O documento resume o conceito de empirismo, seus principais defensores (John Locke, George Berkeley e David Hume) e como eles acreditavam que o conhecimento se origina da experiência sensorial e não de ideias inatas. O empirismo defende que toda ideia vem da experiência e nada pode existir na mente sem antes ter passado pelos sentidos.
2. INTRODUÇÃO
Com esse trabalho pretendemos mostrar o que
é empirismo, seus principais defensores e no
que suas ideias se baseiam.
3. CONCEITO
O empirismo é a escola do pensamento filosófico relacionada à teoria do
conhecimento, que pensa estar na experiência a origem de todas as
ideias
Empirismo: empiria (experiência)
ismo (sufixo que determina, entre outras coisas, uma corrente filosófica).
Temos, assim, a “corrente filosófica da experiência”.
4. PRINCIPAL DEFENSOR
John Locke (1632-1704), filósofo inglês. O empirismo defendido ficou
conhecido como empirismo britânico, e influenciou diversos filósofos.
Locke defendeu que a experiência forma as ideias em nossa mente, no
seu livro Ensaio acerca do entendimento humano, de 1690.
Na introdução, ele escreve que “só a experiência preenche o espírito
com ideias”. Para argumentar a favor, Locke critica o conceito de que já
existem ideias em nossa mente (ideias inatas).
Ele procura demonstrar que qualquer ideia que temos não nasce
conosco, mas se inicia na experiência.
5. A experiência, para Locke, não são as experiências de vida. Experiência
para ele são as nossas sensações (sentidos). Ouvimos, enxergamos,
tocamos, saboreamos e cheiramos. Cada um dos cinco sentidos leva
informações para o nosso cérebro.
A razão tem a função de unir dados captados pelas nossas experiências.
Segundo Locke “nada pode existir na mente sem antes ter passado pelos
sentidos”.
Quando nascemos não sabemos o que é uma maçã, mas formamos a
ideia de maçã a partir dos sentidos.
Vemos a sua cor, sentimos o seu aroma, tocamos sua casca e mordemos
a fruta. Cada uma dessas sensações simples nos faz ter a ideia de maçã.
A partir da sensação, há a reflexão. Dessa forma, nossas ideias são um
reflexo daquilo que nossos sentidos perceberam do mundo.
6. Para confirmar sua teoria, o filósofo inglês antecipa futuras críticas.
Entre as possibilidades de crítica, existe o argumento de que
somos capazes de ter ideias de coisas que nunca foram
percebidas pelos nossos sentidos.
Locke argumenta contra este tipo de crítica, pois mesmo ideias
de seres mitológicos como sereias, unicórnios e faunos são apenas
junções de ideias que já tivemos anteriormente. Uma sereia é a
união da ideia de mulher e peixe. Não há nada nessas ideias que
não tenha sido conhecida previamente.
7. OUTROS DEFENSORES
Depois de Locke, o empirismo britânico conheceu a reformulação feita
pelo irlandês George Berkeley (1685-1753).
Para ele, o que conhecemos do mundo não é realmente o que o mundo
é. O mundo não é o que percebemos dele.
Podemos perceber o mundo através dos sentidos, mas não conhecê-lo
de verdade.
8. David Hume (1711-1776), natural de Edimburgo, Escócia.
De acordo com Hume, só existe o que percebemos. Todas as relações que
fazemos entre o que conhecemos não são conhecimentos verdadeiros.
Podemos conhecer uma bola e podemos conhecer um pé, porém se
chutamos uma bola não há nada que confirme que a bola se move porque
foi o pé que a moveu.
Com isto, Hume critica as ciências, pois trabalham com a ideia de causa e
efeito. Essa relação de causalidade (causa-efeito) é uma relação entre ideias
e é, portanto, não verdadeira.
Tudo o que pensamos ser verdadeiro, como a causa do movimento da bola, é
imaginação.
9. Se o que sabemos vem da experiência e a experiência apenas nos informa um
pouco sobre como o mundo é, precisamos, de acordo com o empirismo, estar
atentos e críticos às falsas ideias que não podem ser verificadas pelos sentidos.
O empirismo causou uma grande revolução na ciência, pois graças a essa
valorização da experiência e do conhecimento científico, o homem passou a
buscar resultados práticos, buscando o domínio da natureza. A partir do
empirismo surgiu a metodologia científica.
10. CONCLUSÃO
Com este trabalho pode-se perceber que o
empirismo é uma corrente filosófica na qual o
conhecimento se dá através de experiências.
Nele existe a afirmação de que o homem é
como uma folha em branco, no qual as
experiências é que são responsáveis por dizer
qual serão as ideias desse homem, sua
personalidade e sua sabedoria.