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1
FACULDADES INTEGRADAS TERESA D´ÁVILA
Curso de Administração de Empresas
JORGE LEDOINO DE SALES JUNIOR – Finanças
GLÁUCIO CARDOSO – Recursos Humanos
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO:
Oportunidades de Negócios em uma Indústria de Exploração Mineral
Lorena – SP
2007
2
FACULDADES INTEGRADAS TERESA D´ÁVILA
Curso de Administração de Empresas
JORGE LEDOINO DE SALES JUNIOR – Finanças
GLÁUCIO CARDOSO – Recursos Humanos
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO:
Oportunidades de Negócios em uma Indústria de Exploração Mineral
Monografia apresentada ao Curso de
Administração de Empresas das Faculdades
Integradas Teresa D´Ávila - FATEA, como
exigência à parcial obtenção do título de
Bacharel em Administração de Empresas.
Professor Orientador: Prof. Esp. André Alves
Prado
Lorena – SP
2007
3
JORGE LEDOINO DE SALES JUNIOR – Finanças
GLÁUCIO CARDOSO – Recursos Humanos
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO:
Oportunidades de Negócios em uma Indústria de Exploração Mineral
Monografia apresentada ao Curso de
Administração de Empresas das Faculdades
Integradas Teresa D´Ávila - FATEA, como
exigência à parcial obtenção do título de
Bacharel em Administração de Empresas.
Aprovado em:
____/____/_____
BANCA EXAMINADORA
____________________________________________________________________
Prof. Me. Henrique Martins Galvão
Prof. Esp. André Alves Prado
______________________________________________________________________
Prof. Esp. Mirtes Ribeiro Junior
4
DEDICATÓRIA
Dedicamos este trabalho a Deus e nossas famílias, que nos apoiaram e deram forças
nas horas difíceis.
5
AGRADECIMENTOS
A Deus acima de tudo, que sempre nos deu forças para superar cada obstáculo que
surgia em nosso caminho, que não nos deixou desanimar. Aos nossos familiares,
colegas e professores da Fatea que nos toleraram e apoiaram durante todo este
período.
6
EPÍGRAFE
“Podemos escolher o que semear, mas somos obrigados a colher o que semeamos”.
7
RESUMO
CARDOSO, Gláucio., SALESS, Jorge. Oportunidades de Negócios em uma Industria
de Exploração Mineral – Lorena – 2007, 64 p., Trabalho de Conclusão de Curso –
Graduação em Administração com Habilitação em Recursos Humanos e Finanças,
Faculdades Integradas Teresa D’Ávila – FATEA, Lorena.
O presente trabalho visa mostrar se empresas podem estar deixando de aproveitar
oportunidades dentro da sua própria área de atuação. Mostrar às empresas, que dentro
do seu próprio negócio existem lacunas importantes da qual podem não ter
conhecimento, ou então, o seu próprio processo pode estar dificultando o acesso ao
caminho, ou seja, visualização de novas oportunidades. A partir de uma análise dos
ambientes internos e externos, pode-se em seus respectivos mercados de atuação,
tentar a identificação de fatores que possam a vir a melhorar, e ou prejudicar, projetos,
negócios, pela quebra da cronologia de implantação, gerado entre outros fatores pelo
imediatismo na apresentação de resultados. Para isto, esta monografia define os termos
planejamento estratégico, Gerenciamento Estratégico, Análise SWOT, Sinergia,
Oportunidades de Negócios, além de descrever todo o desenvolvimento técnico de
produtos para aplicação na exploração mineral, tipos de desmonte e características das
mesmas. Após a apresentação da história dos produtos, a descrição do processo de
exploração em minas subterrâneas, o trabalho apresenta a análise de um produto de
uma organização, defasado em relação a outro com os mesmos propósitos de
vantagens e termos de aplicação e lucro, mostrando que a organização pode estar
perdendo uma grande oportunidade de desenvolvimento em sua área. Acreditamos ser
o tema de grande relevância para estudantes da área de administração, pois visa
explanar a importância do crescimento em qualquer organização, que podem encontrar
em sua rotina organizações inseridas em áreas com grandes oportunidades podendo
não aproveitá-las ou mesmo identificá-las. As oportunidades não aparecem a toda hora,
portanto o gestor tem que estar atendo a todos os aspectos organizacionais, tanto
internos quanto externamente.
Palavras-chave: Planejamento Estratégico, Análise SWOT, Gerenciamento Estratégico.
8
ABSTRACT
CARDOSO, Gláucio., SALESS, Jorge. Business Opportunities in a Mineral
Explotation Industry – Lorena – 2007, 64 p., Work for Course Conclusion– Graduation
in Administration with license in Finance and Human Resources, Faculdades Integradas
Teresa D’Ávila – FATEA, Lorena.
The present works aims to present IF the companies are loosing opportunities within
their actuation area. To show to the companies that within their own areas there are
important open spaces that they may not know or, their own process, may be impeding
the access to the way, i.e., to visualize new opportunities. Through an analysis of internal
and external environments, it is possible within the respective actuation markets, try to
identify factors that may improve or prejudice projects and business, due to the lack of
implantation chronology, generated, among other factors, by the immediate need to
present results. For that, this monograph defines the terms Strategic Planning, Strategic
Management, SWOT Analysis, Synergy, Business Opportunities, beyond describing all
the products technical development applied at the Mineral Exploitation, types of dismount
and their characteristics. After the presentation of the History of the products, the
description of the exploitation process of underground quarries, the work presents the
analysis of a product from one organization, differing from another with the same
purpose of advantages and application and profit, showing that the organization can be
loosing a big development opportunity in its area. We believe this subject if of great
relevance for the administration area students once it aims to explain the importance of
growth in any organization, because in their routine they can find organizations in areas
with great growing opportunities and not able to identify or take advantage of them.
Opportunities do not appear every hour so the administrator has to pay attention to all
aspects of the organization being them internal or external.
Key words: Strategic Planning, SWOT Analysis, Strategic Management.
