4. Espiritualidade, morte e luto
1. espiritualidade, doença e morte;
2. luto: processo do paciente e dos familiares;
3. luto antecipatório, normal e patológico.
5. “Curai os enfermos, limpai os
leprosos, ressuscitai os mortos,
expulsai os demônios; de graça
recebestes, de graça dai”
(Mateus, 10:8)
6. Espiritualidade é consciência, atitude e
trabalho da manifestação na existência
diária das qualidades latentes de nossa
essência. É o trabalho de estar focalizado
em nosso ser, que está além do tempo e
espaço, aqui e agora. É a sensação de estar
em contato com o que estamos fazendo,
trazendo o céu para a terra, a terra para o
céu, sem discriminar o corpo, a mente, e o
espírito
ESPIRITUALIDADE
7. Ser humano é buscar significado em tudo
que está em nós e em nossa volta, pois
somos seres inacabados por natureza e
estamos sempre em busca de nos
completar
8. MODELO PRIMITIVO
Medicina: respeito pelo
espiritual e busca de
significado maior
Doença: violação de tabu ou
ofensa aos deuses
Cura: restabelecimento
homem-divino
Centros de cura e tratamento
eram também lugares religiosos
Os primeiros centros de
tratamento e de cuidado eram,
na verdade, templos religiosos,
como o Templo de Asclépio (o
deus da medicina, curador e
cuidador) na Grécia antiga
9. MODELO BIOMÉDICO
Doença = desvio normal
Pesquisa substitui a
observação
Redução dos sistemas a
partes menores
Corpo= conjunto de
sistemas relacionados,
relativamente
independentes
Foco na doença e não no
doente
10. O direcionamento científico da medicina
aponta as áreas da biologia molecular,
genética, farmacoterapia e acupuntura, mas
também há reconhecida tendência para o
estudo da espiritualidade (Koenig, 2004).
Apesar de dois terços das escolas médicas
americanas em 2001 lecionarem cursos
obrigatórios ou eletivos sobre religião,
espiritualidade e medicina, poucos médicos
hoje percebem as necessidades espirituais
dos seus pacientes (Barnard et al.,1995)
11. Nos últimos anos, a
discussão que relaciona
religião, espiritualidade e
saúde tem aumentado e
fez com que o bem-estar
espiritual passasse a
fazer parte de uma das
dimensões de avaliação
do estado de saúde,
junto com as dimensões
corporais, psíquicas e
sociais.
12. Larson, Larson y Koening (2001), realizaram
uma revisão de estudos epidemiológicos e
demonstraram um amplo uso de crenças
religiosas como forma de lidar com o estrasse
causado pela doença, reter o senso de
controle, manter a esperança e o senso de
significado e propósito da vida.
13. A reza ou prece é a mais universal e comum das
intervenções.
Quase 90% das mulheres e 85% dos homens fazem
preces
80% deles o fazem com frequência semanal (Ameling,
2000)
A meditação é outra opção voltada para a consciência
do corpo, relaxamentos físico e mental. A leitura
bíblica ou de outros textos religiosos também pode
servir a esse propósito (Shelly, 2005).
Práticas religiosas privadas foram inversamente
relacionadas às variáveis físicas, mostrando que os
pacientes em pior estado tinham maior probabilidade
em se engajar às práticas, como um meio de
enfrentamento da sua baixa qualidade de vida.
14. EUA
95% das pessoas acreditam em Deus
77% acreditam que os médicos devem
considerar as suas crenças espirituais
73% acreditam que devem compartilhar as
suas crenças religiosas com o profissional
médico
66% demonstram interesse de que o
médico pergunte sobre sua espiritualidade
apenas 10% a 20% relataram que os
médicos discutiram a espiritualidade com
elas
(Larson e Koenig, 2000; Anaya, 2002; Cowan et al., 2003).
