O documento discute a noção atual do conhecimento científico, influenciada pelos pontos de vista do Círculo de Viena e pensadores como Karl Popper e Thomas Kuhn. Discutem-se também os métodos de indução e dedução, paradigmas científicos, características do pesquisador e tipos de pesquisa.
2. Conhecimento Científico
Ao contrário do que dão a entender a maioria dos livros de
metodologia, o conhecimento científico não é algo pronto e
acabado, indiscutível. Na verdade, o século XX foi palco de
uma apaixonada discussão sobre o que é ciência, quais são
suas características e sua relação com os outros tipos de
conhecimento. Os pensadores que exploraram o tema
discordam entre si e há até aqueles que defendem que um
método científico é impossível. Outros têm denunciado a
ideologia por trás do método científico, tais como
Edgar Morin e Hebert Marcuse, que acusam a ciência e a
tecnologia de promoverem a transformação do homem em
coisa e a compartimentação do saber.
DANTON, Gian. Metodologia Científica. 2000/2002. Disponível em:
http://www.virtualbooks.com.br/v2/capa/. Acesso em: dez. 2008.
2
3. Sumário
Conhecimento, ciência, método,
metodologia e pesquisa.
Característica do pesquisador.
Tipos de trabalhos científicos:
Relatório de pesquisa, monografia, dissertação,
tese, resenha, ensaio, artigos científico.
Tipos de artigos científicos – Estrutura e
composição.
Exemplos
3
4. Conhecimento
O que é criado a partir do processo de
aprendizado ou da interpretação de
dados e informações.
O conhecimento é próprio das pessoas e
é criado num processo mental complexo
ainda não completamente desvendado.
O conhecimento não existe apenas na
“cabeça das pessoas”.
4
5. Tipos de Conhecimento
Explícito – Presente nas diversas forma de
representação: documentos, livros, etc.
Implícito – O que está na nossa cabeça,
mas que pode ser explicitado.
Exemplo: para ir para a Faculdade é só.....
Tácito – Conhecimento subjetivo,
interiorizado nas pessoas e que é muito
difícil de ser explicitado e transmitido.
Exemplo: eu sei ir, mas não sei explicar com
chegar lá.
5
6. Noção atual do conhecimento
A noção que se tem hoje do
conhecimento científico é influenciada
pelos pontos de vista do Círculo de Viena e
dos pensadores:
Karl Popper e Thomas S. Kuhn pela
influência de suas propostas
epistemológicas.
6
7. Epistemologia*
* Ramo da Filosofia que trata dos problemas filosóficos relacionados à
crença e ao conhecimento
7
8. Círculo de Viena
Europa – Início do século XX.
Interesse
Diferenciar o conhecimento científico dos
outros tipos de conhecimento.
Ponto de partida (perguntas básicas)
O que é conhecimento científico?
Que tipo de conhecimento pode ser
caracterizado como científico?
Avanço - Distinção de dois contextos
O da descoberta e o da verificação.
8
9. Círculo de Viena
O contexto da descoberta é aquele em
que o cientista faz sua descoberta.
Irrelevante para definir se o
conhecimento é científico ou não.
A descoberta pode ter surgido de um
sonho, de uma alucinação ou
simplesmente de uma coincidência...
Para o CV o que realmente importa:
Como o cientista explica a sua
descoberta aos pares.
9
10. Círculo de Viena
O CV dava grande importância à
verificação:
O Cientista deveria explicar
detalhadamente como chegou aos seus
resultados para que outros pesquisadores,
repetindo a experiência, pudessem chegar
aos mesmos resultados.
Para evitar equívocos é necessário usar:
Linguagem unívoca - Cada termo utilizado
no trabalho deveria ter uma única
interpretação.
10
11. Método/Raciocínio Cartesiano
Duvidar de tudo.
Procurar axiomas (verdades
inquestionáveis).
Procurar deduzir a partir dos axiomas
novas verdades.
11
12. A Verificação
Num trabalho sobre performance é preciso
questionar e definir:
O que é performance?
Que componentes constitui o ambiente?
Que componentes afetam este ambiente?
