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Alternativas para Melhoria da Qualidade de
          Uvas para Vinho e Suco
                            José Luiz Hernandes
                     Biólogo, MsC. Pesquisador Científico




INSTITUTO AGRONÔMICO
    CENTRO DE FRUTICULTURA
Alternativas para melhoria da qualidade: uvas vinho


•    Fatores naturais – clima, topografia, tipo de solo;

•    Planta – escolha porta-enxerto e cultivar,

•    Homem - manejo - sistema de condução, adubação,
     irrigação, época de poda, cultivo protegido, etc.
Alternativas para melhoria da qualidade: uvas vinho

•    Sudeste do Brasil    (SP) - principal entrave é o clima:
     (inverno seco e verão úmido).

•    Colheita com chuva - favorece enfermidades fúngicas das
     folhas e podridões das bagas, baixa qualidade das frutas e
     maturação incompleta (especialmente uvas finas).

•    Experimentos na região sudeste – técnicas de manejo que
     favoreçam a produção de uvas de qualidade para a
     produção de vinhos com alguns resultados interessantes,
     ainda que não sejam totalmente conclusivos.
Alternativas para melhoria da qualidade: uvas vinho
Escolha do local de plantio

  • evitar a implantação de vinhedos em baixadas úmidas e
    em solos muito rasos;


  • preferência solos meia encosta, declividade inferior a
    15% - melhor drenagem, menor risco de geadas e
    facilitam o preparo e manejo;


  • áreas com exposição norte, com alternativas para
    noroeste, nordeste ou leste evitando-se a exposição sul.
• Direção das linhas de plantio




   N



    S
• Direção das linhas de plantio




O      L
• Direção das linhas de plantio – Áreas com declive
Alternativas para melhoria da qualidade: uvas vinho

Porta-enxertos


• Combinação clima, solo, porta-enxerto e variedade -
influencia diretamente o vigor, a produtividade das plantas e a
qualidade dos frutos.


• Porta-enxerto ideal - análise do clima e do solo (profundidade,
disponibilidade de água e reação química). Quadro 1, Informe
Agropecuário EPAMIG (2006)
Quadro 1 – Principais características de variedades de porta-enxertos
  Cultivar    Resistên-   Tolerância   Resistência    Vigor            Tipo de solo
  (porta-       cia à     ao excesso       à         conferido
 enxerto)       seca      de umidade   nematóides
  Traviú         ++           +            ++          +++       Neutro a levemente ácido
Kober 5BB        ++           +            ++           ++               Alcalino
 IAC 766         ++           +            ++          +++       Neutro a levemente ácido
 Gloria de       +            +            ++           +            Neutro a alcalino
Montpellier
RR 101-14        +           ++           +++         ++ a +     Neutro a levemente ácido
  3309 C         ++           +            +            ++           Neutro a alcalino
Gravessac        ++          ++            +            ++       Neutro a levemente ácido
  110 R         +++           +            +         +++ a ++        Neutro a alcalino
  140 Ru        +++           +           +++          +++           Neutro a alcalino
  1103 P        +++          +++          +++        +++ a ++    Neutro a levemente ácido
   SO4           ++          ++           +++        +++ a ++        Neutro a alcalino
  420 A          ++           +            ++           ++               Alcalino
 196-17 Cl       ++           +            +            ++       Neutro a levemente ácido
Legenda: +++ = Elevada; ++ = Média; + = Fraca
Porta-enxertos


• Muitas possibilidades de combinação, tanto de porta-enxerto,
quanto de variedades:




     CONTÍNUA EXPERIMENTAÇÃO
              LOCAL
Alternativas para melhoria da qualidade: uvas vinho

           SISTEMAS DE CONDUÇÃO

• Ampla discussão - melhor sistema condução uva de vinho;
• Maioria autores - privilegiar a exposição da planta
favorecendo a fotossíntese e acúmulo de açúcares e outros
constituintes qualitativos.
• Mais conhecidos e utilizados - espaldeira, latada, manjedoura,
lira e suas variações - bom índice de superfície foliar exposta
(SFE).
• experiência regional - condições climáticas locais,
comportamento da variedade e capacidade de investimento do
produtor.
SISTEMAS DE CONDUÇÃO

