization environment. The Information Society, n. 17, 2001, pp. 101-102.
71
Normas da ABNT e Outras
 Para consultas posteriores:
 Elaboração de Trabalhos Acadêmicos:

 TCC Pós-Graduação Suporte Tecnológico para
Mainframes – Versão 2008-2.pdf;
 Norma ABNT NBR 14724/2005;
 Normas para trabalhos acadêmicos (UTFPR).
 Elaboração de Referências:
 Norma ABNT NBR 6023/2002;
 Como Preparar Referências (JUNG).

 Citações:

 Norma ABNT NBR10520/2002.

72
Obrigado!

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A01 +metodologia+cientifica

  • 2. Conhecimento Científico Ao contrário do que dão a entender a maioria dos livros de metodologia, o conhecimento científico não é algo pronto e acabado, indiscutível. Na verdade, o século XX foi palco de uma apaixonada discussão sobre o que é ciência, quais são suas características e sua relação com os outros tipos de conhecimento. Os pensadores que exploraram o tema discordam entre si e há até aqueles que defendem que um método científico é impossível. Outros têm denunciado a ideologia por trás do método científico, tais como Edgar Morin e Hebert Marcuse, que acusam a ciência e a tecnologia de promoverem a transformação do homem em coisa e a compartimentação do saber. DANTON, Gian. Metodologia Científica. 2000/2002. Disponível em: http://www.virtualbooks.com.br/v2/capa/. Acesso em: dez. 2008. 2
  • 3. Sumário  Conhecimento, ciência, método, metodologia e pesquisa.  Característica do pesquisador.  Tipos de trabalhos científicos:  Relatório de pesquisa, monografia, dissertação, tese, resenha, ensaio, artigos científico.  Tipos de artigos científicos – Estrutura e composição.  Exemplos 3
  • 4. Conhecimento  O que é criado a partir do processo de aprendizado ou da interpretação de dados e informações.  O conhecimento é próprio das pessoas e é criado num processo mental complexo ainda não completamente desvendado.  O conhecimento não existe apenas na “cabeça das pessoas”. 4
  • 5. Tipos de Conhecimento  Explícito – Presente nas diversas forma de representação: documentos, livros, etc.  Implícito – O que está na nossa cabeça, mas que pode ser explicitado.  Exemplo: para ir para a Faculdade é só.....  Tácito – Conhecimento subjetivo, interiorizado nas pessoas e que é muito difícil de ser explicitado e transmitido.  Exemplo: eu sei ir, mas não sei explicar com chegar lá. 5
  • 6. Noção atual do conhecimento  A noção que se tem hoje do conhecimento científico é influenciada pelos pontos de vista do Círculo de Viena e dos pensadores:  Karl Popper e Thomas S. Kuhn pela influência de suas propostas epistemológicas. 6
  • 7. Epistemologia* * Ramo da Filosofia que trata dos problemas filosóficos relacionados à crença e ao conhecimento 7
  • 8. Círculo de Viena  Europa – Início do século XX.  Interesse  Diferenciar o conhecimento científico dos outros tipos de conhecimento.  Ponto de partida (perguntas básicas)  O que é conhecimento científico?  Que tipo de conhecimento pode ser caracterizado como científico?  Avanço - Distinção de dois contextos  O da descoberta e o da verificação. 8
  • 9. Círculo de Viena  O contexto da descoberta é aquele em que o cientista faz sua descoberta.  Irrelevante para definir se o conhecimento é científico ou não.  A descoberta pode ter surgido de um sonho, de uma alucinação ou simplesmente de uma coincidência...  Para o CV o que realmente importa:  Como o cientista explica a sua descoberta aos pares. 9
  • 10. Círculo de Viena  O CV dava grande importância à verificação:  O Cientista deveria explicar detalhadamente como chegou aos seus resultados para que outros pesquisadores, repetindo a experiência, pudessem chegar aos mesmos resultados.  Para evitar equívocos é necessário usar:  Linguagem unívoca - Cada termo utilizado no trabalho deveria ter uma única interpretação. 10
