SlideShare una empresa de Scribd logo
1 de 31
Descargar para leer sin conexión
ANÁLISE DA ATUAÇÃO DOS POLÍTICOS BRASILEIROS NAS MÍDIAS
                            SOCIAIS

                                                                       Alinne Fernandes1

                                                            Flávio Emílio Monteiro Cavalcanti2

RESUMO

Este artigo científico tem como objetivo analisar a comunicação dos políticos nas
mídias sociais, apontando o comportamento digital dos candidatos durante o período de
campanha eleitoral, bem como o período pós-campanha, ou seja, a maneira que
políticos passaram a interagir com os internautas que interagem com eles por meio
desses canais durante a continuidade dos seus mandatos.

Palavras-chave: Políticos, Mídias Sociais, Twitter, Facebook, Tumblr, Orkut,
Estratégias, Marketing Político Digital, Cases, Brasil, Política, Ações, Internet,
Eleitorado, Posicionamento, Interação, Internautas, Fails, Crise de Imagem 2.0, Erros de
Comunicação.

ABSTRACT

This research paper is to analyze the communication of political social media, pointing
the digital behavior of candidates during the campaign period and the post-campaign
period, ie, the way that politicians began to interact with netizens that interact with them
through these channels during the continuity of their mandates.

Keywords: Political, Social Media, Twitter, Facebook, Tumblr, Orkut, Strategies,
Digital Marketing Policy, Cases, Brazil, Politics, Stocks, Internet, Electorate,
Positioning, Interaction, Netizens, Fails, Crisis Image 2.0, Communication Errors.




___________________________


1
  Analista e Planner de Mídias Sociais Jornalista – Universidade Ferderal do Rio Grande do Norte MBA
em Marketing Estratégico UNIRN Centro Universitário do Rio Grande do NorteE-mail:
contato@alinnefernandes.com.br
2
 Administrador, Mestre em Administração pela UFRN, Docente em cursos de graduação e pós
graduação da UNIRN Contato: admflavioemilio@gmail.com
1 INTRODUÇÃO

       Até o fim da primeira década do século XXI , a comunicação de massa dos
candidatos a cargos públicos era realizada preferencialmente em veículos tradicionais,
ou seja, priorizava informações veiculadas em rádio, TV e impresso; considerando o
público alvo de cada um. A parte complementar da campanha era feita por meio de
ações corpo a corpo, em locais públicos, quando o candidato ia até o eleitorado
expressar suas ideias e plataforma de governo.

       Em 2008, o então candidato a presidência dos EUA, Barack Obama,
revolucionou o modo de fazer campanha eleitoral. Enquanto seu concorrente,John
McCain utilizava a Internet apenas como um veículo de mídia complementar, a equipe
de marketing de Obama resolveu ousar e apostar na democratização e engajamento da
rede como diferencial para a divulgação espontânea da candidatura dele, assim como
para a arrecadação de fundos. O resultado foi um sucesso, comprovado através de
números: 130 mil seguidores no Twitter, 14 milhões de views (número de vezes em que
o vídeo foi assistido) em apenas um vídeo do Youtube, 2,3 milhões de membros em um
grupo do Facebook e nada menos que 3,1 milhões de doadores pela Internet. O que isso
tudo queriadizer? Que estava tendo início uma nova fase... A fase da campanha eleitoral
da revolução digital.

       No Brasil, em 2008, estava começando a campanha para as eleições municipais.
Apesar de surpresas com o fenômeno Obama, as equipes de marketing dos candidatos
ainda não entendiam bem como tirar proveito das novas mídias e os maiores esforços,
contemplaram apenas, tímidas ações no Orkut.

        Nas eleições presidenciais de 2010 o cenário mudou. Muitos “profissionais da
área surgiram” e a busca por palestras e oficinas com gurus que prometiam a receita do
bom relacionamento dos candidatos com os eleitores nas mídias sociais também
cresceu. Em paralelo ao grupo que buscava conhecimentos sobre posicionamentos e
ações de marketing de sucesso na Internet, surgiu também o grupo que resolveu se
posicionar por conta própria, tendo pago um preço alto por tanta exposição desprovida
de preparo para lidar com a crise de imagem desencadeada pelo novo comportamento
dos eleitores online.

       Uma palavra que não tem vez nessa nova era da eleição digital é a
“passividade”. Agora os eleitores se apresentam de forma diferente: cobram,
denunciam, dividem opiniões e principalmente apontam os erros e acertos dos
candidatos e de cada gestão.

      Comunicar nunca foi tão importante quanto agora. Estamos vivendo a sociedade
do compartilhamento de ideias. Sobressai-se melhor, aquele que também se comunica
melhor.
2.0 MARKETING: CONCEITOS FUNDAMENTAIS

       O marketing pode ser definido como “um processo social e de gestão pelo qual
indivíduos e grupos obtêm o que necessitam e querem através da criação, oferta e troca
de produtos e valores com outros (KOTLER, 1997, P. 7)”.

        O marketing é usado para entender quais são essas necessidades dos
consumidores finais, intermediários, através do processo de pesquisa, analisando o
comportamento desses consumidores, o mercado, facilitando ver quais segmentos de
consumidores podem ser satisfeitos, quais os alvos de atuação da empresa, que tipo de
diferenciação pode ser oferecido, como gerar e adaptar produtos, marcas e embalagens
para satisfazer as necessidades e corretas estratégias de precificação para esses produtos,
como colocá-los à disposição dos consumidores através de canais de distribuição e
comunicar, através da publicidade e outras ferramentas. CASTRO E NEVES (2008).

       O marketing, CROCCO at al. (2010), não está focado apenas nas necessidades
dos indivíduos, mas envolve uma série de atividades que vão da concepção de um
produto, por uma empresa, até a sua entrega, consumo e descarte pelo cliente.

       “O conceito de marketing pode ser delimitado como entender e atender as
necessidades e anseios do público alvo de uma organização” CROCCO at al. (2010,
P.5).

       Como definido acima por vários profissionais conceituados na área, o marketing
nada mais é que um estudo voltado para o preenchimento das necessidades dos
consumidores que tem como resultado a disponibilidade, no mercado, de produtos ou
serviços que possam suprir essas necessidades, antes que outras possam ser geradas, de
forma eficiente, gerando assim lucro para quem oferece os mesmos.

3.0 MARKETING POLÍTICO

3.1 CONCEITOS

O marketing político, assim como o marketing, tem suas estratégias voltadas para o
comportamento da população e as suas necessidades e em cima delas trabalha o
conceito da campanha de um determinado candidato. O que mais se aproxima do que a
população anseia ganha. Ou seja, o que dispõe de melhores estratégias consegue a
confiança do eleitorado e assim é eleito pelo mesmo para melhor representar os seus
interesses no poder.

É exatamente por isso que durante uma campanha eleitoral as pesquisas tendem a
mostrar uma mudança de cenário constante, de acordo com a percepção que a equipe de
marketing do candidato vai tendo durante o processo de contato com o povo para sentir
o que as pessoas esperam da chance de renovação que elas tem nas mãos de quatro em
quatro anos.
Abaixo, podemos constatar em que se baseia o marketing político através de uma breve
análise de Kunts.

Segundo KUNTS (2006, P.19)

                     “O marketing eleitoral é o marketing da conquista, que reúne a força e a
                      convicção obstinada da paixão com a astúcia, o planejamento e a
                      estratégia da guerra. Marketing político-governamental é o
                      marketingda ocupação e consolidação do poder conquistado.

                       O primeiro é vibrante e seria afoito se não fossem as pesquisas, dado
                       seu objetivo a curto prazo e imediatismo; o segundo é frio e calculista
                       e visa produzir seus efeitos que atendem objetivos a longo prazo,
                       entre eles o maior de todos: vencer as eleições futuras e levar o grupo
                       dominante a permanecer no poder”.

       Cada vez que bolamos uma estratégia para sermos bem vistos ou benquistos em
um grupo, ou para conquistar um cliente, uma amizade ou um amor, praticamos o
marketing. Isso porque temos que estudar o que as pessoas ou grupo que queremos
conquistarpensam, gostam, desgostam, como são e vivem, para, só depois, podermos
adaptar nossas atitudes afim de preencher tais expectativas, sermos aceitos e
aumentarmos as chances de êxito. Para atingirmos os nossos objetivos, temos que
colocar os interesses dos nossos alvos acima dos nossos. Esta também é a essência do
marketing político.

        Porem, mesmo que sejamos capazes de praticar atividades de marketing a nosso
favor, quando se trata de uma eleição, todos os esforços devem estar concentrados nisso.
Uma falha representa um dia perdido e um ponto atrás da concorrência. (KUNTS,
2006).



3.1 FERRAMENTAS DO MARKETING POLÍTICO

        As ferramentas utilizadas no marketing político vão desde os detalhes que
constituem as estratégias de candidatura, passando pelas ações que visam chegar no
posto almejado e ainda as que objetivam preparar o político para permanecer no poder
após eleições futuras.

                       “O marketing político se vale e administra todos os meios e
                       instrumentos disponíveis para alavancar e otimizar a comunicação do
                       candidato, mas nenhum instrumento mercadológico ou tecnologia
                       podem substituir, em eficácia, o gasto das solas de sapatos, os apertos
                       de mão ou o calor que existe no contato pessoal do candidato com os
                       eleitores”KUNTS (2006, P.51).

       Vamos começar pela propaganda eleitoral. A campanha publicitária é uma forte
ferramenta de marketing político durante as campanhas eleitorais. Elas são responsáveis
não só por tornar os candidatos pop stars, mas também por fazer com que as suas
imagens bombardeiem o eleitorado e construa em seus imaginários, os heróis que irão
transformar a gestão de sua cidade, estado e até país.

       Depois da concepção de imagem do candidato a ser propagada, vem outra
importante ferramenta que é o planejamento da campanha.

        “O planejamento é o pai da estratégia e o marco zero da transição do sonho para
a realidade” KUNTS (2006, P.79). É justamente aqui que tem início o estudo de
cenário, ou seja, o nicho em que o candidato e sua equipe terão que atuar ao longo da
campanha. Estuda-se então concorrência, pontos fracos e fortes, pesquisas que revelam
se as ações de cada um estão dando certo com relação às intenções de votos e estratégias
são lançadas para que o diferencial que levará a candidatura seja alcançado.

       Por último e não menos importante, temos que considerar o organograma da
campanha como outra importante ferramenta de marketing estratégico. Aqui são
decididos esses detalhes: como montar uma campanha, o ajustamento do organograma,
os cargos e as funções, a chefia da campanha, coordenação e administração das alianças,
coordenação das ações políticas, coordenação de materiais e serviços, coordenação
operacional, coordenação administrativa, coordenação financeira, coordenação de
agenda e o conselho político.

                       “Uma campanha desorganizada é inadmissível, por mais hábeis que
                       sejam o candidato e sua assessoria. É preciso ter sempre presente que
                       não existe boa vontade capaz de substituir a eficácia da organização,
                       pois a complexidade das atividades a serem desenvolvidas durante
                       uma campanha eleitoral exige que se disponha de uma estrutura ágil e
                       equilibrada, capaz de exercer controles, absorver alto volume de
                       informações e determinar estratégias de ação em curtíssimo espaço de
                       tempo” KUNTS (2006, P. 63).

       Diante de tudo o que foi mostrado até aqui, só podemos concluir que uma
       campanha de sucesso só pode ser realizada por membros que trabalhem com
       uma equipe verdadeira, com todas as suas áreas funcionando como uma
       verdadeira sintonia, a fim de que o resultado final possa convergir para o
       interesse de todos que é o da consagração do trabalho realizado.

       4.0 INTERNET

              Os primeiros sinais da tecnologia que deram origem a Internet surgiram
       durante a Guerra Fria, quando o Departamento de Defesa dos Estados Unidos
       concebeu a ARPA – Advanced Research Projects Agency. A ARPA tinha como
       função liderar as pesquisas de ciência e tecnologia aplicáveis às forças armadas.