•De maneira geral pode-se observar as seguintes orientações:

• temperaturas baixas e verão chuvoso – plano de vegetação
vertical - boa aeração e exposição das folhas e dos cachos,
reduzindo o efeito da umidade e favorecendo o tratamento
fitossanitário (espaldeira e lira);

• temperaturas altas e pouca chuva – plano de vegetação
horizontal – proteção dos cachos da exposição excessiva aos
raios solares (latada, Y e GDC).

• Região sudeste - poucas informações:

              Imprescindível
         EXPERIMENTAÇÃO LOCAL
Principais Sistemas de Condução




                             Espaldeira baixa
Principais Sistemas de Condução




                      Espaldeira baixa
SISTEMAS DE CONDUÇÃO




                 Espaldeira Alta
SISTEMAS DE CONDUÇÃO




                   Espaldeira Alta
SISTEMAS DE CONDUÇÃO




                 DUPLA PODA
            Latada ou Caramanchão
SISTEMAS DE CONDUÇÃO




Manjedoura em Y
Alternativas para melhoria da qualidade: uvas vinho

CULTIVO PROTEGIDO
• No Brasil - restrito ao uso de telas sombrite ou clarite - excesso
de radiação, granizo ou pássaros.


• Proteção contra a chuva - pouco utilizada mas vem ganhando
adeptos - aumento dos preços dos defensivos, falta de mão-de-obra
pressão da sociedade por alimentos mais saudáveis.


• Objetivo - redução da incidência de doenças em função da
quebra da interação planta x patógeno x ambiente, através da
alteração do ambiente de cultivo.
CULTIVO PROTEGIDO

• Iniciativas em todos os estados produtores do Brasil -
principalmente para uvas de mesa.

• São Paulo - uvas rústicas de mesa, cobertura de filme
plástico, condução em Y:

• redução de 16 a 18 para 4 a 5 aplicações de fungicidas;
• sem perda da qualidade;
• manutenção das folhas na planta por longo período após a
colheita.

• Uvas para vinho - poucos resultados consistentes de pesquisa
- alternativa interessante para produção em regiões com excesso
hídrico.
CULTIVO PROTEGIDO




  1º. Experimento CULTIVO PROTEGIDO
 Cab. Sauvignon e Syrah, IAC, Jundiaí, SP.
Bragantia, Campinas, v.63, n.3, p.439-445, 2004
 Acta Scientiarum. Agronomy Maringá, v. 26, n. 3, p. 263-271, 2004
CULTIVO PROTEGIDO




                      CULTIVO PROTEGIDO DA
                    VIDEIRA ‘NIAGARA ROSADA’
CULTIVO PROTEGIDO

Incidência de Doenças nas folhas da Niagara Rosada 45 dias após a
    colheita, sob cultivo protegido e a céu aberto em Jundiaí, SP.

      Coberto – TCL 04                  Descoberto – TCo 15
Alternativas para melhoria da qualidade: uvas vinho
DUPLA PODA
• Poda anual de produção - eliminação dos ramos que
produziram no ano anterior e formação de ramos novos para a
produção do ano.

•Ciclo normal - poda no final do inverno/brotação no início da
primavera - temperaturas se elevam e cai o risco de geadas

• Regiões tropicais - poda pode ser realizada em várias épocas
e mais de uma vez por ano.