Quais destes componentes serão pesquisados, e
porquê?
A definição exata e uso com significado único
asseguram a interpretação correta e a
cientificidade do trabalho.
12
13. A Verificação
Antes de divulgar os resultados:
Repetir a experiência
e verificar se chega sempre ao mesmo
resultado.
Jamais se deve fazer juízos precipitados.
Essa corrente de pensamento também
acreditava que o método cientifico
deveria utilizar a indução.
13
14. Ciência
Conjunto de conhecimentos precisos e
metodologicamente ordenados em
relação a um determinado domínio do
saber.
14
15. Método
Conjunto de etapas,ordenadamente
dispostas, para o estudo de uma ciência,
ou para alcançar um determinado fim.
Método Científico
Conjunto de processos a serem seguidos
sistematicamente, na investigação dos fatos
ou na procura de uma verdade.
15
17. Pesquisa
Atividade de investigação capaz de
produzir conhecimento novo ou
sintetizar o que já se sabe a respeito de
um determinado assunto ou área.
Procedimento racional, sistemático, que
tem por objetivo buscar respostas aos
problemas que são propostos.
17
18. O Método de Indução
Princípio segundo o qual deve-se partir das partes
para o todo.
1
2
1
3
3
2
4
4
18
19. O Método de Indução
Numa pesquisa, ir coletando casos particulares
e, depois de certo número de casos, pode-se
generalizar, dizendo que sempre que a
situação se repetir o resultado será o mesmo.
Exemplo - Para saber temperatura de fervura
da água:
Coloco água no fogo e, munido de um termômetro
Meço a temperatura e descubro que a fervura
aconteceu a 100 graus centígrados.
Repito a experiência e chego ao mesmo resultado.
Repito de novo e vou repetindo até chegar à
conclusão de que a água sempre ferverá a 100
graus centígrados.
19
20. O Método de Indução
Umberto Eco e exemplo curioso: os sacos
de feijões.
Vejo um saco opaco sobre a mesa. Quero saber
o que tem no mesmo. Uso o método indutivo:
Vou tirando o conteúdo do saco um a um.
Da primeira vez, me deparo com um feijão branco.
Na outra tentativa, de novo um feijão branco.
Repito a experiência até achar que está bom (ou
até acabar a verba).
Então extraio uma lei:
Dentro deste saco só há feijões brancos.
20
21. Karl Popper
Ciência caracterizada pelo falseamento.
O cientista não deve procurar fatos que
comprove a sua tese.
Estudando as galinhas.
Pesquiso uma e descubro que ela bota ovos.
Encontro outra galinha e observo o mesmo
comportamento.
Por indução, chego à conclusão de que todas as
galinhas botam ovos.
Popper isso não é científico, pois se eu encontrar
uma única galinha que não bote ovos, minha tese
cai por terra.
21
22. Karl Poper
As verdades científicas são provisórias.
São apenas hipóteses esperando pelo
falseamento.
22
23. O Método da Dedução
Princípio segundo o qual deve-se partir todo
para as partes.
1
2
1
3
3
2
4
4
23
24. O Método da Dedução
Devemos primeiro criar uma lei geral, depois
observar casos particulares e verificar se essa lei não
é falseada.
Para os adeptos da dedução, basta uma única prova
dedutiva para que a lei possa ser considerada válida.
No caso do saco, se o vendedor nos disse que ele
estava cheio de feijões brancos.
Eu então retiro um feijão de dentro do saco.
Se for um feijão branco, então minha hipótese está, por
enquanto, correta.
O problema da dedução é que ela geralmente se origina de
induções anteriores. Geralmente fazemos uma lei geral
depois de já ter observado casos particulares.
24
25. THOMAS S. KUHN
Thomas Kuhn percebeu uma falha na teoria de
Popper:
Nenhum cientista procura falsear sua hipótese.
Ninguém passa a vida toda pesquisando clonagem para
depois chegar à conclusão de que clonar um ser vivo é
impossível (falseamento).
A ciência caminha através de revoluções científicas.
Para explicar sua teoria, ele criou o termo Paradigma.