9
SUMÁRIO
RESUMO............................................................................................................................7
ABSTRACT...................................................................................................................... 8
LISTA DE TABELAS ..................................................................................................... 11
LISTA DE FIGURAS...................................................................................................... 12
1 INTRODUÇÃO.......................................................................................................... 13
1.1 Exposição do Assunto....................................................................................... 14
1.2 Problema de Pesquisa...................................................................................... 15
1.3 Justificativa para escolha do tema .................................................................... 16
1.4 Objetivos........................................................................................................... 17
1.4.1 Objetivo Geral .............................................................................................. 17
1.4.2 Objetivos Específicos................................................................................... 17
1.5 Delimitação do trabalho .................................................................................... 18
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA................................................................................ 19
2.1 Conceito de Planejamento Estratégico ............................................................. 19
2.2 Análise SWOT ................................................................................................... 20
2.3 Alternativas de posicionamento estratégico....................................................... 22
2.4 Conceito de Sinergia.......................................................................................... 23
2.5 Conceito de Gerenciamento Estratégico............................................................ 24
2.6 Diagrama de Ishikawa, ou Espinha-de-Peixe .................................................... 24
2.7 Desenvolvimento técnico de explosivos industriais ........................................... 26
2.8 Definição e Tipos de Explosivos Emulsão ......................................................... 31
2.9 Tipos de Explosivos Emulsão ............................................................................ 33
2.9.1 Emulsão explosiva em cartuchos.................................................................. 34
2.9.2 Explosivos emulsão ensacados .................................................................... 34
2.9.3 Explosivos emulsão Bulk .............................................................................. 34
2.9.4 Produtos líquidos emulsoid........................................................................... 35
2.9.5 Explosivos mistura de ANFO e emulsoid...................................................... 35
2.10 Exemplos de vários tipos de produtos .......................................................... 36
2.11 Desenvolvimento de Emulsões Explosivas.................................................... 36
3 METODOLOGIA DA PESQUISA ............................................................................. 42
10
3.1 Pesquisa Bibliográfica....................................................................................... 42
3.2 Pesquisa Exploratória ....................................................................................... 42
3.3 Pesquisa de Campo.......................................................................................... 43
3.4 Histórico da Indústria ........................................................................................ 44
4 LEVANTAMENTO TÉCNICO.............................................................................. 48
4.1 .........Desvantagens da Aplicação de Explosivo Granulado (ANFO) em Mineração
Subterrânea.................................................................................................................... 48
4.3 Emulsão Handbulk (emulsão bombeada) ......................................................... 53
4.3.1 Descrição (Produto sugerido como inovação) ............................................... 53
4.4 Performance Handbulk ..................................................................................... 55
4.5 Recomendações para Uso................................................................................ 56
4.5.1 Solo Reativo................................................................................................... 56
4.5.2 Temperatura do Solo ..................................................................................... 56
4.5.5 Qualidade do Produto .................................................................................... 56
4.6 A ISO 9001 ...................................................................................................... 57
5 DISCUSSÃO DOS RESULTADOS .......................................................................... 58
CONCLUSÃO ................................................................................................................ 59
Proposição do plano de melhoria futura......................................................................... 59
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.............................................................................. 62
11
LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Representação gráfica, clássica, da análise SWOT ...................................... 21
Tabela 2: Aspectos a serem considerados na análise SWOT....................................... 22
Tabela 3: Performance .................................................................................................. 51
Tabela 4: Performance .................................................................................................. 55
12
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Diagrama de Ishikawa ou Espinha-de-Peixe................................................. 25
Figura 2: Fluxograma Anfo.......................................................................................... 50
Figura 3: Frente de lavra ............................................................................................... 52
Figura 4: Perfuração das frentes de serviço.................................................................. 52
Figura 5: Carregamento com ANFO.............................................................................. 53
Figura 6: Fluxograma – Handbulk Emulsão Bombeada ................................................ 54
Figura 7: Diagrama de Ishikawa.................................................................................... 61
13
1 INTRODUÇÃO
Devido ao cenário atual, as empresas têm de se manter atentas em todas as
esferas do mercado, para continuar crescendo e enfrentando os concorrentes. Hoje em
dia qualquer segmento é competitivo e não pode se acomodar, um pequeno descuido
pode significar uma grande perda, seja de um cliente, uma venda ou a totalidade de um
contrato promissor. Isso pode parecer insignificante, mas sem dúvida alguma pode ser o
início de uma decadência. Qualquer fatia de mercado merece grande atenção, pois a
junção de todas faz parte de um segmento e a organização está ligada a este, qualquer
parte do segmento que seja atingido vai prejudicar todo o conjunto. Outro aspecto ao
qual as organizações têm de se manter atentas é a forma de relacionamento com o a
empresa, os stakeholders (todas as pessoas ou empresas que influenciam ou são
influenciadas pela organização), isso porque eles são a razão de existir de qualquer
organização. A atenção não deve estar voltada apenas para o ambiente externo, é
preciso buscar o aproveitamento das forças, oportunidades que possam estar no
ambiente interno. Como o ambiente externo, o interno também possui grandes
possibilidades para crescimento, quer seja na diminuição dos custos diretos ou indiretos,
aumento de produtividade, sinergias, aplicação de novas tecnologias, etc.
É possível que algumas oportunidades possam estar perdidas no mercado por
falta de investimentos das empresas nos próprios negócios, em ativos ou recursos
humanos. Talvez pela comodidade com os resultados presentes ou miopia estratégica
de médio e longo prazo, não se preocupando em desenvolver novos produtos, técnicas
de aplicação por intermédio de treinamento de pessoal ou de identificação de novas
oportunidades. Isto pode provocar o enxugamento do mercado? Abrindo oportunidades
dentro de seu portfólio (carteira de clientes) de clientes para empresas entrantes ou
antigos fornecedores que passam à uma empresa integrada, com novas propostas que
visam melhorar o desempenho. Dentro do novo contexto empresarial criado pela
globalização dos mercados, a cada dia novas tecnologias, novas tendências, surgem no
mundo dos negócios e é preciso estar em constante movimento de renovação e
pesquisa, adaptando-se às inovações para não perder a oportunidade de aumentar o
crescimento, rentabilidade e market share (participação de mercado).