  • 11. Método/Raciocínio Cartesiano  Duvidar de tudo.  Procurar axiomas (verdades inquestionáveis).  Procurar deduzir a partir dos axiomas novas verdades. 11
  • 12. A Verificação  Num trabalho sobre performance é preciso questionar e definir:  O que é performance?  Que componentes constitui o ambiente?  Que componentes afetam este ambiente?  Quais destes componentes serão pesquisados, e porquê?  A definição exata e uso com significado único asseguram a interpretação correta e a cientificidade do trabalho. 12
  • 13. A Verificação  Antes de divulgar os resultados:  Repetir a experiência  e verificar se chega sempre ao mesmo resultado.  Jamais se deve fazer juízos precipitados.  Essa corrente de pensamento também acreditava que o método cientifico deveria utilizar a indução. 13
  • 14. Ciência  Conjunto de conhecimentos precisos e metodologicamente ordenados em relação a um determinado domínio do saber. 14
  • 15. Método  Conjunto de etapas,ordenadamente dispostas, para o estudo de uma ciência, ou para alcançar um determinado fim.  Método Científico  Conjunto de processos a serem seguidos sistematicamente, na investigação dos fatos ou na procura de uma verdade. 15
  • 17. Pesquisa  Atividade de investigação capaz de produzir conhecimento novo ou sintetizar o que já se sabe a respeito de um determinado assunto ou área.  Procedimento racional, sistemático, que tem por objetivo buscar respostas aos problemas que são propostos. 17
  • 18. O Método de Indução Princípio segundo o qual deve-se partir das partes para o todo. 1 2 1 3 3 2 4 4 18
  • 19. O Método de Indução  Numa pesquisa, ir coletando casos particulares e, depois de certo número de casos, pode-se generalizar, dizendo que sempre que a situação se repetir o resultado será o mesmo.  Exemplo - Para saber temperatura de fervura da água:  Coloco água no fogo e, munido de um termômetro  Meço a temperatura e descubro que a fervura aconteceu a 100 graus centígrados.  Repito a experiência e chego ao mesmo resultado.  Repito de novo e vou repetindo até chegar à conclusão de que a água sempre ferverá a 100 graus centígrados. 19
  • 20. O Método de Indução  Umberto Eco e exemplo curioso: os sacos de feijões.  Vejo um saco opaco sobre a mesa. Quero saber o que tem no mesmo. Uso o método indutivo:  Vou tirando o conteúdo do saco um a um.  Da primeira vez, me deparo com um feijão branco.  Na outra tentativa, de novo um feijão branco.  Repito a experiência até achar que está bom (ou até acabar a verba).  Então extraio uma lei:  Dentro deste saco só há feijões brancos. 20
  • 21. Karl Popper  Ciência caracterizada pelo falseamento.  O cientista não deve procurar fatos que comprove a sua tese.  Estudando as galinhas.  Pesquiso uma e descubro que ela bota ovos.  Encontro outra galinha e observo o mesmo comportamento.  Por indução, chego à conclusão de que todas as galinhas botam ovos.  Popper isso não é científico, pois se eu encontrar uma única galinha que não bote ovos, minha tese cai por terra. 21
  • 22. Karl Poper  As verdades científicas são provisórias.  São apenas hipóteses esperando pelo falseamento. 22
  • 23. O Método da Dedução Princípio segundo o qual deve-se partir todo para as partes. 1 2 1 3 3 2 4 4 23
  • 24. O Método da Dedução  Devemos primeiro criar uma lei geral, depois observar casos particulares e verificar se essa lei não é falseada.  Para os adeptos da dedução, basta uma única prova dedutiva para que a lei possa ser considerada válida.  No caso do saco, se o vendedor nos disse que ele estava cheio de feijões brancos.  Eu então retiro um feijão de dentro do saco.  Se for um feijão branco, então minha hipótese está, por enquanto, correta.  O problema da dedução é que ela geralmente se origina de induções anteriores. Geralmente fazemos uma lei geral depois de já ter observado casos particulares. 24
