O documento discute políticas públicas e novas tecnologias na educação. Apresenta como as políticas carregam concepções ideológicas e como organismos internacionais influenciam as políticas nos países periféricos. Também descreve as fases de implementação das TICs nas escolas brasileiras desde os anos 1980, com programas como o PROINFO, e os desafios em torno das políticas de distribuição de equipamentos e formação de professores.
2. Leitura
pontos de discussão
Não existem políticas
públicas neutras, elas
carregam concepções
científicas, ideologias,
correlações de forças.
As políticas públicas
carregam ideários de
realidade, visões sobre o
mundo e sobre o que
precisa ser criado ou
modificado nele.
3. Leitura
pontos de discussão
Há políticas públicas que
não atendem aos
interesses públicos, mas a
grupos particulares
(relação público x privado).
Temos duas grandes
fontes influência nas
políticas públicas: os
países centrais com suas
políticas de manutenção
econômica e os
organismos internacionais
que as direcionam.
4. Leitura
pontos de discussão
Esta é a divisão
econômica do mundo
nos anos 2000. Quanto
maior o país, maior a
sua renda por habitante.
Notemos como os
países da Europa, os
EAU e o Japão/Coreia
do Sul concentram a
maior parte das
riquezas do planeta,
liderando também as
políticas públicas nos
países periféricos (em
azul).
http://3.bp.blogspot.co
m/_HmdL3r6mgg0/TFT
7xAlkgbI/AAAAAAAACB
c/NdP1GuFMabc/s160
0/world_economy_carto
gram__httpmaps__grid
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conomy_cartogram.png
5. Leitura
relações de força (organismos internacionais,
movimentos sociais e empresas privadas)
Políticas públicas
Empresas
Organismos
internacionais
Movim. sociais
6. Leitura
pontos de discussão
Nos anos 80 começa a
promoção do neoliberalismo
nos países periféricos:
- Estado Mínimo (redução de
investimentos sociais).
- Livre mercado e competição.
- Liberdade individual, mas
pouca preocupação com o
coletivo.
Os autores alertam que a
economia foi posta a frente na
determinação de políticas
públicas para a educação, a
partir da influência de
organismos internacionais
como FMI e Banco Mundial.
7. Leitura
relações de força no neoliberalismo
(algumas charges)
https://apropositodesmith.files.wordpress.com/2015/01/capitalismo-imagen.jpg
8. Leitura
relações de força no neoliberalismo
(algumas charges)
http://elpresente.net/wp-content/uploads/2014/12/neoliberalismo-1000x500.jpg
10. Leitura
consultas opcionais
MORAES, M. C.
Informática educativa no Brasil:
uma história vivida, algumas
lições aprendidas.
Artigo completo disponível em
PDF:
http://www.inf.ufsc.br/sbc-
ie/revista/nr1/mariacandida.htm
l
SANTOS, Edméa.
A Informática na Educação antes
e depois da web 2.0: relatos de
uma docente-pesquisadora.
In: RANGEL, Mary; FREIRE,
Wendel. (Org.). Ensino-
Aprendizagem e Comunicação. 1
ed. Rio de Janero: Wak Editora,
2010, v. 1, p. 107-129.
11. TICs nas escolas
Fase 1 (anos 80 e 90)
A informática instrumental
Computador isolado,
em laboratórios de
informática e não
conectado.
Informática pensada
como disciplina em si
mesma.
Falta de integração
pedagógica,
computador visto como
instrumento a ser
aprendido em suas
funções.
Foco em softwares de
escritório, linguagens de
programação e alguns
jogos educacionais.
12. TICs nas escolas
Fase 2 (anos 80 e 90)
A informática se torna educativa
Início da Web 1.0 e da
conexão dos
computadores.
Integração do
laboratórios às outras
atividades da escola.
Primeiras
especializações em
informática educativa e
denúncia do
tecnicismo.
Projetos e conteúdos
escolares pensados,
pouco a pouco, com o
uso dos computadores.
13. TICs nas escolas
Fase 2 (anos 80 e 90)
A informática se torna educativa
Expande-se a indústria
de softwares
educacionais e
multimídia.
