O documento discute o conceito de subjetividade e valores. A subjetividade é entendida como o mundo interno do indivíduo, composto por emoções, sentimentos e pensamentos, que influenciam como ele se relaciona com o mundo externo. Valores são critérios que guiam nossas escolhas e ações, e variam entre indivíduos e culturas.
1. VALORES E a
SUBJETIVIDADE
A subjetividade em
perspectiva com a vivência
de cada indivíduo e o meio
em que ele vive, de maneira
clara e objetiva.
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3. O QUE É SUBJETIVIDADE?
É entendida como o espaço íntimo
do individuo (mundo interno) com o qual ele se
relaciona com o mundo social (mundo
externo), resultando tanto em marcas singulares na
formação do indivíduo quanto na construção de
crenças e valores compartilhados na dimensão
cultural que vão constituir a experiência histórica e
coletiva dos grupos e populações.
7. A SUBJETIVIDADE NA PSICOLOGIA
Conceituada a partir das inquietações do
sujeito, de modo que pensadores foram levados a
sintetizar a questão na contraposição entre
características internas e externas. A Gestalt, teoria
do início do século XX, considera o
comportamento humano como um todo
possuidor de unidade, sendo uma das escolas que
intensificou o interesse nos estudos do
desenvolvimento da personalidade.
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9. A subjetividade é o mundo interno de todo e
qualquer ser humano. Este mundo interno é
composto por emoções, sentimentos e pensamentos.
10. Na teoria do
conhecimento, a
subjetividade é o conjunto
de ideias, significados e
emoções que, por serem
baseados no ponto de vista
do sujeito, são
influenciados por seus
interesses e desejos
particulares.
11. Tem como oposto
a objetividade, que
se baseia em um
ponto de vista
intersubjetivo, isto
é, que pode ser
verificável por
diferentes sujeitos.
12. Através da nossa subjetividade
construímos
um
espaço
relacional, ou seja, nos relacionamos
com o "outro". Este relacionamento
nos insere dentro de esferas de
representação social em que cada
sujeito ocupa seu papel de agente
dentro da sociedade.
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14. Estes sujeitos desempenham papeis
diferentes de acordo com o ambiente e a
situação em que se encontram o
que, segundo Goffmam, pode ser
interpretado como ações de atores sociais.
Somente
a
subjetividade
contempla, coordena e conhece estas
diversas facetas que compõem o indivíduo.
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16. O homem vive, toma partido, crê numa multiplicidade
de valores, hierarquiza-os e dá assim sentido à sua
existência
mediante
opções
que
ultrapassam
incessantemente as fronteiras do seu conhecimento
efetivo. No homem que pensa, esta questão só pode ser
raciocinada, no sentido em que, para fazer a síntese entre
aquilo que ele crê e aquilo que ele sabe, ele só pode
utilizar uma reflexão, quer prolongando o saber, quer
opondo-se a ele num esforço crítico para determinar as
suas fronteiras atuais e legitimar a hierarquização dos
valores que o ultrapassam. Esta síntese raciocinada entre
as crenças, quaisquer que elas sejam, e as condições do
saber, constituí aquilo que nós chamamos uma
"sabedoria" e é este que nos parece ser o objeto da
filosofia.
Jean Piaget, Sageza e Ilusão da Filosofia
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18. SINTESE DE VALORES
Quando decidimos fazer algo, estamos a
realizar uma escolha. Manifestamos certas
preferências por umas coisas em vez de
outras. Evocamos então certos motivos para
justificar as nossas decisões.
19. FATOS E VALORES
Todos estes motivos
podem ser apoiados em
fatos, mas têm sempre
implícitos certos valores
que justificam ou
legitimam as nossas
preferências.
20. VALORES
Podemos definir os valores partindo das várias
dimensões em que usamos:
a) os valores são critérios segundo os quais
valorizamos ou desvalorizamos as coisas;
b) Os valores são as razões que justificam ou
motivam as nossas ações, tornando-as preferíveis a
outras.
Os valores reportam-se, em geral, sempre a
ações, justificam-nas.
21. Exemplo: Participar numa manifestação a
favor do povo timorense, pode significar que
atribuímos à Solidariedade
uma enorme
importância. A solidariedade é neste caso o valor
que justifica ou explica a nossa ação.
Ao contrário dos fatos, os valores apenas
implicam a adesão de grupos restritos. Nem todos
possuímos os mesmos valores, nem valorizamos
as coisas da mesma forma.
22. TIPOS DE VALORES
Os valores não são simples ideias que
adquirimos, mas conceitos que traduzem
as nossas preferências. Existe uma enorme
diversidade de valores, podemos agrupálos quanto à sua natureza da seguinte
forma:
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24. VALORES ÉTICOS
Os que se referem às normas ou critérios de
conduta que afetam todas as áreas da nossa
atividade.
Exemplos:
Solidariedade, Honestidade, Verdade, Leald
ade, Bondade, Altruísmo...
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27. VALORES ESTÉTICOS
A diferença entre valor e qualidade: é que o valor
de um objeto pode ser aceito ou não, sem que
este deixe de ser o que é; já a qualidade, não se
pode separar nem desprezar das coisas, sem que
essas fiquem modificadas.
São os valores de expressão. Exemplo:
Harmonia, Belo, Feio, Sublime, Trágico...
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29. VALORES RELIGIOSOS
Apesar de suas diferenças básicas, as pessoas normais, em
determinada área cultural, tendem a desenvolver um numero
limitado de modos de ajustamento, grosseiramente
comparáveis. A dotação original da maioria dos seres
humanos, seus estádios de desenvolvimento, e as exigências
de sua sociedade específica, são suficientemente padronizadas
e comparáveis, a fim de permitir provocar alguns modos
básicos
de
ajustamento,
que
são,
entre
indivíduos, aproximadamente os mesmos
São os que dizem respeito à relação do homem com a
transcendência.
Exemplos: Sagrado, Pureza, Santidade, Perfeição.
32. VALORES MORAIS
Representam
um
conjunto
de
regras
estabelecidas de convívio e que são de extrema
importância na sociedade.
São aprendidos através do convívio social da
coletividade, visto que não vivemos sozinhos e sim
um indivíduo depende do outro na sociedade em
que vivemos.
36. HIERARQUIZAÇÃO DOS VALORES
Não atribuímos a todos os nossos valores a
mesma importância. Na hora de tomar uma
decisão, cada um de nós, hierarquiza os valores de
forma muito diversa. A hierarquização é a
propriedade que tem os valores de se
subordinarem uns aos outros, isto é, de serem uns
mais valiosos que outros. As razões porque o
fazemos são múltiplas
37. EXEMPLO
A maioria da população mundial continua a
passar graves carências alimentares. Todos os anos
morrem milhões de pessoas por subnutrição. Não
é de querer que hierarquia dos seus valores destas
pessoas a satisfação das suas necessidades
biológicas não esteja logo em primeiro lugar.
38. Polaridade dos Valores
Os nossos valores tendem a organizar-se em
termos de oposições ou polaridades. Preferimos e
opomos a Verdade à Mentira, a Justiça à Injustiça, o
Bem ao Mal, a beleza à fealdade, a generosidade à
mesquinhez. A palavra valor costuma apenas ser
aplicada num sentido positivo. Embora o valor seja
tudo aquilo sobre o qual recaia o ato de estima
positiva ou negativamente. Valor é tanto o
Bem, como o Mal, o Justo como Injusto..