  • 25. THOMAS S. KUHN  Thomas Kuhn percebeu uma falha na teoria de Popper:  Nenhum cientista procura falsear sua hipótese.  Ninguém passa a vida toda pesquisando clonagem para depois chegar à conclusão de que clonar um ser vivo é impossível (falseamento).  A ciência caminha através de revoluções científicas.  Para explicar sua teoria, ele criou o termo Paradigma.  Paradigmas: grandes teorias que orientam a visão de mundo do cientista.  Mudança de paradigma pode representar uma alteração total na maneira como as pessoas vêm o mundo.  São as chamadas revoluções científicas. 25
  • 26. THOMAS S. KUHN  Paradigmas: visão de mundo que orienta os pesquisadores.  De tempos em tempos surgem as anomalias, fenômenos que não se encaixam no paradigma.  Para explicá-los os cientistas mais jovens criam um novo paradigma, que leva bastante tempo para ser aceito, pois os cientistas antigos não mudam de idéia.  Exemplos de revoluções científicas:  O heliocentrismo, a teoria da evolução, a lei da gravidade, a teoria da relatividade,... 26
  • 27. Paradigmas  A ciência é guiada por paradigmas.  É o paradigma que vai costurar os vários conhecimentos sobre o mundo, diferenciando do senso comum.  As pesquisas procuram verificar e confirmar o paradigma. 27
  • 28. Características do pesquisador  O espírito científico é uma atitude ou disposição subjetiva do pesquisador que busca soluções sérias, com métodos adequados, para o problema que enfrenta.  Cultiva a honestidade, sensibilidade social, curiosidade, integridade intelectual, perseverança.  Evita o plágio. 28
  • 29. Características do pesquisador  Quem são os melhores cientistas? Albert Einstein 29
  • 30. Pesquisa Científica(Tipos)  PESQUISA PURA  Tem como objetivo principal a busca do saber.  PESQUISA APLICADA  Busca de solução para problemas concretos e imediatos.  PESQUISA BIBLIOGRÁFICA  É feita a partir de documentos  Livros, cd-rom, internet, revistas, jornais...  Deve anteceder todos os tipos de pesquisas . 30
  • 31. Pesquisa Científica(Tipos)  PESQUISA DESCRITIVA  Observa, registra e analisa os fenômenos, sem manipulá-los.  Procura descobrir a freqüência do fenômeno, sua natureza, suas características, sua relação com outros fenômenos.  PESQUISA EXPERIMENTAL  Manipula diretamente as variáveis relacionadas ao objeto de estudo.  Quer saber as causas e efeitos, como o evento ocorre.  O cientista cria situações de controle para evitar interferências (o placebo, por exemplo). 31
  • 32. Tipos de Pesquisa(Objetivos)  PESQUISA EXPLORATÓRIA  Primeira aproximação de um tema.  Visa criar maior familiaridade em relação a um fato ou fenômeno.  A pesquisa EXPLICATIVA segue a exploratória.  PESQUISA EXPLICATIVA  Procura criar uma teoria aceitável para um fato ou fenômeno. 32
  • 33. Tipos de Pesquisa(Coleta de dados)  Procedimentos de coleta de dados  Métodos práticos utilizados para juntar as informações, necessárias à construção dos raciocínios em torno de um fato/fenômeno/problema. 33
  • 34. Pesquisa Quantitativa  Expressa em números  As pessoas gostam mais de sorvete de chocolate ou de morango?  55% das pessoas gostam de chocolate  40% preferem morango  5% não gostam de sorvete.  Cinco das maiores empresas usam ERP.  Todas as grandes empresas usam mainframes. 34
  • 35. Técnicas Quantitativas  OBSERVAÇÃO SISTEMÁTICA  Para evitar interferências é comum se utilizar câmeras na observação sistemática.  Ou um espelho falso, onde o observador não é visto. 35
