O documento discute três tópicos principais: 1) a verticalização de edifícios no bairro Cambuí em Campinas e os problemas que isso pode causar no trânsito e estacionamento; 2) o Dia Internacional da Mulher e os desafios que ainda precisam ser enfrentados para garantir os direitos das mulheres; 3) a recuperação do metatarso de Neymar e como isso afeta o início do ano de 2018 e a Copa do Mundo.
Nematoides são responsaveis por perdas de até 30% dos canaviais
Veículos oficiais e opiniões sobre verticalização e educação
1. Veículos oficiais
Antonio
Edson
Laurindo dos
Santos
Metalúrgico,
Campinas
Seria um bom exemplo,
inclusive para o Brasil, se
nossos vereadores se
deslocassem de casa para a
Câmara em seus próprios
carros, ou melhor ainda, de
ônibus, já que tem pelo
menos 8 linhas que passam
na frente, fora os ônibus
intermunicipais. Isso
mostraria à população que
eles estariam comprovando
a confiança neles
depositada pelo nosso voto,
além de fiscalizar o serviço.
Não venham nos dizer que
isso não pode ser feito, pois
a cidade toda se desloca em
veículo próprio e não recebe
salário alto.
Metatarso
Virgilio Dias
Empresário, Campinas
Nossa cultura diz que o ano
novo começa após o
Carnaval, e isto não foi
diferente este ano. Após o
Carnaval houve a
intervenção federal do RJ, o
projeto da Previdência foi
cancelado, mas nada, nada
mesmo superou o
metatarso. Existe algo mais
importante do que
acompanhar o metatarso?
Mesmo porque a sua
recuperação depende ou
não de ganharmos a Copa.
Aí sim começará ou não
2018. Podem me informar
se quando o metatarso
voltar vai ser feriado?
Dia da Mulher
Vinicius D'Ottaviano
Psicólogo e filósofo, Campinas
Esta semana se comemora
mais uma vez o Dia
Internacional da Mulher.
Festividades à parte, não
podemos. porém, nos
esquecer que segundo a
Organização Mundial de
Saúde (OMS), apenas 55%
das mulheres conseguem
chegar a uma faculdade;
apenas 1/3 têm uma vida
sexual, digamos,
satisfatória; 1/4 ainda, são
agredidas pelos seus
parceiros e apenas 1/5 das
casadas são realmente
"felizes" no casamento. E
saber, quais os avanços
que ainda precisam ser
feitos para que as
mulheres tenham seus
direitos garantidos?
Gostaria de lançar um
lema: "Mulheres na
política: em defesa da
democracia, construindo
uma sociedade justa e
igualitária, sem violência e
livre de preconceitos. Não
ao retrocesso!". Da mesma
forma, acredito em uma
maior participação das
mulheres na política ainda
neste ano eleitoral, já que
elas representam apenas
9% das cadeiras na
Câmara e 13% no Senado,
segundo dados do
Tribunal Superior
Eleitoral (TSE). Felicidades
a todas vocês.
Verticalização 1
Vicentina Valente,
Aposentada Campinas
Um absurdo o que essa
Câmara quer aprovar!
Mais edifícios do que já
temos aqui no Cambuí?
Menos lugares para
estacionar, mais trânsito.
Imaginem o transtorno
que vai ser?!
Verticalização 2
Afrânio Ferreira
Autônomo, Campinas
Incapaz de manter praças
limpas ou realizar
qualquer obra de
mobilidade, nossa
Administração agora
verticaliza bairros onde
ainda se vive e transita
com alguma tranquilidade.
Muito mais cômodo que
urbanizar ou desenvolver
áreas carentes ou
degradadas é violar a
privacidades de cidadãos,
saturar redes de
saneamento, entupir vias
acanhadas de autos,
impermeabilizar o solo. O
comércio é sempre bem
vindo desde que bem
regulamentado e
fiscalizado. Não é o que se
vê na Nova Campinas,
onde comércios rebaixam
a guia pública tomando
todas as vagas de
estacionamento, obstruem
calçadas com canteiros ou
impedem a circulação de
carros em mão dupla. O
Cambuí já é refém de
trânsito há tempos, dia e
noite.
