O documento discute a história da higiene e segurança no trabalho, desde os tempos antigos até os dias atuais. Aborda conceitos como ergonomia, saúde ocupacional, causas de acidentes e como preveni-los. Também apresenta um estudo de caso sobre o acidente nuclear de Chernobyl em 1986 e suas consequências.
1. Higiene e segurança no trabalho
Ana Paula Perfoll
AndreNuernbergZanette
Artur Rodrigues
Bruna Mência
Juliano Trindade
Nathalia D Aquino
Resumo (Abstract)
Palavras-chave:
3. 3.3 Evoluções da higiene e segurança no trabalho
Quando se fala em saúde e segurança logo vem a ideia um assunto atual, com toda a
preocupação existente e norma regulamentadora por trás. Mas estudos e análises apontam que
essas preocupações já vêm desde que o homem começou a utilizar ferramentas para auxiliar
no trabalho. As ferramentas e objetos utilizados levam a crer que já existia uma vontade de
garantir a segurança e bem-estar.
Com o tempo descobriu-se como manipular metais tipo o cobre e o ferro e esses sendo
utilizados principalmente na defesa pessoal. Para fabricar velas de barcos eram utilizadas
peles de animais cozidos. Esse cozimento só era possível se quem o fizesse estivesse com
luvas feitas de folhas entrelaçadas na mão. E na costura utilizavam conchas como dedais.
Inúmeros são os exemplos que evidenciam a preocupação do homem com a sua segurança.
Entre 1792 e 1750 a.C. foi elaborado o Código de Hammurabi e pelo que consta é o
primeiro relacionado a esse assunto. Eram medidas penais aplicadas aos responsáveis por
acidentes que ocorriam com seus empregados. Era o famoso “olho por olho e dente por dente”
onde se, por exemplo, o construtor responsável por uma edificação e essa viesse a desmoronar
ocasionando mortes, ele seria condenado a morte também. O mesmo acontecia se um
funcionário perdesse um membro, como um braço, seu responsável ou empregador seria
condenado a amputação do mesmo membro.
Hipócrates, nascido no ano 460 a.C., foi provavelmente o primeiro médico a pôr
enfoque no papel do trabalho, a par da alimentação e do clima, na génese de algumas
doenças. Ele descobriu o saturnismo que consistia na intoxicação dos trabalhadores por
chumbo e causava uma crise aguda.
Os romanos, no século 1d.c., criaram regras com o princípio específico para a
prevenção de acidentes com a qual a abertura de galerias de esgoto e minas deveriam ser
escoradas com madeiras afim de proteger os trabalhadores.
Na Idade Média, já com a utilização do mercúrio para a extração de metais preciosos,
ocorrem doenças referentes a essa contaminação. Cientistas da época relatam que além da
contaminação química, também ocorriam acidentes em minas.
Nos séculos XII e XIII, antes da revolução industrial, os trabalhos na zona urbana
eram basicamente artesanais e a segurança estava inserida empiricamente nele.
4. No século XVIII, com a Revolução Industrial, o trabalho artesanal começa a sofrer
uma grande diminuição com a crescente da indústria e inicia-se uma concentração de mão-de-
obra. A produtividade em larga escala cria uma nova forma de organização do trabalho que
estabelece horários, divisão e escalas no trabalho. E acarretou mudanças sociais provenientes
de uma maior disciplina e hierarquia.
Com a necessidade desenfreada de aumentar a produção, as industrias utilizavam mão-
de-obra infantil e de mulheres para trabalhos pesados e com remuneração menor. Os acidentes
de trabalho aumentavam cada vez mais pela falta de experiência e equipamentos de proteção
inapropriados e locais de trabalhos insalubres. Não existia uma escolha apropriada para o
local da indústria referente ao que ela fabricaria em relação às condições do trabalho. Nesse
período, segundo estudiosos da época, que nasce a verdadeira medicina do trabalho, pois são
perceptíveis as doenças ocasionas nos trabalhadores e a preocupação com acidentes e
incêndios que ocorriam devido às máquinas a vapor e depois a combustão.
Em 1700, o médico italiano BernadinoRamazzini, considerados por muitos o pai da
Medicina do Trabalho, expôs em um livro chamado: De
MorbisArtificumDiatribarelacionando as doenças com o trabalho do paciente. Ele conseguiu
esse feito simplesmente perguntando: Qual sua ocupação?