14
Nosso estudo procurará demonstrar os resultados, técnicos e comerciais, de um
produto com maior tecnologia agregada, em substituição a outro defasado
tecnologicamente, podendo sugerir oportunidades ainda não identificadas dentro de
uma visão custo x benefício, aumentando o market share em aproximadamente 20%.
Será desenvolvida uma pesquisa em empresa de mineração, na tentativa de
identificar oportunidades para novos produtos e técnicas de aplicação, no intuíto de
obter maiores lucros nos negócios para clientes e fornecedores, na autêntica procura da
relação de parcerias entre as empresas.
1.1 Exposição do Assunto
O Planejamento Estratégico procura identificar os fatores competitivos de
mercado e potencial interno, para atingir metas e planos de ação que resultem em
melhor aproveitamento, com base na análise sistemática de mudanças ambientais
previstas para um determinado período. Sem o beneficio de uma estratégia unificadora,
setores diferentes da organização podem desenvolver respostas distintas, contraditórias
e ineficazes, o que pode resultar em um desencadeamento de energias das quais a
empresa poderá aplicar recursos em diferentes projetos com o mesmo objetivo. Portanto
o planejamento estratégico busca um modelo de decisões coerentes, unificado e
integrador, no qual determina e revela propósitos da organização, desde a missão,
programas de ação, até as prioridades para alocação de recursos. Com base na
aplicação estratégica, pretende-se buscar as oportunidades de negócio dentro do
próprio negócio, ou seja, pesquisar junto a uma empresa, a ser estudada, a existência
de oportunidades de ampliação do mercado ou resultados financeiros em que atua,
tendo como base a infra-estrutura e portfólio (carteira de produtos) de produtos
existentes, sem a necessidade de grandes investimentos, buscando demonstrar que
pequenas mudanças em seus processos e setup (programação de equipamentos)
obtêm oportunidades de novos negócios para seus produtos e serviços, captando e
agregando valor às práticas e produtos existentes ou em novos projetos.
Muitas empresas acomodam-se por obterem bons resultados, não visualizando
em seu processo defasagem tecnológica nos serviços ou produtos, uma vez que as
15
margens percebidas lhe são suficientes e estão alinhadas com o orçamento. Sem
precisar sair da área de atuação, o que na maioria das vezes provoca a quebra nas
relações de mercado como empresa entrante, as companhias podem ampliar seus
resultados a partir de um simples processo de assistência técnica no atendimento ao
cliente, por exemplo, identificando as dificuldades e buscando o desenvolvimento de
facilidades criando vínculos importantes em seu negócio. As miopias estratégicas,
imperceptíveis tanto a no curto prazo, como a médio e longo provocam a instabilidade
de toda a corporação, resultando em perda expressiva de mercado que se traduzirá em
menor lucro, menor competitividade, e risco de saída do mercado.
1.2 Problema de Pesquisa
Com a globalização da economia e a integração dos mercados mundiais, as
empresas deixaram de enxergar apenas o quintal de suas casas, ou seja, seu mercado
interno passou a sofrer pressões de concorrentes de todo o mundo. Isto talvez vem
provocando a falência de muitas organizações despreparadas para mercados globais.
Tal situação deve-se a falta de planejamento para mudanças, atualização
tecnológica, mudança de cultura e ajustes internos que se fazem necessários para
garantir a sobrevivência das mesmas. Administradores, podem não ter uma clara visão
de como planejar e implementar tais mudanças de maneira segura. Muitas vezes
depara-se com várias estratégias e a dúvida traz a angústia da escolha, então a opção
permanecia onde está e administrar o resultado existente, colocando em dúvida o futuro
da organização no médio e longo prazos, por falta de experiência, ou mesmo não estar
suficientemente embasado de informações para tomar as decisões alinhadas com as
necessidades do mercado, transformando-se em uma empresa balcão, que aguarda
pelo cliente com produtos tecnologicamente defasados, sem ir de encontro ao mercado
consumidor, sugerindo novos produtos e inovações tecnológicas que busquem
enquadrá-la no processo de melhoramento contínuo, perpetuando a sobrevivência da
organização.
Muitos gestores apostam em novas tecnologias, em mudanças, para solucionar
essas deficiências, essa falta de evolução dentro das empresas para competir em seu
16
mercado de atuação. Mas isso tem que ser muito bem analisado, embasado com
informações concretas e assim buscar as mudanças a tempo de serem percebidas pelo
mercado, mudar depois que todos seus concorrentes mudaram poderá provocar perda
de competitividade e a migração de fatia importante de mercado, cujo retorno exige
aplicação de recursos e tempo que muitas organizações não dispõem para aplicar. Será
que agregar novas tecnologias, efetuar mudanças no processo, aumentaria a margem
de retorno para o fornecedor e melhoraria o resultado para o cliente? A substituição de
um produto antigo, por outro com maior tecnologia, contribui efetivamente para o
desenvolvimento da organização?
1.3 Justificativa para escolha do tema
Em tempos de globalização, a necessidade de mudanças e adaptação é visível
em todos os segmentos, quer sejam simples ou complexos. Por isso a necessidade de
realizar um estudo para identificar oportunidades dentro da própria empresa e mercado
de atuação, analisando produtos, serviços e processos, visando demonstrar o que pode
estar perdido. Essas oportunidades não precisam de grandes investimentos, porque
pode-se aproveitar boa parte da estrutura e recursos existentes.
Muitas empresas não se preocupam em analisar seus processos em busca de
novas oportunidades, porque se sentem satisfeitas com os resultados obtidos. Existe
uma grande resistência para as mudanças, isso porque os próprios gestores podem
sentir-se inseguros quanto à adaptação e posteriormente não estarem preparados para
o processo de atualização mercadológica. As organizações podem deixar de fazer
investimentos em pesquisas, por julgarem que não recebem nenhum retorno ou são
copiados pela concorrência. Isso faz com que elas deixem de manter e expandir
participação de mercado, aumento nos resultados, perdendo a confiança dos clientes
por não estarem atualizadas, defasadas tecnologicamente, situações que o mercado
exige e das quais pode-se tirar aproveito. O cliente se sente bem mais confiante naquele
fornecedor que procura estar sempre atualizado, em busca de melhoria, oportunidades,
pois de certa forma o fornecimento o mantém atualizado e competitivo no mercado em
que atua.