              Nos anos seguintes, a ARPANET foi ampliada com novos pontos em
       todo os Estados Unidos e incluiu também universidades.

              O modelo experimental do e-mail surgiu em 1971 e o seu primeiro
       software veio em 1972, expandindo a utilidade da Rede que 1973, o que
possibilitou as primeiras conexões internacionais, interligando computadores na
Inglaterra e na Noruega.

        A WWW surgiu em 1991, liderando uma grande mudança nos hábitos e
no perfil dos usuários da INTERNET. Foi estabelecido por cientistas que tinham
como objetivo tornar o uso da rede mais rápido e produtivo, já que na época só
programadores e operadores conseguiam navegar e mesmo assim com
dificuldades. A WWWW surgiu para nomer endereços amigáveis e assim,
possibilitar aos leigos um acesso que antes só era conseguido por especialistas
que entendiam de códigos e da linguagem utilizada.

       Para navegar no sistema, um novo tipo de software foi criado e batizado
com os nomes de browser ou navegador. O primeiro a ter grande impacto foi o
Mosaic que se espalhou por milhares de usuários, tornando a WWW conhecida
rapidamente, o que levou à multipligação da quantidade de home-pages
disponíveis. Em pouco tempo mais usuários aderiram, criando um ciclo de
crescimento da ordem de 300% ao ano, nos cinco primeiros anos de sua
existência.

       Com a facilidade de uso, outros usuários começaram a aderir a Internet.
Entre eles empresas e pessoas físicas. Foi gigantesca a quantidade de novos
negócios que surgiram e continuam a surgir com os nichos criados pela explosão
da WWW.

        Hoje a Internet é um fenômeno de massa, com milhões de usuários
espalhados pelo mundo, movimentando milhões de dólares em comércio
eletrônico. Um dos fatores que contribuíram com isso foi o fato de a tecnologia
Internet ser barata e aberta.

       Não se pode prever qual o futuro da Internet, mas manifestos já foram
criados por meio dela, paz estabelecida, relações profissionais estreitadas e
principalmente: a Internet provocou uma mudança na forma de comunicar. Hoje
não se faz mais comunicação de empresa para público, Governo para público,
etc. Hoje se comunica junto com o público.

       Uma revolução digital que atingiu todos os setores da economia e das
relações no mundo começou e não podemos dizer ainda qual será o seu auge.
4.2 USO DA INTERNET EM CAMPANHAS POLÍTICAS

       A Internet foi usada pela primeira vez em campanha política no ano de
2008, com a campanha online bem sucedida do então candidato a presidência
dos Estados Unidos Barack Obama.

        A equipe de marketing do candidato soube usar a ferramenta de forma
inteligente, trazendo apoio em massa para a campanha do candidato e fazendo
com que aquelas eleições virassem marco da revolução digital, mostrando todo o
poder de comunicação e repercussão imediata que a Internet podia causar.

        No mesmo período, aqui no Brasil, passávamos por eleições municipais.
Além dos profissionais da área ainda estarem se familiarizando com ferramentas
e possibilidades reais que o uso da Internet poderia proporcionar em uma
campanha, os candidatos e as próprias equipes de marketing que regiam as
campanhas ainda viam todo o fenômeno que acontecia nos Estados Unidos como
algo desconhecido e ainda longe do entendimento de todos quando se falava em
resultados reais.

        Estava começando a acontecer à explosão das redes e mídias sociais e os
internautas (eleitores em potencial) também começaram a entender a força e o
poder de comunicação que começavam a ter em mãos. Tivemos eleições
discretas e com pouquíssimo uso da Internet aqui no Brasil. Com exceção dos
websites que já eram utilizados antes para apresentar propostas políticas e como
ferramenta de contato entre os eleitores e seus candidatos. Porém, a
interatividade que essas ferramentas proporcionavam ainda era quase nula.

        Barack Obama foi eleito pela primeira vez nos Estados Unidos e
conseguiu um incontável número de votos e engajamento, por parte dos seus
eleitores, nas mídias sociais. O que foi de vital importância para sua conquista de
votos em vários estados do seu país. Mas não foi só isso, o candidato também
conseguiu uma quantia alta em doações que foram efetivadas pelo próprio
eleitorado que o apoiava e que pôde contribuir financiando sua campanha com
doações feitas por meio da Internet. O resultado final desse trabalho atiçou a
curiosidade de muitos profissionais de marketing que passaram a ver a Internet
como um grande potencial de exploração. O impacto disso nós tivemos a
oportunidade de ver nas eleições presidenciais de 2010 aqui no Brasil.

        2010 chegou e aqui no Brasil surgiram muitos profissionais voltados para
o marketing digital. Uns muito bons, outros nem tão bons assim e os partidos
políticos começaram a se articular em busca da receita para se conseguir o
engajamento social que o Obama conseguiu em 2008. Só esqueceram uma coisa:
a realidade brasileira é outra completamente diferente e o comportamento dos
internautas também. Com a descrença na honestidade dos candidatos que é
comum por aqui, por exemplo, dificilmente ou sendo mais realista em hipótese
alguma os internautas iriam exercer o hábito de fazer doações para campanhas
pela Internet. Exceto, é claro, os empresários em caso de apoio ao candidato.
       Mas se falando da massa, isso é uma realidade inexistente. Porém, mesmo com
       muitos problemas, as campanhas digitais aconteceram e de forma bem
       organizada, até.

             O Partido Verde deu um show de criatividade e Interatividade, mostrando
       que com poucos recursos e muita vontade era possível conseguir visibilidade e
       engajamento.

              O PT apostou na contratação de Marcelo Branco e nas caravanas que a
       equipe dele passou a realizar em cada estado. Muitas ações foram elaboradas no
       sentido de deixar a candidata sempre em evidência, como nos TTs do Twitter,
       por exemplo.

               O José Serra apostou em um posicionamento mais pessoal em seus
       perfis. O que lhe deu credibilidade frente aos internautas e foi de vital
       importância para a campanha mais próxima que ele realizou com os internautas.
       Isso lhe deu mais intimidade com o povo.

               Tivemos uma campanha digital bonita e cheia de ações interessantes, mas
       que ainda precisava amadurecer. Foi justamente o que aconteceu nas eleições de
       2012. Ano em que voltamos a vivenciar eleições municipais e que não só as
       equipes de marketing, mas também os próprios candidatos já se sentiram mais
       íntimos e a vontade para utilizar as ferramentas e mídias digitais proporcionadas
       pela Internet. Agora sim todos começaram a ter a dimensão da abrangência dessa
       democracia digital, que muitas vezes trouxe (para os candidatos) resultados
       positivos e para outros resultados negativos. Tudo isso foi fruto da
       responsabilidade com que cada um utilizou as ferramentas em questão.

5.0 CONCEITOS DE REDES E MÍDIAS SOCIAIS

        Segundo André Telles, autor de “A Revolução das Mídias Sociais”, podemos
classificar Redes Sociais como um conceito sociológico e independe de tecnologia.
Grupos que tem interesses em comum e interagem entre si formam redes sociais. Nas
plataformas sociais digitais, algumas são mais propícias para a formação de Redes
Sociais.
      Ainda segundo o autor, as Mídias Sociais são plataformas sociais digitais em
que as empresas ou personalidades públicas podem se utilizar para interagir e
comunicar sobre seu segmento, marca, produtos e serviços.
5.1 O USO DAS MÍDIAS SOCIAIS POR POLÍTICOS NO BRASIL

       Como já falamos no tópico 4.2 o uso da Internet pelos políticos ocorreu de forma
gradativa e evolutiva nas três últimas eleições do país.
       Em 2008, quando ainda engatinhávamos nesse processo, houve uma inserção
por meio de algumas ações no Orkut que caracterizavam posts com fotos e pedidos de
votos. Paralelamente a isso, os sites começaram a introduzir os murais de recados.
Sessões moderadas de interação com os internautas. Esse foi o ensaio para o que seria a
comunicação 2.0 e 3.0, interativa e sem a menor possibilidade de manejo ou moderação
pelas partes receptoras das mensagens.
        Em 2010 foi quando, de fato, os políticos entraram nas Redes de forma muito
amadora e aprenderam que o tom da linguagem era diferente da publicidade tradicional.
Ou seja, que a comunicação nas redes se mostra como um diálogo e não um monólogo.
Nessas eleições o Twitter e o Facebook (ferramentas que estavam em evidência)
começaram a ser usadas pelos candidatos e, como em toda fase de experimento, tivemos
a oportunidade de presenciar os primeiros erros e acertos de alguns.
       Nas eleições de 2012 alguns políticos contrataram profissionais especializados e
a comunicação melhorou de um modo geral. Percebemos um maior cuidado dos
candidatos na forma de se expressar nessas redes sociais. Estamos falando dos que, de
fato, investem em comunicação e marketing. Pois veremos adiante alguns que
resolveram fazer suas campanhas pessoalmente ou não possuíam ainda à sensibilidade
de entender a proporção de um pronunciamento em rede social e que se meteram em
verdadeiros escândalos.
        Esse foi o ano da democracia na web. A começar pelos aplicativos associados ao
Twitter e Facebook que mostravam, em segundos, a lista com candidatos, por estados
brasileiros, que foram taxados pela justiça como Fichas Sujas. Os mesmos não tiveram
suas candidaturas suspensas, mas muitos quando eleitos, foram impugnados pela
própria justiça. Nesse sentido, várias campanhas foram criadas pelos próprios
internautas com o objetivo de promover os candidatos honestos e derrubar os que,
comprovadamente, já tiveram pendências com a justiça eleitoral.
       Nessas eleições os candidatos e suas equipes de marketing usaram e abusaram
do Facebook, Twitter, canais no Youtube, aplicativos, Instagram e todas as ferramentas
que estão com índice auto de audiência entre os internautas. Tivemos a oportunidade de
presenciar debates ao vivo com webcam, integração total desses debates da TV com a
Internet, obter dados de intenções de votos por meio de ferramentas de monitoramento
de redes sociais, presenciamos chats sociais no Facebook com candidatos e muito mais.
        Sem dúvida houve um amadurecimento e um melhor proveito de tudo que as
redes e mídias sociais puderam oferecer.
       Em pesquisa realizada pela Medialogue Digital, entre 27 de junho e 9 de
setembro de 2011, intitulada como “Políticos 2.0 Deputados e Senadores”, tivemos a
oportunidade de saber como os Senadores e Deputados Federais usam a internet e as
redes sociais para se comunicar com o eleitor, independente do período de
campanha.Vejamos as ações digitais de alguns, segundo a pesquisa:
ALESSANDRO MOLON (PT‐RJ)




        O Deputado criou uma rede social própria e está presente em oito canais
sociais. Entre eles o Facebook, Flickr, Google +, Linkedin,MySpace, Orkut,
Twitter e Youtube. Todos esses canais estão destacados no seu site
www.molon1313.com.br .
ALINE CORREA (PP‐SP)




        Além de usar as ferramentas convencionais como Twittre, Youtube,
Linkedin, Flickr e Facebook, a Deputada também usa o Formspring sem
bloqueio. Ou seja, além de estar disponível para responder as questões dos
internautas, ela também mostra que está constantemente ligada em todos os seus
canais. Não cria, apenas, como alguns candidatos fazem.
ANTHONY GAROTINHO (PR‐RJ)




        Com destaque pela movimentação e dinâmica tanto das redes sociais
quanto do blog, o Deputado também dá um show de atenção às perguntas que
recebe.

       Segundo a pesquisa, o blog do Garotinho (www.blogdogarotinho.com.br)
tem uma média de 10 posts diários por dia útil e seu Twitter publica um post a
cada 3 minutos, sendo que 30% desses posts são de respostas para as questões
que os internautas direcionam a ele.

