1. Informática na Educação Especial: Experiência profissional
e capacitação da pessoa surda na área de Informática
Libras específico de Informática na sala de aula com instrutor surdo
Andréa de Oliveira Giovanella Botelho Pereira
Feneis – Federação Nacional de Educação dos Surdos do RJ
Rua Major Ávila, 379 – Tijuca
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Cemanee - Escola Municipal Educação de Surdos em Angra dos Reis
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Resumo: A diferença entre o Instrutor de LIBRAS e o Instrutor de Informática é que o Instrutor de Libras ensina a Língua de Sinais para Ouvintes e o de informática ensina a seus alunos, através da LIBRAS, como manusear o computador. A LIBRAS utilizada não é a “Comum”, e sim uma linguagem específica, que é o caso da informática.
Ensino de Informática é muito importante a utilização da L1 (Língua Materna), L2 (Língua Portuguesa) e a Libras específica para a informática, para que esses Surdos possam aprender os nomes dos comandos, e as palavras que estão escritas no menu dos softwares.
1.Metodologia ao ensino para curso profissional e educação informática.
A Metodologia do Ensino de Informática para Surdos, é diferente da aplicada aos Ouvintes. Para Ensinar a um Surdo é necessário que se trabalhe com a LIBRAS, a Língua Portuguesa/Inglesa e a Língua de Sinais específica da Informática. As diferenças entre o Curso Profissionalizante e o de Educação na Informática:
No Curso de EDUCAÇÃO INFORMÁTICA, eu não utilizo a linguagem Logo, pois percebi que os surdos em sua maioria não dominam a Língua Portuguesa. Na fase de 1ª à 4ª Séries do Ensino Fundamental, utilizo a LIBRAS, juntamente com programas Educativos. Para facilitar o aprendizado dos alunos, que encontram muita dificuldade ao deparar-se com textos na Língua Portuguesa. Assim aprendem com maior naturalidade as Noções de Informática.
Na fase da 5a. à 8a. séries do Ensino Fundamental, aprendem sobre a Introdução de Informática, digitação e principalmente Office 97 esta fase difere do curso profissional pois trabalha juntamente com a pedagógica; por exemplo: a professora de português passa um trabalho de pesquisa para seus alunos e solicita que seja digitado, que a fonte seja Times New Roman, tamanho 14, etc No dia seguinte, o aluno vem para o Curso de Informática e trabalhamos juntos no Word encima do que foi solicitado pela professora, assim, aprende simultaneamente como utilizar o menu e os comandos do Programa. Assim como o Word pode ser utilizado para trabalhos da Língua Portuguesa, essa mesma metodologia pode ser aplicada em outras matérias, tais como: Ciência - Power Point, Matemática – Exce, Artes - Paint ou Corel. A Internet facilita a aprendizagem, pois ao “navegarem” sozinhos pela rede, estão inevitavelmente, melhorando sua leitura, escrita e entendimento dos textos. O Curso de Informática - este Curso é um curso rápido, apenas 24 horas por módulo. Nele damos mais ênfase à Prática do que a teoria pois visa a capacitação desses Surdos para o Mercado de Trabalho. É um Curso totalmente ministrado em LIBRAS. Todos os alunos devem concluir primeiramente o curso de Introdução à Informática.
2.LIBRAS específica de Informática para surdos
XIV Simpósio Brasileiro de Informática na Educação - NCE - IM/UFRJ 2003
2. A diferença entre o Instrutor de LIBRAS e o Instrutor de Informática é que o Instrutor de Libras Ensina a Língua de Sinais para Ouvintes e o de informática ensina a seus alunos, através da LIBRAS, como manusear o computador. A LIBRAS utilizada não é a “Comum”, e sim uma linguagem específica, que é o caso da Informática. Durante as aulas, percebi que os alunos prendiam-se muito aos desenhos dos ícones, mesmo escrevendo várias vezes no quadro o caminho para se chegar a um determinado comando. Percebia que eles faziam de forma mecânica, guiando-se exclusivamente pelo desenho. A partir daí, passei a modificar a localização dos ícones e até mesmo a localização da barra de Iniciação. Então pude comprovar minhas suspeitas, quando eles não conseguiram localizar o botão “Iniciar”, pois estavam acostumados também com a localização do ícone na tela e não sabiam mais discernir quando este foi trocado de lugar. Portanto para o Ensino de Informática é muito importantes a utilização da L1 (Língua Materna), L2 (Língua Portuguesa) e Libras específica para a informática, para que esses Surdos possam aprender os nomes dos comandos, e as palavras que estão escritas no menu dos softwares. As diferenças entre L1 e Libras específicos de Informática:
3.Mercado de Trabalho:
A Feneis é conveniada com 13 empresas, o que gera emprego para aproximadamente 400 Surdos. Sendo que a minoria é empregada na área de informática.
