O documento discute a origem e os princípios da cultura hacker, descrevendo como surgiu nos anos 1960 entre estudantes do MIT interessados em programação e resolução de problemas de forma colaborativa e apaixonada. Também aborda a influência da contracultura estadunidense dos anos 1960 e a relação com universidades de tecnologia como o MIT.
2. Leitura
pontos de discussão
A ética do trabalho protestante
e sua relação com os valores do
capitalismo da revolução
industrial.
Os hackers subvertem esse
modelo de trabalho clássico,
em que a acumulação de
capital é secundária e o foco
está na motivação pela
atividade desenvolvida no
trabalho.
Há uma diferença de hackers e
crackers, os invasores e
violadores de sistemas
informáticos.
3. Leitura
pontos de discussão
“O termo hacker, que Himanen
resgata, surgiu, no início dos anos
1960, como a autodenominação
utilizada por um grupo de jovens
programadores do Massachusetts
Institute of Technology (MIT), que
tinham em comum o gosto pelos
estudos, o apurado conhecimento
de informática e o jeito passional
de lidar com os negócios.”
Jeito passional: trabalho
obsessivo e por prazer (sem visar
o dinheiro), ritmo próprio, crença
em grandes realizações, união de
forças. O “jeito hacker de ser” não
se limitaria à informática.
4. Cultura hacker
5 princípios
(1) a colaboração
comunitária como forma
de resolução de problemas
(2) a recusa de uma
autoridade central e de
hierarquias burocráticas
de governos e grandes
empresas
(3) o julgamento pelo
trabalho realizado e não
por titulação acadêmica
(4) o acesso ilimitado aos
computadores, permitindo
a criação de arte e coisas
belas
(5) a liberdade de acesso e
compartilhamento de
informações através da
transparência dos dados
disponibilizados
5. Origens da cultura hacker
A contracultura estadunidense
pós-guerra
A contracultura tem
sua força nos anos 60
a partir de
movimentos de
contestação de
padrões sociais
estabelecidos, sendo
difundida pelos meios
de comunicação em
massa.
Após a 2ª Guerra
Mundial, o mundo vive
a tensão de um
possível fim através do
holocausto nuclear.
http://www.myyearof
mardigras.com/wp-
content/uploads/201
3/06/nuclear_explosi
on_by_theabp-
d59sy3y.jpg
6. Origens da cultura hacker
A contracultura estadunidense
Geração “Beat”
Os movimentos de
contestação das
convenções da classe
média, liderados por
jovens poetas e
escritores
universitários nos anos
40 e 50 nos EUA,
forneceu as bases do
movimento hippie nos
anos 60.
A geração “Beat”
desafiou a monotonia
através do uso de
drogas, música (jazz),
sexo livre e longas
viagens através dos
EUA. Não
conformidade e
criatividade eram
bases do movimento.
https://pt.wikipedia.org/wiki/
Gera%C3%A7%C3%A3o_Beat
7. Origens da cultura hacker
A contracultura estadunidense
movimento hippie
A contracultura é
liderada por jovens
com espírito libertário
através de uma
cultura marginal e
alternativa, visando a
transformação de
consciência, valores e
comportamentos,
sendo o movimento
hippie considerado o
seu auge.
O símbolo hippie da
paz é formado pelas
letras N e D, criado em
1958 por Gerald
Holtom, designer
inglês.
http://3.bp.blogspot.com/-
d_kcd3inVog/U1UyUVKnrqI/AAA
AAAAADV4/xT47aFvUx9k/s160
0/Se%CC%81maphore-Nuclear-
Disarmament.gif
8. Origens da cultura hacker
A contracultura estadunidense
movimento hippie
Registros do festival de
música Woodstock,
símbolo do movimento
da contracultura norte-
americana, ocorrido em
uma vila do estado
americano de Nova
Iorque em 1969,
reunindo 450 mil
pessoas durante três
dias.
http://www.hypeness.co
m.br/2015/01/woodsto
ck-fotos-ineditas-
mostram-a-magia-do-
festival-de- musica-
mais-marcante-da-
historia/
http://www.hypeness.co
m.br/2013/09/veja-
fotos-ineditas-festival-
woodstock/
9. Origens da cultura hacker
A contracultura estadunidense
movimento hippie
Registros do festival de
música Woodstock,
símbolo do movimento
da contracultura norte-
americana, ocorrido em
uma vila do estado
americano de Nova
Iorque em 1969,
reunindo 450 mil
pessoas durante três
dias.
http://www.hypeness.co
m.br/2015/01/woodsto
ck-fotos-ineditas-
mostram-a-magia-do-
festival-de- musica-
mais-marcante-da-
historia/
http://www.hypeness.co
m.br/2013/09/veja-
fotos-ineditas-festival-
woodstock/
10. Origens da cultura hacker
A contracultura estadunidense
modo de vida hippie dos anos 60 e 70
Participação coletiva e
Modo de vida
comunitário (socialismo
anarquista)
Liberdade política,
sexual e de expressão
criativa
Comunhão com a
natureza e não violência
Contra os valores da
classe média americana
e o capitalismo em geral
Arte musical e visual
como difusão do
movimento
11. Origens da cultura hacker
A contracultura estadunidense
comunidades autossustentáveis
As comunidades
autossustentáveis se
afastaram do modelo
de consumo das
grandes cidades.