17
Buscar as oportunidades que podem não estar sendo aproveitadas e que podem
inserir a empresa em um novo ambiente, em linha com o mundo dos negócios na busca
de uma expansão e melhor lucratividade poderá promover a prosperidade da
organização.
Estamos finalizando esta etapa acadêmica e nos inserindo no mercado de
trabalho como administradores de empresa. Assim nada mais apropriado do que
desenvolver um projeto na área de atuação, por tratar-se de uma prática do mundo
empresarial, planejamento estratégico, e do qual todo gestor tem que ter conhecimento
das oportunidades, das forças e também das dificuldades de se identificar novas
possibilidades de negócio fazendo uso, dentre outras técnicas, do planejamento
estratégico.
Este projeto visa trazer para as organizações questões referentes a
oportunidades de negócios, ainda não identificadas ou amadurecidas, talvez pela
burocracia interna, falta de uma política de mudanças, quebra da zona de conforto,
resistência ao novo. Deve-se estar atento às tendências para não estar defasado em
cenários competitivos. Tentar mostrar à organização que um produto de maior valor
agregado inicial pode render benefícios para as partes envolvidas.
1.4 Objetivos
1.4.1 Objetivos Gerais
Buscar oportunidades de novos e rentáveis negócios dentro da área de atuação
profissional dos pesquisadores, por meio do planejamento estratégico.
Ampliar o conhecimento e aplicar em nossas respectivas empresas, em busca de
progresso em seus segmentos e maiores oportunidades profissionais.
1.4.2 Objetivos Específicos
Mostrar as possíveis vantagens de um produto tecnologicamente avançado em
relação a outro defasado;
18
Analisar e demonstrar que a substituição de um produto pode ser importantíssimo
para o desenvolvimento das organizações;
Mostrar que a organização pode estar perdendo oportunidades de crescimento,
sem a necessidade de grandes investimentos.
1.5 Delimitação do trabalho
Para desenvolver este projeto, o foco principal será a identificação de novas
oportunidades de negócios em uma determinada empresa, tendo como base a
aplicação de um produto com maior valor agregado em substituição a outro de menor
valor. Estes produtos são utilizados em minas subterrâneas, mais especificamente na
utilização de um produto com maior tecnologia, emulsão, em substituição a outro,
defasado tecnologicamente, porém também um clorofluorcarbonato.
Essa substituição tem como objetivo identificar se a empresa está deixando de
lucrar, ou mesmo crescer em termos de mercado, ampliando seu negócio. Tal avaliação
será feita com base no estudo dos processos internos, sobre dados obtidos.
Ao concluir este estudo, esperam-se obter dados suficientes para auxiliarem, ou
mesmo encorajar profissionais do meio a analisar profundamente seus processos em
busca de novas oportunidades, que não necessitem de grandes investimentos, podendo
utilizar parte da infra-estrutura existente.
19
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 Conceito de Planejamento Estratégico
Segundo Fischmann, (1991, p. 25).
“O planejamento estratégico é uma técnica administrativa que, através da
análise do ambiente de uma organização, cria consciência das suas
oportunidades e ameaças dos seus pontos fortes e fracos para o comprimento
da sua missão e, através desta consciência, estabelece o propósito de direção
que a organização deverá seguir para aproveitar e evitar riscos”.
O planejamento estratégico possibilita a visualização de todos os ambientes da
empresa, conseguindo identificar quais as oportunidades e as ameaças no seu
ambiente interno e externo. Assim tem-se uma base daquilo que pode ser aproveitado,
identificando as possíveis ameaças, que venham ser de um concorrente, uma nova
tecnologia, etc. As empresas que possuem um planejamento estratégico saudável
possuem certamente maiores parâmetros, bases sólidas para tomar decisões, tanto de
um processo especifico quanto de toda organização. Essa administração estratégica
pode capacitar a organização a integrar as decisões administrativas e operacionais com
as estratégias, procurando dar ao mesmo tempo maior eficiência à organização.
O planejamento, como foi definido anteriormente, é o processo pelo qual a partir
de uma visão de futuro, tenta-se planejar ações para os acontecimentos vindouros, de
maneira que as ações sejam implementadas para atingir os objetivos organizacionais. O
planejamento, se bem executado, ajudará o empreendedor a concretizar sua visão, a
corrigir os rumos e a encontrar oportunidades dentro do próprio negócio.
De acordo com Torres (2004, p.5), para que um negócio ganhe a vantagem
competitiva, significa “... resultado necessário do conjunto de recursos e das qualidades
para uma empresa alcançar um desempenho superior aos dos concorrentes [...]”.
Para tanto, a organização deve estabelecer uma estratégia adequada, balizada
fundamente em dois fatores: objetivos coerentes e compreensão do negócio. Em geral,
as empresas estabelecem como bons objetivos não só o retorno financeiro que
desejam, mas, também a sustentabilidade no longo prazo. Alcançar esse objetivo pode
20
ser uma tarefa difícil e trabalhosa e, além disso, apenas estabelecer metas de
crescimento, de faturamento e de lucro pode não ser suficiente para garantir o sucesso
dos empreendimentos. A dinâmica de mercado e as evoluções tecnológicas e sociais,
constantemente ditam as novas regras da concorrência.
É fundamental procurar compreender o ramo de negócio no qual está inserido,
antes de tomar medidas que afetem seu desempenho interno e a imagem perante a
sociedade. Por exemplo, medidas como redução indiscriminada de preços para
ampliação de uma fatia do mercado ou a desestabilização financeira de outras
organizações, com o objetivo único de expandir os negócios, não asseguram a
vantagem competitiva. Para analisar por completo seu ramo de atividades, pode-se usar
uma ferramenta muito conhecida no mundo dos negócios, a análise SWOT.
2.2 Análise SWOT
A Análise SWOT é uma ferramenta que ajuda na organização do planejamento
estratégico ao estabelecer relações entre pontos fortes, fracos, oportunidades e
ameaças. É conhecida também por FOFA (forças, oportunidades, fraquezas e
ameaças). (SERRA, 2004 p.86).
