SlideShare una empresa de Scribd logo
1 de 6
Descargar para leer sin conexión
XXI EPENN 
Encontro de Pesquisa Educacional do 
Norte e Nordeste 
Período: 10 a 13 de novembro de 2013. UFPE 
Internacionalização da Educação e Desenvolvimento Regional: implicações para a 
GT 19 
CONHECIMENTOS D 
MÉDIO SOBRE O USO DO 
– Educação Matemática 
DE PROFESSORES DO ENSINOFUNDAMENTAL E 
DOPRINCÍPIO MULTIPLICATIVOEM SITUAÇÕES 
COMBINATÓRIAS 
Ana Paula Barbosa de Lima 
Rute Elizabete de Souza Rosa Borba 
Agência Financiadora: 
Resumo 
Serão investigadosconhecimentos de 
fundamental da contagem 
Trata-se de uma pesquisa de mestradoe 
entrevistas semiestruturada 
e finais do Ensino Fundamental e 
etapas: levantamento de informações sobre a f 
professores e suas experiência 
dificuldades enfrentadas pelos professores e 
Combinatória, como essas dificuldades são superadas e sobre u 
estratégia para solução de problemas de 
fórmulas de arranjo, permutação 
protocolos de situações combinatórias resolvidas por alunos. 
Palavras-chave: Princípio Fundamental da Contagem, 
Análise Combinatória. 
conhecimentos professores do Ensino Básico sobre o 
(PFC) e seu uso na resolução de problemas 
semiestruturadas com professores da rede pública de ensino,dos anos iniciais 
evantamento formação inicial e continuada 
experiências de ensino e planejamento; questionamento 
O ensino atual de Combinatória 
Os conteúdos de 
como recurso metodológico 
do Ensino Médio. A entrevista será realizada em 
seus alunos durante as aulas de Análise 
uso d 
produto cartesianoe para a construção de 
e combinação; e avaliação pelos professores de 
Conhecimentos 
Análise Combinatória são indicados pelos P 
Curriculares Nacionais (PCN) 
Fundamental e tratados com mais aprofundamento no Ensino Médio 
acionais PCN)(BRASIL, 2002) desde os anos iniciais 
Médioe essa continuidade 
1 
pós-graduação 
FUNDAMENTAL EM (UFPE) 
(UFPE) 
CAPES 
princípio 
combinatórios. 
metodológico,serãorealizadas 
,três 
dos 
mento acerca das 
so do PFC como 
Docentes, 
Parâmetros 
do Ensino
pode fazer com que os conceitos combinatórios sejam tratados de uma forma mais 
construtiva.Na mesma direção,Borba (2010), em seu estudo sobre o raciocínio 
combinatório na Educação Básica, recomenda que professores aproveitem as estratégias 
espontâneas desenvolvidas pelos estudantes, como desenhos, diagramas, listagens e 
operações aritméticas, e, gradativamente, sejam desenvolvidos procedimentos mais 
formais. Dessa forma, o professor estará estimulando seus alunos a pensarem sobre as 
generalizações possíveis no estudo de situações combinatórias. 
Borba (2010) enfatiza, ainda, que “Estas generalizações possibilitarão o 
reconhecimento da natureza multiplicativa de problemas de Combinatória, o que 
facilitará a compreensão que nas diversas situações combinatórias o 
PrincípioFundamental da Contagem é válido”. Sendo assim, considera-se o 
princípiofundamentaldacontagem, também conhecido como princípiomultiplicativo, 
como a base das fórmulas utilizadas na Análise Combinatória. 
Estudos anteriores (SABO, 2010; STURM, 1999) indicam, contudo, que esta 
prática – de um trabalho com aprofundamento gradativo da Análise Combinatória – não 
é seguida nas aulas de Matemática. Isso se justifica pelo fato de professores usaram 
apenas as fórmulas para resolver problemas combinatórios, o que contraria o 
recomendado em documentos oficiais. A Base Curricular Comum (BCC) do Estado de 
Pernambuco (PERNAMBUCO, 2008) e as Orientações Educacionais Complementares 
(BRASIL, 2002) indicam que as atividades combinatórias devem ser elaboradas de 
modo que os alunos ampliem as estratégias básicas de resolução, usando o princípio 
multiplicativo, e a partir do raciocínio combinatório se chegue às fórmulas gerais. 
Assim, as fórmulas teriam como função simplificar cálculos quando a quantidade de 
dados for muito grande. 
O princípio fundamental da contagem 
O princípio fundamental da contagem (PFC), ou princípio multiplicativo,é 
enunciado, segundo Lima (2006), como, “Se uma decisão D1 pode ser tomada de p 
modos e, qualquer que seja esta escolha, a decisão D2 pode ser tomada de q modos, 
então o número de maneiras de se tomarem consecutivamente as decisões D1 e D2 é 
