São Paulo autoriza concurso para contratar 4,6 mil soldados para reforçar o policiamento nas ruas. Os selecionados passarão por um ano de treinamento na Academia de Polícia antes de atuarem. A posse de 547 profissionais também reforça os quadros da Polícia Civil no estado.
1. quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014
Autorizado concurso
para 4,6 mil soldados
Para reforçar o policiamento das
ruas de São Paulo, foi autorizada a abertura de concurso público para contratar
4,6 mil soldados. A autorização está
publicada no Diário Oficial do dia 30.
Em breve, também será divulgado o edital. Candidatos farão testes de escolaridade, condicionamento físico, exames
de saúde e psicológico e passarão por
análise de documentos e investigação
social. Os aprovados cursarão a Escola
Superior de Soldados.
Com um ano de duração, a preparação inclui aulas de conceitos de direitos
humanos, direito penal e direito militar,
criminalística, princípios de hierarquia e
disciplina, tiro defensivo na preservação
da vida (conhecido como método Giraldi),
defesa pessoal, programas de policiamento, inteligência policial e policiamento em
eventos. Ao final do curso, passarão por
estágio e poderão atuar nas ruas.
Últimos dias
do Roda SP
Turistas e moradores do litoral paulista podem participar, até o dia 16, do
Programa Roda São Paulo – iniciativa
da Secretaria Estadual de Turismo que
facilita a integração turística entre nove
municípios da Região Metropolitana da
Baixada Santista: Santos, São Vicente,
Praia Grande, Mongaguá, Itanhaém,
Peruíbe, Guarujá, Cubatão e Bertioga.
Pagando R$ 10 é possível escolher
entre quatro roteiros rodoviários (Bem
Receber; Calor no Coração; Caminhos
do Mar e Navegantes) para conhecer
pontos turísticos e desfrutar de paradas estratégicas para fotografias e alimentação. Ruínas do Abarabebê, Bolsa
do Café, Lamário Municipal, Poço
das Antas, Portinho de Praia Grande,
Aquário Municipal de Santos e Biquinha
de São Vicente são algumas das atrações turísticas que o Roda SP oferece.
Criado em julho de 2011, o programa
tem 19 ônibus e nove vans que, durante
todo o ano, realizam circuitos de festas,
eventos e programações de férias na
região. Em média, são 12 circuitos por
ano. Não é preciso reservar ingressos,
que são adquiridos nos próprios ônibus.
Crianças até 5 anos não pagam.
À procura da lagarta
Para impedir que a Helicoperva armigera cause danos à agricultura,
Coordenadoria de Defesa Agropecuária monta equipe multitarefa para combatê-la
U
ma equipe técnica da Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA),
de Campinas, vinculada à Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento, vai percorrer, este mês,
o Estado de São Paulo para verificar a ocorrência da lagarta Helicoverpa armigera na agricultura
paulista. A praga foi detectada no
ano passado na Bahia e em Goiás,
mas é possível que esteja no Brasil há mais tempo, e existe a possibilidade de se espalhar por todo
o território nacional, provocando
danos a diversas culturas, como
as vagens (soja, feijão, etc.), milho, algodão, frutíferas, hortaliças
e outras.
O cardápio da lagarta é vasto.
Uma vez descoberta em solo paulista, terá de ser combatida por técnicas de manejo das plantas ou por
defensivos agrícolas. Participam
ainda da expedição especialistas,
agrônomos na maioria, do Instituto
Agronômico de Campinas (IAC)
e do Instituto Biológico, da capital, e do Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento – Mapa.
A expedição – Os profissionais integram grupo técnico constituído pela Secretaria em agosto, com o intuito de pesquisar a
Helicoverpa de várias formas. A
presidente do grupo, a agrônoma da
CDA Ane Beatriz Camargo Veronez,
explica que até o momento sua
equipe organizou reuniões internas
e um workshop em Campinas, ao
qual compareceram cerca de 300
pessoas do setor de todo o Brasil e
de quatro países. Foram debatidos
o histórico da praga, sua identificação e distribuição geográfica, seu
manejo integrado, monitoramento
e inspeção.
Beatriz conta que o gênero
Helicoverpa é bastante extenso e
se encontra no País há anos, “mas
a espécie armigera é novidade,
sendo mais uma lagarta que precisamos combater”. Cada cultura
agrícola sofre danos da praga de
formas diferenciadas. Na soja, por
exemplo, ela ataca mais os primeiros brotos da planta, e, depois, na
fase de nascimento das vagens, alimentando-se dos grãos, também.
“É extremamente polífaga (voraz)”,
diz a agrônoma da CDA. O perigo é
detectado pela presença do número
da lagarta por metro quadrado de
determinada plantação. O avanço
dela nas lavouras ocorre por transporte de alguns produtos vegetais
ou pelo voo, quando vira mariposa
e vai se reproduzir.