• Nordeste do Brasil - até 2 e 1/2 safras/ano de uvas finas mesa;

• São Paulo - há quase trinta anos se realiza a segunda poda
de uvas rústicas de mesa, permitindo duas safras anuais.
DUPLA PODA
No Brasil - poda de produção da videira de duas formas:

• poda única – regiões com restrição térmica – sul do país e
áreas de altitude elevada – poda final do inverno/colheita no
verão (uvas para vinhos brancos, rosados e tintos jovens);

• dupla poda – regiões sem restrição térmica (médias >10o C)
- Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste:

1ª. Poda - final do inverno – sem produção ou com pequena
porcentagem da produção - colheita no verão para produção de
vinhos brancos, rosés ou tintos para consumo jovem;

2ª. Poda - verão (jan/fev), a produção é mantida e a colheita será
realizada no início do inverno (jun/jul), produção de vinhos mais
encorpados para envelhecer.
DUPLA PODA

• Maturação coincide com o final do outono e início do inverno,
época em que naturalmente ocorrem condições climáticas mais
favoráveis à qualidade das frutas:

• redução paulatina da chuva – déficit hídrico no solo e
redução da incidência de doenças e podridões e permitindo
maturação completa frutos;

• amplitude térmica diária – dias quentes e noites frias -
repouso, menor gasto energético, poupa açúcares para bagas;

•   baixa nebulosidade - maior n°. horas/brilho solar.
DUPLA PODA

Pontos importantes:

1- variedades mais precoces - permitam dois ciclos completos
em um ano, com pelo menos 30 dias de repouso entre uma poda
e outra;

2- solos com baixa capacidade de retenção de água - irrigação,
rigorosamente controlada;

3- cuidado redobrado com controle das doenças fúngicas no
início do ciclo de verão.

4- Associação da dupla poda com Cultivo protegido pode ser
interessante, demanda estudos.
Alternativas para melhoria da qualidade: uvas vinho




Y, DUPLA PODA e CULTIVO PROTEGIDO (Tela anti-granizo)
Produtor: Daniel F. Miqueleto, Louveira – SP
Alternativas para melhoria da qualidade: uvas vinho
          ESPALDEIRA ALTA, DUPLA PODA E CULTIVO PROTEGIDO
                       Variedade: SYRAH, SHIRAZ
            Produtor: ANTONIO JOSÉ BENVEGNU / VINHEDO – SP




Poda: 18/02/2009
Colheita: 22/08/2009
Poda: 18/02/2009
                           Colheita: 22/08/2009




ESPALDEIRA ALTA, DUPLA PODA E CULTIVO
PROTEGIDO
Variedade: SYRAH, SHIRAZ
Produtor: ANTONIO JOSÉ BENVEGNU
VINHEDO – SP
ESPALDEIRA ALTA, PODA EXTEMPORÂNEA E CULTIVO PROTEGIDO
              Variedade: SYRAH, SHIRAZ Produtor: ANTONIO JOSÉ BENVEGNU / VINHEDO – SP


                                                                                                                                                           Poda: 18/02/2009
                                                                                                                                                           Colheita: 22/08/2009

                                                       B                                                        pH                  ° Brix                    Acidez Titulável Total

                                                                                        4,0                                                                                                                    25,00




                                                                                                                                                                                                                       Sólidos Solúveis Totais (° Brix)
                                                       (g ácido tartárico/100g mosto)
                                                                                        3,5
                                                                                                                                                                                                               20,00
                                                                                        3,0
             150
A                                                                                       2,5                                                                                                                    15,00
                                                                     ATT

             125
                                                                                        2,0
Chuva (mm)




             100                                                                                                                                                                                               10,00
                                                                                        1,5
              75                                                                        1,0
                                                                                                                                                                                                               5,00
              50                                                                        0,5
              25                                                                        0,0                                                                                                                    0,00
                                                                                                                2-jun
                                                                                                                        9-jun
                                                                                                                                16-jun
                                                                                                                                23-jun
                                                                                                                                         1-jul
                                                                                                                                                  7-jul
                                                                                                                                                 14-jul
                                                                                                                                                          21-jul
                                                                                                                                                                   28-jul
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                                                                                                                                                                                    11-ago
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               0
                    Maio    Junho      Julho Agosto
              Normais Pluviométricas      Chuva 2009                                                                              Data da amostragem