Oportunidade dos surdos com conhecimentos de informática:
• Os instrutores de informática têm possibilidade de trabalhar dando aula em outros Municípios ou mesmo no Rio de janeiro;
• Os alunos surdos podem trabalhar em informática ou digitação, Internet, escritório, etc.;
• Os surdos formados – analista de sistema, processamento de dados e ciência de computador .
WINDOWS
LIBRAS /Inglês “comum” janela Libras específico de informática
SALVAR
LIBRAS/ Portuguesa “comum” salvar
Libras específico de Informática
XIV Simpósio Brasileiro de Informática na Educação - NCE - IM/UFRJ 2003
3. XIV Simpósio Brasileiro de Informática na Educação - NCE - IM/UFRJ 2003
4. Referencia:
• Anais do Seminário – Surdez, Cidadania e Educação – refletido sobre os processos de Exclusão e Inclusão – 1998 – INES.
• Deaf History Page.
• Discriminação uma questão de direitos humanos – Ministério de Trabalho e Emprego – Brasilia/2000.
• Felipe, T.A.– (1990) – Bilingüismo e Informática Educativa in Integração – SENEB;MEC, ano 3 (06) 11-14
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• Ferreira Brito L (1995) – “ Por uma gramática de Língua de Sinais, Tempo brasileiro: UFRJ – Departamento de Lingüística e Filologia - RJ
• Freire, A. Aquisição de Português como segunda língua: uma proposta de currículo. pp. 46-52.
• Giovanella, Andréa - Experiência Profissional, Capacitação e Empregabilidade das Pessoas Surdas no Mercado de Trabalho – Geração de Emprego e Renda – 1999 – Hotel Glória/Rio de Janeiro.
• History Through DEAF EYES a social history exhibition - Gallaudet University.
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• McLellan, H. "Vitual Realities." Handbook of Research for Educational Communications and Technology - Cap. 15 - New York, 1996.
• Pontes, A. M. e Orth, A. I. "Uma proposta de interface de software orientada à linguagem de sinais", 1999.
• REVISTA DA FENEIS . Ano I, número 1, janeiro/ março 1999.Ano I, número 2, abril/junho 1999.Ano II, número 6, abril/junho 2000.Ano II, número 8, outubro/dezembro 2000. Rio de Janeiro.
• Revista FENEIS – nº 1 ate nº 14 – Coluna de Informática para surdos.
• Revista Integração – Ministério da Educação – SEESP – ano 13 – 23/2001.
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Alguns sites no Brasil sobre o surdo:
• EDUSURDOS, Rede como Apoio à Interação, Construção e Troca de Informações sobre a Educação de Surdos.
• Éfeta, Pastoral do Surdo da Igreja Católica de Campinas.
• FENEIS Federação Nacional de Educação e Integração do Surdo.
• INES, Instituto Nacional de Educação do Surdo.
• Internet e Surdos: Possibilidades Infinitas de Comunicação Site de Rossana Delmar de Lima Arcoverde e Eleny Gianini, da UFPB (Universidade Federal da Paraíba).
• LIBRASweb, site de Simone Aparecida Marcato, onde se tem informações sobre a língua de sinais (escrita e sinalizada); e onde um intérprete surdo sinaliza algumas frases e palavras "básicas" para a comunicação com um surdo.
• www.ines.org.br/ines_livros/33/33_principal.htm
• www.dicionariolibras.com.br