Paradigmas: grandes teorias que orientam a visão de mundo
do cientista.
Mudança de paradigma pode representar uma alteração
total na maneira como as pessoas vêm o mundo.
São as chamadas revoluções científicas.
25
26. THOMAS S. KUHN
Paradigmas: visão de mundo que orienta os
pesquisadores.
De tempos em tempos surgem as anomalias,
fenômenos que não se encaixam no paradigma.
Para explicá-los os cientistas mais jovens criam
um novo paradigma, que leva bastante tempo
para ser aceito, pois os cientistas antigos não
mudam de idéia.
Exemplos de revoluções científicas:
O heliocentrismo, a teoria da evolução, a lei da
gravidade, a teoria da relatividade,...
26
27. Paradigmas
A ciência é guiada por paradigmas.
É o paradigma que vai costurar os vários
conhecimentos sobre o mundo,
diferenciando do senso comum.
As pesquisas procuram verificar e confirmar
o paradigma.
27
28. Características do pesquisador
O espírito científico é uma atitude ou
disposição subjetiva do pesquisador que busca
soluções sérias, com métodos adequados, para
o problema que enfrenta.
Cultiva a honestidade, sensibilidade social,
curiosidade, integridade intelectual,
perseverança.
Evita o plágio.
28
30. Pesquisa Científica(Tipos)
PESQUISA PURA
Tem como objetivo principal a busca do saber.
PESQUISA APLICADA
Busca de solução para problemas concretos e
imediatos.
PESQUISA BIBLIOGRÁFICA
É feita a partir de documentos
Livros, cd-rom, internet, revistas, jornais...
Deve anteceder todos os tipos de pesquisas
.
30
31. Pesquisa Científica(Tipos)
PESQUISA DESCRITIVA
Observa, registra e analisa os fenômenos,
sem manipulá-los.
Procura descobrir a freqüência do fenômeno, sua
natureza, suas características, sua relação com
outros fenômenos.
PESQUISA EXPERIMENTAL
Manipula diretamente as variáveis
relacionadas ao objeto de estudo.
Quer saber as causas e efeitos, como o evento
ocorre.
O cientista cria situações de controle para evitar
interferências (o placebo, por exemplo).
31
32. Tipos de Pesquisa(Objetivos)
PESQUISA EXPLORATÓRIA
Primeira aproximação de um tema.
Visa criar maior familiaridade em relação a um fato
ou fenômeno.
A pesquisa EXPLICATIVA segue a exploratória.
PESQUISA EXPLICATIVA
Procura criar uma teoria aceitável para um fato ou
fenômeno.
32
33. Tipos de Pesquisa(Coleta de dados)
Procedimentos de coleta de dados
Métodos práticos utilizados para juntar as
informações, necessárias à construção dos
raciocínios em torno de um
fato/fenômeno/problema.
33
34. Pesquisa Quantitativa
Expressa em números
As pessoas gostam mais de sorvete de
chocolate ou de morango?
55% das pessoas gostam de chocolate
40% preferem morango
5% não gostam de sorvete.
Cinco das maiores empresas usam ERP.
Todas as grandes empresas usam mainframes.
34
35. Técnicas Quantitativas
OBSERVAÇÃO SISTEMÁTICA
Para evitar interferências é comum se
utilizar câmeras na observação sistemática.
Ou um espelho falso, onde o observador não
é visto.
35
36. Técnicas Quantitativas
QUESTIONÁRIO
Deve seguir uma estrutura lógica;
Ser progressivo (do mais simples ao mais
complexo)
Conter uma questão por vez
Ter linguagem clara.
Antes de aplicar o questionário
Aconselhável testá-lo para verificar se é necessário
fazer alterações nas questões.
36
37. Técnicas Quantitativas
ENTREVISTA DIRIGIDA
O informante apenas escolhe uma entre
várias possibilidades.
Importante que as questões sejam fechadas.
Pergunta fechada:
A internet pode ser usada como
instrumento de apoio na educação?
Pergunta aberta:
Qual a sua opinião sobre a internet como
instrumento de apoio pedagógico?