15. Melhores indicadores de saúde mental e
adaptação ao estresse em pessoas que
praticam atividades ditas religiosas
(Moreira-Almeida, 2006)
fisicamente mais saudáveis, têm estilo de
vida mais equilibrado e usam menos
serviços de saúde (Koenig, 2004)
acréscimo de 7 a 14 anos na expectativa de
vida (Neumann e Peeples, 2001)
16. A espiritualidade,
independente da
denominação religiosa, está
também associada com o
promoção e manutenção da
saúde, além de prover aos
pacientes esperança,
significado para a doença e
um sentido para a vida.
17. Médicos não tratam
doenças, eles tratam
pacientes e pacientes
são pessoas que além
de seus corpos,
possuem crenças,
valores, e estão
inseridos em uma
cultura e sociedade
organizadas
18. “...assim como não é possível tentar a cura dos olhos sem a da
cabeça, nem a da cabeça sem a do corpo, do mesmo modo não é
possível tratar do corpo sem cuidar da alma...é aquela, por
conseguinte, que antes de tudo precisamos tratar com muito
carinho, se quisermos que a cabeça e o corpo todo fiquem em bom
estado”
Sócrates
19. American College of Physicians: consenso
1)A fé (religião, espiritualidade) é importante
para você nesta doença?
2) A fé já foi importante em outras épocas da
sua vida?
3) Você tem alguém para discutir as questões
religiosas?
4) Você gostaria de explorar as questões
religiosas com alguém?
(Quill e Byock, 2000)
20. GUÍA BÁSICA PARA LA EXPLORACIÓN DE NECESIDADES ESPIRITUALES
R. Bayés, X. Busquet, E. Juan, J. Maté, J.
Formular las preguntas, sentado, en un lugar protegido, en un contexto empático,
con contacto ocular, y dando tiempo para una escucha activa tan prolongada como
sea necesaria.
Se consideran dos niveles:
– Nivel general:
· ¿Cómo está de ánimos? ¿Bien regular, mal, o Vd. qué diría?
· ¿Hay algo que le preocupe? ¿Qué es lo que más le preocupa?
¿Hasta qué punto se le hace difícil la situación en que se encuentra? ¿Por
qué?
· En general, ¿cómo se le hace el tiempo? ¿Lento, rápido o Vd. qué diría? ¿Por
qué?
. En su situación actual, ¿qué es lo que más le ayuda?
· ¿Hay algo, que esté en nuestra mano, que crea podamos hacer por Vd.?
– Nivel específico:
· ¿Tiene algún tipo de creencia espiritual o religiosa?
· En caso afirmativo, ¿le ayudan sus creencias en esta situación?
· ¿Quiere que hablemos de ello?
· ¿Desearía tal vez hacerlo con alguna persona en concreto? ¿Un amigo, un
sacerdote, un psicólogo…?
21. “A ciência parece ter entendido que, se não fosse
considerado o estudo da dimensão espiritual, não
haveria a compreensão de tantos fenômenos em relação
à saúde”
(Vasconcellos, 1998)
Homem: unidade psicofísica que não existe sem o
espiritual – Vitor Frankel
22. “A fé, como experiência subjetiva, carregada de emoções,
pode provocar alterações na ligação entre psique e o
sistema nervoso central, imunológico e endócrino. Pela
vivência espiritual, emoções como ansiedade ou esperança
podem influenciar os resultados clínicos”
(Liberato e Macieira, 2008)
23. Benefícios
Enfrentamento positivo da doença
Melhora nos níveis de estresse
Previne complicações
Traz bem-estar
Reforço de comportamentos saudáveis
Estimulação do sistema endócrino e
imunológico
Fortalecimento de redes sociais de apoio
Melhora qualidade de vida
24. Espiritualidade e saúde: assunto polêmico,
mas precisamos começar a discutir esses
assuntos, a saber identificar, abrir espaço
para a fala e ouvir o que nossos pacientes
tem a dizer. Estas questões fazem parte
integrante da vida das pessoas e sua
expressão precisa ser eticamente respeitada
pelos cuidadores profissionais.