Tal instrumento teve origem na década de 1960. A SWOT, que originalmente de
quatro palavras do idioma inglês conforme representado na tabela 01, representou um
passo importante para o planejamento estratégico. A função primordial da análise
SWOT é possibilitar a escolha de uma estratégia adequada – para que se alcancem
determinados objetivos – a partir de uma avaliação crítica dos ambientes internos e
externos. Com o conhecimento dos principais aspectos estudados pela Análise SWOT
(conforme Tabela 02) a empresa tem idéia de seus objetivos e, também se precaver de
possíveis ameaças. Com isso as empresas têm um grande instrumento de avaliação,
pois sabem tanto interna quanto externamente o que pode ser prejudicial ou vantajoso.
Portando podem começar a trabalhar suas estratégias levando em conta o resultado
propiciado pela análise SWOT.
21
Forças
Strenght
Fraquezas
Weakness
Oportunidades
Opportunities
Ameaças
Threats
Tabela 1: Representação gráfica, clássica, da análise SWOT
Fonte: SERRA, 2004, p.87.
Forças Fraquezas Oportunidades Ameaças
Estratégia
poderosa
Falta de
estratégias
Novos clientes Novos
concorrentes
potenciais fortes
Forte condição
financeira
Instalações
obsoletas
Expansão
geográfica
Perda de vendas
para substitutos
Marca (imagem ou
reputação) forte
Balanço ruim Expansão da linha
de produtos
Queda no
crescimento do
mercado
Líder de mercado
reconhecido
Custos mais altos
que os
concorrentes
Transferência de
habilidades para
novos produtos
Mudanças nas
taxas de câmbio e
política de
comercio
Tecnologia própria Lucros reduzidos Integração vertical Regulação de
aumento de
produtos
Vantagens de
custo
Atraso em P & D Aquisição de rivais Necessidades
reduzidas do
produto para os
clientes
22
Forças Fraquezas Oportunidades Ameaças
Muita propaganda Problemas
operacionais
Tirar mercado dos
concorrentes
Mudanças
demográficas
Talento para
inovação
Linha estreita de
produto
Abertura para
extensão da
marca
Crescimento do
por dos clientes ou
dos fornecedores
Bons serviços ao
cliente
Falta de
habilidades
importantes
Explorar novas
tecnologias
Melhor qualidade
de produto
Falta de talento
com marketing
Aliança ou
parcerias expandir
a cobertura
Alianças ou
parcerias
Tabela 2: Aspectos a serem considerados na análise SWOT
Fonte: SERRA, 2004, p.88.
2.3 Alternativas de posicionamento estratégico
De acordo com Torres (2004, p.10.) há diversas alternativas de posições que
podem ser adotadas:
1 - O posicionamento com base na variedade: consiste na produção de um subconjunto
de produtos ou serviços dentro de um determinado setor de negócios. Ou seja, a
empresa escolhe oferecer uma maior variedade de produtos ou serviços, em vez dos
segmentos de clientes.
2 - O posicionamento com base nas necessidades: visa atender a maioria de um
determinado grupo de clientes. Para isso é preciso obter informações especificas
desse grupo a qual procura atingir. Portanto deve-se ser cauteloso com esse
direcionamento, pois, se o processo obtiver deficiências a empresa com certeza terá
23
sérios problemas, tudo por ser direcionado para um grupo especifico. Por outro lado
tendo sucesso, terá bons e rentáveis retornos.
3 - O posicionamento com base no acesso: esse tipo de posicionamento é executado de
acordo com as características geográficas ou de porte dos clientes. Baseado no
perfil dos clientes onde está inserido, direcionam-se as estratégias. Ou seja, não
adianta colocar em uma região onde não há recursos tecnológicos, uma loja com
vendas através da Internet. Portanto há de se analisar o mercado na região a qual
pretende instalar-se, para assim ter certeza daquilo que irá atender as expectativas e
satisfazer as necessidades e desejos dos clientes.
Posicionar, não significa somente desenvolver ou ocupar um nicho. Seja por
variedade, necessidade ou acesso, a conseqüência pode ser ampla. Qualquer um dos
posicionamentos exige um conjunto de atividades sob medida, pois é sempre uma
conseqüência da diferença nas ofertas, ou seja, na diferença das atividades.
2.4 Conceito de Sinergia
Segundo Fischmann (1991, p. 93) “sinergia é um resultado que conseguimos
quando aliamos dois esforços independentes (distintos) que se completam. Este efeito
poderá ser positivo ou negativo, à medida que estes esforços se ajudem ou se
atrapalhem.
Dificilmente as empresas conhecem o conceito de sinergia, as que conhecem
não implantam em seu ambiente. As empresas que conseguem entender e fazer uso
desse conceito terão uma grande vantagem competitiva. Isso porque a sinergia de certa
forma diminui custo, aumenta a participação de mercado, lucro, etc. A sinergia vem do
grego trabalho, que literalmente significa trabalho conjunto. Existe sinergia quando duas
ou mais causas produzem, atuando juntamente, um efeito maior do que a soma dos
efeitos que produziriam atuando individualmente. As empresas necessitam de uma
visão clara, detalhada, de toda a organização para assim identificar pontos em comum,
e com uma ação conjunta obter um resultado melhor do que aquele que obteriam
24
atuando separadas. Com isso se ganha tempo, diminuem-se custos, aumenta-se a
competitividade, etc.
2.5 Conceito de Gerenciamento Estratégico
Segundo Gracioso, (2001, p. 181-182)
“A estratégia, consiste tomar as decisões operacionais, praticamente no seu dia
a dia de negócios, levando em conta os objetivos da organização e as
possibilidades estratégicas, ou seja, procurar tomar as decisões respeitando
suas possibilidades. Poderia ser também uma adaptação das ações
operacionais da empresa as suas premissa máxima do plano estratégico que é
a garantia da perenidade da empresa. Sendo a assim a empresa se depara com
quatro esferas: Visão estratégica, Orientação para o mercado, Cultura
organizacional aberta às inovações e mudanças;, Busca incessante da
excelência”.