O cultivo dos próprios
alimentos leva a um
estilo próprio de
alimentação: frutas,
verduras e alimentos
integrais.
http://1.bp.blogspot.co
m/_Ijk5FGQE5Sw/S7UV
XAz5XaI/AAAAAAAAAS
4/NIVxkH9IZxU/s1600/
Peter+simon+COMMUN
E+Dancing.jpg
12. Origens da cultura hacker
Os centros universitários de tecnologia
O MIT é o Massachusetts
Institute of Technology,
uma instituição de
pesquisa privada
localizada na cidade de
Cambridge no estado
norte-americano de
Massachusetts.
Foi criada em 1861 face
à crescente
industrialização dos EUA,
focando-se em ciência
aplicada e engenharia.
Do MIT já saíram mais de
70 prêmios Nobel.
Atualmente 8 docentes
premiados são docentes
da instituição.
http://i.huffpost.com/gen/
1618084/images/o-
MASSACHUSETTS-
INSTITUTE-OF-
TECHNOLOGY-facebook.jpg
https://pt.wikipedia.org/wi
ki/Instituto_de_Tecnologia_
de_Massachusetts
13. Origens da cultura hacker
Os centros universitários de tecnologia
Há uma relação entre
o modo de trabalhar
dos intelectuais
universitários e os
princípios da cultura
hacker, nascido nas
universidades
americanas.
O trabalho criativo, a
busca de inovações, o
julgamento pela
comunidade, o
reconhecimento social
pelo trabalho, o olhar
para o objetivo a ser
atingido são princípios
intimamente ligados
ao fazer acadêmico.
Ao lado vemos
acadêmicos
trabalhando no MIT.
http://mitadmissions.org
/blogs/entry/a_halfcentu
ry_of_hacking
14. (1) Problema/lacuna
de pesquisa
(motivação)
(2) Consulta aos pares
e às pesquisas prévias
(3) Realização da
pesquisa
(4) Discussão na
comunidade
acadêmica
(argumentação)
(5) Publicação da
pesquisa à toda
comunidade (abertura
da solução temporária)
Origens da cultura hacker
hackers nos centros universitários: inspiração no
modelo acadêmico de trabalho
15. Origens da cultura hacker
Os centros universitários de tecnologia
A antítese do modelo
hacker de trabalho livre
seria a empresa
Microsoft de Bill Gates
(hoje comandada por
outros CEOs), com o
fechamento dos códigos
fonte dos seus programas
(Windows, Office),
inacassíveis à
comunidade de
programadores, e a
orientação do trabalho
voltado ao lucro.
Capa da Revista Time de
1995.
http://content.time.com/ti
me/covers/0,16641,1995
0605,00.html
https://cdn1.vox-
cdn.com/thumbor/ns4L8j7
sq0XG6afPsAsA6LInXOA=/
0x53:1019x626/1600x90
0/cdn0.vox-
cdn.com/uploads/chorus_i
mage/image/46725562/
windows10boxart.0.0.jpg
16. O crescimento da
internet (primórdios)
Mapa com os
primeiros locais com
computadores sendo
interligados em redes
de transferência de
dados e
comunicação. A
Arpanet no ano de
1970.
http://som.csudh.ed
u/fac/lpress/history/
arpamaps/f7dec197
0.jpg
17. O crescimento da
internet (primórdios)
Aqui podemos ver o
crescimento entre
1969 e 1977
http://www.allen-
riley.com/utopia/arp
anet.png
18. O crescimento da
internet (primórdios)
A Arpanet cresce e
12 anos depois, em
1982, já forma uma
complexa rede.
http://cdn2.vox-
cdn.com/assets/446
3451/G82Feb.jpg
19. Vamos assistir?
conheça o Vale do Silício
Visita ao Vale do Silício:
empresas LG e Netflix
“Conheça o Vale do Silício, o maior polo
mundial de tecnologia”
https://www.youtube.com/watch?v=UC
aldFdcOm0 (áudio em português /
necessidade de interpretação) 6:52
20. Vamos assistir?
conheça o Vale do Silício
Analisar os discursos
Modo de trabalho das empresas
visitadas: discurso da liberdade de
presença no trabalho e vínculo aos
projetos (presença e tempo no trabalho
relativizados).
A ideia de colaboração harmônica entre
funcionários e setores.
A relação com os problemas como
pontos de partida.
Crítica ao modelo de trabalho brasileiro
(CLT) – ideia de flexibilização do
trabalho.
