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Diário Oficial Poder Executivo - Seção III – São Paulo, 124 (110) sábado, 14 de junho de 2014IV – São Paulo, 124 (110)
uando o produtor inicia o plantio
é bom conhecer o clima no mo-
mento de depositar a semente ou
a muda na terra, bem como a pre-
visão para os próximos meses.
Para ajudar o agricultor nessa
ocasião, o Centro Integrado de
Informações Agrometeorológicas,
do Instituto Agronômico de Cam-
pinas (IAC), mantém uma rede de
160 estações climatológicas insta-
ladas no Estado que monitoram
localmente diferentes variações
do clima – chuva, vento, tempera-
tura e umidade do ar e da terra –,
fenômenos físicos importantes
para quem trabalha no agronegó-
cio. O sistema do IAC, centraliza-
do em Campinas, foi iniciado em
1954, mas os dados disponíveis
vêm desde 1890.
Para saber quando o
clima está mais propício
Além dos dados úteis ao produtor
rural, há gráficos do Estado, tabelas por
cidades ou regiões, etc. com informações
para os comitês de bacias hidrográfi-
cas, autoridades municipais, defesa civil,
empresas de saneamento e quem mais
se utilizar de informações sobre chu-
vas, volumes de mananciais, perigo de
enchentes e outros fenômenos resultantes
do clima. Brunini explica que os dados
atualizados a cada 20 minutos atendem
a entidades governamentais (defesa civil,
bombeiros) que precisam de rapidez na
tomada de decisão. Para o agricultor, as
atualizações diárias bastam. As anomalias
climáticas que mais afetam o Estado são
chuvas em excesso, que causam enchen-
tes, ou a falta delas. Este ano, provam os
gráficos do IAC, é o mais seco desde o iní-
cio dos registros, em 1890.
Plantio ameaçado – Estiagem, tam-
bém chamada de veranico, explica o agrôno-
mo, são períodos curtos, de 10 a 15 dias sem
chuva em uma época com alta precipitação.
A seca é mais grave, por ser mais intensa,
com período maior de baixa umidade, e acar-
reta graves problemas no agronegócio, no
abastecimento e em toda a sociedade.
Este ano, diz Brunini, o plantio está
ameaçado no Estado, embora as culturas
irrigadas possam sobreviver. As plantações
chamadas perenes – cana, citros, café –
terão impacto na hora da colheita. A cana
plantada entre janeiro e março terá proble-
mas no corte no ano que vem. O café da Alta
Mogiana poderá apresentar queda de pro-
dutividade este ano. Assim como o milho
safrinha, plantado no início do ano para ser
colhido em agosto.
Brunini explica que há três tipos de
seca. A meteorológica, quando há redução
da chuva em período de alta precipitação;
a hidrológica, que atinge os mananciais
de água potável; e a agrícola, que provoca
baixa umidade do solo, prejudicando as
plantas. “A seca pode ocorrer em qualquer
tipo de clima. Já a aridez é um tipo de clima,
quase desértico”, exemplifica Brunini.
Otávio Nunes
Imprensa Oficial – Conteúdo Editorial
A Secretaria da Saúde divulga aler-
ta sobre riscos de eventuais acidentes de
trabalho com a intensificação da rotina de
atendimento a clientes no setor de alimen-
tos durante os Jogos da Copa FIFA 2014.
Entre 2006 e 2013, no Estado, foram notifi-
cados 3.234 acidentes de trabalho graves ou
fatais entre trabalhadores dessa área. Cerca
de 60% atingiram mãos ou membros supe-
riores, resultando em 1.277 incapacidades
temporárias; 33 incapacidades permanen-
tes; e 12 óbitos. Funcionários de restauran-
tes somaram 53%, e 39% trabalhavam em
lanchonetes. Cerca de 50% dos casos notifi-
cados ocorreram com cozinheiros, atenden-
tes de lanchonete, garçons e copeiros.
