2. O Graffiti possui uma terminologia própria e por ter nascido
nas ruas da Filadélfia e de Nova Iorque, o vocabulário dos
grafiteiros é recheado de termos em inglês.
Para se aprofundar e entender um pouco mais obra e criador
(graffiti e grafiteiro) se faz necessário conhecer alguns dos
termos usados por eles. E que fique claro que é perfeitamente
possível que esta lista não esteja completa, visto que – ainda
– não somos profundos conhecedores do assunto.
3. Grafites (graffitis) e pichações continuam
interferindo cada vez mais nos
variados cenários urbanos. Os grafiteiros
vêm se apossando das superfícies
convidativas de todas as arquiteturas das
cidades e metrópoles para imprimir a marca
da arte no cotidiano de seu tempo. São
artistas de rua, uns poucos na trilha de
Basquiat, quem sabe em busca de fama mais
duradoura que os 15 minutos determinados
por Andy Warhol, a maioria seguindo o
movimento hip-hop nascido no bairro do
Bronx, em Nova York.
4. Não há praticamente espaço-suporte vazio que
seja poupado dos pincéis do ar ou dos sprays
que escrevem letras em 3D e desenham
imagens super-realistas. Os pichadores lutam
pelos mesmos espaços, mas vão além: seus
alvos principais são placas de sinalização de
trânsito ou de qualquer outra orientação de
comportamento social coletivo, monumentos
públicos e muros ou cercas delimitadores que
desafiem a marcação de territórios.
5. O grafite pretende ser visto, lido, entendido,
apreciado e revelado (“escolas” e movimentos); a
pichação destina-se a afirmação de poder de
líderes e predadores sobre determinados bairros
ou áreas e serve à comunicação entre pares e
ímpares (por exemplo, gangues x gangues). São
diferentes em técnicas e propostas.
As pichações não têm compromisso com a arte,
mas com mensagens, ameaças, convocações
para confrontos sob assinaturas codificadas. É
constante a associação com o vandalismo e
depredação dos locais.
6. Mas observo o que ambos têm em comum:
quase que uma total ausência de
manifestação de conteúdo político
(alienação?), diferentemente do que se via
nas décadas de 60 e 70.
A nova geração de grafiteiros e pichadores
têm um vocabulário de expressões e gírias
importadas e os termos usados incluem a
linguagem tecnológica dos computadores e da
internet, além de incorporaram elementos do
hip-hop.