22. O software livre
conceito
Um software livre é
aquele em que seu
código pode ser
acessado e
modificado sem que
seja necessária a
permissão de um
proprietário,
permitindo a seu
usuário (ou
comunidade de
usuários) a liberdade
de execução e
adaptação às suas
necessidades.
23. O software livre
conceito
Um software livre é
licenciado através
de licenças livres,
que permitem a
intervenção e
modificação por
outras pessoas,
que se tornam
também autoras.
http://www.juventud
e.gov.pt/Eventos/Tec
nologia/PublishingIm
ages/licencas.JPG
24. O software livre
o que é um código fonte?
O código fonte é o
conjunto de palavras ou
símbolos escritos de
forma ordenada,
contendo instruções em
uma das linguagens de
programação
existentes, de maneira
lógica.
É através de um código
fonte que um programa
de computador é
construído.
O código fonte pode ser
aberto, acessível a
outras pessoas para
modificarem, ou
fechado, em linguagem
inacessível.
25. O software livre
linux
O software livre mais
conhecido é o sistema
operacional Linux,
criado por Linus
Torvalds em 1991 e
abraçado por uma
comunidade de
programadores que o
desenvolveu.
Eles pode ser copiado
livremente e adaptado
por seus usuários.
Existem várias
distribuições, entre elas
o Ubuntu Linux, hoje na
versão 15.10.
http://i1-
news.softpedia-
static.com/images/new
s2/Ubuntu-15-04-Gets-
Linux-Kernel-3-18-
467083-4.jpg
26. O software livre
Linux educacional
No Brasil o Governo
Federal criou o Linux
Educacional, distribuição
Linux voltada de modo
específico para as
escolas públicas,
contendo ferramentas
para professores e alunos
do ensino fundamental e
médio.
A versão 5.0 foi
desenvolvida pelo Centro
de Computação Científica
e Software Livre (C3SL)
da Universidade Federal
do Paraná (UFPR).
http://linuxeducacional.c
3sl.ufpr.br/
http://linuxeducacional.c
om/pluginfile.php/11126
/mod_book/chapter/5/i
mage020.png
27. O software livre
pacote de escritório
O LibreOffice é uma
suíte de aplicativos
equivalente ao
Microsoft Office, criada
em 2010. É
disponibilizada em
várias plataformas,
como Windows e Linux,
e trabalha com
formatos de arquivo
abertos. É compatível
com os arquivos criados
no Office da Microsoft.
https://pt.wikipedia.org
/wiki/LibreOffice
https://upload.wikimedi
a.org/wikipedia/commo
ns/3/34/LibreOffice_W
riter_3.3.png
28. O software livre
editor de imagem
O Gimp é um projeto
criado em 1995 por
Spencer Kimball e Peter
Mattis, quando
desenvolveram o
mesmo como um
projeto para a
faculdade. Está
disponível para diversas
plataformas, como
Windows e Linux.
Ele é uma alternativa ao
Adobe Photoshop e
serve para editoração
de imagens.
https://pt.wikipedia.org
/wiki/GIMP
http://images.pcworld.c
om/news/graphics/211
464-gimp-screen-
capture_900_original.jp
g
29. O software livre
editor de audio
O Audacity é um editor
de código aberto,
gratuito, criado em
2000, disponível em 50
idiomas e para várias
plataformas, como
Linux e Windows.
https://pt.wikipedia.org
/wiki/Audacity
http://cdn.portableapps
.com/AudacityPortable.
png
30. O software livre
editor de video
O Blender é um
software de código
aberto criado em 1998
pela Blender
Foundation. Ele serve
tanto para modelagem
3D quanto para edição
de video. Ele pode ser
instalado em diversas
plataformas, incluindo
Windows e Linux.
https://pt.wikipedia.org
/wiki/Blender
http://www.blendernati
on.com/wp-
content/uploads/2013/
11/BlenderScreenShot.
png
31. Vamos assistir?
Bill Gates e
Steve Jobs juntos
Entrevista com Bill Gates e Steve
Jobs
Nesta entrevista, ocorrida em 2007, os
dois principais empresários da
computação falam de sua história e de
suas concepções para seus produtos.
https://www.youtube.com/watch?v=pO
0AlZ2gjRA (legendas em português)
43:10
32. Leitura
para próxima aula
SELWYN, Neil (2011).
Em Defesa da Diferença Digital:
Uma Abordagem Crítica Sobre
os Desafios Curriculares da
Web 2.0.
In Dias, P. & Osório, A, (Orgs.)
(2011). Aprendizagem
(In)Formal na Web Social.
Braga: Centro de Competência
da Universidade do Minho.
Artigo completo disponível em
PDF
https://www.academia.edu/4098764/En_
defesa_da_diferenca_digtal_uma_abordag
em_critica_sobre_os_desafios_curriculares
_da_web_2.0