        Ele é uma tradução do que todos os profissionais de marketing digital
pregam: não é preciso apenas estar nos canais sociais, mas principalmente
interagir com o público por meio deles.
CESAR COLNAGO (PSDB‐ES)




        O Deputado se destaca por fazer um uso interessante do seu site
(www.cesarcolnago.com.br). Além de divulgar causas sociais, o mesmo também
estabelece links com organizações que apoiam essas causas. Dessa forma,
consegue expor o que defende e ainda conseguir a simpatia dos membros que
fazem parte ou que compartilham do mesmo pensamento das organizações
sociais.

       Em outra pesquisa, também realizada pela Medialogue Digital no mesmo
período e intitulada como: “O Mapa do Poder Digital – Highlights” nós tivemos
a oportunidade de conferir gráficos e tabelas com números voltados para a
influência desses parlamentares na Internet. Vejamos alguns números:
Raio X dos Deputados mais influentes na Internet, segundo nota média em
várias categorias, divulgado pela pesquisa




       A questão da influência que os perfis exercem sobre a sua rede de
contatos está diretamente ligada à forma como os políticos interagem e se
posicionam nessas redes sociais.

        Quanto mais espontâneo o político é e quanto menos ele utiliza a sua
Assessoria de Comunicação para postar por ele nos perfis, mas ele ganha
credibilidade entre os internautas e passa a impressão de que, de fato, ouve e se
envolve com os questionamentos que ali surgem.
Um fator muito interessante e que podemos observar acima é a questão
da influência por faixa etária. Percebemos com a pesquisa que os políticos mais
jovens apresentam maior influência sobre os internautas. Uma justificativa
interessante que podemos considerar para tal resultado é o fato deles terem maior
intimidade com a linguagem das mídias sociais e também com todo tipo de
dispositivo que os permite interagir com seu público. Outro fator é a presença
constante dos mesmos nas mídias sociais. O que aumenta a visibilidade e gera a
ideia de que eles realmente se importam com o que acontece ali.

        É claro que podemos observar usuários assíduos das mídias sociais em
todas as faixas etárias, como já mostramos em cases anteriores, mas o fato é que
nas mídias sociais, quanto menos formalidade existe e espontaneidade também,
mais fluidez se consegue na comunicação ali exercida. Por isso mesmo os
usuários dessas mídias, em sua maioria jovens, se identificam mais com os
candidatos próximos a sua idade, ou seja, também próximos nos gostos e ações
que ali praticam.
As mulheres, por natureza, tendem a falar mais. Nas mídias sociais o
engajamento e feedback se consegue justamente por meio de atividade
constante. Quanto mais se fala, com respaldo e embasamento do que se está
falando, mais rápido se consegue notoriedade. Claro que muitas vezes essa
notoriedade também se consegue por meio de posts demasiados e infundados,
mas o que eu quero dizer é que quanto mais ativo um usuário é, maior é o
feedback que tem e por sua vez, maior a influência que pode exercer sobre sua
rede de contatos.
Raio X dos Senadores mais influentes, segundo nota média em várias
categorias, divulgado pela pesquisa
Aqui podemos perceber o que já foi dito nos infográficos relacionados
aos Deputados. O fato de os Senadores mais velhos serem mais influentes nas
mídias sociais acontece justamente porque eles são usuários mais ativos. É o
princípio da atividade constante na rede. Quanto mais se fala, mais se é visto.

       Quando se fala do PT, podemos atribuir essa atividade e influência de sua
bancada ao fato de que em 2010 a equipe responsável pela candidatura da
Presidenta Dilma Rousseff fez uma grande campanha de divulgação da
importância das mídias sociais realizando treinamentos nos comitês de todos os
Estados e incentivando o uso dessas mídias com fins não só de campanha mas
também de continuidade após o fim das eleições com o objetivo de influenciar as
redes de contatos e torná-las engajadas na mesma causa.
6.0 CASES DE SUCESSO NAS ELEIÇÕES 2012

        Veremos a seguir alguns cases interessantes de candidatos a Prefeito que
utilizaram, de forma bastante interessante, os recursos que a Internet oferece.

       Os candidatos deram um show de interatividade e obtiveram feedbacks
que foram verdadeiros termômetros no que se referiu a aceitação dos internautas
com relação as ações de compartilhamentos que eles realizaram.

6.1 MICARLOS MEDEIROS

      Micarlos foi candidato à Prefeitura da cidade de Riachuelo no Rio
Grande do Norte pelo PT.

       Com uma verba de campanha bastante restrita, resolveu apostar nas
mídias sociais como canal de interação com o seu público alvo.

       O candidato usou e abusou de recursos como:

       Youtube – O candidato fez uma série de vídeos conversando diretamente
com os internautas sobre seus valores e cada uma de suas propostas. Esses
vídeos foram liberados em série no seu canal do Youtube. Canal esse que o
candidato tirou do ar após a campanha, mas que pode ser acessado atrav´s do
endereço youtube.com.br/micarlospt.

      Soundcloud – Através dessa ferramenta, o candidato postou seu jingle e
mensagens aos eleitores. Acessando o canal, todos tiveram acesso ao conteúdo e
puderam fazer downloads para o celular ou até mesmo para gravar CD divulgar
por conta própria. O perfil também foi removido após a campanha, mas tinha
como endereço soundcloud.com/micarlos13

        Tumblr – Foi o canal que o candidato escolheu para fazer seu blog
oficial. Lá, além de conhecer melhor Prefeito e Vice, os internautas puderam
conhecer os candidatos a Vereadores do partido, fazer doações para ajudar na
campanha e baixar imagens de compartilhamento nas mídias sociais apoiando a
campanha.

       O blog foi removido após a campanha, mas teve como endereço
micarlos13.tumblr.com .

       Twitter – O @Micarlos que está ativo até hoje, foi usado para divulgar
agenda do candidato, pensamentos, proposta e também para divulgar os assuntos
veiculados nas demais mídias sociais da campanha dele.

       Facebook – O candidato possuía uma fan page (que foi removida após a
campanha) e que pôde ser acessada por meio do endereço
facebook.com/micarlos13 e também um perfil pessoal.

       A fan page foi usada para divulgação de material por meio de aplicativos
que deixaram a página tão rica e interativa quanto o blog do candidato. O perfil,
apesar de mais limitado, foi utilizado para divulgação de peças e realização de
debates sociais.

       Vejamos algumas peças de divulgação utilizadas na campanha de
Micarlos Medeiros:

Blog (Tumblr)
Pensamento (peça de compartilhamento no Fcaebook)




Propostas (peça de compartilhamento no Facebook)
Cartão de aniversário (um dos modelos enviado aos amigos das mídias sociais)




Convite ao debate social no Facebook
Micarlos Medeiros não foi eleito, mas teve a campanha digital mais bem feita da
campanha de 2012 em Riachuelo. Conseguiu muito engajamento e foi elogiado
pelos adversários pela inovação na campanha.



6.2 NÉVIO DÁRTORA

Névio Dártora foi candidato à Prefeitura da cidade de Caieiras, em São Paulo
pelo PSBD.

O candidato já havia sido Prefeito por 3 mandatos (não consecutivos) na cidade
e tentava mais uma vez se reeleger.

Muito querido pelo povo da cidade devido às inúmeras obras que concretizou,
optou por utilizar de forma efetiva a Internet na busca dos eleitores jovens.

Vejamos algumas ações do candidato na web:

Acervo Digital – Através do acervo (http://acervodigitalneviodartora.com.br/),
os internautas puderam encontrar fotos e listagem de tudo que o candidato fez
pela cidade de Caieiras durante seus 3 mandatos como Prefeito.
Site da Campanha – O candidato elaborou seu site de campanha
completamente integrado com as mídias sociais e com um blog que foi
atualizado diariamente.
Google Maps – Todas as obras realizadas pelo candidato, durante seus 3
mandatos, foram cadastradas no Google Maps. Ao passar o mouse sobre cada
bairro de Caieiras o Internauta tinha uma janela aberta com todas as ações feitas
por Névio em seu bairro. O recurso também foi indexado ao site da campanha.




Youtube – Canal #FalaMeuPovo – O canal foi utilizado para divulgar
mensagens do candidato e suas propostas. As coberturas das passeatas foram
feitas em cada bairro, sempre finalizando com as propostas que Névio Dártora
tinha para cada um. Além disso, muitos depoimentos de moradores da cidade
foram veiculados com a hashtag #FalaMeuPovo . Os vídeos mostravam
depoimentos de pessoas defendendo a candidatura de Névio e dizendo porque
votariam nele.

O Canal do Youtube chegou a ser mais acessado do que o próprio site da
campanha.
E-mail Marketing – O candidato utilizou bastante o e-mail marketing para
divulgação de passeatas, eventos e esclarecimentos sobre sua candidatura. Já que
o mesmo foi processado e listado entre os candidatos fichas sujas das eleições
2012.

Foram disparados 2 e-mails semanais para um banco de 9 mil e-mails só da
cidade de Caieiras/SP.

Abaixo uma das peças enviadas:
Twitter – O candidato usou o aplicativo Twibbon para que todos pudessem
personalizar seus avatares.




Facebook – O candidato possuía 2 perfis pessoais lotados antes da campanha.
Durante o período eleitoral ele usou uma fan page com vários aplicativos que
permitiam, por exemplo, os internautas assistirem um vídeo de apresentação e
também folhearem seu plano de governo em forma de revista digital. Muitas
peças de compartilhamento foram utilizadas, diariamente, tanto nos perfis
quanto na fan page. Entre elas:
Além disso, o candidato realizou palestra com treinamento, sobre como usar as
mídias sociais, com todos os candidatos a Vereadores da coligação.

Ele também utilizou banners em seu comitê para divulgar seus canais na
Internet. Os banners também foram levados para as passeatas.

Todas as ações realizadas na Internet foram monitoradas e pesquisas de intenção
de votos apontaram o candidato como favorito.

Névio Dártora foi eleito com maioria dos votos. Porém, devido a Lei da Ficha
Limpa teve sua candidatura impugnada.
7.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS

        A Internet, sem dúvida, dividiu a comunicação em antes e depois do seu
advento. Com ela não só foi possível questionar mais, expressar mais as opiniões
e encontrar pessoas que possuem afinidades de pensamentos, como também
iniciar verdadeiras revoluções políticas e sociais.

       O que tivemos a oportunidade de ver no desenrolar deste artigo foi que
uma visão estratégica de alguém, que estava nos EUA liderando uma campanha
e que viu na Internet todo o potencial que ela tinha no ato de comunicar,
influenciar e gerar participação ativa dos eleitores foi o ponto de partida inicial
para novos modelos de comunicação voltados para influenciar esse público alvo.

        O modelo se estendeu ao Brasil de forma lenta e gradual e podemos
atribuir tal acontecimento a vários fatores, como por exemplo, a cultura da
população e a imagem que a mesma faz dos políticos, ao preparo dos
profissionais da área do marketing digital e, sobretudo, a forma com que os
próprios candidatos passaram a enxergar esse novo modelo de campanha “Corpo
a corpo”, que embora de contato físico não tenha nada, de contato intelectual
com necessidade de respostas rápidas tem muito.

       No Brasil, a comunicação digital das campanhas voltadas para a Internet
está cada vez melhor. Podemos dizer que, apesar de alguns erros de
comunicação por parte dos candidatos menos informados gerarem uma
repercussão negativa, a tendência, como vimos em muitos cases, é de que as
campanhas digitais se tornem cada vez mais próximas do eleitorado e sejam
cada vez mais participativas. Estamos caminhando para isso.

        Com relação à tecnologia e popularização dos dispositivos móveis como
tablets, smartphones, iphones e outros, é bom que os profissionais de marketing
político digital e que os próprios candidatos se preparem para campanhas cada
vez mais interativas, com comunicação cada vez mais rápida e perecível.

        Engajamento é o ponto crucial de toda campanha na Internet e para que
ele seja alcançado é necessário um empenho cada vez maior dos candidatos no
sentido de ouvir, falar e proporcionar participação dos eleitores em suas
campanhas e em seus futuros mandatos.