  • 36. Técnicas Quantitativas  QUESTIONÁRIO  Deve seguir uma estrutura lógica;  Ser progressivo (do mais simples ao mais complexo)  Conter uma questão por vez  Ter linguagem clara.  Antes de aplicar o questionário  Aconselhável testá-lo para verificar se é necessário fazer alterações nas questões. 36
  • 37. Técnicas Quantitativas  ENTREVISTA DIRIGIDA  O informante apenas escolhe uma entre várias possibilidades.  Importante que as questões sejam fechadas.  Pergunta fechada:  A internet pode ser usada como instrumento de apoio na educação?  Pergunta aberta:  Qual a sua opinião sobre a internet como instrumento de apoio pedagógico? 37
  • 38. Pesquisa Qualitativa  Nos últimos anos a pesquisa quantitativa vem sofrendo diversas críticas.  A sociedade muda de estratégia de acordo com as informações que recebe, sendo, portanto, impossível matematizar o homem, explicá-lo a partir de números. 38
  • 39. Técnicas Qualitativas  OBSERVAÇÃO PARTICIPANTE  Obtida através do contato direto do pesquisador com o fenômeno observado.  Procura compreender o sentido que os atores atribuem aos fatos.  Os resultados devem ser expressos com base na percepção, sentimento, observação. 39
  • 40. Técnicas Qualitativas  ENTREVISTA NÃO-DIRETIVA  Esse instrumento de pesquisa foi criado pelo psicólogo Carl Rogers.  Parte do princípio de que o informante é capaz de se exprimir com clareza.  O entrevistador deve se manter apenas escutando, anotando e interagindo com breves perguntas. 40
  • 41. Técnicas Qualitativas  ESTUDO DE CASO  O estudo de caso parte de uma lógica dedutiva.  O caso é tomado como unidade significativa do todo. 41
  • 42. Técnicas Qualitativas  Aplicação do estudo de caso (três fases)  1 - Seleção e delimitação do caso  O uso da webaula na Escola XPTY.  2 – Trabalho de campo  Coleta de informações: diários de classe, depoimentos de professores, gravações (as crianças usando o software).  3 – Organização e redação do relatório  Ordenação e tratamento dos dados  Análise dos resultados  Descrição do relatório. 42
  • 43. Tipos de trabalhos científicos 43
  • 44. Relatório de pesquisa  Forma de apresentação semelhante ao artigo e monografia (mas reduzido)  Expõe os resultados de experiências práticas ou investigativas. 44
  • 45. Monografia – Definição/Uso  Trabalho sistemático e completo sobre um assunto particular, usualmente pormenorizado no tratamento, mas não extenso em alcance. American Libray Association.  Informe científico sobre um assunto restrito  Uso comum  Trabalho de Conclusão de Cursos de Graduação ou Especialização. 45
  • 46. Monografia/Características  Observa e acumula observações  Organiza observações e informações  Estabelece relações entre as observações  Indaga os porquês das relações e regularidades  Comprova as relações e regularidades através de comentários, reflexões, interpretações, citação de Autores  Estabelece relações de conclusão, respondendo às questões propostas  Descreve/Comunica os resultados e as conclusões. 46
  • 47. Monografia/Características  O texto não pode  Repetir estudo sobre tema já explorado e não     apresentar nada de novo em relação ao enfoque, desenvolvimento e às conclusões Responder questões sem apresentar reflexão, comentário ou crítica fundamentada em autores Manifestar opiniões pessoais sem fundamentação Comprobatória Fazer citação de autores sem relação com o assunto, o tema, o problema da pesquisa Apresentar texto irrelevantes ao estudo. 47
  • 48. Dissertação  Texto elaborado nos moldes de uma tese  Sem muita profundidade  Supõe investigações futuras.  Trabalho final de mestrado.  Confere o título de Mestre (M. Sc.) 48
  • 49. Tese  Texto expositivo de hipótese explicativa ou compreensiva sobre o objeto de investigação;  O autor deve chegar a um alto nível de profundidade sobre o tema abordado;  Trabalho final de doutorado  Confere título de doutor (D. Sc.; Ph. D). 49