Para a diretora da Divisão de Vigilância
Sanitária do Trabalho, Simone Alves dos
Santos, os riscos estão na exposição às
matérias-primas, nas condições das edifica-
ções e instalações de trabalho, utilização de
equipamentos, ferramentas e instrumentos
e no processo de produção.
“Pisos sujos, molhados e escorregadios,
armazenamento inadequado de produtos e
materiais, uso de máquinas e equipamentos
cortantes sem proteção, armazenamento
de botijão de GLP em ambientes fechados
(sem sinalização e ventilação natural per-
manente) e exposição à queimadura e ao
choque elétrico por condições irregulares
(fiação exposta e ligações improvisadas) são
alguns fatores de risco”, afirma.
Distância segura – Medidas sim-
ples auxiliam na prevenção de acidentes:
manter pisos, escadas, rampas e corredores
bem conservados e, se possível, com prote-
ção de material antiderrapante. Hidrante e
extintor de incêndio devem ficar em local de
fácil acesso e com sinalização adequada. Os
funcionários devem ter espaço para circular
entre máquinas e equipamentos, que pre-
cisam ter dispositivos liga/desliga visíveis.
“Não se pode usar luvas descartáveis de bor-
racha, látex ou plástico em procedimentos
envolvendo calor (cozimento e fritura) ou ao
manusear máquinas para moagem, tritura e
mistura”, finaliza Simone.
Imprensa Oficial – Conteúdo Editorial
Assessoria de Imprensa da Secretaria Estadual da Saúde
Evite acidentes na área de alimentação durante a Copa
Cada uma das estações climáticas e
meteorológicas da rede do IAC é com-
posta por torre metálica de 10m de altura
e braços com sensores de temperatura,
umidade e sentido do vento. No chão, ao
lado da torre, estão instalados sensores de
umidade da terra e painel solar com capa-
cidade para 12 volts, que irão alimentar
a transmissão automática dos dados da
estação local até Campinas. As unidades
funcionam sem operador, monitorando
dados num raio de 30 km.
O IAC produz uma cartilha trimes-
tral em formato eletrônico ou impresso
com os dados das estações paulistas. O
material é enviado a entidades gover-
namentais e da área privada (defesa
civil, polícias, prefeituras, cooperativas,
etc). A última edição abrange condições
meteorológicas e o impacto da seca no
período hidrológico de outubro de 2013
a março de 2014.
Na última edição, em relação à umi-
dade da terra, a cidade de Atibaia apre-
sentava condições severas de plantio para
culturas de 25cm de profundidade (batata,
cebola, alho, arroz, hortaliças, feijão), des-
favoráveis para as de 50cm (amendoim,
alguns feijões, milho e sorgo), razoáveis
para as de 75cm (soja, citros, café, cana e
algodão e prejudiciais para as de 100cm
(alguns tipos de café, citros e cana).
Expansão da redeCentro Integrado do IAC
mantém 160 estações
climatológicas; elas
monitoram variações
climáticas e passam
informações importantes
para quem trabalha
no agronegócio
Q
O engenheiro agrônomo do
IAC, Orivaldo Brunini, responsável
pela centralização dos dados, infor-
ma que o produtor rural, seja qual
for o porte ou o ramo de negócios,
tem acesso aos dados do centro do
IAC por computador, celular ou
tablet, nos sites www.ciiagro.org.
br/ema e www.ciiagro.sp.gov.br.
O primeiro mostra dados atuali-
zados de 20 em 20 minutos e o
outro traz novas informações dia-
riamente. “O agricultor sem aces-
so à tecnologia digital ou que não
sabe interpretar gráficos e tabelas
pode procurar a Casa de Agricul-
tura de sua cidade, onde técnicos
vão explicar.”