        Nas campanhas futuras, se sairão melhor os candidatos que entenderem
que a transparência e a honestidade é cada vez mais importante para que os
mesmos ganhem credibilidade e assim, consigam mudar a ideia que os
brasileiros possuem de que todo político é corrupto. Quem sabe com toda essa
mudança, um dia, os eleitores brasileiros possam financiar uma campanha, como
aconteceu nos EUA, porque acreditam nela de verdade.
REFERÊNCIAS

CASTRO, Luciano Thomé . NEVES, Marcos Fava. Administração de Vendas –
Planejamento, Estratégia e Gestão. São Paulo: Editora Atlas. 2008.

CROCCO, Luciano; TELLES, Renato; GIOIA, Ricardo M.; ROCHA, Telma;
STREHLAU, Vera Iara. Fundamentos de marketing: conceitos básicos. São Paulo:
Editora Saraiva. 2010.

FERNANDES, Alinne. Slideshare. Marketing Político nas Redes Sociais. 2008.
Disponível em: <http://www.slideshare.net/alinnefernandes>. Acesso em: 08 de junho
de 2012.

FERNANDES, Alinne. Site de Alinne Fernandes. Análise dos perfis de Twitter dos
três candidatos à Presidência da República. 2010. Disponível em:
<http://www.alinnefernandes.com.br/marketing-politico-digital/analise-dos-perfis-de-
twitter-dos-3-candidatos/>. Acesso em: 01 de agosto de 2012.

Folha da Região Online. O uso da Internet nas campanhas eleitorais. 2010.
Disponível em: <http://www.folhadaregiao.com.br/Materia.php?id=291308> Acesso
em: 01 de dezembro de 2012.

Inter-Ponta Informática Ltda. Como surgiu a Internet. 2010. Disponível em:
<http://www.interponta.com.br/~tutorial/suporte/comosuriguainternet.htm>. Acesso em:
08 maio 2012.


KOTLER, Philip. Administração de marketing: Análise,                 planejamento,
implementação e controle. São Paulo: Editora Atlas. 1997.

KUNTZ, Ronald A.. Marketing Político: Manual de Campanha Eleitoral. São
Paulo: Editora Global. 2006.


MediaLogue Digital. Político 2.0 versão ilustrada com infográficos – Deputados e
Senadores. 2012 Disponível em: < http://www.medialogue.com.br/produtos/politico-2-
0-versao-ilustrada-com-infograficos-deputados-e-senadores/>. Acesso em: 23 de
novembro de 2012.

MediaLogue Digital. Pesquisa político 2.0 deputados federais e senadores. 2011.
Disponível em:
<http://www.medialogue.com.br/produtos/pesquisa-politico-2-0-deputados-federais-e-
senadores/>. Acesso em: 23 de novembro de 2012.
O uso das Mídias Sociais Pelos Políticos Brasileiros

Más contenido relacionado

La actualidad más candente

Gerenciamento de marketing politico digital
Gerenciamento de marketing politico digitalGerenciamento de marketing politico digital
Gerenciamento de marketing politico digital
Fabio Lira
 

La actualidad más candente (20)

Como conquistar o eleitorado utilizando as mídias sociais
Como conquistar o eleitorado utilizando as mídias sociaisComo conquistar o eleitorado utilizando as mídias sociais
Como conquistar o eleitorado utilizando as mídias sociais
 
Palanque Digital: Marketing Politico e Eleitoral On-line
Palanque Digital: Marketing Politico e Eleitoral On-linePalanque Digital: Marketing Politico e Eleitoral On-line
Palanque Digital: Marketing Politico e Eleitoral On-line
 
Marketing Político nas Redes Sociais
Marketing Político nas Redes SociaisMarketing Político nas Redes Sociais
Marketing Político nas Redes Sociais
 
Popularidade, tendências e uso das Redes Sociais para Campanha Eleitoral
Popularidade, tendências e uso das Redes Sociais para Campanha EleitoralPopularidade, tendências e uso das Redes Sociais para Campanha Eleitoral
Popularidade, tendências e uso das Redes Sociais para Campanha Eleitoral
 
Segredos do Marketing Político Digital - Rodrigo Gadelha
Segredos do Marketing Político Digital - Rodrigo GadelhaSegredos do Marketing Político Digital - Rodrigo Gadelha
Segredos do Marketing Político Digital - Rodrigo Gadelha
 
Marketing Político nas mídias sociais: como as redes sociais definiram as ele...
Marketing Político nas mídias sociais: como as redes sociais definiram as ele...Marketing Político nas mídias sociais: como as redes sociais definiram as ele...
Marketing Político nas mídias sociais: como as redes sociais definiram as ele...
 
Posicionamento e Presença Online no Marketing Político
Posicionamento e Presença Online no Marketing PolíticoPosicionamento e Presença Online no Marketing Político
Posicionamento e Presença Online no Marketing Político
 
Seminário :: Marketing eleitoral
Seminário :: Marketing eleitoralSeminário :: Marketing eleitoral
Seminário :: Marketing eleitoral
 
Especializações do marketing 2a aula - 16/02/2011
Especializações do marketing   2a aula - 16/02/2011Especializações do marketing   2a aula - 16/02/2011
Especializações do marketing 2a aula - 16/02/2011
 
Politica e Campanha Eleitoral 2.0
Politica e Campanha Eleitoral 2.0Politica e Campanha Eleitoral 2.0
Politica e Campanha Eleitoral 2.0
 
Gerenciamento de marketing politico digital
Gerenciamento de marketing politico digitalGerenciamento de marketing politico digital
Gerenciamento de marketing politico digital
 
Marketing Político
Marketing PolíticoMarketing Político
Marketing Político
 
Reflecon (Teoria e Técnica da Publicidade 2)
Reflecon (Teoria e Técnica da Publicidade 2)Reflecon (Teoria e Técnica da Publicidade 2)
Reflecon (Teoria e Técnica da Publicidade 2)
 
Planejamento Estratégico em Redes Sociais
Planejamento Estratégico em Redes SociaisPlanejamento Estratégico em Redes Sociais
Planejamento Estratégico em Redes Sociais
 
O uso da Internet nas Eleições de 2010
O uso da Internet nas Eleições de 2010O uso da Internet nas Eleições de 2010
O uso da Internet nas Eleições de 2010
 
Mkt eleitoral
Mkt eleitoralMkt eleitoral
Mkt eleitoral
 
Eleições 2016 - Gestão e Inteligência no Marketing Político e Eleitoral
Eleições 2016 - Gestão e Inteligência no Marketing Político e EleitoralEleições 2016 - Gestão e Inteligência no Marketing Político e Eleitoral
Eleições 2016 - Gestão e Inteligência no Marketing Político e Eleitoral
 
Marketing PolíTico
Marketing PolíTicoMarketing PolíTico
Marketing PolíTico
 
Marketing Político Digital
Marketing Político DigitalMarketing Político Digital
Marketing Político Digital
 
Data Analytics na Campanha Eleitoral
Data Analytics na Campanha EleitoralData Analytics na Campanha Eleitoral
Data Analytics na Campanha Eleitoral
 

Destacado

Trabalho marketing-midia digital
Trabalho marketing-midia digitalTrabalho marketing-midia digital
Trabalho marketing-midia digital
Ciro Viana
 
Planejamento de marketing político scribd
Planejamento de marketing político   scribdPlanejamento de marketing político   scribd
Planejamento de marketing político scribd
Eliana Araujo Consulting
 

Destacado (20)

TCC - Marketing Digital: Um estudo exploratório sobre a utilização das mídias...
TCC - Marketing Digital: Um estudo exploratório sobre a utilização das mídias...TCC - Marketing Digital: Um estudo exploratório sobre a utilização das mídias...
TCC - Marketing Digital: Um estudo exploratório sobre a utilização das mídias...
 
Marketing Politico - Partido DEM
Marketing Politico - Partido DEMMarketing Politico - Partido DEM
Marketing Politico - Partido DEM
 
TCC - Análise da Publicidade em Blogs e a sua utilização como Mídia.
TCC - Análise da Publicidade em Blogs e a sua utilização como Mídia.TCC - Análise da Publicidade em Blogs e a sua utilização como Mídia.
TCC - Análise da Publicidade em Blogs e a sua utilização como Mídia.
 
Projeto de Monografia - Marketing Digital e Direito Online: Breves Considerações
Projeto de Monografia - Marketing Digital e Direito Online: Breves ConsideraçõesProjeto de Monografia - Marketing Digital e Direito Online: Breves Considerações
Projeto de Monografia - Marketing Digital e Direito Online: Breves Considerações
 
Lançamento do Cartão "Eu posso" - Planejamento de mídia on
Lançamento do Cartão "Eu posso" - Planejamento de mídia on Lançamento do Cartão "Eu posso" - Planejamento de mídia on
Lançamento do Cartão "Eu posso" - Planejamento de mídia on
 
O papel do comunicólogo na mídia social
O papel do comunicólogo na mídia socialO papel do comunicólogo na mídia social
O papel do comunicólogo na mídia social
 
091219 gripple y-fit-ef-flex
091219 gripple y-fit-ef-flex091219 gripple y-fit-ef-flex
091219 gripple y-fit-ef-flex
 
Trabalho marketing-midia digital
Trabalho marketing-midia digitalTrabalho marketing-midia digital
Trabalho marketing-midia digital
 
Propaganda & Mídia Digital
Propaganda & Mídia DigitalPropaganda & Mídia Digital
Propaganda & Mídia Digital
 
Marketing político digital ESPM - 26mai2010
Marketing político digital ESPM - 26mai2010Marketing político digital ESPM - 26mai2010
Marketing político digital ESPM - 26mai2010
 
Ativação de clientes em redes sociais - TCC
Ativação de clientes em redes sociais - TCCAtivação de clientes em redes sociais - TCC
Ativação de clientes em redes sociais - TCC
 
As10 Coisas Que Todas as Campanhas Vitoriosas Fazem
As10 Coisas Que Todas as Campanhas Vitoriosas FazemAs10 Coisas Que Todas as Campanhas Vitoriosas Fazem
As10 Coisas Que Todas as Campanhas Vitoriosas Fazem
 
Apresentação TCC - Análise da Publicidade em Blogs e a sua utilização como Mídia
Apresentação TCC - Análise da Publicidade em Blogs e a sua utilização como MídiaApresentação TCC - Análise da Publicidade em Blogs e a sua utilização como Mídia
Apresentação TCC - Análise da Publicidade em Blogs e a sua utilização como Mídia
 
Marketing Digital: Um estudo exploratório sobre a utilização das mídias digit...
Marketing Digital: Um estudo exploratório sobre a utilização das mídias digit...Marketing Digital: Um estudo exploratório sobre a utilização das mídias digit...
Marketing Digital: Um estudo exploratório sobre a utilização das mídias digit...
 