Portanto, a empresa gerenciada estrategicamente tem que estar embasada com
informações de mercado, sempre que possível com base científica, para melhor decidir
assuntos primordiais, para o momento as quais serão utilizadas para verificar a
intensidade com que se aplicará sobre sua escolha. Para tanto há que se escolher qual
o ritmo a ser seguido, de acordo com os seus adversários, condições de mercado, seus
objetivos e planejamento estratégico.
Em administração, em se tratando de oportunidades de negócios ainda não há
uma bibliografia específica, que trata explicitamente de oportunidades de negócios
dentro do próprio. Esse assunto é tratado mais na prática e menos academicamente.
Para a criação do trabalho, procurou-se pesquisar títulos que pudessem ser referências
adequadas e satisfatórias, além de vinculados à administração.
Com o uso destes conceitos e de obras renomadas no mercado, além de outras
possíveis obras que surgirão no decorrer do trabalho, ao final, pretende-se obter um
material prático e teórico voltado para os administradores. Profissionais que estejam à
procura de uma base para iniciar uma análise em seu negócio para identificar possíveis
oportunidades. Além de disponibilizar um conhecimento maior para os elaboradores
deste trabalho, o qual poderemos utilizar em nosso dia a dia.
2.6 Diagrama de Ishikawa, ou Espinha-de-Peixe
25
O Diagrama de Ishikawa ou Espinha-de-peixe é uma ferramenta gráfica utilizada
pela Administração para o Gerenciamento e o Controle da Qualidade (CQ) em
processos diversos. Originalmente proposto pelo engenheiro químico Kaoru Ishikawa
em 1943 e aperfeiçoado nos anos seguintes. Também é conhecido como: diagrama
causa-efeito, diagrama 4M, diagrama 5M e diagrama 6M (PT.WIKIPEDIA.ORG 2007)
Este diagrama é conhecido como 6M, pois, em sua estrutura, todos os tipos de
problemas podem ser classificados como sendo de seis tipos diferentes:
Método;
Matéria-prima;
Mão-de-obra;
Máquinas;
Medição;
Meio ambiente.
Este sistema permite estruturar hierarquicamente as causas de determinado
problema ou oportunidade de melhoria, bem como seus efeitos sobre a qualidade.
Permite também estruturar qualquer sistema que necessite de resposta de forma gráfica
e sintética.
O diagrama pode evoluir de uma estrutura hierárquica para um diagrama de
relações, uma das sete ferramentas do Planejamento da Qualidade ou Sete
Ferramentas da Qualidade por ele desenvolvidas, que apresenta uma estrutura mais
complexa, não hierárquica.Graficamente, a estrutura de um gráfico espinha-de-peixe é
tal como se segue:
Figura 1: Diagrama de Ishikawa ou Espinha-de-Peixe
Fonte: Site: pt.wikipedia.org/wiki/Diagrama_espinha_de_peixe –
26
As Sete Ferramentas da Qualidade:
1. Gráfico de Pareto.
2. Diagramas de causa-efeito (espinha de peixe ou diagrama de Ishikawa).
3. Histogramas.
4. Folhas de verificação.
5. Gráficos de dispersão.
6. Fluxogramas.
7. Cartas de controle.
Ishikawa observou que embora nem todos os problemas pudessem ser
resolvidos por essas ferramentas, ao menos 95% poderiam ser, e que qualquer
trabalhador fabril poderia efetivamente utilizá-las. Embora algumas dessas ferramentas
já fossem conhecidas havia algum tempo, Ishikawa as organizou especificamente para
aperfeiçoar o Controle de Qualidade Industrial nos anos 60.
Talvez o alcance maior dessas ferramentas tenha sido a instrução dos Círculos
de Controle de Qualidade (CCQ). Seu sucesso surpreendeu a todos, especialmente
quando foram exportados do Japão para o ocidente. Esse aspecto essencial do
Gerenciamento da Qualidade foi responsável por muitos dos acréscimos na qualidade
dos produtos japoneses, e posteriormente muitos dos produtos e serviços de classe
mundial, durante as últimas três décadas.
2.7 Desenvolvimento técnico de explosivos industriais
Os explosivos estão entre as grandes fontes de energia freqüentemente usadas
pelos homens; eles não são usados somente para fins militares (explosivos militares),
mas também, vastamente utilizados em vários setores da economia nacional (explosivos
comerciais ou industriais). Os explosivos têm várias aplicações na economia nacional, e,
portanto, atraem a atenção geral.
A pólvora foi inventada há mais de 200 anos, mas a invenção e a aplicação em
grande escala dos explosivos modernos aconteceu há 100 anos, sendo as últimas duas
décadas o período de maiores mudanças/alterações, de maior desenvolvimento do
27
mundo dos explosivos comerciais. O parágrafo seguinte listará e descreverá, em ordem
cronológica, algumas descobertas importantes e significantes, e invenções da história
do desenvolvimento dos explosivos industriais:
1. Pólvora negra: bem conhecida no mundo, a pólvora foi inventada pelos
chineses. Esta invenção abriu a primeira era humana de utilização de explosivos – a era
da pólvora. Nos anos 220 BC, os trabalhadores chineses já tinham um conhecimento
primário da pólvora. Por volta dos séculos 11 e 12, a pólvora começou a se espalhar
para os países Árabes e depois para a Europa. Por volta de 1627 a pólvora foi usada
para mineração. Comparando com o método original de quebrar rochas por fogo,
verificou-se que é muito mais eficiente explodir a rocha com pólvora. Portanto, a
aplicação de pólvora em mineração foi considerada um marco no final da Idade Média e
o inicio da Revolução Industrial. Até meados de 1870 a pólvora foi usada como o único
tipo de explosivo, permanecendo como tal por centenas de anos.
2. Mercúrio Fulminado: Em 1803, o inglês Howard compôs mercúrio fulminado e
plantou a fundação para a invenção da espoleta.
3. Nitroglicerina e Nitrocelulose: Em 1845, Sobrero, um Italiano, descobriu a
nitroglicerina e em 1846 Schoenbein, na Suíça, achou a nitrocelulose, ambos fornecem
material base para o desenvolvimento e aplicação prática dos modernos explosivos
industriais.