Educação
Vera
Pessagno
Bréscia
Psicóloga,
Campinas
Estudei no Colégio Culto à
Ciência numa época em que
não haviam prédios altos no
entorno do suntuoso e
histórico edifício
centenário, e o Bonde 9, de
saudosa memória, circulava
imponente pelas ruas
estreitas do Bairro
Botafogo. Era uma época
bucólica e cheia de sonhos,
onde existia muito respeito
e muita vontade de
aprender. O Colégio Culto à
Ciência, para mim, era uma
espécie de santuário, onde
nós, alunos, buscávamos o
conhecimento e onde os
professores eram,
especialmente para mim,
seres iluminados a nos
guiar. Hoje, infelizmente,
tenho que concordar com o
comentário do engenheiro
André Luis Coutinho,
publicado em 4 de março na
Coluna do Leitor, a respeito
da realidade da Educação
no nosso País. O leitor
elencou uma série de
motivos, com os quais eu
concordo inteiramente. Na
verdade, esse é, sem dúvida
alguma, um dos desafios
nacionais mais complexos e
de difícil solução a médio e
longo prazos.
Unicamp e o
'golpe'
Luiz Roberto Da Costa Jr,
Funcionário público, Campinas
O impeachment de 2016 é
um tema complexo e
controvertido por causa da
construção narrativa que
não aborda pontos
polêmicos de 2014. No final
daquele ano, o ministro da
Fazenda foi demitido, o
secretário do Tesouro
assinou uma confissão
assumindo toda a culpa e a
meta fiscal foi alterada
depois de descumprida.
Com o término do primeiro
mandato, houve a
prescrição de eventual
crime de responsabilidade
por parte do Eexecutivo
federal. No segundo
mandato, a discussão sobre
crime continuado e
contaminação das contas,
entre as gestões, embasa o
pedido de impeachment no
final de 2015. A discussão
política sobre golpe entra
em choque com a discussão
hermenêutica do ponto de
vista jurídico, pois ambas
compõem a análise de crime
de responsabilidade.
SIM
Você evita andar de
carro por causa do
preço do combustível?
Os sinais de recuperação econômica no Brasil, após dois
anos de desastre e penúria, estão começando a se tornar
mais evidentes. Analistas têm indicado que a transição pa-
ra um período de maior sustentabilidade está sendo pavi-
mentada, fruto de uma equação bem-sucedida dos agen-
tes econômicos — públicos e privados. A gradual redução
da taxa de juros no País, as ações de controle da inflação e
a estabilidade atingida após o impeachment de Dilma
Rousseff (PT) explicam esse momento de retomada da es-
perança.
A maior recessão da história
brasileira, resultado da desas-
trosa política econômica adota-
da no fim do governo Lula (de
olho na eleição) e no início do
governo Dilma (por teimosia e
também por interesse políti-
co), ainda gera reflexos perver-
sos. O maior símbolo dessa su-
cessão de erros é a legião de de-
sempregados, na casa dos 12
milhões, segundo o último le-
vantamento do IBGE.
Quando a gestão passada escolheu a estratégia de apos-
tarnum crescimentoacelerado, criandoa sensação de “feli-
cidade geral”, principalmente para os mais pobres, prepa-
rou a estrada que levaria ao precipício. Colaborou para este
tsunami o caos das contas públicas e a perda da confiança
no governo, um combo de péssimas notícias que minou
Dilma eseus auxiliares até a derrocada final do Planalto.
Decorrido um ano e meio do impeachment, o setor pro-
dutivo está disposto a fazer a sua parte, criando empregos,
ampliando a produção e planejando investimentos —
mesmo pressionado pelos desafios históricos no Brasil,
que vão da alta carga tributária a falhas básicas de infraes-
trutura. Tal disposição é um sopro de esperança, pois sina-
liza mais confiança numa virada da economia.
Esse sinal foi reforçado nesta semana com a divulgação
da pesquisa do Instituto Brasileiro dos Executivos de Fi-
nanças (Ibef-Campinas), cuja principal conclusão é a in-
tenção de 78% dos setores da indústria, comércio e servi-
ços da Região Metropolitana de Campinas (RMC) de in-
vestir em 2018, dos quais 52% em montantes superiores
ao ano passado. A pesquisa foi realizada entre o final de fe-
vereiro e início deste mês com 180 associados.
Quando o levantamento era tabulado, mais uma boa
notícia impactou os empresários: depois de dois anos no
negativo, o PIB subiu 1%, pondo fim, tecnicamente, à re-
cessão. De uma coisa esses agentes financeiros não têm
dúvidas: é preciso que o ambiente político colabore para
não comprometer a retomada. Instabilidade, historica-
mente, sempre foi um dos principais vilões da economia.