Figura 1. (A) Normais pluviométricas e precipitação total mensal nos meses de maio, junho,
julho e agosto de 2009 e (B) evolução do teor de sólidos solúveis totais e da acidez total (eq. ac.
tartárico) da cultivar Syrah no município de Vinhedo, SP, Brasil.2009.
Para solicitar o texto desta
            apresentação
             jlhernandes@iac.sp.gov.br
                 frutas@iac.sp.gov.br
             faleconosco@iac.sp.gov.br


José Luiz Hernandes
Biólogo, MsC. – Pesquisador Científico
Centro de Fruticultura / IAC

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E:\Blog José L Hernandes

  • 1. Alternativas para Melhoria da Qualidade de Uvas para Vinho e Suco José Luiz Hernandes Biólogo, MsC. Pesquisador Científico INSTITUTO AGRONÔMICO CENTRO DE FRUTICULTURA
  • 2. Alternativas para melhoria da qualidade: uvas vinho • Fatores naturais – clima, topografia, tipo de solo; • Planta – escolha porta-enxerto e cultivar, • Homem - manejo - sistema de condução, adubação, irrigação, época de poda, cultivo protegido, etc.
  • 3. Alternativas para melhoria da qualidade: uvas vinho • Sudeste do Brasil (SP) - principal entrave é o clima: (inverno seco e verão úmido). • Colheita com chuva - favorece enfermidades fúngicas das folhas e podridões das bagas, baixa qualidade das frutas e maturação incompleta (especialmente uvas finas). • Experimentos na região sudeste – técnicas de manejo que favoreçam a produção de uvas de qualidade para a produção de vinhos com alguns resultados interessantes, ainda que não sejam totalmente conclusivos.
  • 4. Alternativas para melhoria da qualidade: uvas vinho Escolha do local de plantio • evitar a implantação de vinhedos em baixadas úmidas e em solos muito rasos; • preferência solos meia encosta, declividade inferior a 15% - melhor drenagem, menor risco de geadas e facilitam o preparo e manejo; • áreas com exposição norte, com alternativas para noroeste, nordeste ou leste evitando-se a exposição sul.
  • 5. • Direção das linhas de plantio N S
  • 6. • Direção das linhas de plantio O L
  • 7. • Direção das linhas de plantio – Áreas com declive
  • 8. Alternativas para melhoria da qualidade: uvas vinho Porta-enxertos • Combinação clima, solo, porta-enxerto e variedade - influencia diretamente o vigor, a produtividade das plantas e a qualidade dos frutos. • Porta-enxerto ideal - análise do clima e do solo (profundidade, disponibilidade de água e reação química). Quadro 1, Informe Agropecuário EPAMIG (2006)
  • 9. Quadro 1 – Principais características de variedades de porta-enxertos Cultivar Resistên- Tolerância Resistência Vigor Tipo de solo (porta- cia à ao excesso à conferido enxerto) seca de umidade nematóides Traviú ++ + ++ +++ Neutro a levemente ácido Kober 5BB ++ + ++ ++ Alcalino IAC 766 ++ + ++ +++ Neutro a levemente ácido Gloria de + + ++ + Neutro a alcalino Montpellier RR 101-14 + ++ +++ ++ a + Neutro a levemente ácido 3309 C ++ + + ++ Neutro a alcalino Gravessac ++ ++ + ++ Neutro a levemente ácido 110 R +++ + + +++ a ++ Neutro a alcalino 140 Ru +++ + +++ +++ Neutro a alcalino 1103 P +++ +++ +++ +++ a ++ Neutro a levemente ácido SO4 ++ ++ +++ +++ a ++ Neutro a alcalino 420 A ++ + ++ ++ Alcalino 196-17 Cl ++ + + ++ Neutro a levemente ácido Legenda: +++ = Elevada; ++ = Média; + = Fraca
  • 10. Porta-enxertos • Muitas possibilidades de combinação, tanto de porta-enxerto, quanto de variedades: CONTÍNUA EXPERIMENTAÇÃO LOCAL