Manejos adequados –
José Francisco Tristão, também da
CDA, explica que a equipe vai percorrer quatro regiões do Estado:
Sudoeste (cidades próximas do
Rio Paranapanema), arredores de
Assis, de São José do Rio Preto
e de Araraquara-São Carlos. São
regiões com diferentes culturas.
Araraquara, por exemplo, é destaque pela produção de laranja.
CECÍLIA CZEPACK/REVISTA CULTIVAR
A posse de 547 profissionais reforça
os quadros da Polícia Civil do Estado de
São Paulo. Concursados, os agentes policiais e os agentes de telecomunicações
farão cursos de formação de três meses
na Academia de Polícia Dr. Coriolano
Nogueira Cobra (Acadepol) e passarão
por estágio. Se aprovados, serão indicados para unidades da Polícia Civil em
todo o Estado, de acordo com a classificação final do curso na Academia e da
necessidade de cada região.
Os 156 agentes de telecomunicações
disputaram a vaga com 78 mil inscritos; os 391 policiais concorreram com
quase 80 mil inscritos. Dos ingressantes
na carreira policial, 492 são homens e
55, mulheres. Os policiais comporão a
linha de frente no combate ao crime e a
maioria dos agentes de telecomunicação
atuará em atividades da delegacia eletrônica, com uso de tecnologias e telecomunicação. Desde dezembro, a delegacia eletrônica faz registro de ocorrência
para roubos e roubos de veículo.
A armigera pode se espalhar por todo território nacional e atacar vagens de soja, feijão
Serão usadas armadilhas, parecidas com
uma casinha de plástico, do tamanho
de um caderno, com um produto químico dentro, que vai atrair as mariposas-machos, que ficarão presas. Cada casinha
será instalada nas plantas a 60 cm ou 70
cm do chão.
Os insetos capturados serão enviados
ao Instituto Biológico, na Vila Mariana,
para detecção da espécie. “As mariposas do
gênero Helicoverpa são muito parecidas a
olho nu. Só no laboratório é possível descobrir se é a armigera ou não.”
O pesquisador especialista em algodão, Luiz Henrique Carvalho, do IAC/
Campinas, conta que é primordial descobrir a praga no início, para que as autoridades sanitárias e produtores encontrem
meios de combatê-la. Ele cita os manejos
adequados para controlar ou erradicar
uma praga, seja lagarta, seja micro-organismo, como fungos e bactérias e até ervas
daninhas. “O agricultor tem de se conscientizar que a lavoura não pode ser vista
como linha de produção industrial. É
necessário dar descanso à terra e a determinadas lavouras.”
Carvalho observa que os métodos mais
importantes de prevenção são o vazio sanitário (deixar de plantar por algum tempo
uma cultura contaminada), rotação de
plantio, entre outros. “Se o produtor não
fizer algum sacrifício em sua propriedade,
vai usar defensivos agrícolas a vida inteira e
a praga vai voltar quase sempre”, profetiza
o especialista.
Governo federal – A representante
do Mapa no grupo técnico e na expedição é
a agrônoma e fiscal federal Rita Lourenço.
Ela conta que o controle de doenças vegetais ou animais é atribuição do ministério e
das coordenadorias de defesa agropecuária
no Brasil. “Para isso, é necessário estabelecer parcerias com os Estados para a detecção, a prevenção e, se possível, a erradicação de alguma praga no território nacional”, diz Rita.
Assim como Luiz Henrique, Rita assegura ser indispensável a colaboração do
agricultor no controle fitossanitário de sua
lavoura ou atividade pecuária, desde a
preparação do solo até o combate ao mal.
“O vazio sanitário, por exemplo, permite
interromper o ciclo de vida de uma praga.”
Sua colega de equipe, Ane Beatriz, da CDA,
garante que a secretaria estadual possui em
estoque 24 produtos, entre químicos e biológicos, que combatem a armigera.
Otávio Nunes
Imprensa Oficial – Conteúdo Editorial
FERNANDES DIAS PEREIRA
Polícia Civil
recebe reforço
São Paulo, 124 (25) – III
Diário Oficial Poder Executivo - Seção I
Parte da equipe, da esquerda para a direita: Luiz, Rita, Euclides, Ane e Tristão
A equipe atrás da praga
Ane Beatriz Camargo Veronez (CDA); Dalva Gabriel (Instituto Biológico); Teresa
Jocys (Biológico); Luiz Henrique Carvalho (IAC); Cristiano Geller (Coordenadoria
de Assistência Técnica Integral – Cati); Vandir Daniel da Silva (Cati); Euclides de
Lima Moraes Filho (CDA); Rita Lourenço (Mapa); José Francisco Tristão (CDA);
José Osmar Bortoletti (CDA); Mário Sérgio Tomazella (CDA); e Vicente Paulo
Martello (CDA).
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quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014 às 01:53:51.