Em 1802 Robert Peel aprova no parlamento Britânico a primeira lei na Revolução
Industrial que estabeleciam alguns limites e proibições para a proteção dos trabalhadores.
Assim, aos poucos os países mais industrializados começam a se dar conta que o trabalho
devia ser mais moderado com aplicações de leis para diminuir o risco a saúde e integridade
dos trabalhadores.
No Brasil, no período Colonial e Imperial o trabalho pesado era realizado pelos
escravos e pessoas pobres. A preocupação com a saúde ocupacional, como é de se imaginar,
era bem limitada. A industrialização na Republica Velha fez desenvolver uma legislação
trabalhista, porém bem precária fortalecida depois no governo Vargas com a Consolidação
das Leis de Trabalho (CLT) instituída pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1ºde maio de 1943
(BRASIL, 1943). Essa lei foi modificada e atualizada diversas vezes, inclusive em 1988 com
pela Constituição da República Federativa do Brasil, mas seus princípios continuam em vigor.
3.4 Como a segurança/higiene é hoje em dia/ como seria o ideal
5. A higiene e segurança no trabalho (H&S) cuida da prevenção de doenças e acidentes
relacionados com o trabalho. A higiene do trabalho está relacionada com as condições
ambientais de trabalho que assegurem saúde física e mental das pessoas. Os seus principais
itens são:
Ambientefísico de trabalho
o Iluminação
o Ventilação
o Temperatura
o Ruídos
Ambientepsicológico
o Relacionamentosagradáveis entre oscolaboradores
o Atividade exercida agradável e motivadora
o Estilo de gerência democrático e participativo
o Eliminação de possíveis fontes de estresse
Aplicação de princípios de ergonomia
o Máquinas e equipamentos adequados às características humanas
o Mesas e instalações ajustadas ao tamanho e à postura das pessoas
o Ferramentas que reduzam a necessidade de esforço físico humano
Saúde ocupacional
o Ausência de doenças por meio da assistência médica
O estresse no trabalho pode ser provocado por fatores ambientais ou pessoais, como o
autoritarismo do chefe, a desconfiança, a pressão das exigências e cobranças, o cumprimento
do horário de trabalho, a monotonia de determinadas tarefas, o baixo astral dos colegas. Tudo
isso contribui para que os colaboradores aumentem os níveis de estresse. São fatores que
podem ser reduzidos através de medidas relativamente simples, como cumprir com as horas
de sono saudáveis para o ser humano, não agarrar mais responsabilidades que a sua
capacidade máxima, compreender os problemas do chefe e ajudá-lo a compreender os seus,
buscar meios de reduzir os ruídos onde trabalha, entre outros.
A segurança no trabalho está relacionada com a prevenção de acidentes e com a
administração dos riscos ocupacionais. Sua finalidade é profilática no sentido de antecipar-se
para que os riscos de acidentes sejam minimizados. A segurança no trabalho envolve:
6. Prevenção de incêncidos
Prevenção de roubos
Prevenção de acidentes
Acidente é um fato premeditado do qual resulta dano considerável. É uma ocorrência
numa série de fatos que, sem intenção, produz lesão corporal, morte ou dano material.
Em 1993, os Estados Unidos presenciaram 6.200 mortes e mais 6,5 milhões de pessoas
com lesões corporais resultantes de acidentes no trabalho. No Brasil, ocorrem 1.000 acidentes
por dia em média, proporcionando 370.000 acidentes por ano.
Os acidentes são classificados em:
Sem afastamento
Com afastamento - que inclui incapacidade temporária, parcial permanente ou
permanente total
Morte
As causas dos acidentes de trabalho são duas:
Condições inseguras – armazenamento inseguro, iluminação insuficiente ou
excessiva, ventilação imprópria, temperatura mal regulada, equipamentos sem a
proteção necessária, atividades arriscadas em máquinas ou equipamentos.
Atos inseguros – utilizar equipamentos inseguros ou inadequados, assumir
posições de risco, carregar materiais excessivamente pesados, trabalhar em
velocidade exagerada.
A prevenção de acidentes é feita através da eliminação das condições inseguras e reduções
dos atos inseguros. Ex: sinalizar toda a empresa, elaborar uma comissão interna de prevensão
de acidentes, kit de primeiros socorros, chaves de segurança, treinamento para prevenir
acidentes, revisão de extintores, realizar campanhas de prevenção de acidentes.