37
38. Pesquisa Qualitativa
Nos últimos anos a pesquisa quantitativa
vem sofrendo diversas críticas.
A sociedade muda de estratégia de
acordo com as informações que recebe,
sendo, portanto, impossível matematizar
o homem, explicá-lo a partir de números.
38
39. Técnicas Qualitativas
OBSERVAÇÃO PARTICIPANTE
Obtida através do contato direto do
pesquisador com o fenômeno observado.
Procura compreender o sentido que os
atores atribuem aos fatos.
Os resultados devem ser expressos com
base na percepção, sentimento,
observação.
39
40. Técnicas Qualitativas
ENTREVISTA NÃO-DIRETIVA
Esse instrumento de pesquisa foi criado
pelo psicólogo Carl Rogers.
Parte do princípio de que o informante é
capaz de se exprimir com clareza.
O entrevistador deve se manter apenas
escutando, anotando e interagindo com
breves perguntas.
40
41. Técnicas Qualitativas
ESTUDO DE CASO
O estudo de caso parte de uma lógica
dedutiva.
O caso é tomado como unidade significativa
do todo.
41
42. Técnicas Qualitativas
Aplicação do estudo de caso (três fases)
1 - Seleção e delimitação do caso
O uso da webaula na Escola XPTY.
2 – Trabalho de campo
Coleta de informações: diários de classe, depoimentos
de professores, gravações (as crianças usando o
software).
3 – Organização e redação do relatório
Ordenação e tratamento dos dados
Análise dos resultados
Descrição do relatório.
42
44. Relatório de pesquisa
Forma de apresentação semelhante ao
artigo e monografia (mas reduzido)
Expõe os resultados de experiências
práticas ou investigativas.
44
45. Monografia – Definição/Uso
Trabalho sistemático e completo sobre um
assunto particular, usualmente
pormenorizado no tratamento, mas não
extenso em alcance.
American Libray Association.
Informe científico sobre um assunto restrito
Uso comum
Trabalho de Conclusão de Cursos de Graduação ou
Especialização.
45
46. Monografia/Características
Observa e acumula observações
Organiza observações e informações
Estabelece relações entre as observações
Indaga os porquês das relações e regularidades
Comprova as relações e regularidades através de
comentários, reflexões, interpretações, citação de
Autores
Estabelece relações de conclusão, respondendo às
questões propostas
Descreve/Comunica os resultados e as conclusões.
46
47. Monografia/Características
O texto não pode
Repetir estudo sobre tema já explorado e não
apresentar nada de novo em relação ao enfoque,
desenvolvimento e às conclusões
Responder questões sem apresentar reflexão,
comentário ou crítica fundamentada em autores
Manifestar opiniões pessoais sem fundamentação
Comprobatória
Fazer citação de autores sem relação com o
assunto, o tema, o problema da pesquisa
Apresentar texto irrelevantes ao estudo.
47
48. Dissertação
Texto elaborado nos moldes de uma tese
Sem muita profundidade
Supõe investigações futuras.
Trabalho final de mestrado.
Confere o título de Mestre (M. Sc.)
48
49. Tese
Texto expositivo de hipótese explicativa
ou compreensiva sobre o objeto de
investigação;
O autor deve chegar a um alto nível de
profundidade sobre o tema abordado;
Trabalho final de doutorado
Confere título de doutor (D. Sc.; Ph. D).
49
50. Artigo científico
Distingue-se da monografia, pela sua
reduzida dimensão e pelo seu conteúdo.
Tem a mesma estrutura exigida para
trabalhos científicos (introdução,
desenvolvimento e conclusão).
50
51. Tipos de artigos
Originais ou de divulgação
Relatos de experiência de pesquisa.
Revisão
Descrição da análise e discussão de
trabalhos já publicados (revisões
bibliográficas).
51
52. Estrutura do artigo
O artigo científico tem a mesma
estrutura dos demais trabalhos
científicos:
Pré-textual
Textual
Pós-textual
52
53. Elementos Pré-textuais
a) Título e subtítulo: devem figurar na página
de abertura do artigo, na língua do texto;
b) Autoria: Nome completo do(s) autor(es) na
forma direta, acompanhados de um breve
currículo que o (s) qualifique na área do
artigo;
c) Mini-currículo: incluindo endereço (e-mail)
para contato, deve aparecer em nota de
rodapé;
d) Resumo: descrito na língua do texto.
