4. LIVRE-ARBÍTRIO E LEI DE
CAUSA E EFEITO
Atingido o patamar evolutivo, que permite ao
Espírito integrar-se ao reino humano, conquista ele
a faculdade do livre-arbítrio, ou seja, passa a ter a
liberdade de escolha, e torna-se, a partir de então,
artífice do seu próprio destino.
5.
6. LIVRE-ARBÍTRIO E LEI DE
CAUSA E EFEITO
Como conseqüência natural do poder
escolher, temos a responsabilidade pela escolha
como característica básica deste momento
evolutivo. Por isso, essa faculdade só pode ser
conquistada pelo ser pensante no momento em
que ele se acha maduro para tal.
.
7. LIVRE-ARBÍTRIO E LEI DE
CAUSA E EFEITO
O livre-arbítrio é sempre proporcional à condição
evolutiva do ser. Nos primeiros momentos de humanidade, o
Espírito quase não o tem. Está mais sujeito ao
determinismo, porque não tem conhecimento nem
experiência para avaliar melhor sua escolha. É como aquela
criança a quem não permitimos realizar determinadas ações,
por ela não conhecer ainda os perigos que corre.
8. LIVRE-ARBÍTRIO E LEI DE
CAUSA E EFEITO
Nesta fase, o Criador, em sua infinita misericórdia, permite que
Espíritos mais elevados tracem-lhe o caminho a seguir, como forma
de suprir-lhe a falta de experiência.
O Espírito de média evolução tem menos restrita esta faculdade.
É como o jovem, que após passar pela disciplina necessária do
momento infantil, tem mais possibilidades de decisão.
9. LIVRE-ARBÍTRIO E LEI DE
CAUSA E EFEITO
O Espírito evoluído é como o homem maduro em que as
provações e os corretivos já formaram sua personalidade, e como
conseqüência sua liberdade é maior.
Um dia, no curso dos milênios, o nosso livre-arbítrio se
harmonizará plenamente com a verdade total, com as deliberações
superiores. Nesse dia saberemos executar, com fidelidade, o
pensamento do Cristo, Mestre e Senhor Nosso.
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11. LEI DE LIBERDADE
“Conhecereis a Verdade e a Verdade vos libertará”. (João 8:32)
A liberdade é condição básica para que o Espírito se realize. Deus
o criou de tal forma que, por natureza, ele busque sempre se libertar,
mesmo que de forma inconsciente.
12. LEI DE LIBERDADE
Essa liberdade, porém, não é absoluta, porque a necessidade que
tem ele de viver em sociedade, o condiciona a respeitar determinadas
normas, porque este direito é dado também a cada um de seus
semelhantes.
Com isto não queremos dizer que há a necessidade de uma pessoa
se sujeitar à outra por completo, isto seria contrário à lei de Deus.
13. LEI DE LIBERDADE
A escravidão, tenha ela qualquer codinome, é
e sempre foi amoral, por isso a necessidade do
entendimento da verdade cristã: E conhecereis
a verdade e a verdade vos libertará, para que
não escravizemos ninguém e nem sejamos
escravos de nossas próprias imperfeições
14.
15. LEI DE LIBERDADE
Liberdade de Pensar -Só no pensamento, goza o homem de total
liberdade.
A espontaneidade e a criatividade, como fatores espirituais que são,
devem sempre estar presentes no pensamento da criatura. É por aí que o
Espírito se identifica, evitando que a criatura se robotize, apenas repetindo
em circuito fechado o que lhe imprimem, através dos modernos meios de
massificação. Como conseqüência, a criatura é sempre responsável pelos
seus pensamentos, e pela faixa mental em que se encontra.
16. LEI DE LIBERDADE
Liberdade de Consciência - Por ser a liberdade de consciência
corolário da liberdade de pensar, é um dos caracteres da verdadeira
civilização e do progresso.
Assim como os homens, pelas suas leis, regulam as relações de
homem para homem, Deus, pelas leis da natureza, regula as relações
entre Ele e o homem.
17. LEI DE LIBERDADE
De acordo com a questão 621 de “O Livro dos
Espíritos”, a Lei de Deus está gravada na
consciência de cada um. Desta forma, identificamos
o porquê da liberdade de consciência, e da sua
progressividade à medida que a realizamos em nós.
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19. LEI DE CAUSA E EFEITO
Fatalidade e Destino - Segundo a codificação Espírita, fatalidade
só pode ser entendida como um componente da lei de liberdade, isto
é, quando tomamos uma certa atitude, determinamos uma
conseqüência, que será boa ou má, de acordo com o conteúdo da
ação.
Para elucidar melhor, colhemos as seguintes considerações de
André Luiz:
20. LEI DE CAUSA E EFEITO
Ninguém nasce destinado ao mal, porque semelhante disposição
derrogaria os fundamentos do Bem Eterno sobre os quais se levanta a
Obra de Deus.
O Espírito renascente no berço terrestre traz consigo a provação
expiatória a que deve ser conduzido ou a tarefa redentora que ele
próprio escolheu de conformidade com os débitos contraídos.
