O documento discute o abuso de medicamentos, definindo termos como droga, medicamento, remédio e droga de abuso. Apresenta a classificação de medicamentos de acordo com origem, modo de ação, estrutura química e doença. Explora também os efeitos das substâncias psicoativas, os tipos de dependência, a resistência à aspirina e os mecanismos de ação e toxicidade dos anti-inflamatórios não esteroidais.
2. O consumo de substâncias psicoativas é um fenômeno civilizatório.
Há mais de 3000 anos, as pessoas de todo o mundo utilizavam centenas de
substâncias para atuarem como medicamentos.
3. o Hoje a ênfase está nos valores: instantaneidade e descartabilidade.
o Gera uma cultura do descartável, onde todas as experiências da vida são
percebidas sob essa ótica:
Descartar valores, estilos de vida, relacionamentos, apego a coisas, às
pessoas.
4. DROGAS: substâncias químicas que alteram as funções do organismo vivo, resultando em
mudanças fisiológicas e/ou comportamentais.
MEDICAMENTO: produto farmacêutico, tecnicamente obtido ou elaborado, com finalidade
profilática, curativa, paliativa ou para fins de diagnóstico.
REMÉDIO: Tudo o que provoca alívio de um sinal e/ou sintoma.
DROGA DE ABUSO: Droga utilizada com finalidade intoxicante. Geralmente utilizada de forma
descontrolada, leva ao uso de risco ou à dependência.
O que diferencia um medicamento de um veneno é a dose em que ele é
usado.
5. CLASSE DE MEDICAMENTOS
Fármacos / Princípio Ativo: É uma substância química ativa, droga ou matéria-prima, com estrutura
química definida, que tenha propriedades farmacológicas com finalidade medicamentosa
utilizada para diagnóstico, alívio ou tratamento, empregada para modificar ou explorar
sistemas fisiológicos ou estados patológicos em benefício da pessoa na qual se administra.
6. Classificação:
– Quanto a origem
– Quanto ao modo de ação
– Quanto a enfermidade
– Quanto a estrutura química
7. QUANTO A ORIGEM
• Natural: São obtidos da natureza, a partir de sustâncias minerais, vegetais ou animais
• Semi-sintético: São resultantes de reações químicas realizadas em laboratório nos fármacos
naturais, ou seja, sintetizados a partir de produtos naturais
• Sintético: São produzidas, unicamente, por manipulações químicas em laboratórios e não
dependem, para sua confecção, de substâncias vegetais ou animais como matéria-prima. São Fármacos
desenvolvidos em laboratório
8. SUBSTÂNCIA PSICOATIVA: Toda droga que, quando absorvida pelo organismo por diferentes vias,
provocam modificações no funcionamento do Sistema Nervoso Central (S.N.C.).
Quando usadas de forma abusiva são chamadas “drogas de abuso”.
• Depressoras do SNC: ansiolíticos (tranquilizantes)
• Estimulantes: anfetaminas, cafeína
• Perturbadoras: (alucinógenas): antipsicóticos.
• Drogas Lícitas: medicamentos – são responsáveis pelo maior carga de doenças e maior custo social entre
as drogas;
9. As substâncias psicoativas são levadas até o cérebro Através do sangue, podendo provocar
algum tipo de desequilíbrio.
Os dependentes de drogas, sejam elas utilizadas como medicamentos ou não, têm desequilíbrios
constantes de personalidade, o que os pode levar a tentar o suicídio enquanto estão sob o efeito de
drogas.
10. Como atuam os medicamentos
Os medicamentos alteram os processos dentro das células. A eficácia destes depende da dose
(quantidade) e do método de administração (ou via de administração no corpo).
Estas vias incluem: absorção através da pele; injeções nos músculos, nas veias ou intramusculares; inalação; ou via
oral, quando são engolidos medicamentos em forma de pastilhas, comprimidos ou líquidos.
Medicamentos naturais
Parte dos medicamentos modernos é de origem vegetal, fúngica, animal ou microbiana.
Alguns medicamentos inicialmente extraídos das plantas são atualmente produzidos a partir de
micróbios geneticamente desenvolvidos.
11. Tipos de medicamentos
Antibióticos: Estes medicamentos matam ou incapacitam os germes (micróbios nocivos) conhecidos por
bactérias.
A maior parte provem de químicos produzidos por fungos ou outras bactérias.
Analgésicos: Há dois tipos de analgésicos: os narcóticos como a morfina, a codeína e outros opiáceos
provindos do ópio da papoila; e os não narcóticos como o paracetamol, que tem uma origem diferente.
Aliviam as dores.
12. Os vícios baseiam-se em três pontos:
O desejo: O desejo incita ao consumo; nasce de uma esperada sensação de bem-estar que a droga possa
produzir ou da esperança de conseguir esse bem estar com certos comportamentos.
A intensidade do desejo pode ser tão grave que consista numa verdadeira compulsão interna, invencível.