53
54. Exemplo:
Qualidade em Engenharia de Software: o
CMMI nos países emergentes.
João T. B. Carradino [1]
e-mail: jbcarradino@yhaoo.com.br
Mário A. C. Prates [2]
e-mail: mac@gmail.com
____________________
[1] Analista de Sistemas: especialista em desenvolvimento de software da TciInformática.
[2] Analista de Sistemas e Métodos: professor do Centro Universitário da
Cidade do Rio de Janeiro (UniverCidade).
54
55. Resumo
Resumo na língua do texto
Deve apresentar de forma concisa, os
objetivos, a metodologia e os resultados
alcançados;
Não deve ultrapassar 250 palavras;
Não deve conter citações;
Uma seqüência de frases concisas e não de
uma simples enumeração de tópicos;
Deve-se usar o verbo na voz ativa e na
terceira pessoa do singular .
Ref. ABNT. NBR-6028, 2003, p. 2.
55
56. Palavras-chave
Na linguagem do texto
De uso obrigatório, devem figurar abaixo
do resumo, antecedidas da expressão:
Palavras-chave separadas entre si por
ponto, conforme a NBR 6028, 2003, p. 2.
56
57. Exemplo: resumo e palavraschave
RESUMO
O artigo compara a experiência de empresas do Brasil, da Índia e da China
na adoção do Capability Maturity Model Integrated. Este modelo,
crescentemente adotado em todo o mundo, preconiza a melhoria contínua
no desempenho das atividades de desenvolvimento e manutenção de
softwares. Após uma apresentação de dados gerais sobre a indústria de
software nos três países e de uma descrição do CMM, são discutidos dados
obtidos por meio de questionários respondidos por profissionais das
empresas e tratados por Análise Fatorial. O impacto do modelo é
analisado, distinguindo-se os resultados segundo o país, o nível de
maturidade na adoção do modelo e o porte da empresa. Uma das
principais conclusões é a importância do modelo para as pequenas
empresas. São propostas políticas e estratégias para o controle da
qualidade no setor de software.
Palavras-chave: Capability Maturity Model Integrated. CMMI. Engenharia
de Software. Qualidade em Software.
57
58. Elementos textuais(Introdução)
Formulação clara e simples do tema da
investigação
Apresentação sintética da questão
Importância da metodologia
Breve referência a trabalhos anteriores
sobre o mesmo assunto.
58
59. Elementos textuais(Introdução)
Expor a finalidade e os objetivos do trabalho para
uma visão geral do tema.
A introdução deve apresentar:
a) tema (objeto de estudo);
b) delimitação do tema, ou seja o ponto de vista sob o qual o
tema foi abordado;
c) estado da arte, ou pesquisas realizadas sobre o mesmo
tema;
d) justificativa, o trabalho é importante considerando quais
argumentações;
e) problema, hipótese, o objetivos, método (a razão de
escolha do método e resultados.
59
60. Exemplo
1.
Introdução
Um dos requisitos de competitividade no mercado global de desenvolvimento de
software é a adoção de práticas de processos aceitas internacionalmente. Visando a
melhoria desta competitividade, o Brasil lançou, em novembro de 2003, uma nova
Política Industrial, Tecnológica e de Comércio Exterior (PITCE), onde o Software
passou a ser uma questão estratégica do governo federal, principalmente devido ao
fato de que o software está presente e contribui para as inovações de diversas áreas,
como: engenharia, medicina, educação, segurança, transportes, telecomunicações,
gestão organizacional, etc. É um dos setores mais dinâmico, que desempenha um
papel essencial na utilização, convergência e integração das tecnologias da
informação e da comunicação (TIC). Mas, há vários anos o crescimento da
complexidade e do tamanho das aplicações vem trazendo problemas de qualidade e
produtividade à indústria de TIC e ao desenvolvimento de software em particular. A
busca de uma solução tornou‑se um imperativo. Ferramentas e técnicas de apoio ao
desenvolvimento de software vêm sendo usadas para minimizar o problema. Todavia,
o rápido crescimento do número de padrões alternativos dificulta, cada vez mais, a
escolha da ferramenta ideal. Para se ter uma idéia sobre a seriedade do problema,
basta observar que somente o Catálogo on line da ISO (2006) registra, unicamente
para o desenvolvimento de software e a documentação de sistemas, cerca de 80
normas ISO. Por isto, surgiu, nas últimas décadas, toda uma geração de métodos e
modelos destinados a orientar a busca pela Qualidade da Engenharia de Software.