Portfólio - Social Media
Portfólio - Social Media Portfólio - Social Media
Portfólio - Social Media
 
Planejamento de marketing político scribd
Planejamento de marketing político   scribdPlanejamento de marketing político   scribd
Planejamento de marketing político scribd
 
ESTRATEGIA ELEITORAL 2016 MARKETING POLITICO
ESTRATEGIA ELEITORAL  2016  MARKETING POLITICOESTRATEGIA ELEITORAL  2016  MARKETING POLITICO
ESTRATEGIA ELEITORAL 2016 MARKETING POLITICO
 
Introdução às Mídias Digitais
Introdução às Mídias DigitaisIntrodução às Mídias Digitais
Introdução às Mídias Digitais
 
Proposta de criação de site
Proposta de criação de siteProposta de criação de site
Proposta de criação de site
 
Workshop modelonegocios_incont_Canvas
Workshop modelonegocios_incont_CanvasWorkshop modelonegocios_incont_Canvas
Workshop modelonegocios_incont_Canvas
 

Similar a O uso das Mídias Sociais Pelos Políticos Brasileiros

Marketing Político, Social, Esportivo e Cultural
Marketing Político, Social, Esportivo e CulturalMarketing Político, Social, Esportivo e Cultural
Marketing Político, Social, Esportivo e Cultural
Ana Cristina D Assumpcão
 
A INFLUÊNCIA DA CAMPANHA DE BARACK OBAMA NAS ELEIÇÕES MUNICIPAIS DE 2012. O U...
A INFLUÊNCIA DA CAMPANHA DE BARACK OBAMA NAS ELEIÇÕES MUNICIPAIS DE 2012. O U...A INFLUÊNCIA DA CAMPANHA DE BARACK OBAMA NAS ELEIÇÕES MUNICIPAIS DE 2012. O U...
A INFLUÊNCIA DA CAMPANHA DE BARACK OBAMA NAS ELEIÇÕES MUNICIPAIS DE 2012. O U...
João Luiz Guedes
 
Apostila de especialidades de marketing parte1
Apostila de especialidades de marketing parte1Apostila de especialidades de marketing parte1
Apostila de especialidades de marketing parte1
giovani1
 

Similar a O uso das Mídias Sociais Pelos Políticos Brasileiros (20)

Art5031
Art5031Art5031
Art5031
 
Marketing Político, Social, Esportivo e Cultural
Marketing Político, Social, Esportivo e CulturalMarketing Político, Social, Esportivo e Cultural
Marketing Político, Social, Esportivo e Cultural
 
A INFLUÊNCIA DA CAMPANHA DE BARACK OBAMA NAS ELEIÇÕES MUNICIPAIS DE 2012. O U...
A INFLUÊNCIA DA CAMPANHA DE BARACK OBAMA NAS ELEIÇÕES MUNICIPAIS DE 2012. O U...A INFLUÊNCIA DA CAMPANHA DE BARACK OBAMA NAS ELEIÇÕES MUNICIPAIS DE 2012. O U...
A INFLUÊNCIA DA CAMPANHA DE BARACK OBAMA NAS ELEIÇÕES MUNICIPAIS DE 2012. O U...
 
Marketing avançado - aula 04
Marketing avançado - aula 04Marketing avançado - aula 04
Marketing avançado - aula 04
 
Palestra marketing terceiro setor
Palestra marketing terceiro setorPalestra marketing terceiro setor
Palestra marketing terceiro setor
 
Apostila de especialidades de marketing parte1
Apostila de especialidades de marketing parte1Apostila de especialidades de marketing parte1
Apostila de especialidades de marketing parte1
 
Marketing e Compartilhamento de Opiniões: Boca-a-boca, Viral e Buzz Marketing...
Marketing e Compartilhamento de Opiniões: Boca-a-boca, Viral e Buzz Marketing...Marketing e Compartilhamento de Opiniões: Boca-a-boca, Viral e Buzz Marketing...
Marketing e Compartilhamento de Opiniões: Boca-a-boca, Viral e Buzz Marketing...
 
v - PSDB Investimento Vereadores ppt.pdf
v - PSDB Investimento Vereadores ppt.pdfv - PSDB Investimento Vereadores ppt.pdf
v - PSDB Investimento Vereadores ppt.pdf
 
Mktpublico01
Mktpublico01Mktpublico01
Mktpublico01
 
Marketing Público - PGPM - Aula 01
Marketing Público - PGPM - Aula 01Marketing Público - PGPM - Aula 01
Marketing Público - PGPM - Aula 01
 
Livro mídia digital
Livro mídia digitalLivro mídia digital
Livro mídia digital
 
(Administraçaomercadologicai)
(Administraçaomercadologicai)(Administraçaomercadologicai)
(Administraçaomercadologicai)
 
Aspectos de uma campanha política
Aspectos de uma campanha políticaAspectos de uma campanha política
Aspectos de uma campanha política
 
Carolina barreto
Carolina barretoCarolina barreto
Carolina barreto
 
Curso administracao de marketing 002
Curso administracao de marketing 002Curso administracao de marketing 002
Curso administracao de marketing 002
 
Marketing
MarketingMarketing
Marketing
 
Fundamentos do marketing e comunicação e marketing
Fundamentos do marketing e comunicação e marketing   Fundamentos do marketing e comunicação e marketing
Fundamentos do marketing e comunicação e marketing
 
Artigo Científico - O uso da ferramenta de storytelling como estratégia de ma...
Artigo Científico - O uso da ferramenta de storytelling como estratégia de ma...Artigo Científico - O uso da ferramenta de storytelling como estratégia de ma...
Artigo Científico - O uso da ferramenta de storytelling como estratégia de ma...
 
05 04-2011 - trabalho ciência política - web
05 04-2011 - trabalho ciência política - web05 04-2011 - trabalho ciência política - web
05 04-2011 - trabalho ciência política - web
 
05 04-2011 - trabalho ciência política - web
05 04-2011 - trabalho ciência política - web05 04-2011 - trabalho ciência política - web
05 04-2011 - trabalho ciência política - web
 

Más de Alinne Fernandes

Más de Alinne Fernandes (20)

Ebook - Sucesso nas Vendas com o Inbound Marketing
Ebook - Sucesso nas Vendas com o Inbound MarketingEbook - Sucesso nas Vendas com o Inbound Marketing
Ebook - Sucesso nas Vendas com o Inbound Marketing
 
Planejamento Avianca
Planejamento AviancaPlanejamento Avianca
Planejamento Avianca
 
Maresis - Divulgação Respi Ar
 Maresis - Divulgação Respi Ar Maresis - Divulgação Respi Ar
Maresis - Divulgação Respi Ar
 
Zoetis planejamento vacinas animais de companhia
Zoetis   planejamento vacinas animais de companhia Zoetis   planejamento vacinas animais de companhia
Zoetis planejamento vacinas animais de companhia
 
E book WhatsApp Business - Digital para Empresas
E book WhatsApp Business - Digital para EmpresasE book WhatsApp Business - Digital para Empresas
E book WhatsApp Business - Digital para Empresas
 
E book 10 dicas para pequenas empresas
E book 10 dicas para pequenas empresasE book 10 dicas para pequenas empresas
E book 10 dicas para pequenas empresas
 
Planejamento Lançamento da Cachaça Caraçuipe em SP
Planejamento Lançamento da Cachaça Caraçuipe em SPPlanejamento Lançamento da Cachaça Caraçuipe em SP
Planejamento Lançamento da Cachaça Caraçuipe em SP
 
A importância do MKT Digital e a Relevância do Vídeo no Novo Contexto da Comu...
A importância do MKT Digital e a Relevância do Vídeo no Novo Contexto da Comu...A importância do MKT Digital e a Relevância do Vídeo no Novo Contexto da Comu...
A importância do MKT Digital e a Relevância do Vídeo no Novo Contexto da Comu...
 
Benchmarking Votorantim
Benchmarking VotorantimBenchmarking Votorantim
Benchmarking Votorantim
 
Summerland
SummerlandSummerland
Summerland
 
Recomendações Mahura
Recomendações MahuraRecomendações Mahura
Recomendações Mahura
 
Plano de Comunicação Mahura
Plano de Comunicação MahuraPlano de Comunicação Mahura
Plano de Comunicação Mahura
 
Mahura Clube de Assinaturas
Mahura Clube de AssinaturasMahura Clube de Assinaturas
Mahura Clube de Assinaturas
 
Mahura E-commerce
Mahura   E-commerceMahura   E-commerce
Mahura E-commerce
 
Planejamento Odontoclinic - campanha performance
Planejamento Odontoclinic - campanha performancePlanejamento Odontoclinic - campanha performance
Planejamento Odontoclinic - campanha performance
 
Odontoclinic - Campanha #AbrilSorriso
Odontoclinic - Campanha #AbrilSorrisoOdontoclinic - Campanha #AbrilSorriso
Odontoclinic - Campanha #AbrilSorriso
 
Castelo Alimentos
Castelo AlimentosCastelo Alimentos
Castelo Alimentos
 
Castelo Alimentos
Castelo AlimentosCastelo Alimentos
Castelo Alimentos
 
Planejamento de SEO para a Connect Parts - Ano de 2014
Planejamento de SEO para a Connect Parts - Ano de 2014Planejamento de SEO para a Connect Parts - Ano de 2014
Planejamento de SEO para a Connect Parts - Ano de 2014
 
Relatório de Mídia Online - Campanha Nacional de Combate ao Diabetes
Relatório de Mídia Online - Campanha Nacional de Combate ao DiabetesRelatório de Mídia Online - Campanha Nacional de Combate ao Diabetes
Relatório de Mídia Online - Campanha Nacional de Combate ao Diabetes
 

Último

matematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecnimatematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecni
CleidianeCarvalhoPer
 
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
LeloIurk1
 
apostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médioapostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médio
rosenilrucks
 

Último (20)

PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia TecnologiaPROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
 
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de HotéisAbout Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
 
Modelo de Plano Plano semanal Educação Infantil 5 anossemanal Educação Infant...
Modelo de Plano Plano semanal Educação Infantil 5 anossemanal Educação Infant...Modelo de Plano Plano semanal Educação Infantil 5 anossemanal Educação Infant...
Modelo de Plano Plano semanal Educação Infantil 5 anossemanal Educação Infant...
 
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
 
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
 
matematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecnimatematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecni
 
P P P 2024 - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
P P P 2024  - *CIEJA Santana / Tucuruvi*P P P 2024  - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
P P P 2024 - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
 
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfRecomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
 
Projeto Nós propomos! Sertã, 2024 - Chupetas Eletrónicas.pptx
Projeto Nós propomos! Sertã, 2024 - Chupetas Eletrónicas.pptxProjeto Nós propomos! Sertã, 2024 - Chupetas Eletrónicas.pptx
Projeto Nós propomos! Sertã, 2024 - Chupetas Eletrónicas.pptx
 
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
 
Seminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptx
Seminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptxSeminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptx
Seminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptx
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
 
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdfPROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
 
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenosmigração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
 
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdfApresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
 
Nós Propomos! Autocarros Elétricos - Trabalho desenvolvido no âmbito de Cidad...
Nós Propomos! Autocarros Elétricos - Trabalho desenvolvido no âmbito de Cidad...Nós Propomos! Autocarros Elétricos - Trabalho desenvolvido no âmbito de Cidad...
Nós Propomos! Autocarros Elétricos - Trabalho desenvolvido no âmbito de Cidad...
 