Dessas discussões virão mudanças para as
novas gerações que poderão melhor
vivenciar o cuidar, em sua dimensão plena e
sagrada.
25. INSCRIÇÃO PARA UM PORTÃO DE
CEMITÉRIO
Na mesma pedra se encontram,
Conforme o povo traduz,
Quando se nasce - uma estrela,
Quando se morre - uma cruz.
Mas quantos que aqui repousam
Hão de emendar-nos assim:
"Ponham-me a cruz no princípio...
E a luz da estrela no fim!"
Mario Quintana
26. LUTO
“A morte não avisa a hora de sua chegada. A possibilidade sobre
a iminente morte de nossa mãe não era ocultada nas conversas
entre eu e minhas irmãs e por isto novas interações aconteciam
entre nós, curando nossas feridas. O fato deste processo ter sido
lento, e de estarmos cuidando dela com nossas próprias mãos
nos dava a oportunidade da cura emocional nos relacionamentos
entre todas nós: mãe e filhas”
(Ester Frankel)
A perda é o que você sente quando se separa de alguém ou de
algo que você cuidou muito. O término, a finitude é o preço que
você paga por ter começado. E só nos damos conta do milagre
do começo quando nos deparamos com a consciência da finitude.
27. Pequenas mortes = preparação para a grande morte
David Boadella diferencia entre luto frio e luto quente.
O luto frio traz uma sensação de escuridão, desespero,
ele nos tranca no desespero.
O luto quente contém dentro de si um temor respeitoso
perante a morte, fazendo brotar da escuridão, do vazio,
um sentimento de gratidão, paz e a possibilidade de
cura.
28. LUTO
Luto = vínculo rompido (Bromberg)
Reação psicológica diante de uma perda
Processo de elaboração de perdas
Luto: processo normal com limitação temporal cuja evolução
progride até a superação
Sofrimento da perda e dor: normal e necessário
1/3 consultas Atenção Primária – origem psicológica = ¼
resultado de perda
29. LUTO
A necessidade de chorar a perda de um
ente querido é reconhecida por muitas
sociedades, embora as manifestações
pela perda e o período formal de luto
variem de uma cultura para outra.
Rituais:
mecanismo organizador – falecido
lembrado
marca a perda
facilita a expressão do sofrimento
ajuda o enlutado a dar sentido à perda
30. LUTO - Etapas
1. Choque: fenômeno comum e protetor. Pode durar horas ou dias.
Incredulidade, embotamento
2. Desorganização e desespero: período de pensamentos
repetitivos quando à perda, sentimentos apatia e desespero.
3. Saudade: sentimentos intensos de perda. A pessoa retoma
atividades como comer, dormir porém com apatia. Cerca de 3
semanas
4. Reorganização e recuperação: após 3 a 4 meses recupera-se o
apetite, normaliza o sono, volta-se a olhar para o futuro
Tempo: até que a pessoa consiga olhar para o passado e recordar-
se da pessoa perdida com carinho e sem dor. Entre 1 e 2 anos
Elizabeth Kubler-Ross: 5 fases
31. “Superar não é esquecer. Significa
aceitar e continuar a viver”
32.
33. CANDOMBLÉ
Significado: a vida continua por meio da força vital do
indivíduo. A parte imperecível do corpo (ou "ori") não
acaba.
Reencarnação: o "ori" volta para a mesma família, mas
em outro corpo.
Ritual: denominado "axexê", o rito funerário começa após
o enterro e costuma durar vários dias. Na cerimônia,
algumas pessoas que têm relação com o morto são
chamadas para participar do ritual em que o espírito do
corpo é encaminhado para outra terra.
Luto: a morte é uma desordem que leva tempo para ser
superada.
34. CATOLICISMO
Significado: é vista como uma passagem, a porta de
entrada para a ressurreição. Preparação: ter em mente
que a vida é um dom divino e deve ser vivida da melhor
forma possível.
Reencarnação: todos serão ressuscitados porque Cristo é
quem livra a pessoa do pecado, mas não existe a
reencarnação.