Significa, basicamente, substituir o improviso no desenvolvimento de software, uma
prática comum deste setor, pelo uso de normas capazes de permitir a utilização de
padrões e garantir qualidade, como exatidão, correção, robustez, adaptabilidade,
rentabilidade e manutenibilidade (TEKINERDOĞAN, 2003).
60
61. Exemplo desta geração o CMMI vem se impondo mundialmente
Dentre os modelos
comoferramenta para gestão de processos de desenvolvimento e manutenção
de software e como referência na contratação de software desenvolvido sob
encomenda. Seu desenvolvimento surgiu do esforço e colaboração do SEI
(Software Engineering Institute), da indústria e agentes do governo americano
(SEI, 2002). Seu antecessor, o CMM (Capability Maturity Model), foi desenvolvido
com base nos conceitos e princípios da Qualidade Total e posteriormente
melhorado. O suporte a este modelo inicial foi descontinuado pelo SEI em
dezembro de 2003, mas continua sendo usado em todo mundo como legado. O
CMMI difere do CMM devido a sua maior ênfase não apenas no desenvolvimento
de produtos, mas também no desenvolvimento do negócio. Seu objetivo é
prover um modelo que dê apoio ao desenvolvimento e manutenção de produtos
e serviços, oferecendo um framework extensivo de modo que novos corpos de
conhecimentos possam ser adicionados (CHRISSIS, 2003).
As organizações podem usar a representação por estágio do CMMI para melhorar
e comparar o seu nível de maturidade com o de outras organizações, ou a
representação contínua, para melhorar seu nível de capacidade em uma área de
processo específica (GOLDENSON, 2003; BEYNON, 2007). Nesse estudo foram
incluídas somente empresas que usam a representação por estágio, conforme
descrito na sessão 3. Neste tipo de representação, o uso deste modelo permite
avaliar o nível de maturidade organizacional, de acordo com a seguinte
classificação: 1) inicial; 2) repetível; 3) definido; 4) gerenciado; 5) otimizado. A
avaliação começa no nível 2, pois é considerado que as organizações começam a
61
se diferenciar umas das outras a partir deste nível.
62. Elementos Textuais(Desenvolvimento)
Parte principal e mais extensa do
trabalho, deve apresentar:
a fundamentação teórica;
a metodologia;
os resultados;
a discussão.
Divide-se em seções e subseções.
62
63. Elementos Textuais(Conclusão)
Resumo completo, mas sintetizado, do
trabalho:
a) as conclusões devem responder às
questões da pesquisa, correspondentes
aos objetivos e hipóteses;
b) devem ser breves podendo apresentar
recomendações e sugestões para
trabalhos futuros;
c) artigos de revisão: excluir material,
método e resultados.
63
64. Elementos(Pós-Textuais)
resumo em língua estrangeira
referências: Elemento obrigatório, constitui
uma lista ordenada dos documentos
efetivamente citados no texto.
glossário: elemento opcional elaborado em
ordem alfabética;
apêndices: Elemento opcional. Texto ou
documento elaborado pelo autor
anexos: Elemento opcional, “texto ou
documento que serve de fundamentação,
comprovação e ilustração”.
64
65. Ilustrações
Quadros, figuras, fotos, etc., devem ter
numeração seqüencial.
Identificação na parte inferior, seguida
do seu número em algarismo arábico.