4. Trinitrotolueno (TNT): Em 1863, Wilbrand descobriu o trinitrotolueno.
5. Dinamite: Em 1865, Alfred Nobel, na Suécia, descobriu o explosivo dinamite,
composto de 75% de nitroglicerina e 25% de Kielselguhr. E, em 1875, Nobel formou
dinamite gelatina a partir de nitriglicerina e nitrocelulose. Devido às suas boas
propriedades explosivas a dinamite rapidamente substitui a pólvora e sem dúvida
dominou o mercado até 1930. Indubitavelmente, este longo período de uso representou
outra era no desenvolvimento dos explosivos comerciais – a era da dinamite. No
desenvolvimento dos explosivos modernos, os descobrimentos ao longo do tempo foram
totalmente confirmados.
No último século, a dinamite representou um papel importante na engenharia de
detonação. Entretanto, sua alta sensibilidade, toxicidade que causa facilmente dores de
cabeça e posteriormente, os custos de produção relativamente altos conduziu às
28
pesquisas técnicas para diminuir a sensibilidade como também melhorar a segurança e
confiança em seu uso. A nitrificação spray e a linha de produção totalmente automática
e seu produto correspondente – o Dynamex, desenvolvido na Suécia por Nitro Nobel
AB, estavam entre os representantes típicos desta pesquisa e desenvolvimento. O
Dynamex, no geral, mantém o mérito da dinamite, mas melhora muito em segurança.
Por exemplo, a sua sensibilidade ao choque ou à fricção é quatro vezes menor que a da
dinamite.
6. Explosivos Misturados com Base de Nitrato de Amônia (NA): Quase ao mesmo
tempo, enquanto Nobel descobria a dinamite, J. V. Olsson e J. Norrbein inventaram
explosivos mistos feitos de nitrato de amônia e vários combustíveis e lançaram a
fundação dos desenvolvimentos competitivos de explosivos à base de nitrato de amônia
e de explosivos à base de nitroglicerina.
7. Nitramon: Em 1934, a Companhia Dupont, com as patentes norte americanas
Nos. 1 992 216 e 1 992 217 revelou um tipo de explosivo sem nitroglicerina, com alto
conteúdo de nitrato de amônia – o Nitramon. Esta patente foi tão efetiva que durante o
período de 1934 a 1955 o Nitramon se tornou o tipo de explosivo industrial mais popular
usado em minerações de superfície e pedreiras. Neste meio tempo, A União Soviética
também usou um tipo de explosivo de nitrato de amônia chamado “Dynamon”, que
consistia basicamente de nitrato de amônia e serragem de madeira ou outro
combustível.
No início dos anos 30, a China também inventou e usou explosivos compostos de
nitrato de amônia e combustíveis líquidos durante o período da guerra contra os
japoneses, os quais eram formas embrionárias de explosivos de nitrato de amônia –
óleo combustível.
8. Nitrato de amônia – Óleo Combustível (ANFO) e Lamas Explosivas:
começando nos meados dos anos 50, os explosivos industriais entraram em um novo
período de desenvolvimento – a era do agente de detonação moderno, marcada
principalmente pela divulgação e aplicação dos explosivos - nitrato de amônia – óleo
combustível e lamas explosivas.
I) Explosivos (ANFO) Nitrato de Amônia – Óleo Combustível. Em 1943 a Empresa
Canadense Mining and Smelting Corporation desenvolveu e produziu nitrato de amônia
29
poroso (prill). No processo de manufatura, foi adicionada uma pequena quantidade de
Kieselguhr, como revestimento para evitar endurecimento e formação de torrões
(grumos), fornecendo assim condições convenientes para fazer os explosivos e carregá-
los mecanicamente.
Explosivos de nitrato de amônia – óleo combustível foram primeiramente testados
com sucesso em furos em 1954 em uma mineração nos EUA, onde uma mistura de 3.8
litros de óleo diesel e cerca de 36 kg de nitrato de amônia poroso prill, mas, não foram
utilizados como tipo de explosivos industriais, em escala, para mineração, até 1955.
Neste ano a Companhia Cleveland-Cliff nos EUA executou uma série de detonações de
campo nas minas de ferro em Mesabi e Michigan. Dependendo das formas do nitrato de
amônia, este tipo de explosivos pode ser classificado em dois tipos: granulado ou em
pó. Explosivos em forma granular consistem de 94.5% de prills de nitrato de amônia
poroso e 5.5% de combustível, enquanto que os em forma de pó usualmente consistem
em nitrato de amônia, combustível e serragem de madeira. Alguns exemplos da China:
O explosivo ANFO Nº1 consiste de 92% de nitrato de amônia, 4% de serragem de
madeira e 4% de combustível; enquanto que o explosivo ANFO para minerações a céu
aberto consiste de 3% de combustível, 5% de serragem de madeira e a mesma
quantidade de nitrato de amônia.
Em 1958, carregamento mecânico de campo de ANFO prills poroso foi realizado
pela companhia canadense Iron Ore Company e Canadian Industrial Ltda, e baseado
nisto foi desenvolvido o caminhão de carregamento pneumático nos EUA em 1960. Os
explosivos ANFO tem muitas vantagens tais como uma grande fonte de matérias
primas, baixo custo, facilidade de preparo e carregamento mecânico, como também ser
conveniente e seguro para o uso. Conseqüentemente, chamaram a atenção em todo o
mundo, foram desenvolvidos rapidamente e se tornaram o maior tipo – cerca de 70% do
uso total – de explosivos usados em detonação em minerações. Entretanto, deve ser
descrita a maior desvantagem dos explosivos ANFO, que é: falta de resistência à água e
baixo volume de resistência.
II) Lamas Explosivas. Em dezembro de 1956, o Professor M. A Cook da
Universidade de Utah e H.E. Farnam da Companhia Iron Ore Company, inventaram as
lamas explosivas que superaram as duas desvantagens dos explosivos tipo ANFO. A
30
boa resistência da lama à água vem da seguinte idéia: adicionar água na mistura dos
explosivos ANFO seguida da gelatinização do sistema de modo a parar a incursão de
água ou dissolução de sais oxidantes e a obter densidade relativamente alta, o que
torna a mistura mais fácil de atingir o fundo dos furos com água. O surgimento da lama
representa a nata da química e física moderna e abalou a idéia tradicional dos
explosivos serem incompatíveis com a água. Representa também um salto no
conhecimento dos homens sobre explosivos e uma grande evolução, seguindo a da
dinamite, no desenvolvimento histórico dos explosivos industriais.