Se não atrapalhar, já seria uma vitória neste caminho até
o novo governo, a partir de 2019.
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Correio
do Leitor
O NOSSO OBJECTIVO
60.99%
Você costuma passear
nos parques e
praças de Campinas?
Publicado por Correio Popular S/A - Fundado em 4/9/1927
PERGUNTA DE ONTEM
Diretor Presidente
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Diretor Superintendente
Adhemar J. de Godoy Jacob
Diretor de Planejamento
Marco Aurélio Matallo Pavani
Diretor Adm. Financeiro
Moacir Teixeira Dias
Diretor Comercial
Marcos Sá
Diretor Editorial
Nelson Homem de Mello
Há 50
anos
@correiopopular
● PROGRAMA SIDERÚRGICO
NACIONAL
O ministro Macedo Soares, da
Indústria e Comércio, anunciou
hoje, ao presidir a reunião do
Grupo Consultivo da Indústria
Siderúrgica, a aprovação pelo
presidente Costa e Silva do
programa siderúrgico nacional.
Participaram da reunião os srs.
Magrassi de Sá, Nestor José Dias
Leite, o presidente do Plano de
Carvão Nacional, além dos
presidentes da Cia. Siderúrgica em
que o govêrno é acionista. O plano
prevê para o exercício de 1968 a
1971 aumento de 1,8 milhão de
toneladas com capacidade de
produção das usinas nacionais
com investimento de 400 milhões
de cruzeiros novos. O documento
aprovado sugere a constituição do
Conselho Consultivo Unificado
para estabelecer as diretrizes da
política das grandes usinas.
● JORNALISTA EUROPEU NO
INSTITUTO AGRONÔMICO
Acompanhado do sr. Vílem
Sebesta, da embaixada da
Checoslováquia no Brasil e do sr.
Nelson Pinheiro, da “Anderson
Clayton”, de Santos, visitou ontem
o Instituto Agronômico, o jornalista
Jaroslav Boucek, do jornal "Rude
Pravo", de Praga, capital daquele
país, onde exerce as funções de
comentarista internacional.
Referido jornal tem uma tiragem
de 1.200.000 exemplares e
circula em diversos países da
Europa Central. Recebido pelo sr.
Maurício de Moraes, responsável
pelo Serviço de Imprensa do Inst.
Agronômico, o sr. Jaroslav Boucek
afirmou, depois de visitar as
Secções de Fotointerpretação e
Climatologia Agrícola, além da
Biblioteca do estabelecimento
científico campineiro, que é
grande o interêsse dos checos pelo
Brasil.
● GUERRILHA BOLIVIANA
DIRIGIDA POR "CHE"
Importantes revelações sôbre a
guerrilha boliviana dirigida por
Ernesto “Che” Guevara
apareceram ontem na imprensa
chilena. Em entrevista exclusiva
publicada pelo semanário "Ercilla",
o guerrilheiro cubano Harry
Villegas Tamayo, cognominado de
“Pombo”, afirma que o efetivo
inicial da guerrilha boliviana era de
36 homens. Esse núcleo inicial era
composto por 18 bolivianos, 16
cubanos e 2 peruanos. Todos se
reuniram em fins de novembro de
1966 no acampamento secreto de
Nancahuazu, onde os aguardava
“Che Guevara”. “Poderíamos ter
armado mais 200 homens”,
acrescenta “Pombo”.
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CORREIO POPULAR
AS CARTAS DEVEM
SER ENVIADAS PARA:
EDITORIAL
“Seremos na imprensa vigilantes fiscaes da administração publica e
zeladores intransigentes do direito collectivo” - (Nº 1, Anno 1)
Que a política
não atrapalhe
a economia
PERGUNTA DE HOJE
O Vídeo do dia
e-mail:
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CORREIO
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Enquete
O setor produtivo
está disposto a
fazer a sua parte,
criando empregos,
ampliando a
produção e
planejando
investimentos,
indica o Ibef
O jornalista Jaroslav Boucek, do jornal "Rude Pravo", de Praga, durante visita ao Instituto Agronômico
Adoração a crocodilos é tradi-
ção no Paquistão
Quarta-feira, 07/02/1968
.COM.BR
Opinião CORREIO POPULAR A3
Campinas, quarta-feira, 7 de março de 2018