65
66. Exemplo
FIGURA 1 – Os níveis da representação por estágio
Fontes: (SEI, 2005; SEI, 2006; GUERRERO, 2004).
66
67. Tabela
Título por extenso, inscrito no topo da
tabela, para indicar a natureza e
abrangência do seu conteúdo
Fonte: a fonte deve ser colocada
imediatamente abaixo da tabela em
letra maiúscula/minúscula para indicar a
autoridade dos dados e/ou informações
da tabela, precedida da palavra Fonte.
67
68. Exemplo
TABELA 1 – Número de participantes da pesquisa
Fonte: Elaboração própria.
68
69. Exemplos: citação no texto
As organizações podem usar a representação por
estágio do CMMI para melhorar e comparar o seu nível
de maturidade com o de outras organizações, ou a
representação contínua, para melhorar seu nível de
capacidade em uma área de processo específica
(GOLDENSON, 2003; BEYNON, 2007).
De acordo como Tigre e Botelho (2001, pp. 100-101) “a
possível vantagem comparativa do Brasil está no
desenho e na engenharia intensiva de aplicações”.
69
70. Exemplo: citação longa
Apesar de ser um país com grau de informatização comparável
aos mais desenvolvidos, a exportação do software não atingiu
ainda as expectativas estabelecidas no início da década de 90. Na
visão de Resende,
A estimativa é que ele exporte anualmente cerca de 300 milhões de dólares em
software e serviços, com a meta de exportar 2 bilhões de dólares até 2007, que é
ambiciosa. Para isso é preciso pensar numa política integrada para o setor, que passa
também pela promoção comercial e pelo fortalecimento da indústria nacional, com
aumento da participação no mercado interno e estímulo à fusão e criação de
empresas de grande porte (RESENDE, 2006).
O mercado interno, por sua vez, está em forte mudança, devido
à entrada significativa de organizações multinacionais, limitando
a participação das empresas constituídas no país a ocuparem
menos que 20% desse mercado (BARROSO, 2006).
70
71. Referências - Exemplos
CSIA (2006). China Software Export Achieved 7 Times Growth in Five Years. Disponível
em: <http://www.csia.org.cn/chinese_en/index/index.htm>. Acesso em: 19 aug., 2006.
CRUZ, Tadeu. Workflow: a tecnologia que vai revolucionar processos. São Paulo: 2ª. Ed,
Atlas, 2000, pp. 33-42.
___________. Sistemas, Métodos e Processos: administrando organizações por meio de
processos de negócios. São Paulo: Atlas, 2003, pp. 33-43.
GIBB, Allan; LI, Jun. Organizing for Enterprise in China: what can we learn from the
chinese micro, small, and medium enterprise development experience. Futures, 35,
2003, pp. 403-421.
RESENDE, Sergio. Ministro fala sobre as ações estratégicas da SOFTEX. Disponível em:
<http://www.softex.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=6348&sid=178>. Acesso em:
19 aug. 2006.
SEI (2002). Capability Maturity Model Integration (CMMI), Version 1.1. (CMMI-SE/SW,
V1.1. Continuous Representation. CMU/SEI-2002-TR-001. Available at:
<http:www.sei.cmu.edu/CMMI>. Accesso em: mar 8, 2007.
SEI (2005). Capability Maturity Model Integrated Overview. Carnegie Mellon & Software
Engineering Institute. USA, Pittisburg, PA, 152133890, 2005, p. 38.
TIGRE, P. Bastos; BOTELHO, A. J. J. Brazil Meets the Global Challenge: it policy in port
liberalization environment. The Information Society, n. 17, 2001, pp. 101-102.
71
72. Normas da ABNT e Outras
Para consultas posteriores:
Elaboração de Trabalhos Acadêmicos:
TCC Pós-Graduação Suporte Tecnológico para
Mainframes – Versão 2008-2.pdf;
Norma ABNT NBR 14724/2005;
Normas para trabalhos acadêmicos (UTFPR).
Elaboração de Referências:
Norma ABNT NBR 6023/2002;
Como Preparar Referências (JUNG).
Citações:
Norma ABNT NBR10520/2002.
72