  • 11. Alternativas para melhoria da qualidade: uvas vinho SISTEMAS DE CONDUÇÃO • Ampla discussão - melhor sistema condução uva de vinho; • Maioria autores - privilegiar a exposição da planta favorecendo a fotossíntese e acúmulo de açúcares e outros constituintes qualitativos. • Mais conhecidos e utilizados - espaldeira, latada, manjedoura, lira e suas variações - bom índice de superfície foliar exposta (SFE). • experiência regional - condições climáticas locais, comportamento da variedade e capacidade de investimento do produtor.
  • 12. SISTEMAS DE CONDUÇÃO •De maneira geral pode-se observar as seguintes orientações: • temperaturas baixas e verão chuvoso – plano de vegetação vertical - boa aeração e exposição das folhas e dos cachos, reduzindo o efeito da umidade e favorecendo o tratamento fitossanitário (espaldeira e lira); • temperaturas altas e pouca chuva – plano de vegetação horizontal – proteção dos cachos da exposição excessiva aos raios solares (latada, Y e GDC). • Região sudeste - poucas informações: Imprescindível EXPERIMENTAÇÃO LOCAL
  • 13. Principais Sistemas de Condução Espaldeira baixa
  • 14. Principais Sistemas de Condução Espaldeira baixa
  • 15. SISTEMAS DE CONDUÇÃO Espaldeira Alta
  • 16. SISTEMAS DE CONDUÇÃO Espaldeira Alta
  • 17. SISTEMAS DE CONDUÇÃO DUPLA PODA Latada ou Caramanchão
  • 19. Alternativas para melhoria da qualidade: uvas vinho CULTIVO PROTEGIDO • No Brasil - restrito ao uso de telas sombrite ou clarite - excesso de radiação, granizo ou pássaros. • Proteção contra a chuva - pouco utilizada mas vem ganhando adeptos - aumento dos preços dos defensivos, falta de mão-de-obra pressão da sociedade por alimentos mais saudáveis. • Objetivo - redução da incidência de doenças em função da quebra da interação planta x patógeno x ambiente, através da alteração do ambiente de cultivo.
  • 20. CULTIVO PROTEGIDO • Iniciativas em todos os estados produtores do Brasil - principalmente para uvas de mesa. • São Paulo - uvas rústicas de mesa, cobertura de filme plástico, condução em Y: • redução de 16 a 18 para 4 a 5 aplicações de fungicidas; • sem perda da qualidade; • manutenção das folhas na planta por longo período após a colheita. • Uvas para vinho - poucos resultados consistentes de pesquisa - alternativa interessante para produção em regiões com excesso hídrico.
  • 21. CULTIVO PROTEGIDO 1º. Experimento CULTIVO PROTEGIDO Cab. Sauvignon e Syrah, IAC, Jundiaí, SP. Bragantia, Campinas, v.63, n.3, p.439-445, 2004 Acta Scientiarum. Agronomy Maringá, v. 26, n. 3, p. 263-271, 2004
  • 22. CULTIVO PROTEGIDO CULTIVO PROTEGIDO DA VIDEIRA ‘NIAGARA ROSADA’
  • 23. CULTIVO PROTEGIDO Incidência de Doenças nas folhas da Niagara Rosada 45 dias após a colheita, sob cultivo protegido e a céu aberto em Jundiaí, SP. Coberto – TCL 04 Descoberto – TCo 15
  • 24. Alternativas para melhoria da qualidade: uvas vinho DUPLA PODA • Poda anual de produção - eliminação dos ramos que produziram no ano anterior e formação de ramos novos para a produção do ano. •Ciclo normal - poda no final do inverno/brotação no início da primavera - temperaturas se elevam e cai o risco de geadas • Regiões tropicais - poda pode ser realizada em várias épocas e mais de uma vez por ano. • Nordeste do Brasil - até 2 e 1/2 safras/ano de uvas finas mesa; • São Paulo - há quase trinta anos se realiza a segunda poda de uvas rústicas de mesa, permitindo duas safras anuais.