  • 50. Artigo científico  Distingue-se da monografia, pela sua reduzida dimensão e pelo seu conteúdo.  Tem a mesma estrutura exigida para trabalhos científicos (introdução, desenvolvimento e conclusão). 50
  • 51. Tipos de artigos  Originais ou de divulgação  Relatos de experiência de pesquisa.  Revisão  Descrição da análise e discussão de trabalhos já publicados (revisões bibliográficas). 51
  • 52. Estrutura do artigo  O artigo científico tem a mesma estrutura dos demais trabalhos científicos:  Pré-textual  Textual  Pós-textual 52
  • 53. Elementos Pré-textuais a) Título e subtítulo: devem figurar na página de abertura do artigo, na língua do texto; b) Autoria: Nome completo do(s) autor(es) na forma direta, acompanhados de um breve currículo que o (s) qualifique na área do artigo; c) Mini-currículo: incluindo endereço (e-mail) para contato, deve aparecer em nota de rodapé; d) Resumo: descrito na língua do texto. 53
  • 54. Exemplo: Qualidade em Engenharia de Software: o CMMI nos países emergentes. João T. B. Carradino [1] e-mail: jbcarradino@yhaoo.com.br Mário A. C. Prates [2] e-mail: mac@gmail.com ____________________ [1] Analista de Sistemas: especialista em desenvolvimento de software da TciInformática. [2] Analista de Sistemas e Métodos: professor do Centro Universitário da Cidade do Rio de Janeiro (UniverCidade). 54
  • 55. Resumo  Resumo na língua do texto  Deve apresentar de forma concisa, os     objetivos, a metodologia e os resultados alcançados; Não deve ultrapassar 250 palavras; Não deve conter citações; Uma seqüência de frases concisas e não de uma simples enumeração de tópicos; Deve-se usar o verbo na voz ativa e na terceira pessoa do singular . Ref. ABNT. NBR-6028, 2003, p. 2. 55
  • 56. Palavras-chave  Na linguagem do texto  De uso obrigatório, devem figurar abaixo do resumo, antecedidas da expressão: Palavras-chave separadas entre si por ponto, conforme a NBR 6028, 2003, p. 2. 56
  • 57. Exemplo: resumo e palavraschave RESUMO O artigo compara a experiência de empresas do Brasil, da Índia e da China na adoção do Capability Maturity Model Integrated. Este modelo, crescentemente adotado em todo o mundo, preconiza a melhoria contínua no desempenho das atividades de desenvolvimento e manutenção de softwares. Após uma apresentação de dados gerais sobre a indústria de software nos três países e de uma descrição do CMM, são discutidos dados obtidos por meio de questionários respondidos por profissionais das empresas e tratados por Análise Fatorial. O impacto do modelo é analisado, distinguindo-se os resultados segundo o país, o nível de maturidade na adoção do modelo e o porte da empresa. Uma das principais conclusões é a importância do modelo para as pequenas empresas. São propostas políticas e estratégias para o controle da qualidade no setor de software. Palavras-chave: Capability Maturity Model Integrated. CMMI. Engenharia de Software. Qualidade em Software. 57
  • 58. Elementos textuais(Introdução)  Formulação clara e simples do tema da investigação  Apresentação sintética da questão  Importância da metodologia  Breve referência a trabalhos anteriores sobre o mesmo assunto. 58
  • 59. Elementos textuais(Introdução)   Expor a finalidade e os objetivos do trabalho para uma visão geral do tema. A introdução deve apresentar: a) tema (objeto de estudo); b) delimitação do tema, ou seja o ponto de vista sob o qual o tema foi abordado; c) estado da arte, ou pesquisas realizadas sobre o mesmo tema; d) justificativa, o trabalho é importante considerando quais argumentações; e) problema, hipótese, o objetivos, método (a razão de escolha do método e resultados. 59