Ao lado, um exemplo de
software para Educação
Infantil, simulando
atividades de colorir.
14. TICs nas escolas
Fase 3 (final dos anos 90 e início dos anos 2000)
Expansão da internet e limites da info. educativa
Momento de transição
para a Web 2.0 (blogs,
wikis, chats, AVAs) e
primeiras experiências.
Os softwares
educativos se esgotam
rapidamente e
professores se cansam
de buscar reposição.
Alunos, em casa,
passam a acessar
computadores e
internet.
Os alunos ultrapassam
os professores em
habilidades
informáticas.
A internet converge a
multimídia e o software
educativo vai perdendo
função.
15. TICs nas escolas
Fase 3 (final dos anos 90 e início dos anos 2000)
Expansão da internet e limites da info. educativa
Surgem os portais
educacionais e os AVAs
(Ambientes Virtuais de
Aprendizagem)
Ao lado, um exemplo de
portal educacional
voltado a professores
do Ensino Fundamental
– a MultiRio.
16. TICs nas escolas
Fase 3 (final dos anos 90 e início dos anos 2000)
Expansão da internet e limites da info. educativa
Entre os diversos
recursos que migram
para a internet, saindo
dos CD-ROMs, estão os
dicionários.
Ao lado, um exemplo de
dicionário de Libras-
Língua Portuguesa.
http://www.acessibilida
debrasil.org.br/libras/
17. TICs nas escolas
Fase 4 (metade dos anos 2000)
Descentralização, Web 2.0 e mobilidade
Expansão da Web 2.0 e
seus sites (blogs, wikis,
redes sociais), cada vez
mais acessados.
A produção própria de
textos, vídeos e
imagens e sua
publicação não
dependem mais de alto
conhecimento técnico.
A EaD via internet
ganha força com os
AVAs, que convergem
ferramentas diversas.
Cresce o incentivo à
produção de Recursos
Educacionais Abertos.
18. TICs nas escolas
Fase 4 (metade dos anos 2000)
Descentralização, Web 2.0 e mobilidade
A internet se torna um
grande AVA, com redes
sociais, publicação de
vídeos, fotos, slides e
textos em blogs.
As comunidades de
aprendizagem podem
se concretizar nestes
novos ambientes online
(a inteligência coletiva
imaginada nos anos
90)
19. TICs nas escolas
Fase 4 (metade dos anos 2000)
Descentralização, Web 2.0 e mobilidade
Os Desktops
(computadores de
mesa) dos laboratórios
de informática, presos
a uma sala fixa, cedem
lugar para os
dispositivos móveis
(celulares, notebooks e
tablets).
Surgem os estudos
sobre computação
ubíqua e aprendizagem
ubíqua/móvel.
http://i.telegraph.co.uk
/multimedia/archive/0
3020/education-ipads-
hi_3020605b.jpg
21. Políticas públicas
PROINFO
Programa Nacional de Informática na Educação
Criado em 1997 pelo
MEC.
Tem como objetivo
universalizar o uso das
TICs nas escolas
públicas de ensino
fundamental e médio.
Criam-se os Núcleos de
Tecnologia Educacional
(NTEs) para a
introdução das TICs e
formação de
professores.
Mantém a política de
implantação dos
Laboratórios de
Informática (5 mil até
2004).
http://4.bp.blogspot.com/-
LBfnvTo3U9Q/UYBUY7K91
QI/AAAAAAAAAlI/fsAYP4v
kk1c/s1600/2013-04-30-
1299.jpg
22. Políticas públicas
PROINFO
Programa Nacional de Informática na Educação
O governo federal
coordena, mas a
operacionalização é
feita por estados e
municípios
(descentralização).
Os NTEs acompanham
todas as fases de
implementação das
TICs nas escolas. São
difundidos por todo
território brasileiro
(eram 437 em 2008).
Os professores foram
formados em curso de
especialização em
tecnologia educacional
/ informática educativa.