  • 25. DUPLA PODA No Brasil - poda de produção da videira de duas formas: • poda única – regiões com restrição térmica – sul do país e áreas de altitude elevada – poda final do inverno/colheita no verão (uvas para vinhos brancos, rosados e tintos jovens); • dupla poda – regiões sem restrição térmica (médias >10o C) - Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste: 1ª. Poda - final do inverno – sem produção ou com pequena porcentagem da produção - colheita no verão para produção de vinhos brancos, rosés ou tintos para consumo jovem; 2ª. Poda - verão (jan/fev), a produção é mantida e a colheita será realizada no início do inverno (jun/jul), produção de vinhos mais encorpados para envelhecer.
  • 26. DUPLA PODA • Maturação coincide com o final do outono e início do inverno, época em que naturalmente ocorrem condições climáticas mais favoráveis à qualidade das frutas: • redução paulatina da chuva – déficit hídrico no solo e redução da incidência de doenças e podridões e permitindo maturação completa frutos; • amplitude térmica diária – dias quentes e noites frias - repouso, menor gasto energético, poupa açúcares para bagas; • baixa nebulosidade - maior n°. horas/brilho solar.
  • 27. DUPLA PODA Pontos importantes: 1- variedades mais precoces - permitam dois ciclos completos em um ano, com pelo menos 30 dias de repouso entre uma poda e outra; 2- solos com baixa capacidade de retenção de água - irrigação, rigorosamente controlada; 3- cuidado redobrado com controle das doenças fúngicas no início do ciclo de verão. 4- Associação da dupla poda com Cultivo protegido pode ser interessante, demanda estudos.
  • 28. Alternativas para melhoria da qualidade: uvas vinho Y, DUPLA PODA e CULTIVO PROTEGIDO (Tela anti-granizo) Produtor: Daniel F. Miqueleto, Louveira – SP
  • 29. Alternativas para melhoria da qualidade: uvas vinho ESPALDEIRA ALTA, DUPLA PODA E CULTIVO PROTEGIDO Variedade: SYRAH, SHIRAZ Produtor: ANTONIO JOSÉ BENVEGNU / VINHEDO – SP Poda: 18/02/2009 Colheita: 22/08/2009
  • 30. Poda: 18/02/2009 Colheita: 22/08/2009 ESPALDEIRA ALTA, DUPLA PODA E CULTIVO PROTEGIDO Variedade: SYRAH, SHIRAZ Produtor: ANTONIO JOSÉ BENVEGNU VINHEDO – SP
  • 31. ESPALDEIRA ALTA, PODA EXTEMPORÂNEA E CULTIVO PROTEGIDO Variedade: SYRAH, SHIRAZ Produtor: ANTONIO JOSÉ BENVEGNU / VINHEDO – SP Poda: 18/02/2009 Colheita: 22/08/2009 B pH ° Brix Acidez Titulável Total 4,0 25,00 Sólidos Solúveis Totais (° Brix) (g ácido tartárico/100g mosto) 3,5 20,00 3,0 150 A 2,5 15,00 ATT 125 2,0 Chuva (mm) 100 10,00 1,5 75 1,0 5,00 50 0,5 25 0,0 0,00 2-jun 9-jun 16-jun 23-jun 1-jul 7-jul 14-jul 21-jul 28-jul 4-ago 11-ago 18-ago 25-ago 31-ago 19-mai 26-mai 0 Maio Junho Julho Agosto Normais Pluviométricas Chuva 2009 Data da amostragem Figura 1. (A) Normais pluviométricas e precipitação total mensal nos meses de maio, junho, julho e agosto de 2009 e (B) evolução do teor de sólidos solúveis totais e da acidez total (eq. ac. tartárico) da cultivar Syrah no município de Vinhedo, SP, Brasil.2009.
  • 32. Para solicitar o texto desta apresentação jlhernandes@iac.sp.gov.br frutas@iac.sp.gov.br faleconosco@iac.sp.gov.br José Luiz Hernandes Biólogo, MsC. – Pesquisador Científico Centro de Fruticultura / IAC