igual apq”.
Os exemplos a seguir ilustram o uso do princípiofundamentaldacontagem em 
suas resoluções. O primeiro exemplo é uma situação de permutação e o segundo 
exemplo é uma combinação. 
Para verificar de quantos modos distintos cinco pessoas podem se posicionar em 
um banco de cinco lugares, se tem, segundo o PFC, que para o primeiro lugar hácinco 
possibilidades de escolha, ou seja, qualquer uma das cinco pessoaspode ocupar o 
primeiro lugar; para o segundo lugar háquatro possibilidades de escolha – uma vez que 
uma das pessoas já estaria sentada no primeiro lugar; hátrês possibilidades para o 
terceiro lugar – já que o primeiro e segundo lugares estariam ocupados; duas 
possibilidades de escolha para o quarto lugar e apenas uma possibilidade para o quinto 
lugar – pois todos os outros lugares já estariam ocupados. A solução da situação 
poderia, assim, ser representada por5 x 4x3x2x1, ou seja, seriam 120 maneiras distintas 
das cinco pessoas se posicionarem. 
Se, em outra situação, um técnico fosse escolher, dentre 12 atletas, cinco para 
comporem a equipe titular de um time de basquete, usando o PFC se teria: para a 
escolha do primeiro componente 12 possibilidades de escolha, ou seja, qualquer um dos 
12 atletas; para a escolha do segundo componente haveria 11 possibilidades de escolha, 
já que um atleta já foi escolhido; 10 possibilidades para a escolha do terceiro atleta; 9 
possibilidades para a escolha do quarto atleta e 8 possibilidades para a escolha do quinto 
e último componenteda equipe.Nesse caso, além dessa aplicação do PFC, seria 
necessário aplicá-lo outra vez, dividindo o resultado obtido pelo produto 12 x 11 x 10 x 
9 x 8 pela permutação dos cinco elementos escolhidos entre si, pois um time composto 
por André, Beto, Carlos, Daniel e Ênio, por exemplo, é idêntico ao time composto por 
Beto, Carlos, Daniel, Ênio e André. A permutação dos cinco elementos, 
semelhantemente ao exemplo anterior, poderia ser obtido pelo produto 5 x 4 x 3 x 2 x 1, 
e o resultado final seria dado por:  ×  ×  ×  ×  
 × 	 × 
 ×  ×  . 
Observa-se, assim, que o princípio fundamental da contagem, pode ser aplicado 
a distintas situações combinatórias – como produtos cartesianos, arranjos, combinações 
e permutações e pode servir de base para a construção de procedimentos formais da 
Análise Combinatória. É preciso, entretanto que professores tenham conhecimento de 
como o PFC pode ser utilizado para a resolução de distintas situações combinatórias e 
como este princípio é base das fórmulas.
Conhecimento docente 
Estudos anteriores destacam a importância dos conhecimentos do professor em 
relação aos conteúdos específicos e alguns, da área de Educação Matemática,também 
apontam o uso do PFC como estratégia para resolução de problemas combinatórios. 
Shulman (2005) defende em seus estudos que seja criada uma base de 
conhecimento do professor. Assim, essa base seria composta pelas seguintes categorias, 
a) conhecimento do conteúdo; b) conhecimento didático geral, tendo em 
conta especialmente aqueles princípios e estratégias gerais de manejo e 
organização da classe que transcendem o âmbito da disciplina; c) 
conhecimento do currículo, com um especial domínio dos materiais e dos 
programas que servem como ―ferramentas para o ofício do docente; d) 
conhecimento didático do conteúdo: esse especial amálgama entre matéria e 
pedagogia que constitui uma esfera exclusiva dos professores, sua própria 
forma especial de compreensão profissional; e) conhecimento dos alunos e de 
suas características; f) conhecimento dos contextos educativos, que abarcam 
desde o funcionamento do grupo classe, a gestão e financiamento dos 
distritos escolares até o caráter das comunidades e culturas; e g) 
conhecimento dos objetivos, das finalidades e dos valores educativos, e de 
seus fundamentos filosóficos e históricos. (SHULMAN, 2005, p.11, apud 
ROCHA 2011). 
Sabo (2010) em seu estudo,intitulado“Saberes Docentes: A Análise 
Combinatória no Ensino Médio” faz um trabalho investigativo sobre práticas e 
formação inicial dos professores que atuam no Ensino Médio. O autor conclui em seu 
