2. Manoel Philomeno Baptista de
Miranda nasceu em 14 de novembro
de 1876 em Jangada, município do
Conde no interior do Estado da
Bahia. Diplomou-se em 1910 como
Bacharel em Comércio e Fazenda
pela então Escola Comercial da
Bahia, hoje Faculdade de Ciências
Econômicas da Universidade
Federal da Bahia.
Exercendo sua profissão de forma
digna, granjeava a simpatia de
quantos o conheciam, pelo seu
caráter reto e modesto.
3. Em 1914 é acometido por uma tenaz
enfermidade, recorrendo a diversos
médicos sem obter resultados
satisfatórios. Foi quando aceitou os
préstimos do médium Saturnino
Favila, na cidade de Alagoinhas,
onde através de passes e água
fluidificada se restabeleceu
completamente.
Na mesma época, numa viagem a
Salvador, conhece José Petitinga,
que o convida a freqüentar a União
Espírita Baiana.
4. Desde então nunca mais
abandonaria o estudo e a prática do
Espiritismo, tornando-se um dos
mais valorosos espíritas da Bahia.
Amigo íntimo e discípulo de José
Petitinga, foi um dos grandes
diplomatas do movimento espírita
baiano, sempre disposto a resolver
os problemas que surgissem nas
casas espíritas, com a nobreza de
espírito e educação que lhe
caracterizavam a personalidade.
5. Visitava periodicamente os centros
espíritas da Capital e do interior,
divulgando a Doutrina do
Consolador.
Escreveu três livros espíritas:
"Enxertos que justificam o
Espiritismo", "Resenha do Espiritismo
na Bahia" e "Por que sou Espírita",
cujo último era uma resposta ao
pensamento crítico do padre Huberto
Rohden sobre o Espiritismo, onde
rebateu os argumentos do sacerdote,
sem atacar o Catolicismo.
6. Grande estudioso do
Espiritismo, sempre respondeu
aos ataques dos detratores, mas
apenas refutando os
argumentos dos religiosos e
pessoas ligadas aos meios
acadêmicos que tentavam
desacreditar o Espiritismo
perante a opinião pública,
jamais atacando ou denegrindo
quem quer que fosse.
7. Vivia o Espiritismo em seu
tríplice aspecto, ora participando
de campanhas de assistência
fraterna, ora dedicando-se às
reuniões mediúnicas,
principalmente as de
desobsessão, pois compreendia
que um dos objetivos da
doutrina codificada por Kardec é
o intercâmbio espiritual, visando
o auxílio aos espíritos
sofredores.
8. Trabalhou ativamente por mais
de vinte e quatro anos
consecutivos na União Espírita
Baiana (hoje Federação Espírita
do Estado da Bahia), exercendo
os cargos de 2.º secretário
entre 1921 e 1922 e 1º
secretário de 1922 a 1939,
quando neste último ano veio a
substituir José Petitinga.
9. Tinha sérios problemas cardíacos,
agravados pela idade que avançava,
mas que nunca o impediram de
cumprir as suas tarefas dentro do
movimento espírita.
Em 14 de julho de 1942, retorna ao
mundo espiritual deixando uma
lacuna no movimento espírita baiano
e nacional, onde exemplificou o seu
amor ao Espiritismo através da
prática e defesa dos princípios
Kardequianos.
10. Através da psicografia de Divaldo,
Manoel Philomeno de Miranda
(como assina em suas obras agora)
escreveu mais de 15 livros, desde a
década de 70, publicados pela FEB
(Federação Espírita Brasileira) e a
editora LEAL (Livraria Espírita
Alvorada), sendo seu mais recente
livro, “Transição Planetária”,
publicado em 2010.