Ritual: vela-se o corpo e, além das orações populares que
costumam ser feitas durante o velório católico, como o pai-
nosso e a ave-maria, um padre ou ministro faz uma
celebração para encomendar a vida da pessoa para as
mãos de Deus. As velas, colocadas ao lado do caixão,
simbolizam a luz de Cristo ressuscitado e a vida que vai se
consumindo, mas que sempre brilha.
Luto: são feitas celebrações em memória do morto no
sétimo dia, no primeiro mês e no primeiro ano.
35. ESPIRITISMO
Significado: a morte não existe porque acredita-se na
eternidade do espírito.
Preparação: aprende-se a agir após os estudos de livros de
Allan Kardec, pai do espiritismo. Como acredita-se que o
médium é intermediário entre os vivos e a alma dos mortos,
isso significa que existe a possibilidade de comunicação com o
espírito que já deixou aquele corpo.
Reencarnação: quando o corpo morre, o espírito se desliga e
fica no mundo espiritual estudando e se preparando para uma
nova reencarnação. As encarnações acontecem até o espírito
atingir sua evolução.
Ritual: o corpo é velado e enterrado ou cremado. As preces
ajudam o caminho para o mundo espiritual.
Luto: não existe porque não se acredita na morte
36. ISLAMISMO
Significado: passagem desta vida para outra, eterna. "Quem
fizer o bem será julgado por Deus e vai para o paraíso. Quem
fizer o mal também será julgado e irá para o inferno“
Preparação: desde a infância é passada a noção de que tudo
que começa tem um fim.
Reencarnação: não acredita. A alma teve tempo suficiente na
terra para cumprir sua tarefa.
Ritual: o corpo é lavado pelos familiares -sempre do mesmo
sexo- e enrolado em três panos brancos. Depois, é colocado em
um caixão para que os parentes mais próximos se despeçam e
levado à mesquita. A partir daí, apenas os homens participam.
Luto: dura três dias. Quando a mulher perde o marido, o tempo
sobe para 130 dias, período em que ela não pode sair de casa,
a não ser em emergências.
37. JUDAÍSMO
Significado: é o fim do corpo material. "A verdadeira pessoa,
que é a alma, é eterna"
Preparação: a criança aprende desde o início que a vida é feita
de mudanças.
Reencarnação: existe outro mundo, para onde as almas vão,
chamado de "olam habá" (mundo vindouro). No entanto a
alma pode voltar para a terra num outro corpo para completar
sua missão.
Ritual: o corpo é envolvido em panos brancos, e o caixão é
fechado para que ninguém mais o toque. Familiares e amigos
rezam salmos. Parentes próximos cortam tecido da roupa para
mostrar o luto.
Luto: na primeira semana, os parentes se reúnem para rezar
em casa. Apenas o espiritual conta, por isso os espelhos da
casa, que refletem o corpo material, são cobertos. A pessoa é
lembrada na data de morte por todos os anos seguintes.
38. PROTESTANTISMO
Significado: período de transição para outra vida
Preparação: ter fé na palavra de Deus, que julgará o destino
da pessoa no céu ou no inferno, não a partir das ações dela,
mas pela sua fé.
Reencarnação: não existe. Acredita-se em uma próxima vida
em comunhão com Deus.
Ritual: velório e enterro são feitos em homenagem à família
do morto.
Luto: não há regras.
39. ZEN-BUDISMO
Significado: o corpo se transforma em elementos básicos da
natureza, mas a energia das ações e das palavras continuam
repercutindo na terra por muito tempo
Preparação: meditação, que possibilita a compreensão de que
tudo é transitório e interligado.
Reencarnação: renascimento é a palavra mais apropriada.
Acredita-se que um ser mais "verdadeiro" (mais puro) vai
retornar.
Ritual: flores, velas e incenso no velório. Os parentes usam
roupas escuras, e são feitas preces.