No IAC, em Campinas, o engenheiro Brunini centraliza dados vindos de cada uma das 160 estações climáticas e meteorológicas
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Para saber quando o clima está mais propício Além dos dados úteis ao produtor rural, há gráficos do Estado, tabelas por cidades ou regiões, etc. com informações para os comitês de bacias hidrográfi- cas, autoridades municipais, defesa civil, empresas de saneamento e quem mais se utilizar de informações sobre chu- vas, volumes de mananciais, perigo de enchentes e outros fenômenos resultantes do clima. Brunini explica que os dados atualizados a cada 20 minutos atendem a entidades governamentais (defesa civil, bombeiros) que precisam de rapidez na tomada de decisão. Para o agricultor, as atualizações diárias bastam. As anomalias climáticas que mais afetam o Estado são chuvas em excesso, que causam enchen- tes, ou a falta delas. Este ano, provam os gráficos do IAC, é o mais seco desde o iní- cio dos registros, em 1890. Plantio ameaçado – Estiagem, tam- bém chamada de veranico, explica o agrôno- mo, são períodos curtos, de 10 a 15 dias sem chuva em uma época com alta precipitação. A seca é mais grave, por ser mais intensa, com período maior de baixa umidade, e acar- reta graves problemas no agronegócio, no abastecimento e em toda a sociedade. Este ano, diz Brunini, o plantio está ameaçado no Estado, embora as culturas irrigadas possam sobreviver. As plantações chamadas perenes – cana, citros, café – terão impacto na hora da colheita. A cana plantada entre janeiro e março terá proble- mas no corte no ano que vem. O café da Alta Mogiana poderá apresentar queda de pro- dutividade este ano. Assim como o milho safrinha, plantado no início do ano para ser colhido em agosto. Brunini explica que há três tipos de seca. A meteorológica, quando há redução da chuva em período de alta precipitação; a hidrológica, que atinge os mananciais de água potável; e a agrícola, que provoca baixa umidade do solo, prejudicando as plantas. “A seca pode ocorrer em qualquer tipo de clima. Já a aridez é um tipo de clima, quase desértico”, exemplifica Brunini. Otávio Nunes Imprensa Oficial – Conteúdo Editorial A Secretaria da Saúde divulga aler- ta sobre riscos de eventuais acidentes de trabalho com a intensificação da rotina de atendimento a clientes no setor de alimen- tos durante os Jogos da Copa FIFA 2014. Entre 2006 e 2013, no Estado, foram notifi- cados 3.234 acidentes de trabalho graves ou fatais entre trabalhadores dessa área. Cerca de 60% atingiram mãos ou membros supe- riores, resultando em 1.277 incapacidades temporárias; 33 incapacidades permanen- tes; e 12 óbitos. Funcionários de restauran- tes somaram 53%, e 39% trabalhavam em lanchonetes. Cerca de 50% dos casos notifi- cados ocorreram com cozinheiros, atenden- tes de lanchonete, garçons e copeiros. 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Expansão da redeCentro Integrado do IAC mantém 160 estações climatológicas; elas monitoram variações climáticas e passam informações importantes para quem trabalha no agronegócio Q O engenheiro agrônomo do IAC, Orivaldo Brunini, responsável pela centralização dos dados, infor- ma que o produtor rural, seja qual for o porte ou o ramo de negócios, tem acesso aos dados do centro do IAC por computador, celular ou tablet, nos sites www.ciiagro.org. br/ema e www.ciiagro.sp.gov.br. O primeiro mostra dados atuali- zados de 20 em 20 minutos e o outro traz novas informações dia- riamente. “O agricultor sem aces- so à tecnologia digital ou que não sabe interpretar gráficos e tabelas pode procurar a Casa de Agricul- tura de sua cidade, onde técnicos vão explicar.” No IAC, em Campinas, o engenheiro Brunini centraliza dados vindos de cada uma das 160 estações climáticas e meteorológicas FOTOS:FERNANDESDIASPEREIRAGILBERTOMARQUES