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfCurrículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
 
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfPROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
 
apostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médioapostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médio
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
 

O uso das Mídias Sociais Pelos Políticos Brasileiros

  • 1. ANÁLISE DA ATUAÇÃO DOS POLÍTICOS BRASILEIROS NAS MÍDIAS SOCIAIS Alinne Fernandes1 Flávio Emílio Monteiro Cavalcanti2 RESUMO Este artigo científico tem como objetivo analisar a comunicação dos políticos nas mídias sociais, apontando o comportamento digital dos candidatos durante o período de campanha eleitoral, bem como o período pós-campanha, ou seja, a maneira que políticos passaram a interagir com os internautas que interagem com eles por meio desses canais durante a continuidade dos seus mandatos. Palavras-chave: Políticos, Mídias Sociais, Twitter, Facebook, Tumblr, Orkut, Estratégias, Marketing Político Digital, Cases, Brasil, Política, Ações, Internet, Eleitorado, Posicionamento, Interação, Internautas, Fails, Crise de Imagem 2.0, Erros de Comunicação. ABSTRACT This research paper is to analyze the communication of political social media, pointing the digital behavior of candidates during the campaign period and the post-campaign period, ie, the way that politicians began to interact with netizens that interact with them through these channels during the continuity of their mandates. Keywords: Political, Social Media, Twitter, Facebook, Tumblr, Orkut, Strategies, Digital Marketing Policy, Cases, Brazil, Politics, Stocks, Internet, Electorate, Positioning, Interaction, Netizens, Fails, Crisis Image 2.0, Communication Errors. ___________________________ 1 Analista e Planner de Mídias Sociais Jornalista – Universidade Ferderal do Rio Grande do Norte MBA em Marketing Estratégico UNIRN Centro Universitário do Rio Grande do NorteE-mail: contato@alinnefernandes.com.br 2 Administrador, Mestre em Administração pela UFRN, Docente em cursos de graduação e pós graduação da UNIRN Contato: admflavioemilio@gmail.com
  • 2. 1 INTRODUÇÃO Até o fim da primeira década do século XXI , a comunicação de massa dos candidatos a cargos públicos era realizada preferencialmente em veículos tradicionais, ou seja, priorizava informações veiculadas em rádio, TV e impresso; considerando o público alvo de cada um. A parte complementar da campanha era feita por meio de ações corpo a corpo, em locais públicos, quando o candidato ia até o eleitorado expressar suas ideias e plataforma de governo. Em 2008, o então candidato a presidência dos EUA, Barack Obama, revolucionou o modo de fazer campanha eleitoral. Enquanto seu concorrente,John McCain utilizava a Internet apenas como um veículo de mídia complementar, a equipe de marketing de Obama resolveu ousar e apostar na democratização e engajamento da rede como diferencial para a divulgação espontânea da candidatura dele, assim como para a arrecadação de fundos. O resultado foi um sucesso, comprovado através de números: 130 mil seguidores no Twitter, 14 milhões de views (número de vezes em que o vídeo foi assistido) em apenas um vídeo do Youtube, 2,3 milhões de membros em um grupo do Facebook e nada menos que 3,1 milhões de doadores pela Internet. O que isso tudo queriadizer? Que estava tendo início uma nova fase... A fase da campanha eleitoral da revolução digital. No Brasil, em 2008, estava começando a campanha para as eleições municipais. Apesar de surpresas com o fenômeno Obama, as equipes de marketing dos candidatos ainda não entendiam bem como tirar proveito das novas mídias e os maiores esforços, contemplaram apenas, tímidas ações no Orkut. Nas eleições presidenciais de 2010 o cenário mudou. Muitos “profissionais da área surgiram” e a busca por palestras e oficinas com gurus que prometiam a receita do bom relacionamento dos candidatos com os eleitores nas mídias sociais também cresceu. Em paralelo ao grupo que buscava conhecimentos sobre posicionamentos e ações de marketing de sucesso na Internet, surgiu também o grupo que resolveu se posicionar por conta própria, tendo pago um preço alto por tanta exposição desprovida de preparo para lidar com a crise de imagem desencadeada pelo novo comportamento dos eleitores online. Uma palavra que não tem vez nessa nova era da eleição digital é a “passividade”. Agora os eleitores se apresentam de forma diferente: cobram, denunciam, dividem opiniões e principalmente apontam os erros e acertos dos candidatos e de cada gestão. Comunicar nunca foi tão importante quanto agora. Estamos vivendo a sociedade do compartilhamento de ideias. Sobressai-se melhor, aquele que também se comunica melhor.
  • 3. 2.0 MARKETING: CONCEITOS FUNDAMENTAIS O marketing pode ser definido como “um processo social e de gestão pelo qual indivíduos e grupos obtêm o que necessitam e querem através da criação, oferta e troca de produtos e valores com outros (KOTLER, 1997, P. 7)”. O marketing é usado para entender quais são essas necessidades dos consumidores finais, intermediários, através do processo de pesquisa, analisando o comportamento desses consumidores, o mercado, facilitando ver quais segmentos de consumidores podem ser satisfeitos, quais os alvos de atuação da empresa, que tipo de diferenciação pode ser oferecido, como gerar e adaptar produtos, marcas e embalagens para satisfazer as necessidades e corretas estratégias de precificação para esses produtos, como colocá-los à disposição dos consumidores através de canais de distribuição e comunicar, através da publicidade e outras ferramentas. CASTRO E NEVES (2008). O marketing, CROCCO at al. (2010), não está focado apenas nas necessidades dos indivíduos, mas envolve uma série de atividades que vão da concepção de um produto, por uma empresa, até a sua entrega, consumo e descarte pelo cliente. “O conceito de marketing pode ser delimitado como entender e atender as necessidades e anseios do público alvo de uma organização” CROCCO at al. (2010, P.5). Como definido acima por vários profissionais conceituados na área, o marketing nada mais é que um estudo voltado para o preenchimento das necessidades dos consumidores que tem como resultado a disponibilidade, no mercado, de produtos ou serviços que possam suprir essas necessidades, antes que outras possam ser geradas, de forma eficiente, gerando assim lucro para quem oferece os mesmos. 3.0 MARKETING POLÍTICO 3.1 CONCEITOS O marketing político, assim como o marketing, tem suas estratégias voltadas para o comportamento da população e as suas necessidades e em cima delas trabalha o conceito da campanha de um determinado candidato. O que mais se aproxima do que a população anseia ganha. Ou seja, o que dispõe de melhores estratégias consegue a confiança do eleitorado e assim é eleito pelo mesmo para melhor representar os seus interesses no poder. É exatamente por isso que durante uma campanha eleitoral as pesquisas tendem a mostrar uma mudança de cenário constante, de acordo com a percepção que a equipe de marketing do candidato vai tendo durante o processo de contato com o povo para sentir o que as pessoas esperam da chance de renovação que elas tem nas mãos de quatro em quatro anos.
  • 4. Abaixo, podemos constatar em que se baseia o marketing político através de uma breve análise de Kunts. Segundo KUNTS (2006, P.19) “O marketing eleitoral é o marketing da conquista, que reúne a força e a convicção obstinada da paixão com a astúcia, o planejamento e a estratégia da guerra. Marketing político-governamental é o marketingda ocupação e consolidação do poder conquistado. O primeiro é vibrante e seria afoito se não fossem as pesquisas, dado seu objetivo a curto prazo e imediatismo; o segundo é frio e calculista e visa produzir seus efeitos que atendem objetivos a longo prazo, entre eles o maior de todos: vencer as eleições futuras e levar o grupo dominante a permanecer no poder”. Cada vez que bolamos uma estratégia para sermos bem vistos ou benquistos em um grupo, ou para conquistar um cliente, uma amizade ou um amor, praticamos o marketing. Isso porque temos que estudar o que as pessoas ou grupo que queremos conquistarpensam, gostam, desgostam, como são e vivem, para, só depois, podermos adaptar nossas atitudes afim de preencher tais expectativas, sermos aceitos e aumentarmos as chances de êxito. Para atingirmos os nossos objetivos, temos que colocar os interesses dos nossos alvos acima dos nossos. Esta também é a essência do marketing político. Porem, mesmo que sejamos capazes de praticar atividades de marketing a nosso favor, quando se trata de uma eleição, todos os esforços devem estar concentrados nisso. Uma falha representa um dia perdido e um ponto atrás da concorrência. (KUNTS, 2006). 3.1 FERRAMENTAS DO MARKETING POLÍTICO As ferramentas utilizadas no marketing político vão desde os detalhes que constituem as estratégias de candidatura, passando pelas ações que visam chegar no posto almejado e ainda as que objetivam preparar o político para permanecer no poder após eleições futuras. “O marketing político se vale e administra todos os meios e instrumentos disponíveis para alavancar e otimizar a comunicação do candidato, mas nenhum instrumento mercadológico ou tecnologia podem substituir, em eficácia, o gasto das solas de sapatos, os apertos de mão ou o calor que existe no contato pessoal do candidato com os eleitores”KUNTS (2006, P.51). Vamos começar pela propaganda eleitoral. A campanha publicitária é uma forte ferramenta de marketing político durante as campanhas eleitorais. Elas são responsáveis não só por tornar os candidatos pop stars, mas também por fazer com que as suas
  • 5. imagens bombardeiem o eleitorado e construa em seus imaginários, os heróis que irão transformar a gestão de sua cidade, estado e até país. Depois da concepção de imagem do candidato a ser propagada, vem outra importante ferramenta que é o planejamento da campanha. “O planejamento é o pai da estratégia e o marco zero da transição do sonho para a realidade” KUNTS (2006, P.79). É justamente aqui que tem início o estudo de cenário, ou seja, o nicho em que o candidato e sua equipe terão que atuar ao longo da campanha. Estuda-se então concorrência, pontos fracos e fortes, pesquisas que revelam se as ações de cada um estão dando certo com relação às intenções de votos e estratégias são lançadas para que o diferencial que levará a candidatura seja alcançado. Por último e não menos importante, temos que considerar o organograma da campanha como outra importante ferramenta de marketing estratégico. Aqui são decididos esses detalhes: como montar uma campanha, o ajustamento do organograma, os cargos e as funções, a chefia da campanha, coordenação e administração das alianças, coordenação das ações políticas, coordenação de materiais e serviços, coordenação operacional, coordenação administrativa, coordenação financeira, coordenação de agenda e o conselho político. “Uma campanha desorganizada é inadmissível, por mais hábeis que sejam o candidato e sua assessoria. É preciso ter sempre presente que não existe boa vontade capaz de substituir a eficácia da organização, pois a complexidade das atividades a serem desenvolvidas durante uma campanha eleitoral exige que se disponha de uma estrutura ágil e equilibrada, capaz de exercer controles, absorver alto volume de informações e determinar estratégias de ação em curtíssimo espaço de tempo” KUNTS (2006, P. 63). Diante de tudo o que foi mostrado até aqui, só podemos concluir que uma campanha de sucesso só pode ser realizada por membros que trabalhem com uma equipe verdadeira, com todas as suas áreas funcionando como uma verdadeira sintonia, a fim de que o resultado final possa convergir para o interesse de todos que é o da consagração do trabalho realizado. 4.0 INTERNET Os primeiros sinais da tecnologia que deram origem a Internet surgiram durante a Guerra Fria, quando o Departamento de Defesa dos Estados Unidos concebeu a ARPA – Advanced Research Projects Agency. A ARPA tinha como função liderar as pesquisas de ciência e tecnologia aplicáveis às forças armadas. Nos anos seguintes, a ARPANET foi ampliada com novos pontos em todo os Estados Unidos e incluiu também universidades. O modelo experimental do e-mail surgiu em 1971 e o seu primeiro software veio em 1972, expandindo a utilidade da Rede que 1973, o que
