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A noiva da morte


          Cristal e Tiago foram criados na mesma rua, ao fim da qual havia um pequeno
cemitério.Pequeno mesmo, assim como a cidade, que não passava de mil habitantes. Costumavam
brincar por lá durante o dia. No entanto Tiago era apaixonado por Cristal e resolveu convidá-la para ir
ao cemitério ver a lua cheia:
- Você aceita ver a lua cheia comigo,Cristal?
Alegre respondeu:
- Sim!Vamos?!
Quando chegaram ao cemitério viram um corpo sendo velado.
Cristal assustada disse:
- Enterro à noite? Nunca vi isso?
Tiago disse animado:
- Vamos lá ver?
Cristal concordou, com muito medo foi andando. Era uma noiva ainda vestida de branco.
Tinha morrido no dia da cerimônia. Resolveram acompanhar o féretro, porque a noiva era muito bonita.
O caixão já tinha baixado à sepultura e o coveiro jogava terra por cima, quando um rapaz bonito e
transtornado, certamente o noivo, deu um passo a frente e jogou uma aliança dentro da cova. Sem se
importar, o funcionário municipal continuou o serviço. Tiago e Cristal ficaram ali mais um tempo.
Quando estavam indo para casa, Tiago viu uma coisa brilhando ao pé de uma cruz branca. Chegou
perto e viu: era a aliança que tinha ficado ali enterrada pela metade. Quando chegou em casa pensou:
“vou amanha lá pegar a aliança, deve valer muito”.
          No dia seguinte... Chegou ao túmulo e pegou a aliança, enquanto ao mesmo tempo ouve um
estranho barulho e sai correndo. Quando chega a casa olha no bolso, nada.
- Perdi a aliança quando corri - fala inconformado. Tiago passou a noite pensando nisso, e dormiu sem
perceber. Subitamente acordou no meio da noite totalmente desperto. O quarto estava gelado, o que
não era comum naquela época do ano. Não havia vento, a janela estava fechada. Então veio o medo.
Sentiu-se observado e fechou os olhos com força. Sabia o que veria se os abrisse, tinha certeza: era a
noiva. Podia sentir sua presença, seus olhos vazios e cravados nele, seu corpo imóvel de pé no quarto.
- Devolva minha aliança.
No minuto seguinte, o quarto parecia voltar ao normal. Tiago chegou a acreditar que havia sonhado.
Logo seus olhos ficaram pesados e voltou a mergulhar no sono. Na noite seguinte, despertou antes da
madrugada. O mesmo ar gelado em seu rosto, a mesma certeza de que havia uma presença em seu
quarto.
- Devolva minha aliança.
A aparição voltou por quatro noites seguidas. Sempre igual. Finalmente na sexta-feira à noite a noiva
disse:
- Se você for até a minha cova sozinho, à meia-noite e pedir desculpas, eu te perdoo, e não volto
nunca mais.
Desta vez ela desapareceu lentamente. Na noite seguinte dirigiu-se ao local do encontro marcado.
Realmente queria pedir desculpas à noiva e rezar alguns padre-nossos e ave-marias, como garantia.
Mas assim que chegou à sepultura sentiu o já conhecido ar frio gelar sua espinha. Queria rezar, mas
não podia, sua garganta tinha um nó, não podia gritar, então correu. Correu de olhos fechados para
não ver o que estava ali. Subitamente sentiu seu pé se prendendo em alguma coisa, e no momento
seguinte seu rosto estava mergulhado num monte de terra. Queria correr, mas o medo o imobilizava.
Então resolveu ficar de gatinhas, mas um puxão o derrubou novamente. Foi então que ouviu um baque
surdo e sentiu uma dor terrível no dedo anular da mão esquerda. Em seguida percebeu que a criatura
havia partido. Levantou-se d evagar olhou a mão esquerda. Seu dedo tinha sido decepado. Foi
lentamente para a casa de Cristal. Deixou que sua "amiga" cuidasse dos ferimentos. Foi para casa
dormir, estava exausto e com dor. No meio da noite, no entanto, seus olhos abriam como se alguém
ordenasse que fosse assim. A mulher estava parada na sua
frente.
No entanto, agora ela sorria um sorriso vazio, isolado no resto
do rosto, que parecia inexpressivo.
Mas Tiago não pode deixar de observar: o dedo esquerdo da
noiva exibia uma aliança de ouro.




Alunas: Cristiane Venera; Paloma Terezinha Serafim Ramos.