23. Políticas públicas
PROINFO
Programa Nacional de Informática na Educação
Cria-se o CETE (Centro
de Experimentação em
Tecnologia Educacional)
no MEC para apoiar as
ações do ProInfo.
http://1.bp.blogspot.com/-
TKikM3omIVI/VRB79C65xJ
I/AAAAAAAAAqk/otoECNW
AUMw/s1600/1DSCN7173
.jpg
24. Políticas públicas
PROINFO Integrado
Programa Nacional de Formação Continuada
em Tecnologia Educacional
O programa continua
ativo e com distribuição
de equipamentos de
informática nas escolas.
Oferece cursos de
formação continuada aos
professores no âmbito
das TICs, com ênfase no
software livre (Linux
Educacional, LibreOffice
e outros) e aprendizagem
por projetos.
Usa o Portal do Professor
para difusão de
conteúdos e recursos
multimídia, como os
criados por professores,
atendendo à lógica dos
Portais Educacionais.
http://portaldoprofessor.
mec.gov.br/
25. Políticas públicas
PROINFO Integrado
Programa Nacional de Formação Continuada
em Tecnologia Educacional
Usa a plataforma e-
Proinfo, um AVA para
atividades de EAD e
complementação de
atividades presenciais.
http://e-
proinfo.mec.gov.br/
26. Políticas públicas
UCA
Projeto Um Computador por Aluno
É o Projeto Um
Computador por Aluno,
iniciado em 2006.
Ele rompe com a lógica
do Laboratório de
Informática. Derivado
do projeto OLPC
proposto pelo MIT.
Os alunos recebem
diretamente o
equipamento para uso
na escola, um notebook
que permite
mobilidade.
http://profsoniazani.blo
gspot.com.br/2014/07
/projeto-uca-um-
computador-por-
aluno.html
27. Políticas públicas
UCA
Projeto Um Computador por Aluno
No INES a ideia de um
computador por aluno
veio através da
distribuição e tablets a
alunos do EF, EM e
Ensino Superior.
Dessa forma, os alunos
podem ter um
equipamento com seus
dados, materiais de
estudo e produções
individuais.
http://canaldacidadani
a.org.br/wp-
content/uploads/2014
/10/ipad_tvines.png
28. Políticas públicas
UAB
Universidade Aberta do Brasil
A UAB é criada em
2006 e centraliza as
ações de EaD de
aproximadamente 80
universidades públicas
que aderiram ao
projeto.
O objetivo central da
UAB é a interiorização
do ensino superior em
locais pouco atendidos
no Brasil.
Para isso, foram
criados polos de apoio
presenciais com salas
de aula, biblioteca e
administração local.
http://www.clickfozdoiguacu.co
m.br/static/image/uab.jpg
29. Políticas públicas
UAB
Universidade Aberta do Brasil
Em 2015 há 648 polos
de apoio presencial
cadastrados na UAB.
Podem ser consultados
no endereço:
http://uab.capes.gov.br
/index.php/polos
Entre as categorias de
profissionais atuantes
no modelo UAB, temos:
• Professores autores
• Coordenadores de
polo
• Tutores
• Técnicos
http://uabpolobalsamo.
blogspot.com.br/
30. Políticas públicas
pontos críticos
Podemos levantar alguns pontos
críticos gerais das políticas de TICs
na Educação:
1. Foco na distribuição de
equipamentos (UCA e Proinfo)
e atendimento ao ritmo de
lançamentos da indústria da
informática (PCs, laptops,
tablets...).
2. Discurso de desenvolvimento
de competências em alunos e
professores e acesso à
sociedade da informação via
TICs. Isso resolveria a exclusão
digital, social e econômica do
país.
31. Políticas públicas
pontos críticos
3. O acesso e interiorização da
educação superior se
resolveria com a EaD e da
educação básica com a
formação massiva de docentes
(diretrizes internacionais pelo
déficit de docentes).
4. Substituição da presença do
professor por conteúdos
criados e distribuídos via
internet e com assessoria de
tutores (separação do fazer
docente em blocos distintos).
Questão a se pensar: que tipos de futuros
imaginários as políticas públicas partem
na introdução das tecnologias digitais na
educação?
Plataforma
AVA
Tutor bolsista
Polo
presencial
Pesquisa e
planejamento
(conteudista)
Aplicação do curso
(tutores)
Gestão dos alunos
(coord. e AVA)