Os custos de acidentes são elevados e por essa razão deve-se avaliar os custos/benefícios
dos programas de H&S. O seguro para acidentes de trabalho cobre apenas os gastos com
despesas médicas e indenizações aos acidentados, não considera a perda da lucratividade
causada pela incapacidade de o mesmo exercer as tarefas as quais era capaz de exercer
7. anteriormente. Estes são classificados como custos indiretos, os quais caracterizam quatro
vezes mais custos que os diretos (despesas médicas).
A qualidade de vida no trabalho (QVT) é um assunto atual e merece todo cuidado. Há
vários modelos de QVT, mas ela depende de vários aspectos, como satisfação no trabalho.
Daí, a adoção de programas de bem-estar dos funcionários. A QVT envolve tanto os aspectos
físicos e ambientais, como os aspectos psicológicos do local de trabalho.
Para atender o cliente externo, é preciso que a organização atenda aos clientes internos, ou
seja, os colaboradores. É a partir desse pressuposto que funciona a QVT, pois é a responsável
por manter os funcionários motivados, visando o melhor produto final para o cliente.
3.5 Estudo de caso
Na Ucrânia, ocorreu na história o pior acidente nuclear. Este em 26 de abril de 1986.
O que se tornou um acidente, inicialmente era um experimento com o reator 4, onde seria
observado o comportamento do mesmo quando fosse utilizado com baixos níveis de energia.
Este ocorreu primeiramente porque várias regras de segurança tiveram de ser quebradas e
também ocorreram problemas nas hastes de controle do reator, onde muitos dizem que foram
mal projetadas, a falta de instrução dos operários também fez parte do acidente, contribuindo
assim para que houvesse falha humana também.
Vários autores, historiadores relatam diversos erros que ocorreram no reator, mas não
se tem certeza de nenhum. Entre outros erros, os funcionários envolvidos no episódio
interromperam a circulação do sistema hidráulico que controlava as temperaturas do reator
provocando um superaquecimento que não era possível se reverter, mesmo com o reator
estando operando com baixo nível de energia. A consequência disso foi a formação de uma
bola de fogo a qual anunciava a explosão do reator nuclear, este que tinha uma quantidade
imensa de Césio-137, elemento o qual tem um grande poder radioativo.
Com essa explosão, a usina começou a liberar uma quantidade letal do material radioativo
que continha no reator 4, contaminando uma grande extensão quilométrica da região
atmosférica. Formou-se uma nuvem de material radioativo a qual tomava conta da cidade de
Pripyat, onde ocorreu o acidente nuclear. Esse acidente pode ser comparado com o fim da
Segunda Guerra Mundial, onde o material radioativo que se disseminou na região era muito
maior que o das bombas Hiroshima e Nagasaki que foram utilizadas na Guerra.
8. Percebe-se que ainda não se sabe ao certo a quantidade de pessoas mortas em
consequência do acidente e nem a quantidade de radiação liberada, mas estudos científicos
relatam que a população que foi atingida pela radiação sofre uma série de enfermidades. Se
não bastasse isso, os descendentes das pessoas que foram atingidas apresentam uma grande
incidência de anomalias genéticas e problemas congênitos.
A primeira ação de reparo, foi a construção de um sarcófago que isolou as ruínas do
reator 4. Muitos especialistas acreditam que as dimensões desse acidente poderiam ter sido
muito menores se a usina tivesse cúpulas de aço e cimento, as quais iriam proteger o
lugar.Depois de todas essas consequências, há uma equipe de projetista que trabalha na
construção do Novo Confinamento de Segurança. Esse projeto consiste na construção de uma
grande estrutura móvel a qual irá isolar definitivamente a usina nuclear de Chernobyl e
descartará a estrutura do sarcófago.
4 Conclusão
9. Referências
CHIAVENATO, Idalberto. Recursos humanos: Edição Compacta,3 ed- São Paulo: Atlas
1994.
CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de Pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas
organizações. 12 ed. São Paulo: Campus, 1999.
MATOS, Patricia Pires de. Higiene e segurança no trabalho. Disponível em:
<http://www.rh.com.br/Portal/Qualidade_de_Vida/Artigo/4693/higiene-e-seguranca-no-
trabalho.html>. Acesso em: 26 mar. 2007.
RIBEIRO, Antonio de Lima. Gestão de Pessoas. São Paulo: Saraiva, 2005.