Tolerância: A tolerância é um fenómeno através do qual um indivíduo dependente de uma droga necessita
de doses cada vez mais significativas para conseguir os efeitos desejados.
Dependência: A dependência poderia definir-se como resultado da administração de uma droga ou da
repetição de um comportamento, que desencadeia uma série de forças fisiológicas, bioquímicas, sociais e
ambientais que predispõem á sua utilização de forma continuada.
Existem dois tipos de dependência: a psicológica e a física.
13. Dependência psicológica: pode ser definida como um desejo compulsivo de estar e manter-se sob o
efeito de uma determinada droga e costuma manifestar-se através de um estado de agitação e ansiedade
provocado pela ausência dos efeitos.
Dependência física: Como as drogas alteram e desequilibram o funcionamento orgânico, o seu excesso
e repetido consumo costuma provocar uma dependência física, fazendo com que o organismo não consiga
funcionar corretamente sem o consumo da droga, depois de se estabelecer a dependência física.
Síndrome de abstinência: Designa o conjunto de problemas provocado quando um indivíduo
dependente de uma droga interrompe a sua administração.
Na maioria dos casos, quanto maior for a dependência física, mais intensa será a síndrome de abstinência.
14. Mecanismo de ação do AAS: O processo inflamatório é essencial no
conjunto dos mecanismos de defesa de que o organismo dispõe, tanto para neutralizar
agentes patogénicos como para reparar lesões teciduais.
Um estado inflamatório exagerado ou prolongado resultará numa patologia dolorosa
persistente, degeneração articular e outras doenças crónicas.
Alguns compostos resultantes da cascata do ácido araquidônico (prostaglandinas),
desempenham um papel essencial nos processos relacionados com a dor, febre e
inflamação.
15. Resistência à aspirina: A resistência à aspirina é a incapacidade da aspirina reduzir a produção
plaquetária do tromboxano A2 e desse modo, a ativação e a agregação das plaquetas.
Os graus crescentes de resistência à aspirina podem correlacionar-se independentemente com o aumento do
risco de eventos cardiovasculares.
As potenciais causas da resistência à aspirina incluem: dose inadequada, interações
medicamentosas, polimorfismos genéticos da COX-1 e de outros genes envolvidos na
biossíntese do tromboxano, feed-back positivo de fontes não plaquetárias de biossíntese do tromboxano, e aumento
do turnover das plaquetas.
A resistência à aspirina pode ser superada tratando a causa ou as causas, e ser reduzida minimizando a
produção e a atividade do tromboxano, ou ainda bloqueando outras vias de ativação das plaquetas.
16. Toxicidade / Sobredosagem
Toxicidade em humanos
Adultos:
Toxicidade suave a moderada ________________ 150-300mg/Kg
Toxicidade severa _________________________ 300-500mg/Kg
Potencialmente letal ________________________ >500mg/Kg
Crianças:
Numa criança, a ingestão de 240mg/kg causará envenenamento moderado a severo, mas as
mortes raramente ocorrem quando menos de 480mg/kg foram tomados.
O envenenamento com salicilatos em crianças pequenas (<4 anos) é frequentemente mais sério do que
em crianças, uma vez que estas desenvolvem preferencialmente uma acidose metabólica.
17. Efeitos tóxicos: Os efeitos tóxicos dos salicilatos são complexos.
estimulação do centro respiratório
inibição do ciclo do ácido cítrico (metabolismo dos hidratos de carbono)
estimulação do metabolismo dos lípidos
inibição do metabolismo dos a.a.
desacoplar da fosforilação oxidativa
Alcalose respiratória, acidose metabólica, perda de água e electrólitos ocorrem como as consequências
secundárias principais da intoxicação com salicilatos.
A toxicidade do sistema nervoso central, e edema pulmonar não-cardiogénico também podem ocorrer,
embora o mecanismo permaneça incerto.
Órgãos alvo: todos os tecidos (cujo metabolismo celular é afetado), principalmente o fígado, rins, pulmões e o
VIII nervo craniano.
18. Base de dados: TOXNET: HSDB
Palavra-chave: ácido acetilsalicílico
Monografia fazer ácido acetilsalicílico
Disponível em: http://toxnet.nlm.nih.gov/ (22/07/2013)
Base de Dados: ENVENENAMENTO
Toxicidade da droga sobre toxicidade de certos medicamentos (Quinino, Rifampicina, Risperidona,
salicilatos / aspirina, SSRIs ou 5HT drogas)
[Amostra capítulo; Jones e Dargan] - bolso de Churchill de Toxicologia
Disponível em: http://www.fleshandbones.com/readingroom/viewchapter.cfm?ID=97 (22/07/2013)
Base de Dados: Medline Plus:
Drogas e suplementos: AN-AZ: aspirina:
med mestre
Disponível
em: http://www.nlm.nih.gov/medlineplus/druginfo/medmaster/a682878.html (21/11/2013)