estudo que os professoresentrevistados reproduzem, de certo modo, a prática docente e 
o saber herdado dos seus professores, com relação ao ensino de Análise Combinatória, 
assim valorizam a memorização e a aplicação de fórmulas. 
Rocha (2011) enfatiza em sua pesquisa que professores de mesma formação e 
com experiência em diferentes níveisde ensino recomendaram o uso do 
princípiomultiplicativo como estratégia eficaz na resolução de problemas de Análise 
Combinatória. Observou, ainda, a necessidade de maispesquisas que enfoquem as 
especificidades do conhecimento de conteúdo da Combinatória, e também sobre o 
conhecimento didático desse conteúdo pelos professores. 
Método
O objetivo do estudo é investigar conhecimentos de professores acerca do 
princípiofundamentaldacontagem (PFC) como estratégia para solução de problemas de 
Combinatória– de produto cartesiano, arranjo, permutação e combinação e sobre como 
o PFC está presente no uso das fórmulas de Análise Combinatória. 
Neste estudo serãorealizadas entrevistas semiestruturadas com professores de 
escolas públicas (dos anos iniciais e finais do Ensino Fundamental e do Ensino 
Médio).A entrevista serárealizada em três etapascomobjetivos distintos. 
A primeira etapa terá comoobjetivo identificar a formação inicial e 
continuada,bem como a experiência profissional dos professores, o planejamento das 
aulas de Análise Combinatória e os recursos metodológicos que utilizam durante as 
aulas. 
Na segunda etapa oobjetivoseráidentificar o conhecimento e as dificuldades dos 
professores no ensino de Combinatória; o conhecimento dos mesmos sobre o uso do 
PFC como estratégia de resolução de problemas de produtocartesiano e construção das 
fórmulas de arranjo, permutação e combinação. Serão, assim, questionadossobre qual 
tipo de problema é mais difícil trabalhar;como propõem a superação de dificuldades;se 
fazem relação entre o PFC e as fórmulas gerais daAnálise Combinatória; se seus alunos 
são levados a perceberem essa relação e de que forma isso é feito. 
A última etapa consistirá em analisar o conhecimento que os professores têm 
sobre o uso do PFC como estratégia para resolução de problemas combinatórios.Para 
isso,será propostoque os mesmos avaliem protocolos de situações combinatórias 
resolvidas por alunos. Assim, acreditamos teremos uma melhor visão de como os 
professores aplicam seus conhecimentos na sala de aula, quais suas reais dificuldades e 
estratégias utilizadas durante as aulas de Análise Combinatória. 
Deseja-se, dessa forma, contribuir para o levantamento de conhecimentos 
docentes e práticas de ensino, em particular da Combinatória, e, assim, trazer 
contribuições para o ensino de Matemática na Educação Básica. 
Referências bibliográficas 
BORBA, Rute. O Raciocínio Combinatório na Educação Básica. Anais do X 
Encontro Nacional de Educação Matemática, Salvador, 2010.
BRASIL. Secretaria de Educação Média e Tecnológica. PCN+ Ensino 
Médio:Orientações Educacionais Complementares aos Parâmetros 
CurricularesNacionais. Ciências da Natureza, matemática e suas tecnologias. 
Brasília:MEC; SEMTEC, 2002. 
BRASIL.Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Parâmetros Curriculares 
Nacionais (PCN) – Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias. Brasília: 
MEC, 2002. 
LIMA, ElonLages. CARVALHO, Paulo Cezar Pinto. WAGNER, Eduardo. 
MORGADO, Augusto Cesar.Temas e Problemas Elementares.12 ed. Rio de Janeiro: 
SBM, 2006. 
PERNAMBUCO. Secretária de Educação. Base Curricular Comum para as Redes 
públicas de Ensino Pernambuco: Matemática. Recife: SE, 2008. 
ROCHA, Cristiane. Formação Docente e o Ensino de Problemas Combinatórios: 
diversos olhares, diferentes conhecimentos. (Dissertação de Mestrado – EDUMATEC 
UFPE) – Recife, PE, 2011. 
SABO, Ricardo. Saberes Docentes: A Análise Combinatória no Ensino Médio. 
(Dissertação de Mestrado – PUC/SP) – São Paulo, 2010. 
SHULMAN, Lee S.Conocimiento y enseñanza: fundamentos de lanueva reforma. In: 
Profesorado. Revista de currículum y formacióndelprofesorado. V 9,2, 2005 (p.1- 
30). 
STURM, Wilton. As Possibilidades de um Ensino de Análise Combinatória Sob 
uma Abordagem Alternativa. (Dissertação de Mestrado - UNICAMP) – Campinas, 
SP, 1999.