Série: 7ª 01

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  • 1. A noiva da morte Cristal e Tiago foram criados na mesma rua, ao fim da qual havia um pequeno cemitério.Pequeno mesmo, assim como a cidade, que não passava de mil habitantes. Costumavam brincar por lá durante o dia. No entanto Tiago era apaixonado por Cristal e resolveu convidá-la para ir ao cemitério ver a lua cheia: - Você aceita ver a lua cheia comigo,Cristal? Alegre respondeu: - Sim!Vamos?! Quando chegaram ao cemitério viram um corpo sendo velado. Cristal assustada disse: - Enterro à noite? Nunca vi isso? Tiago disse animado: - Vamos lá ver? Cristal concordou, com muito medo foi andando. Era uma noiva ainda vestida de branco. Tinha morrido no dia da cerimônia. Resolveram acompanhar o féretro, porque a noiva era muito bonita. O caixão já tinha baixado à sepultura e o coveiro jogava terra por cima, quando um rapaz bonito e transtornado, certamente o noivo, deu um passo a frente e jogou uma aliança dentro da cova. Sem se importar, o funcionário municipal continuou o serviço. Tiago e Cristal ficaram ali mais um tempo. Quando estavam indo para casa, Tiago viu uma coisa brilhando ao pé de uma cruz branca. Chegou perto e viu: era a aliança que tinha ficado ali enterrada pela metade. Quando chegou em casa pensou: “vou amanha lá pegar a aliança, deve valer muito”. No dia seguinte... Chegou ao túmulo e pegou a aliança, enquanto ao mesmo tempo ouve um estranho barulho e sai correndo. Quando chega a casa olha no bolso, nada. - Perdi a aliança quando corri - fala inconformado. Tiago passou a noite pensando nisso, e dormiu sem perceber. Subitamente acordou no meio da noite totalmente desperto. O quarto estava gelado, o que não era comum naquela época do ano. Não havia vento, a janela estava fechada. Então veio o medo. Sentiu-se observado e fechou os olhos com força. Sabia o que veria se os abrisse, tinha certeza: era a noiva. Podia sentir sua presença, seus olhos vazios e cravados nele, seu corpo imóvel de pé no quarto. - Devolva minha aliança. No minuto seguinte, o quarto parecia voltar ao normal. Tiago chegou a acreditar que havia sonhado. Logo seus olhos ficaram pesados e voltou a mergulhar no sono. Na noite seguinte, despertou antes da madrugada. O mesmo ar gelado em seu rosto, a mesma certeza de que havia uma presença em seu quarto.
  • 2. - Devolva minha aliança. A aparição voltou por quatro noites seguidas. Sempre igual. Finalmente na sexta-feira à noite a noiva disse: - Se você for até a minha cova sozinho, à meia-noite e pedir desculpas, eu te perdoo, e não volto nunca mais. Desta vez ela desapareceu lentamente. Na noite seguinte dirigiu-se ao local do encontro marcado. Realmente queria pedir desculpas à noiva e rezar alguns padre-nossos e ave-marias, como garantia. Mas assim que chegou à sepultura sentiu o já conhecido ar frio gelar sua espinha. Queria rezar, mas não podia, sua garganta tinha um nó, não podia gritar, então correu. Correu de olhos fechados para não ver o que estava ali. Subitamente sentiu seu pé se prendendo em alguma coisa, e no momento seguinte seu rosto estava mergulhado num monte de terra. Queria correr, mas o medo o imobilizava. Então resolveu ficar de gatinhas, mas um puxão o derrubou novamente. Foi então que ouviu um baque surdo e sentiu uma dor terrível no dedo anular da mão esquerda. Em seguida percebeu que a criatura havia partido. Levantou-se d evagar olhou a mão esquerda. Seu dedo tinha sido decepado. Foi lentamente para a casa de Cristal. Deixou que sua "amiga" cuidasse dos ferimentos. Foi para casa dormir, estava exausto e com dor. No meio da noite, no entanto, seus olhos abriam como se alguém ordenasse que fosse assim. A mulher estava parada na sua frente. No entanto, agora ela sorria um sorriso vazio, isolado no resto do rosto, que parecia inexpressivo. Mas Tiago não pode deixar de observar: o dedo esquerdo da noiva exibia uma aliança de ouro. Alunas: Cristiane Venera; Paloma Terezinha Serafim Ramos. Série: 7ª 01