21. LEI DE CAUSA E EFEITO
(...)Desse modo, ninguém recebe do Plano Superior a determinação de
ser relapso ou vicioso, madraço ou delinqüente(…). Padecemos, sim,
nesse ou naquele setor da vida, durante a recapitulação de nossas próprias
experiências, o impulso de enveredar por esse ou aquele caminho menos
digno, mas isso constitui a influência de nosso passado em nós, instilando-
nos a tentação, originariamente toda nossa, de tornar a ser o que já fomos,
em contraposição ao que devemos ser.
22. LEI DE CAUSA E EFEITO
Tudo me é lícito, mas nem tudo me convém.” Paulo (I Cor., 6:12)
Ao semear o que o nosso arbítrio escolheu, precisamos estar
conscientes de que determinamos, simultaneamente, qual será a
colheita. Logo, o determinismo compulsório de hoje é o corolário da
livre escolha de ontem, da mesma forma que as nossas opções
hodiernas estarão desenhando, inexoravelmente, o nosso destino
amanhã...
23. LEI DE CAUSA E EFEITO
As Leis Divinas prescrevem que a cada erro
corresponde uma cobrança, a cada desvio um reajuste, a
cada pecado uma dor... Esse mecanismo da Lei que será
acionado pelos nossos equívocos e continuará sendo
ativado enquanto esses persistirem, é um dispositivo
universal, natural, irrevogável, retificador, flexível, mas
inexorável.
24.
25. LEI DE CAUSA E EFEITO
Em verdade a Lei pode adiar a cobrança, mas não
deixará jamais de ser cumprida nas penitenciárias da
dor, sob a pedagogia do sofrimento para rebeldes
renitentes – ou no campo do amor ao próximo, para
os humildes que se arrependeram e marcham sob os
camartelos das provas adredemente escolhidas.
26. LEI DE AÇÃO E REAÇÃO
Adiante transcrevemos alguns textos do Novo Testamento que dão
suporte à ideia contida na frase “a semeadura é livre, mas a colheita é
compulsória”:
“E eis que um dos que estavam com Jesus, estendendo a mão, puxou
da espada e, ferindo o servo do sumo sacerdote, cortou-lhe uma orelha.
Então Jesus disse-lhe: Embainha a tua espada; porque todos os que
lançarem mão da espada, à espada morrerão.” – Mateus, 26:51-52.
27. LEI DE AÇÃO E REAÇÃO
“(...) O qual recompensará cada um segundo as suas obras; a saber: a
vida eterna aos que, com perseverança em fazer bem, procuram glória,
honra e incorrupção; mas a indignação e a ira aos que são contenciosos,
desobedientes à verdade e obedientes à iniquidade; tribulação e
angústia sobre toda a alma do homem que faz o mal; primeiramente do
judeu e também do grego; glória, porém, e honra e paz a qualquer que
pratica o bem; primeiramente ao judeu e também ao grego; porque,
para com Deus, não há acepção de pessoas.” – Romanos, 2:6-11
28. A LIÇÃO DA ESPADA
Indubitavelmente, a Lei de ação e reação é a grande escritora
dos capítulos que compõem os livros dos destinos dos seres.
O que Newton, sabiamente, descobrira e escrevera sobre a
ciência, ao que se percebe, igualmente, é válido para a harmonia
universal, não só dos astros e das forças ditas físicas, mas,
também, das intricadas tramas das vidas do Espírito.
29. A LIÇÃO DA ESPADA
A lição da espada ensinada por Jesus a Pedro, portanto, mantém e
corrobora aquilo que havia de legítimo, do ponto de vista divino, na lei
de Talião, que era o princípio da lei de ação e reação. Contudo, ela vai
além. Ao ensinar a lei de amor com a retribuição sempre benéfica que
conduz, amplia aquela, retirando os excessos que nela havia,
mostrando, assim, que não compete aos homens, tão imperfeitos, ser o
instrumento da justiça divina. Para estes cabe a função de amar e de
perdoar, já que Deus não necessita de vingadores, mas de pacificadores.
30. A LIÇÃO DA ESPADA
- "É a vontade de Deus" – dizem alguns para tudo.
Deus, contudo, não castiga, nem recompensa ninguém.
Fez, ao contrário, leis iniludíveis e eternas.
Muitos fatos, nesse ínterim, não seriam reações
conseqüentes de ações do ser?
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31. A LIÇÃO DA ESPADA
- "A mim, compete a tarefa de fazer valer a justiça de Deus" – pensam algumas
mentes pequenas.
Deus, no entanto, a força incausada, imensurável e infinita em suas
potencialidades, precisaria de seres tão causais, mensuráveis e finitos para fazer
valer os seus desígnios?
Eis por quê...
O amor, mais uma vez, é o divino complemento da espada.
É ele o escudo que protege e que não fere!
A mola que suaviza o impacto...
E a pedra que desfaz o gume.