Más contenido relacionado

Similar a Conhecimentos de Professores do Ensino Fundamental e Médio Sobre o Uso do Princípio Multiplicativo em Situações Combinatórias

Uma experiência com modelagem matemática para a abordagem de conteúdos de fís...
Uma experiência com modelagem matemática para a abordagem de conteúdos de fís...Uma experiência com modelagem matemática para a abordagem de conteúdos de fís...
Uma experiência com modelagem matemática para a abordagem de conteúdos de fís...ednilson73
 
Artigo: Resolução de problemas associado à comunicação
Artigo: Resolução de problemas associado à comunicaçãoArtigo: Resolução de problemas associado à comunicação
Artigo: Resolução de problemas associado à comunicaçãoMiguel de Carvalho
 
CONTRIBUIÇÕES DOS REGISTROS DE REPRESENTAÇÃO SEMIÓTICA PARA A COMPREENSÃO DO ...
CONTRIBUIÇÕES DOS REGISTROS DE REPRESENTAÇÃO SEMIÓTICA PARA A COMPREENSÃO DO ...CONTRIBUIÇÕES DOS REGISTROS DE REPRESENTAÇÃO SEMIÓTICA PARA A COMPREENSÃO DO ...
CONTRIBUIÇÕES DOS REGISTROS DE REPRESENTAÇÃO SEMIÓTICA PARA A COMPREENSÃO DO ...ProfessorPrincipiante
 
Artigo concepcoes-sobre-o-ensino-de-geometria
Artigo concepcoes-sobre-o-ensino-de-geometriaArtigo concepcoes-sobre-o-ensino-de-geometria
Artigo concepcoes-sobre-o-ensino-de-geometriajulyanny21
 
Anexo 011 a utilização dos materiais manipulativos
Anexo 011   a utilização dos materiais manipulativosAnexo 011   a utilização dos materiais manipulativos
Anexo 011 a utilização dos materiais manipulativosRegina Helena Souza Ferreira
 
Apresentacao Formacao Ii
Apresentacao Formacao IiApresentacao Formacao Ii
Apresentacao Formacao Iigestarlp
 
Artigo funçao kaio
Artigo funçao kaioArtigo funçao kaio
Artigo funçao kaioKaio Azevedo
 
Geometria com dobraduras para séries iniciais
Geometria com dobraduras para séries iniciaisGeometria com dobraduras para séries iniciais
Geometria com dobraduras para séries iniciaisslucarz
 
apresentação UNESP 0503 2021.pptx
apresentação UNESP 0503 2021.pptxapresentação UNESP 0503 2021.pptx
apresentação UNESP 0503 2021.pptxCRISTIANEDEARIMATEAR
 
A PERSPECTIVA DA CODOCÊNCIA NA PRÁTICA DE ENSINO DE FÍSICA E NO ESTÁGIO SUPER...
A PERSPECTIVA DA CODOCÊNCIA NA PRÁTICA DE ENSINO DE FÍSICA E NO ESTÁGIO SUPER...A PERSPECTIVA DA CODOCÊNCIA NA PRÁTICA DE ENSINO DE FÍSICA E NO ESTÁGIO SUPER...
A PERSPECTIVA DA CODOCÊNCIA NA PRÁTICA DE ENSINO DE FÍSICA E NO ESTÁGIO SUPER...ProfessorPrincipiante
 
Instrução por modelagem (modeling instruction): percepções docentes
Instrução por modelagem (modeling instruction): percepções docentesInstrução por modelagem (modeling instruction): percepções docentes
Instrução por modelagem (modeling instruction): percepções docentesednilson73
 
Modelagem matemática uma experiência em sala de aula.
Modelagem matemática  uma experiência em sala de aula.Modelagem matemática  uma experiência em sala de aula.
Modelagem matemática uma experiência em sala de aula.Jesus Silva
 

Similar a Conhecimentos de Professores do Ensino Fundamental e Médio Sobre o Uso do Princípio Multiplicativo em Situações Combinatórias (20)

Cc 02771402505[1]
Cc 02771402505[1]Cc 02771402505[1]
Cc 02771402505[1]
 
Artigo karina petribessa
Artigo karina petribessaArtigo karina petribessa
Artigo karina petribessa
 
Ciaem 2015
Ciaem 2015Ciaem 2015
Ciaem 2015
 
Uma experiência com modelagem matemática para a abordagem de conteúdos de fís...
Uma experiência com modelagem matemática para a abordagem de conteúdos de fís...Uma experiência com modelagem matemática para a abordagem de conteúdos de fís...
Uma experiência com modelagem matemática para a abordagem de conteúdos de fís...
 
Artigo: Resolução de problemas associado à comunicação
Artigo: Resolução de problemas associado à comunicaçãoArtigo: Resolução de problemas associado à comunicação
Artigo: Resolução de problemas associado à comunicação
 
11º encontro
11º encontro11º encontro
11º encontro
 
CONTRIBUIÇÕES DOS REGISTROS DE REPRESENTAÇÃO SEMIÓTICA PARA A COMPREENSÃO DO ...
CONTRIBUIÇÕES DOS REGISTROS DE REPRESENTAÇÃO SEMIÓTICA PARA A COMPREENSÃO DO ...CONTRIBUIÇÕES DOS REGISTROS DE REPRESENTAÇÃO SEMIÓTICA PARA A COMPREENSÃO DO ...
CONTRIBUIÇÕES DOS REGISTROS DE REPRESENTAÇÃO SEMIÓTICA PARA A COMPREENSÃO DO ...
 