  • 60. Exemplo 1. Introdução Um dos requisitos de competitividade no mercado global de desenvolvimento de software é a adoção de práticas de processos aceitas internacionalmente. Visando a melhoria desta competitividade, o Brasil lançou, em novembro de 2003, uma nova Política Industrial, Tecnológica e de Comércio Exterior (PITCE), onde o Software passou a ser uma questão estratégica do governo federal, principalmente devido ao fato de que o software está presente e contribui para as inovações de diversas áreas, como: engenharia, medicina, educação, segurança, transportes, telecomunicações, gestão organizacional, etc. É um dos setores mais dinâmico, que desempenha um papel essencial na utilização, convergência e integração das tecnologias da informação e da comunicação (TIC). Mas, há vários anos o crescimento da complexidade e do tamanho das aplicações vem trazendo problemas de qualidade e produtividade à indústria de TIC e ao desenvolvimento de software em particular. A busca de uma solução tornou‑se um imperativo. Ferramentas e técnicas de apoio ao desenvolvimento de software vêm sendo usadas para minimizar o problema. Todavia, o rápido crescimento do número de padrões alternativos dificulta, cada vez mais, a escolha da ferramenta ideal. Para se ter uma idéia sobre a seriedade do problema, basta observar que somente o Catálogo on line da ISO (2006) registra, unicamente para o desenvolvimento de software e a documentação de sistemas, cerca de 80 normas ISO. Por isto, surgiu, nas últimas décadas, toda uma geração de métodos e modelos destinados a orientar a busca pela Qualidade da Engenharia de Software. Significa, basicamente, substituir o improviso no desenvolvimento de software, uma prática comum deste setor, pelo uso de normas capazes de permitir a utilização de padrões e garantir qualidade, como exatidão, correção, robustez, adaptabilidade, rentabilidade e manutenibilidade (TEKINERDOĞAN, 2003). 60
  • 61. Exemplo desta geração o CMMI vem se impondo mundialmente Dentre os modelos comoferramenta para gestão de processos de desenvolvimento e manutenção de software e como referência na contratação de software desenvolvido sob encomenda. Seu desenvolvimento surgiu do esforço e colaboração do SEI (Software Engineering Institute), da indústria e agentes do governo americano (SEI, 2002). Seu antecessor, o CMM (Capability Maturity Model), foi desenvolvido com base nos conceitos e princípios da Qualidade Total e posteriormente melhorado. O suporte a este modelo inicial foi descontinuado pelo SEI em dezembro de 2003, mas continua sendo usado em todo mundo como legado. O CMMI difere do CMM devido a sua maior ênfase não apenas no desenvolvimento de produtos, mas também no desenvolvimento do negócio. Seu objetivo é prover um modelo que dê apoio ao desenvolvimento e manutenção de produtos e serviços, oferecendo um framework extensivo de modo que novos corpos de conhecimentos possam ser adicionados (CHRISSIS, 2003). As organizações podem usar a representação por estágio do CMMI para melhorar e comparar o seu nível de maturidade com o de outras organizações, ou a representação contínua, para melhorar seu nível de capacidade em uma área de processo específica (GOLDENSON, 2003; BEYNON, 2007). Nesse estudo foram incluídas somente empresas que usam a representação por estágio, conforme descrito na sessão 3. Neste tipo de representação, o uso deste modelo permite avaliar o nível de maturidade organizacional, de acordo com a seguinte classificação: 1) inicial; 2) repetível; 3) definido; 4) gerenciado; 5) otimizado. A avaliação começa no nível 2, pois é considerado que as organizações começam a 61 se diferenciar umas das outras a partir deste nível.