Luto: preces ou transcrições de textos sagrados durante 49
dias a cada sete dias.
40. Luto normal e luto patológico
Processo normal de luto Processo de luto patológico
Pena se expressa normalmente Pena não expressada
(luto reprimido)
Duração limitada no tempo Dor expresso por longo período
de tempo (luto crônico)
Após primeiros dias, retoma a
rotina, com dor e apatia
Dificuldade de afastar-se do
falecido (culpa, reprovações)
Incapacidade para recomeçar a
vida
46. Luto patológico
Paciente: sexo masculino, 13 anos de idade, histórico de 2
abusos sexuais com “amigos”. Difícil de manejar, não
aceitava regras, dificuldade de se impor limites.
Considerava o padrasto como seu pai. Pouco tempo depois
da separação dos pais, adoece
Diagnóstico: LLA – remissão. Após meio ano fora de
tratamento, recidivou – internamento por herpes zoster.
Processo de dor intensa
Episódios do natal e ano novo
Liberação na semana do ano novo = dia 30 volta para o
hospital
Quinta 17h = notícia de que últimos exames mostravam a
doença ativa
Sexta 8h = entorpecimento
Sexta 20h = óbito
47. Mãe segue em atendimento. Sai de 3 empregos em menos
de 2 meses
14/9 – “Agora mesmo estou com vontade de me jogar
embaixo de um carro ou que me aconteça algo de ruim pra
acabar tudo isso da minha vida me sinto sufocada”
“A. tenho medo do que possa me acontecer se vai ser
melhor ou pior na minha vida sinto tanta raiva de mim
mesma por ser assim tão inútil por não conseguir fazer
nada na minha vida.”
17/9 – “Se Deus levou o L. da minha vida antes de mim,
porque ele também não me leva junto as vezes penso que
não foi Deus que levou ele de mim foi essa maldita doença
e não Deus sei que não vou suportar muito tempo que
ainda vou acabar fazendo uma bobeira comigo mesma pra
mim não dá mais A.”
01/10 – “As pessoas só ajudam quem quer ser ajudada vc
deve achar que estou te enrolando não é A”
48. “Vc tem mesmo razão A pois te digo uma coisa eu quero
que eu me ferre já perdi a vontade de tudo mesmo até de
viver morri quando o L se foi deixa tudo pra lá já cansei
de mim mesma sou uma doida varrida”
19/10 – “Dia 17 fez mais um mês sem o L me sinto cada
vez pior quando chega essas datas pois já se faz 8 meses
q ele me deixou será q nunca mais vai passar essa dor em
meu coração A estou me sentindo triste estes dias só me
dá vontade de chorar queria tanto estar com ele agora e
poder dizer q amo ele”
25/10 – “Toda essa minha tristeza só me dá vontade de
morrer de acabar com essa minha dor da falta dele em
minha vida já não quero mais viver só quero acabar com
tudo de uma vez pra mim não dá mais não vou mais
suportar essa dor obrigado por tudo e por me ouvir
quando precisei A por mim e pelo L obrigado”
49. 07/11 – “Sabe porque ele sempre se lembrava de mim
neste dia me abraçava bem forte e me dava um beijo
forte e me dizia feliz aniversário mãe e agora como ficar
sem ouvir ele me dizendo essas palavras tão carinhosas
isso sim me dói muito em meu coração A.”
28/8 – faz agradecimento – “Vc tem razão, eu realmente
devia ter ligado a vc, peço mil desculpas por não ter
feito isso, vc era sim importante pra ele, ele gostava de
vc e eu fiz isso com vc, me esquecer de vc, de te avisar.
Ah eu mereço tudo isso na minha vida mesmo, sou
ingrata”
(...)
51. O que é o perdão?
Em toda vida humana existe a
possibilidade de ser magoado
emocionalmente pelos demais e por
consequência de magoar os outros
Abandonar o ressentimento, perdoar um
insulto
É uma atitude?
Sentimento?
Decisão?
Opção?
Processo?
Desafio?