Ditatica.
Ditatica.Ditatica.
Ditatica.
 
Artigo concepcoes-sobre-o-ensino-de-geometria
Artigo concepcoes-sobre-o-ensino-de-geometriaArtigo concepcoes-sobre-o-ensino-de-geometria
Artigo concepcoes-sobre-o-ensino-de-geometria
 
Anexo 011 a utilização dos materiais manipulativos
Anexo 011   a utilização dos materiais manipulativosAnexo 011   a utilização dos materiais manipulativos
Anexo 011 a utilização dos materiais manipulativos
 
1º ano 1
1º ano 11º ano 1
1º ano 1
 
Exemplo
ExemploExemplo
Exemplo
 
Apresentacao Formacao Ii
Apresentacao Formacao IiApresentacao Formacao Ii
Apresentacao Formacao Ii
 
Artigo funçao kaio
Artigo funçao kaioArtigo funçao kaio
Artigo funçao kaio
 
Geometria com dobraduras para séries iniciais
Geometria com dobraduras para séries iniciaisGeometria com dobraduras para séries iniciais
Geometria com dobraduras para séries iniciais
 
apresentação UNESP 0503 2021.pptx
apresentação UNESP 0503 2021.pptxapresentação UNESP 0503 2021.pptx
apresentação UNESP 0503 2021.pptx
 
A PERSPECTIVA DA CODOCÊNCIA NA PRÁTICA DE ENSINO DE FÍSICA E NO ESTÁGIO SUPER...
A PERSPECTIVA DA CODOCÊNCIA NA PRÁTICA DE ENSINO DE FÍSICA E NO ESTÁGIO SUPER...A PERSPECTIVA DA CODOCÊNCIA NA PRÁTICA DE ENSINO DE FÍSICA E NO ESTÁGIO SUPER...
A PERSPECTIVA DA CODOCÊNCIA NA PRÁTICA DE ENSINO DE FÍSICA E NO ESTÁGIO SUPER...
 
Instrução por modelagem (modeling instruction): percepções docentes
Instrução por modelagem (modeling instruction): percepções docentesInstrução por modelagem (modeling instruction): percepções docentes
Instrução por modelagem (modeling instruction): percepções docentes
 
Relatorio final puic
Relatorio final puicRelatorio final puic
Relatorio final puic
 
Modelagem matemática uma experiência em sala de aula.
Modelagem matemática  uma experiência em sala de aula.Modelagem matemática  uma experiência em sala de aula.
Modelagem matemática uma experiência em sala de aula.
 

Último

Conflitos entre: ISRAEL E PALESTINA.pdf
Conflitos entre:  ISRAEL E PALESTINA.pdfConflitos entre:  ISRAEL E PALESTINA.pdf
Conflitos entre: ISRAEL E PALESTINA.pdfjacquescardosodias
 
Camadas da terra -Litosfera conteúdo 6º ano
Camadas da terra -Litosfera  conteúdo 6º anoCamadas da terra -Litosfera  conteúdo 6º ano
Camadas da terra -Litosfera conteúdo 6º anoRachel Facundo
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...HELENO FAVACHO
 
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemáticaSlide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemáticash5kpmr7w7
 
Pesquisa Ação René Barbier Livro acadêmico
Pesquisa Ação René Barbier Livro  acadêmicoPesquisa Ação René Barbier Livro  acadêmico
Pesquisa Ação René Barbier Livro acadêmicolourivalcaburite
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdfHELENO FAVACHO
 
Seminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptx
Seminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptxSeminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptx
Seminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptxReinaldoMuller1
 
E a chuva ... (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
E a chuva ...  (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...E a chuva ...  (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
E a chuva ... (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...andreiavys
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIAPROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIAHELENO FAVACHO
 
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdfApresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdfcomercial400681
 
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...marcelafinkler
 
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTeoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTailsonSantos1
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia TecnologiaPROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia TecnologiaHELENO FAVACHO
 
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptxSlides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
6ano variação linguística ensino fundamental.pptxJssicaCassiano2
 
GÊNERO CARTAZ - o que é, para que serve.pptx
GÊNERO CARTAZ - o que é, para que serve.pptxGÊNERO CARTAZ - o que é, para que serve.pptx
GÊNERO CARTAZ - o que é, para que serve.pptxMARIADEFATIMASILVADE
 
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfProjeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfHELENO FAVACHO
 
Estudar, para quê? Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
Estudar, para quê?  Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2Estudar, para quê?  Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
Estudar, para quê? Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2Maria Teresa Thomaz
 
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfRecomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfFrancisco Márcio Bezerra Oliveira
 
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...Francisco Márcio Bezerra Oliveira
 