  • 62. Elementos Textuais(Desenvolvimento)  Parte principal e mais extensa do trabalho, deve apresentar:  a fundamentação teórica;  a metodologia;  os resultados;  a discussão.  Divide-se em seções e subseções. 62
  • 63. Elementos Textuais(Conclusão)  Resumo completo, mas sintetizado, do trabalho: a) as conclusões devem responder às questões da pesquisa, correspondentes aos objetivos e hipóteses; b) devem ser breves podendo apresentar recomendações e sugestões para trabalhos futuros; c) artigos de revisão: excluir material, método e resultados. 63
  • 64. Elementos(Pós-Textuais)  resumo em língua estrangeira  referências: Elemento obrigatório, constitui uma lista ordenada dos documentos efetivamente citados no texto.  glossário: elemento opcional elaborado em ordem alfabética;  apêndices: Elemento opcional. Texto ou documento elaborado pelo autor  anexos: Elemento opcional, “texto ou documento que serve de fundamentação, comprovação e ilustração”. 64
  • 65. Ilustrações  Quadros, figuras, fotos, etc., devem ter numeração seqüencial.  Identificação na parte inferior, seguida do seu número em algarismo arábico. 65
  • 66. Exemplo FIGURA 1 – Os níveis da representação por estágio Fontes: (SEI, 2005; SEI, 2006; GUERRERO, 2004). 66
  • 67. Tabela  Título por extenso, inscrito no topo da tabela, para indicar a natureza e abrangência do seu conteúdo  Fonte: a fonte deve ser colocada imediatamente abaixo da tabela em letra maiúscula/minúscula para indicar a autoridade dos dados e/ou informações da tabela, precedida da palavra Fonte. 67
  • 68. Exemplo TABELA 1 – Número de participantes da pesquisa Fonte: Elaboração própria. 68
  • 69. Exemplos: citação no texto As organizações podem usar a representação por estágio do CMMI para melhorar e comparar o seu nível de maturidade com o de outras organizações, ou a representação contínua, para melhorar seu nível de capacidade em uma área de processo específica (GOLDENSON, 2003; BEYNON, 2007). De acordo como Tigre e Botelho (2001, pp. 100-101) “a possível vantagem comparativa do Brasil está no desenho e na engenharia intensiva de aplicações”. 69
  • 70. Exemplo: citação longa Apesar de ser um país com grau de informatização comparável aos mais desenvolvidos, a exportação do software não atingiu ainda as expectativas estabelecidas no início da década de 90. Na visão de Resende, A estimativa é que ele exporte anualmente cerca de 300 milhões de dólares em software e serviços, com a meta de exportar 2 bilhões de dólares até 2007, que é ambiciosa. Para isso é preciso pensar numa política integrada para o setor, que passa também pela promoção comercial e pelo fortalecimento da indústria nacional, com aumento da participação no mercado interno e estímulo à fusão e criação de empresas de grande porte (RESENDE, 2006). O mercado interno, por sua vez, está em forte mudança, devido à entrada significativa de organizações multinacionais, limitando a participação das empresas constituídas no país a ocuparem menos que 20% desse mercado (BARROSO, 2006). 70
  • 71. Referências - Exemplos CSIA (2006). China Software Export Achieved 7 Times Growth in Five Years. Disponível em: <http://www.csia.org.cn/chinese_en/index/index.htm>. Acesso em: 19 aug., 2006. CRUZ, Tadeu. Workflow: a tecnologia que vai revolucionar processos. São Paulo: 2ª. Ed, Atlas, 2000, pp. 33-42. ___________. Sistemas, Métodos e Processos: administrando organizações por meio de processos de negócios. São Paulo: Atlas, 2003, pp. 33-43. GIBB, Allan; LI, Jun. Organizing for Enterprise in China: what can we learn from the chinese micro, small, and medium enterprise development experience. Futures, 35, 2003, pp. 403-421. RESENDE, Sergio. Ministro fala sobre as ações estratégicas da SOFTEX. Disponível em: <http://www.softex.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=6348&sid=178>. Acesso em: 19 aug. 2006. SEI (2002). Capability Maturity Model Integration (CMMI), Version 1.1. (CMMI-SE/SW, V1.1. Continuous Representation. CMU/SEI-2002-TR-001. Available at: <http:www.sei.cmu.edu/CMMI>. Accesso em: mar 8, 2007. SEI (2005). Capability Maturity Model Integrated Overview. Carnegie Mellon & Software Engineering Institute. USA, Pittisburg, PA, 152133890, 2005, p. 38. TIGRE, P. Bastos; BOTELHO, A. J. J. Brazil Meets the Global Challenge: it policy in port liberalization environment. The Information Society, n. 17, 2001, pp. 101-102. 71
  • 72. Normas da ABNT e Outras  Para consultas posteriores:  Elaboração de Trabalhos Acadêmicos:  TCC Pós-Graduação Suporte Tecnológico para Mainframes – Versão 2008-2.pdf;  Norma ABNT NBR 14724/2005;  Normas para trabalhos acadêmicos (UTFPR).  Elaboração de Referências:  Norma ABNT NBR 6023/2002;  Como Preparar Referências (JUNG).  Citações:  Norma ABNT NBR10520/2002. 72