52. Mitos
“Não posso perdoar porque não posso esquecer...”
“Se perdoo, terei que confiar nessa pessoa..”
“Se renuncio a minha raiva, ele (ela) ficará impune”
“As pessoas que se amam não tem que pedir perdão”
“Se peço desculpas, a outra pessoa deveria me
perdoar...”
“Se perdoo, estarei indefeso e exposto”
“Não posso perdoar até que o outro tenha confessado”
53. Experiências associadas ao perdão
Conexão
Abertura
Individualização
Esperança
Liberdade de ação
Alegria
Auto aceitação
Paz interior
54. Como perdoar?
Estar disposto a perdoar (decisão)
Aprender a dizer a verdade
Desprender-se do rancor
Escutar a verdade do outro
Comunicação de EU a EU
55. A quem perdoar?
Ao outro com relação
significativa
A si mesmo
Ao corpo na enfermidade
A própria mortalidade
A Deus, ao destino, à vida
56. FILMES
Ensina-me a viver
Colcha de retalhos
Em busca de uma nova chance
Direito de amar
Noiva cadáver
Rei Leão
A balada de Nayarama
A Cura
A morte e vida de Charlie
A última grande lição
Amor além da vida
Invasões bárbaras
Lado a lado
Mar Adentro
57. Minha vida sem mim
Meu pai, uma lição de vida
Nossa vida sem Grace
O enigma das cartas
Para Roseanna
Guantanamera
P.S. eu te amo
Um amor para recordar
Ghost
Tomates verdes fritos
Meu primeiro amor
Um amor verdadeiro
Uma lição de vida
Uma prova de amor
Fale com ela
21 gramas
58. Frases
A Morte é uma
impossibilidade
que, de repente,
se torna realidade.
Goethe
59. Abrindo um antigo caderno
foi que eu descobri:
Antigamente eu era eterno.
Paulo Leminski
60. Não que eu esteja com medo de
morrer.
Apenas não queria estar lá quando
isso acontecesse.
Woody Allen
61. Poesia
De manhã escureço
De dia tardo
De tarde anoiteço
De noite ardo.
A oeste a morte
Contra quem vivo
Do sul cativo
O este é meu norte.
Outros que contem
Passo por passo:
Eu morro ontem
Nasço amanhã
Ando onde há espaço:
– Meu tempo é quando.
Vinícius de Moraes
62. Literatura
A morte de Ivan Ilitch – Tolstói
A garota das laranjas – Jostein Gaarder
Através do espelho – Jostein Gaarder
A culpa é das estrelas – John Green
A última grande lição – Mitch Albom
Um amor para recordar – Nicolas Sparkes
Crônica de uma morte anunciada – Gabriel Garcia
Marquez
Vida e morte severina – João Cabral de Melo e Neto
Irmã morte – Justo Navarro
A casa – André Vianco
63. Literatura infantil
Mas por quê??! - SCHOSSOW, PETER
O pato, a morte e a tulipa - ERLBRUCH, WOLF
Menina Nina – Ziraldo
O castelo do príncipe sapo – Joisten Gaarder
Quando seus avós morrem - RYAN, VICTORIA
Do fim ao começo - GUARNIERI, MARIA CRISTINA
Tempos de vida - MELLONIE, BRYAN
Harvey – como me tornei invisível - BOUCHARD, HERVE
Por que o Elvis não latiu? - FRIZERO, ROBERTSON
64. “A morte não é algo que nos
espera no fim. É companheira
silenciosa que nos fala com voz
branda, sem querer aterrorizar,
dizendo sempre a verdade,
convidando à sabedoria”
(Alves, 2002)
2. Definição do conceito de morte e
sua visão no Ocidente e no Oriente
65. Não esquecer que...
“...todos ficamos menores com
a morte: quando o espírito
humano parte, leva com ele a
substância vital. Então só
fica o corpo inanimado, que é
a menor de todas as coisas
que nos fazem humanos”
(Nuland, p.81)