Último (20)

Conflitos entre: ISRAEL E PALESTINA.pdf
Conflitos entre:  ISRAEL E PALESTINA.pdfConflitos entre:  ISRAEL E PALESTINA.pdf
Conflitos entre: ISRAEL E PALESTINA.pdf
 
Camadas da terra -Litosfera conteúdo 6º ano
Camadas da terra -Litosfera  conteúdo 6º anoCamadas da terra -Litosfera  conteúdo 6º ano
Camadas da terra -Litosfera conteúdo 6º ano
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
 
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemáticaSlide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
 
Pesquisa Ação René Barbier Livro acadêmico
Pesquisa Ação René Barbier Livro  acadêmicoPesquisa Ação René Barbier Livro  acadêmico
Pesquisa Ação René Barbier Livro acadêmico
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
 
Seminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptx
Seminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptxSeminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptx
Seminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptx
 
E a chuva ... (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
E a chuva ...  (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...E a chuva ...  (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
E a chuva ... (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIAPROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
 
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdfApresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
 
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
 
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTeoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia TecnologiaPROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
 
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptxSlides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
 
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
 
GÊNERO CARTAZ - o que é, para que serve.pptx
GÊNERO CARTAZ - o que é, para que serve.pptxGÊNERO CARTAZ - o que é, para que serve.pptx
GÊNERO CARTAZ - o que é, para que serve.pptx
 
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfProjeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
 
Estudar, para quê? Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
Estudar, para quê?  Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2Estudar, para quê?  Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
Estudar, para quê? Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
 
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfRecomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
 
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
 

Conhecimentos de Professores do Ensino Fundamental e Médio Sobre o Uso do Princípio Multiplicativo em Situações Combinatórias