  • 6. possibilitou as primeiras conexões internacionais, interligando computadores na Inglaterra e na Noruega. A WWW surgiu em 1991, liderando uma grande mudança nos hábitos e no perfil dos usuários da INTERNET. Foi estabelecido por cientistas que tinham como objetivo tornar o uso da rede mais rápido e produtivo, já que na época só programadores e operadores conseguiam navegar e mesmo assim com dificuldades. A WWWW surgiu para nomer endereços amigáveis e assim, possibilitar aos leigos um acesso que antes só era conseguido por especialistas que entendiam de códigos e da linguagem utilizada. Para navegar no sistema, um novo tipo de software foi criado e batizado com os nomes de browser ou navegador. O primeiro a ter grande impacto foi o Mosaic que se espalhou por milhares de usuários, tornando a WWW conhecida rapidamente, o que levou à multipligação da quantidade de home-pages disponíveis. Em pouco tempo mais usuários aderiram, criando um ciclo de crescimento da ordem de 300% ao ano, nos cinco primeiros anos de sua existência. Com a facilidade de uso, outros usuários começaram a aderir a Internet. Entre eles empresas e pessoas físicas. Foi gigantesca a quantidade de novos negócios que surgiram e continuam a surgir com os nichos criados pela explosão da WWW. Hoje a Internet é um fenômeno de massa, com milhões de usuários espalhados pelo mundo, movimentando milhões de dólares em comércio eletrônico. Um dos fatores que contribuíram com isso foi o fato de a tecnologia Internet ser barata e aberta. Não se pode prever qual o futuro da Internet, mas manifestos já foram criados por meio dela, paz estabelecida, relações profissionais estreitadas e principalmente: a Internet provocou uma mudança na forma de comunicar. Hoje não se faz mais comunicação de empresa para público, Governo para público, etc. Hoje se comunica junto com o público. Uma revolução digital que atingiu todos os setores da economia e das relações no mundo começou e não podemos dizer ainda qual será o seu auge.
  • 7. 4.2 USO DA INTERNET EM CAMPANHAS POLÍTICAS A Internet foi usada pela primeira vez em campanha política no ano de 2008, com a campanha online bem sucedida do então candidato a presidência dos Estados Unidos Barack Obama. A equipe de marketing do candidato soube usar a ferramenta de forma inteligente, trazendo apoio em massa para a campanha do candidato e fazendo com que aquelas eleições virassem marco da revolução digital, mostrando todo o poder de comunicação e repercussão imediata que a Internet podia causar. No mesmo período, aqui no Brasil, passávamos por eleições municipais. Além dos profissionais da área ainda estarem se familiarizando com ferramentas e possibilidades reais que o uso da Internet poderia proporcionar em uma campanha, os candidatos e as próprias equipes de marketing que regiam as campanhas ainda viam todo o fenômeno que acontecia nos Estados Unidos como algo desconhecido e ainda longe do entendimento de todos quando se falava em resultados reais. Estava começando a acontecer à explosão das redes e mídias sociais e os internautas (eleitores em potencial) também começaram a entender a força e o poder de comunicação que começavam a ter em mãos. Tivemos eleições discretas e com pouquíssimo uso da Internet aqui no Brasil. Com exceção dos websites que já eram utilizados antes para apresentar propostas políticas e como ferramenta de contato entre os eleitores e seus candidatos. Porém, a interatividade que essas ferramentas proporcionavam ainda era quase nula. Barack Obama foi eleito pela primeira vez nos Estados Unidos e conseguiu um incontável número de votos e engajamento, por parte dos seus eleitores, nas mídias sociais. O que foi de vital importância para sua conquista de votos em vários estados do seu país. Mas não foi só isso, o candidato também conseguiu uma quantia alta em doações que foram efetivadas pelo próprio eleitorado que o apoiava e que pôde contribuir financiando sua campanha com doações feitas por meio da Internet. O resultado final desse trabalho atiçou a curiosidade de muitos profissionais de marketing que passaram a ver a Internet como um grande potencial de exploração. O impacto disso nós tivemos a oportunidade de ver nas eleições presidenciais de 2010 aqui no Brasil. 2010 chegou e aqui no Brasil surgiram muitos profissionais voltados para o marketing digital. Uns muito bons, outros nem tão bons assim e os partidos políticos começaram a se articular em busca da receita para se conseguir o engajamento social que o Obama conseguiu em 2008. Só esqueceram uma coisa: a realidade brasileira é outra completamente diferente e o comportamento dos internautas também. Com a descrença na honestidade dos candidatos que é comum por aqui, por exemplo, dificilmente ou sendo mais realista em hipótese alguma os internautas iriam exercer o hábito de fazer doações para campanhas
  • 8. pela Internet. Exceto, é claro, os empresários em caso de apoio ao candidato. Mas se falando da massa, isso é uma realidade inexistente. Porém, mesmo com muitos problemas, as campanhas digitais aconteceram e de forma bem organizada, até. O Partido Verde deu um show de criatividade e Interatividade, mostrando que com poucos recursos e muita vontade era possível conseguir visibilidade e engajamento. O PT apostou na contratação de Marcelo Branco e nas caravanas que a equipe dele passou a realizar em cada estado. Muitas ações foram elaboradas no sentido de deixar a candidata sempre em evidência, como nos TTs do Twitter, por exemplo. O José Serra apostou em um posicionamento mais pessoal em seus perfis. O que lhe deu credibilidade frente aos internautas e foi de vital importância para a campanha mais próxima que ele realizou com os internautas. Isso lhe deu mais intimidade com o povo. Tivemos uma campanha digital bonita e cheia de ações interessantes, mas que ainda precisava amadurecer. Foi justamente o que aconteceu nas eleições de 2012. Ano em que voltamos a vivenciar eleições municipais e que não só as equipes de marketing, mas também os próprios candidatos já se sentiram mais íntimos e a vontade para utilizar as ferramentas e mídias digitais proporcionadas pela Internet. Agora sim todos começaram a ter a dimensão da abrangência dessa democracia digital, que muitas vezes trouxe (para os candidatos) resultados positivos e para outros resultados negativos. Tudo isso foi fruto da responsabilidade com que cada um utilizou as ferramentas em questão. 5.0 CONCEITOS DE REDES E MÍDIAS SOCIAIS Segundo André Telles, autor de “A Revolução das Mídias Sociais”, podemos classificar Redes Sociais como um conceito sociológico e independe de tecnologia. Grupos que tem interesses em comum e interagem entre si formam redes sociais. Nas plataformas sociais digitais, algumas são mais propícias para a formação de Redes Sociais. Ainda segundo o autor, as Mídias Sociais são plataformas sociais digitais em que as empresas ou personalidades públicas podem se utilizar para interagir e comunicar sobre seu segmento, marca, produtos e serviços. 5.1 O USO DAS MÍDIAS SOCIAIS POR POLÍTICOS NO BRASIL Como já falamos no tópico 4.2 o uso da Internet pelos políticos ocorreu de forma gradativa e evolutiva nas três últimas eleições do país. Em 2008, quando ainda engatinhávamos nesse processo, houve uma inserção por meio de algumas ações no Orkut que caracterizavam posts com fotos e pedidos de votos. Paralelamente a isso, os sites começaram a introduzir os murais de recados. Sessões moderadas de interação com os internautas. Esse foi o ensaio para o que seria a
  • 9. comunicação 2.0 e 3.0, interativa e sem a menor possibilidade de manejo ou moderação pelas partes receptoras das mensagens. Em 2010 foi quando, de fato, os políticos entraram nas Redes de forma muito amadora e aprenderam que o tom da linguagem era diferente da publicidade tradicional. Ou seja, que a comunicação nas redes se mostra como um diálogo e não um monólogo. Nessas eleições o Twitter e o Facebook (ferramentas que estavam em evidência) começaram a ser usadas pelos candidatos e, como em toda fase de experimento, tivemos a oportunidade de presenciar os primeiros erros e acertos de alguns. Nas eleições de 2012 alguns políticos contrataram profissionais especializados e a comunicação melhorou de um modo geral. Percebemos um maior cuidado dos candidatos na forma de se expressar nessas redes sociais. Estamos falando dos que, de fato, investem em comunicação e marketing. Pois veremos adiante alguns que resolveram fazer suas campanhas pessoalmente ou não possuíam ainda à sensibilidade de entender a proporção de um pronunciamento em rede social e que se meteram em verdadeiros escândalos. Esse foi o ano da democracia na web. A começar pelos aplicativos associados ao Twitter e Facebook que mostravam, em segundos, a lista com candidatos, por estados brasileiros, que foram taxados pela justiça como Fichas Sujas. Os mesmos não tiveram suas candidaturas suspensas, mas muitos quando eleitos, foram impugnados pela própria justiça. Nesse sentido, várias campanhas foram criadas pelos próprios internautas com o objetivo de promover os candidatos honestos e derrubar os que, comprovadamente, já tiveram pendências com a justiça eleitoral. Nessas eleições os candidatos e suas equipes de marketing usaram e abusaram do Facebook, Twitter, canais no Youtube, aplicativos, Instagram e todas as ferramentas que estão com índice auto de audiência entre os internautas. Tivemos a oportunidade de presenciar debates ao vivo com webcam, integração total desses debates da TV com a Internet, obter dados de intenções de votos por meio de ferramentas de monitoramento de redes sociais, presenciamos chats sociais no Facebook com candidatos e muito mais. Sem dúvida houve um amadurecimento e um melhor proveito de tudo que as redes e mídias sociais puderam oferecer. Em pesquisa realizada pela Medialogue Digital, entre 27 de junho e 9 de setembro de 2011, intitulada como “Políticos 2.0 Deputados e Senadores”, tivemos a oportunidade de saber como os Senadores e Deputados Federais usam a internet e as redes sociais para se comunicar com o eleitor, independente do período de campanha.Vejamos as ações digitais de alguns, segundo a pesquisa:
  • 10. ALESSANDRO MOLON (PT‐RJ) O Deputado criou uma rede social própria e está presente em oito canais sociais. Entre eles o Facebook, Flickr, Google +, Linkedin,MySpace, Orkut, Twitter e Youtube. Todos esses canais estão destacados no seu site www.molon1313.com.br .
  • 11. ALINE CORREA (PP‐SP) Além de usar as ferramentas convencionais como Twittre, Youtube, Linkedin, Flickr e Facebook, a Deputada também usa o Formspring sem bloqueio. Ou seja, além de estar disponível para responder as questões dos internautas, ela também mostra que está constantemente ligada em todos os seus canais. Não cria, apenas, como alguns candidatos fazem.
  • 12. ANTHONY GAROTINHO (PR‐RJ) Com destaque pela movimentação e dinâmica tanto das redes sociais quanto do blog, o Deputado também dá um show de atenção às perguntas que recebe. Segundo a pesquisa, o blog do Garotinho (www.blogdogarotinho.com.br) tem uma média de 10 posts diários por dia útil e seu Twitter publica um post a cada 3 minutos, sendo que 30% desses posts são de respostas para as questões que os internautas direcionam a ele. Ele é uma tradução do que todos os profissionais de marketing digital pregam: não é preciso apenas estar nos canais sociais, mas principalmente interagir com o público por meio deles.
  • 13. CESAR COLNAGO (PSDB‐ES) O Deputado se destaca por fazer um uso interessante do seu site (www.cesarcolnago.com.br). Além de divulgar causas sociais, o mesmo também estabelece links com organizações que apoiam essas causas. Dessa forma, consegue expor o que defende e ainda conseguir a simpatia dos membros que fazem parte ou que compartilham do mesmo pensamento das organizações sociais. Em outra pesquisa, também realizada pela Medialogue Digital no mesmo período e intitulada como: “O Mapa do Poder Digital – Highlights” nós tivemos a oportunidade de conferir gráficos e tabelas com números voltados para a influência desses parlamentares na Internet. Vejamos alguns números:
  • 14. Raio X dos Deputados mais influentes na Internet, segundo nota média em várias categorias, divulgado pela pesquisa A questão da influência que os perfis exercem sobre a sua rede de contatos está diretamente ligada à forma como os políticos interagem e se posicionam nessas redes sociais. Quanto mais espontâneo o político é e quanto menos ele utiliza a sua Assessoria de Comunicação para postar por ele nos perfis, mas ele ganha credibilidade entre os internautas e passa a impressão de que, de fato, ouve e se envolve com os questionamentos que ali surgem.