  • 1. XXI EPENN Encontro de Pesquisa Educacional do Norte e Nordeste Período: 10 a 13 de novembro de 2013. UFPE Internacionalização da Educação e Desenvolvimento Regional: implicações para a GT 19 CONHECIMENTOS D MÉDIO SOBRE O USO DO – Educação Matemática DE PROFESSORES DO ENSINOFUNDAMENTAL E DOPRINCÍPIO MULTIPLICATIVOEM SITUAÇÕES COMBINATÓRIAS Ana Paula Barbosa de Lima Rute Elizabete de Souza Rosa Borba Agência Financiadora: Resumo Serão investigadosconhecimentos de fundamental da contagem Trata-se de uma pesquisa de mestradoe entrevistas semiestruturada e finais do Ensino Fundamental e etapas: levantamento de informações sobre a f professores e suas experiência dificuldades enfrentadas pelos professores e Combinatória, como essas dificuldades são superadas e sobre u estratégia para solução de problemas de fórmulas de arranjo, permutação protocolos de situações combinatórias resolvidas por alunos. Palavras-chave: Princípio Fundamental da Contagem, Análise Combinatória. conhecimentos professores do Ensino Básico sobre o (PFC) e seu uso na resolução de problemas semiestruturadas com professores da rede pública de ensino,dos anos iniciais evantamento formação inicial e continuada experiências de ensino e planejamento; questionamento O ensino atual de Combinatória Os conteúdos de como recurso metodológico do Ensino Médio. A entrevista será realizada em seus alunos durante as aulas de Análise uso d produto cartesianoe para a construção de e combinação; e avaliação pelos professores de Conhecimentos Análise Combinatória são indicados pelos P Curriculares Nacionais (PCN) Fundamental e tratados com mais aprofundamento no Ensino Médio acionais PCN)(BRASIL, 2002) desde os anos iniciais Médioe essa continuidade 1 pós-graduação FUNDAMENTAL EM (UFPE) (UFPE) CAPES princípio combinatórios. metodológico,serãorealizadas ,três dos mento acerca das so do PFC como Docentes, Parâmetros do Ensino
  • 2. pode fazer com que os conceitos combinatórios sejam tratados de uma forma mais construtiva.Na mesma direção,Borba (2010), em seu estudo sobre o raciocínio combinatório na Educação Básica, recomenda que professores aproveitem as estratégias espontâneas desenvolvidas pelos estudantes, como desenhos, diagramas, listagens e operações aritméticas, e, gradativamente, sejam desenvolvidos procedimentos mais formais. Dessa forma, o professor estará estimulando seus alunos a pensarem sobre as generalizações possíveis no estudo de situações combinatórias. Borba (2010) enfatiza, ainda, que “Estas generalizações possibilitarão o reconhecimento da natureza multiplicativa de problemas de Combinatória, o que facilitará a compreensão que nas diversas situações combinatórias o PrincípioFundamental da Contagem é válido”. Sendo assim, considera-se o princípiofundamentaldacontagem, também conhecido como princípiomultiplicativo, como a base das fórmulas utilizadas na Análise Combinatória. Estudos anteriores (SABO, 2010; STURM, 1999) indicam, contudo, que esta prática – de um trabalho com aprofundamento gradativo da Análise Combinatória – não é seguida nas aulas de Matemática. Isso se justifica pelo fato de professores usaram apenas as fórmulas para resolver problemas combinatórios, o que contraria o recomendado em documentos oficiais. A Base Curricular Comum (BCC) do Estado de Pernambuco (PERNAMBUCO, 2008) e as Orientações Educacionais Complementares (BRASIL, 2002) indicam que as atividades combinatórias devem ser elaboradas de modo que os alunos ampliem as estratégias básicas de resolução, usando o princípio multiplicativo, e a partir do raciocínio combinatório se chegue às fórmulas gerais. Assim, as fórmulas teriam como função simplificar cálculos quando a quantidade de dados for muito grande. O princípio fundamental da contagem O princípio fundamental da contagem (PFC), ou princípio multiplicativo,é enunciado, segundo Lima (2006), como, “Se uma decisão D1 pode ser tomada de p modos e, qualquer que seja esta escolha, a decisão D2 pode ser tomada de q modos, então o número de maneiras de se tomarem consecutivamente as decisões D1 e D2 é igual apq”.
  • 3. Os exemplos a seguir ilustram o uso do princípiofundamentaldacontagem em suas resoluções. O primeiro exemplo é uma situação de permutação e o segundo exemplo é uma combinação. Para verificar de quantos modos distintos cinco pessoas podem se posicionar em um banco de cinco lugares, se tem, segundo o PFC, que para o primeiro lugar hácinco possibilidades de escolha, ou seja, qualquer uma das cinco pessoaspode ocupar o primeiro lugar; para o segundo lugar háquatro possibilidades de escolha – uma vez que uma das pessoas já estaria sentada no primeiro lugar; hátrês possibilidades para o terceiro lugar – já que o primeiro e segundo lugares estariam ocupados; duas possibilidades de escolha para o quarto lugar e apenas uma possibilidade para o quinto lugar – pois todos os outros lugares já estariam ocupados. A solução da situação poderia, assim, ser representada por5 x 4x3x2x1, ou seja, seriam 120 maneiras distintas das cinco pessoas se posicionarem. Se, em outra situação, um técnico fosse escolher, dentre 12 atletas, cinco para comporem a equipe titular de um time de basquete, usando o PFC se teria: para a escolha do primeiro componente 12 possibilidades de escolha, ou seja, qualquer um dos 12 atletas; para a escolha do segundo componente haveria 11 possibilidades de escolha, já que um atleta já foi escolhido; 10 possibilidades para a escolha do terceiro atleta; 9 possibilidades para a escolha do quarto atleta e 8 possibilidades para a escolha do quinto e último componenteda equipe.Nesse caso, além dessa aplicação do PFC, seria necessário aplicá-lo outra vez, dividindo o resultado obtido pelo produto 12 x 11 x 10 x 9 x 8 pela permutação dos cinco elementos escolhidos entre si, pois um time composto por André, Beto, Carlos, Daniel e Ênio, por exemplo, é idêntico ao time composto por Beto, Carlos, Daniel, Ênio e André. A permutação dos cinco elementos, semelhantemente ao exemplo anterior, poderia ser obtido pelo produto 5 x 4 x 3 x 2 x 1, e o resultado final seria dado por: × × × × × × × × . Observa-se, assim, que o princípio fundamental da contagem, pode ser aplicado a distintas situações combinatórias – como produtos cartesianos, arranjos, combinações e permutações e pode servir de base para a construção de procedimentos formais da Análise Combinatória. É preciso, entretanto que professores tenham conhecimento de como o PFC pode ser utilizado para a resolução de distintas situações combinatórias e como este princípio é base das fórmulas.
  • 4. Conhecimento docente Estudos anteriores destacam a importância dos conhecimentos do professor em relação aos conteúdos específicos e alguns, da área de Educação Matemática,também apontam o uso do PFC como estratégia para resolução de problemas combinatórios. Shulman (2005) defende em seus estudos que seja criada uma base de conhecimento do professor. Assim, essa base seria composta pelas seguintes categorias, a) conhecimento do conteúdo; b) conhecimento didático geral, tendo em conta especialmente aqueles princípios e estratégias gerais de manejo e organização da classe que transcendem o âmbito da disciplina; c) conhecimento do currículo, com um especial domínio dos materiais e dos programas que servem como ―ferramentas para o ofício do docente; d) conhecimento didático do conteúdo: esse especial amálgama entre matéria e pedagogia que constitui uma esfera exclusiva dos professores, sua própria forma especial de compreensão profissional; e) conhecimento dos alunos e de suas características; f) conhecimento dos contextos educativos, que abarcam desde o funcionamento do grupo classe, a gestão e financiamento dos distritos escolares até o caráter das comunidades e culturas; e g) conhecimento dos objetivos, das finalidades e dos valores educativos, e de seus fundamentos filosóficos e históricos. (SHULMAN, 2005, p.11, apud ROCHA 2011). Sabo (2010) em seu estudo,intitulado“Saberes Docentes: A Análise Combinatória no Ensino Médio” faz um trabalho investigativo sobre práticas e formação inicial dos professores que atuam no Ensino Médio. O autor conclui em seu estudo que os professoresentrevistados reproduzem, de certo modo, a prática docente e o saber herdado dos seus professores, com relação ao ensino de Análise Combinatória, assim valorizam a memorização e a aplicação de fórmulas. Rocha (2011) enfatiza em sua pesquisa que professores de mesma formação e com experiência em diferentes níveisde ensino recomendaram o uso do princípiomultiplicativo como estratégia eficaz na resolução de problemas de Análise Combinatória. Observou, ainda, a necessidade de maispesquisas que enfoquem as especificidades do conhecimento de conteúdo da Combinatória, e também sobre o conhecimento didático desse conteúdo pelos professores. Método
  • 5. O objetivo do estudo é investigar conhecimentos de professores acerca do princípiofundamentaldacontagem (PFC) como estratégia para solução de problemas de Combinatória– de produto cartesiano, arranjo, permutação e combinação e sobre como o PFC está presente no uso das fórmulas de Análise Combinatória. Neste estudo serãorealizadas entrevistas semiestruturadas com professores de escolas públicas (dos anos iniciais e finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio).A entrevista serárealizada em três etapascomobjetivos distintos. A primeira etapa terá comoobjetivo identificar a formação inicial e continuada,bem como a experiência profissional dos professores, o planejamento das aulas de Análise Combinatória e os recursos metodológicos que utilizam durante as aulas. Na segunda etapa oobjetivoseráidentificar o conhecimento e as dificuldades dos professores no ensino de Combinatória; o conhecimento dos mesmos sobre o uso do PFC como estratégia de resolução de problemas de produtocartesiano e construção das fórmulas de arranjo, permutação e combinação. Serão, assim, questionadossobre qual tipo de problema é mais difícil trabalhar;como propõem a superação de dificuldades;se fazem relação entre o PFC e as fórmulas gerais daAnálise Combinatória; se seus alunos são levados a perceberem essa relação e de que forma isso é feito. A última etapa consistirá em analisar o conhecimento que os professores têm sobre o uso do PFC como estratégia para resolução de problemas combinatórios.Para isso,será propostoque os mesmos avaliem protocolos de situações combinatórias resolvidas por alunos. Assim, acreditamos teremos uma melhor visão de como os professores aplicam seus conhecimentos na sala de aula, quais suas reais dificuldades e estratégias utilizadas durante as aulas de Análise Combinatória. Deseja-se, dessa forma, contribuir para o levantamento de conhecimentos docentes e práticas de ensino, em particular da Combinatória, e, assim, trazer contribuições para o ensino de Matemática na Educação Básica. Referências bibliográficas BORBA, Rute. O Raciocínio Combinatório na Educação Básica. Anais do X Encontro Nacional de Educação Matemática, Salvador, 2010.
  • 6. BRASIL. Secretaria de Educação Média e Tecnológica. PCN+ Ensino Médio:Orientações Educacionais Complementares aos Parâmetros CurricularesNacionais. Ciências da Natureza, matemática e suas tecnologias. Brasília:MEC; SEMTEC, 2002. BRASIL.Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) – Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias. Brasília: MEC, 2002. LIMA, ElonLages. CARVALHO, Paulo Cezar Pinto. WAGNER, Eduardo. MORGADO, Augusto Cesar.Temas e Problemas Elementares.12 ed. Rio de Janeiro: SBM, 2006. PERNAMBUCO. Secretária de Educação. Base Curricular Comum para as Redes públicas de Ensino Pernambuco: Matemática. Recife: SE, 2008. ROCHA, Cristiane. Formação Docente e o Ensino de Problemas Combinatórios: diversos olhares, diferentes conhecimentos. (Dissertação de Mestrado – EDUMATEC UFPE) – Recife, PE, 2011. SABO, Ricardo. Saberes Docentes: A Análise Combinatória no Ensino Médio. (Dissertação de Mestrado – PUC/SP) – São Paulo, 2010. SHULMAN, Lee S.Conocimiento y enseñanza: fundamentos de lanueva reforma. In: Profesorado. Revista de currículum y formacióndelprofesorado. V 9,2, 2005 (p.1- 30). STURM, Wilton. As Possibilidades de um Ensino de Análise Combinatória Sob uma Abordagem Alternativa. (Dissertação de Mestrado - UNICAMP) – Campinas, SP, 1999.