  • 15. Um fator muito interessante e que podemos observar acima é a questão da influência por faixa etária. Percebemos com a pesquisa que os políticos mais jovens apresentam maior influência sobre os internautas. Uma justificativa interessante que podemos considerar para tal resultado é o fato deles terem maior intimidade com a linguagem das mídias sociais e também com todo tipo de dispositivo que os permite interagir com seu público. Outro fator é a presença constante dos mesmos nas mídias sociais. O que aumenta a visibilidade e gera a ideia de que eles realmente se importam com o que acontece ali. É claro que podemos observar usuários assíduos das mídias sociais em todas as faixas etárias, como já mostramos em cases anteriores, mas o fato é que nas mídias sociais, quanto menos formalidade existe e espontaneidade também, mais fluidez se consegue na comunicação ali exercida. Por isso mesmo os usuários dessas mídias, em sua maioria jovens, se identificam mais com os candidatos próximos a sua idade, ou seja, também próximos nos gostos e ações que ali praticam.
  • 16. As mulheres, por natureza, tendem a falar mais. Nas mídias sociais o engajamento e feedback se consegue justamente por meio de atividade constante. Quanto mais se fala, com respaldo e embasamento do que se está falando, mais rápido se consegue notoriedade. Claro que muitas vezes essa notoriedade também se consegue por meio de posts demasiados e infundados, mas o que eu quero dizer é que quanto mais ativo um usuário é, maior é o feedback que tem e por sua vez, maior a influência que pode exercer sobre sua rede de contatos.
  • 17. Raio X dos Senadores mais influentes, segundo nota média em várias categorias, divulgado pela pesquisa
  • 18. Aqui podemos perceber o que já foi dito nos infográficos relacionados aos Deputados. O fato de os Senadores mais velhos serem mais influentes nas mídias sociais acontece justamente porque eles são usuários mais ativos. É o princípio da atividade constante na rede. Quanto mais se fala, mais se é visto. Quando se fala do PT, podemos atribuir essa atividade e influência de sua bancada ao fato de que em 2010 a equipe responsável pela candidatura da Presidenta Dilma Rousseff fez uma grande campanha de divulgação da importância das mídias sociais realizando treinamentos nos comitês de todos os Estados e incentivando o uso dessas mídias com fins não só de campanha mas também de continuidade após o fim das eleições com o objetivo de influenciar as redes de contatos e torná-las engajadas na mesma causa.
  • 19. 6.0 CASES DE SUCESSO NAS ELEIÇÕES 2012 Veremos a seguir alguns cases interessantes de candidatos a Prefeito que utilizaram, de forma bastante interessante, os recursos que a Internet oferece. Os candidatos deram um show de interatividade e obtiveram feedbacks que foram verdadeiros termômetros no que se referiu a aceitação dos internautas com relação as ações de compartilhamentos que eles realizaram. 6.1 MICARLOS MEDEIROS Micarlos foi candidato à Prefeitura da cidade de Riachuelo no Rio Grande do Norte pelo PT. Com uma verba de campanha bastante restrita, resolveu apostar nas mídias sociais como canal de interação com o seu público alvo. O candidato usou e abusou de recursos como: Youtube – O candidato fez uma série de vídeos conversando diretamente com os internautas sobre seus valores e cada uma de suas propostas. Esses vídeos foram liberados em série no seu canal do Youtube. Canal esse que o candidato tirou do ar após a campanha, mas que pode ser acessado atrav´s do endereço youtube.com.br/micarlospt. Soundcloud – Através dessa ferramenta, o candidato postou seu jingle e mensagens aos eleitores. Acessando o canal, todos tiveram acesso ao conteúdo e puderam fazer downloads para o celular ou até mesmo para gravar CD divulgar
  • 20. por conta própria. O perfil também foi removido após a campanha, mas tinha como endereço soundcloud.com/micarlos13 Tumblr – Foi o canal que o candidato escolheu para fazer seu blog oficial. Lá, além de conhecer melhor Prefeito e Vice, os internautas puderam conhecer os candidatos a Vereadores do partido, fazer doações para ajudar na campanha e baixar imagens de compartilhamento nas mídias sociais apoiando a campanha. O blog foi removido após a campanha, mas teve como endereço micarlos13.tumblr.com . Twitter – O @Micarlos que está ativo até hoje, foi usado para divulgar agenda do candidato, pensamentos, proposta e também para divulgar os assuntos veiculados nas demais mídias sociais da campanha dele. Facebook – O candidato possuía uma fan page (que foi removida após a campanha) e que pôde ser acessada por meio do endereço facebook.com/micarlos13 e também um perfil pessoal. A fan page foi usada para divulgação de material por meio de aplicativos que deixaram a página tão rica e interativa quanto o blog do candidato. O perfil, apesar de mais limitado, foi utilizado para divulgação de peças e realização de debates sociais. Vejamos algumas peças de divulgação utilizadas na campanha de Micarlos Medeiros: Blog (Tumblr)
  • 21. Pensamento (peça de compartilhamento no Fcaebook) Propostas (peça de compartilhamento no Facebook)
  • 22. Cartão de aniversário (um dos modelos enviado aos amigos das mídias sociais) Convite ao debate social no Facebook
  • 23. Micarlos Medeiros não foi eleito, mas teve a campanha digital mais bem feita da campanha de 2012 em Riachuelo. Conseguiu muito engajamento e foi elogiado pelos adversários pela inovação na campanha. 6.2 NÉVIO DÁRTORA Névio Dártora foi candidato à Prefeitura da cidade de Caieiras, em São Paulo pelo PSBD. O candidato já havia sido Prefeito por 3 mandatos (não consecutivos) na cidade e tentava mais uma vez se reeleger. Muito querido pelo povo da cidade devido às inúmeras obras que concretizou, optou por utilizar de forma efetiva a Internet na busca dos eleitores jovens. Vejamos algumas ações do candidato na web: Acervo Digital – Através do acervo (http://acervodigitalneviodartora.com.br/), os internautas puderam encontrar fotos e listagem de tudo que o candidato fez pela cidade de Caieiras durante seus 3 mandatos como Prefeito.
  • 24. Site da Campanha – O candidato elaborou seu site de campanha completamente integrado com as mídias sociais e com um blog que foi atualizado diariamente.
  • 25. Google Maps – Todas as obras realizadas pelo candidato, durante seus 3 mandatos, foram cadastradas no Google Maps. Ao passar o mouse sobre cada bairro de Caieiras o Internauta tinha uma janela aberta com todas as ações feitas por Névio em seu bairro. O recurso também foi indexado ao site da campanha. Youtube – Canal #FalaMeuPovo – O canal foi utilizado para divulgar mensagens do candidato e suas propostas. As coberturas das passeatas foram feitas em cada bairro, sempre finalizando com as propostas que Névio Dártora tinha para cada um. Além disso, muitos depoimentos de moradores da cidade foram veiculados com a hashtag #FalaMeuPovo . Os vídeos mostravam depoimentos de pessoas defendendo a candidatura de Névio e dizendo porque votariam nele. O Canal do Youtube chegou a ser mais acessado do que o próprio site da campanha.
  • 26. E-mail Marketing – O candidato utilizou bastante o e-mail marketing para divulgação de passeatas, eventos e esclarecimentos sobre sua candidatura. Já que o mesmo foi processado e listado entre os candidatos fichas sujas das eleições 2012. Foram disparados 2 e-mails semanais para um banco de 9 mil e-mails só da cidade de Caieiras/SP. Abaixo uma das peças enviadas:
  • 27. Twitter – O candidato usou o aplicativo Twibbon para que todos pudessem personalizar seus avatares. Facebook – O candidato possuía 2 perfis pessoais lotados antes da campanha. Durante o período eleitoral ele usou uma fan page com vários aplicativos que permitiam, por exemplo, os internautas assistirem um vídeo de apresentação e também folhearem seu plano de governo em forma de revista digital. Muitas peças de compartilhamento foram utilizadas, diariamente, tanto nos perfis quanto na fan page. Entre elas:
  • 28. Além disso, o candidato realizou palestra com treinamento, sobre como usar as mídias sociais, com todos os candidatos a Vereadores da coligação. Ele também utilizou banners em seu comitê para divulgar seus canais na Internet. Os banners também foram levados para as passeatas. Todas as ações realizadas na Internet foram monitoradas e pesquisas de intenção de votos apontaram o candidato como favorito. Névio Dártora foi eleito com maioria dos votos. Porém, devido a Lei da Ficha Limpa teve sua candidatura impugnada.
  • 29. 7.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS A Internet, sem dúvida, dividiu a comunicação em antes e depois do seu advento. Com ela não só foi possível questionar mais, expressar mais as opiniões e encontrar pessoas que possuem afinidades de pensamentos, como também iniciar verdadeiras revoluções políticas e sociais. O que tivemos a oportunidade de ver no desenrolar deste artigo foi que uma visão estratégica de alguém, que estava nos EUA liderando uma campanha e que viu na Internet todo o potencial que ela tinha no ato de comunicar, influenciar e gerar participação ativa dos eleitores foi o ponto de partida inicial para novos modelos de comunicação voltados para influenciar esse público alvo. O modelo se estendeu ao Brasil de forma lenta e gradual e podemos atribuir tal acontecimento a vários fatores, como por exemplo, a cultura da população e a imagem que a mesma faz dos políticos, ao preparo dos profissionais da área do marketing digital e, sobretudo, a forma com que os próprios candidatos passaram a enxergar esse novo modelo de campanha “Corpo a corpo”, que embora de contato físico não tenha nada, de contato intelectual com necessidade de respostas rápidas tem muito. No Brasil, a comunicação digital das campanhas voltadas para a Internet está cada vez melhor. Podemos dizer que, apesar de alguns erros de comunicação por parte dos candidatos menos informados gerarem uma repercussão negativa, a tendência, como vimos em muitos cases, é de que as campanhas digitais se tornem cada vez mais próximas do eleitorado e sejam cada vez mais participativas. Estamos caminhando para isso. Com relação à tecnologia e popularização dos dispositivos móveis como tablets, smartphones, iphones e outros, é bom que os profissionais de marketing político digital e que os próprios candidatos se preparem para campanhas cada vez mais interativas, com comunicação cada vez mais rápida e perecível. Engajamento é o ponto crucial de toda campanha na Internet e para que ele seja alcançado é necessário um empenho cada vez maior dos candidatos no sentido de ouvir, falar e proporcionar participação dos eleitores em suas campanhas e em seus futuros mandatos. Nas campanhas futuras, se sairão melhor os candidatos que entenderem que a transparência e a honestidade é cada vez mais importante para que os mesmos ganhem credibilidade e assim, consigam mudar a ideia que os brasileiros possuem de que todo político é corrupto. Quem sabe com toda essa mudança, um dia, os eleitores brasileiros possam financiar uma campanha, como aconteceu nos EUA, porque acreditam nela de verdade.
  • 30. REFERÊNCIAS CASTRO, Luciano Thomé . NEVES, Marcos Fava. Administração de Vendas – Planejamento, Estratégia e Gestão. São Paulo: Editora Atlas. 2008. CROCCO, Luciano; TELLES, Renato; GIOIA, Ricardo M.; ROCHA, Telma; STREHLAU, Vera Iara. Fundamentos de marketing: conceitos básicos. São Paulo: Editora Saraiva. 2010. FERNANDES, Alinne. Slideshare. Marketing Político nas Redes Sociais. 2008. Disponível em: <http://www.slideshare.net/alinnefernandes>. Acesso em: 08 de junho de 2012. FERNANDES, Alinne. Site de Alinne Fernandes. Análise dos perfis de Twitter dos três candidatos à Presidência da República. 2010. Disponível em: <http://www.alinnefernandes.com.br/marketing-politico-digital/analise-dos-perfis-de- twitter-dos-3-candidatos/>. Acesso em: 01 de agosto de 2012. Folha da Região Online. O uso da Internet nas campanhas eleitorais. 2010. Disponível em: <http://www.folhadaregiao.com.br/Materia.php?id=291308> Acesso em: 01 de dezembro de 2012. Inter-Ponta Informática Ltda. Como surgiu a Internet. 2010. Disponível em: <http://www.interponta.com.br/~tutorial/suporte/comosuriguainternet.htm>. Acesso em: 08 maio 2012. KOTLER, Philip. Administração de marketing: Análise, planejamento, implementação e controle. São Paulo: Editora Atlas. 1997. KUNTZ, Ronald A.. Marketing Político: Manual de Campanha Eleitoral. São Paulo: Editora Global. 2006. MediaLogue Digital. Político 2.0 versão ilustrada com infográficos – Deputados e Senadores. 2012 Disponível em: < http://www.medialogue.com.br/produtos/politico-2- 0-versao-ilustrada-com-infograficos-deputados-e-senadores/>. Acesso em: 23 de novembro de 2012. MediaLogue Digital. Pesquisa político 2.0 deputados federais e senadores. 2011. Disponível em: <http://www.medialogue.com.br/produtos/pesquisa-politico-2-0-deputados-federais-e- senadores/>. Acesso em: 23 de novembro de 2012.