A partir de 1950, Cook e Farnam estudaram e desenvolveram lama com TNT e
pó de alumínio como sensibilizador. Em 1963, Irec Chemicals dos EUA desenvolveu
lama explosiva com combustíveis não-metálicos como sensibilizadores e realizaram um
campo “Sistema de Misturas de Lamas” (SMS). Em 1969 a Companhia Du Pont dos
EUA produziu lama (water gel – gel de água) usando nitrato mono-metilamina (MMAN)
como sensibilizador. No inicio dos anos 70, apareceram, um atrás de outro, vindos de
vários países, os explosivos: Não-explosivos sensibilizados, pequeno diâmetro, lamas
explosivas sensíveis a espoletas de vários tipos; maquinário de embalagem relacionado
e técnicas de aplicação, e lamas explosivas de baixo custo, sensibilizadas por bolhas, o
que promoveu e divulgou a aplicação das lamas explosivas. A China começou a sua
pesquisa de lamas explosivas em 1959, e as lamas foram usadas em detonações de
minerações em meados dos anos 60, tendo como representante a lama explosiva nº4.
No inicio dos anos 70 as lamas explosivas se desenvolveram muito rapidamente na
China. Primeiro veio a quebra no gelatificante (goma Sesbania, gelatina de sementes de
árvore pagoda) e técnicas de ligação cruzada, depois o aumento de tipos e marcas, que
foram tipicamente representadas pelo nº10 goma Sesbania, Huai nª1 (sem TNT), nº5,
Poly nª1 e etc. O surgimento da lama explosiva e do caminhão de bombeado
preencheram as necessidades das detonações de superfície das minerações. Hoje, as
lamas explosivas tornaram-se um explosivo industrial independente e uma série
completa de explosivos resistentes à água, e, substituindo a dinamite
tradicional, estão desenvolvendo e competindo com os agentes de detonação secos –
explosivos ANFO.
31
9. Explosivos - Emulsão: Os explosivos emulsão foram revelados pela primeira
vez por H. F. Bluhm, na patente norte americana Nº 3 447 978 em 3 de junho de 1969.
São um tipo novo de explosivos à base de água - nitrato de amônia e atualmente estão
em grande ascensão.
2.8 Definição e Tipos de Explosivos Emulsão
Atualmente, na China não foi adquirida ainda uma opinião unificada sobre o nome
deste tipos de explosivos, com nomes relativamente populares como explosivos
emulsão, explosivos óleo-emulsificados, explosivos emulsoid, explosivos com fase
oposto à lama, etc. Nos últimos anos o autor tem trocado opiniões com vários colegas
sobre o nome deste tipo de explosivos e muitos especialistas no assunto acreditam que
o nome apropriado a ser utilizado é explosivos emulsão ou emulsões, considerando as
suas técnicas de preparação e as suas características principais. Portanto, quando nos
referirmos a literaturas correlatas usaremos os nomes explosivos emulsão ou emulsões
mesmo que este não tenha sido o nome utilizado nas outras fontes.
Os explosivos emulsão geralmente se referem à categoria de água-em-óleo (W /
O), tipo emulsoid, explosivos industriais resistentes à água que são fabricados pela
técnica de emulsificação. E, na verdade, é realmente difícil dar a estes tipos de
explosivos uma definição clara e concisa. Geralmente acredita-se que as emulsões são
um tipo de sistema emulsificado, água-em-óleo, no qual pequenas gotas de liquido de
solução de água oxidante, como fase de dispersão, são suspensas em um meio
continuo, composto de substância como óleo e contendo bolhas dispersas ou micro-
balões de cavidades de vidro ou outros materiais porosos. Obviamente, esta definição
não pode incluir emulsões livres de água, que de fato existem.
Considerando-se as composições básicas, as emulsões essencialmente não são
diferentes das lamas e de outros explosivos que contem água, mas, em outros
aspectos, como o efeito de cada componente no sistema, a estrutura interna do sistema,
forma externa, processo de manufatura e etc., são completamente diferentes.
Compostos de nitrato de amônia e outros sais inorgânicos oxidantes dissolvidos em
água como fase continua e combustíveis insolúveis, sensibilizantes (sólido ou liquido)
como fase de dispersão, as lamas são sistemas gelatinosos pertencentes ao grupo óleo-
32
em-água (O / W). Em outras palavras, lamas explosivos são controlados pelas
concentrações de oxidante, sensibilizante, gelatina solúvel em água e partículas sólidas
insolúveis, como também o conteúdo de água evitado da coagulação da separação
sólido-líquido - estratificação do líquido-líquido evitada através dos componentes
solúveis de fixação da água. Por outro lado, as emulsões são sistemas emulsificados
que são compostos de solução oxidante de água como fase de dispersão e ingredientes
insolúveis como fase continua. Este sistema pertence ao grupo água-em-óleo. E, é
devido à sua estrutura física interna água-em-óleo que se obtém uma boa resistência à
água e se evita a separação dos componentes.
Devido à solução oxidante de água em emulsões, existir na forma de pequenas
gotículas, os oxidantes estão em contato próximo e suficiente com os combustíveis e a
detonação é fácil de iniciar e propagar. Conseqüentemente não é adicionado nenhum
sensibilizador às emulsões e tudo o que se precisa é uma combinação ingênua de
ingredientes simples. Entretanto, na composição de emulsões o emulsificante do tipo
água-em-óleo é um componente crucial e indispensável. Quando necessário, pequenas
quantidades de aditivos, como fomentadores de emulsificação, modificante em forma de
cristal, estabilizador emulsoid, etc., tem que ser adicionadas para melhorar as
propriedades dos explosivos emulsão.
Sumarizando, os explosivos emulsão contém quatro componentes principais
formando três fases de emulsificação, que são:
1. Componente de solução de sais oxidantes de água formando dispersão, fase
emulsificante. É a base para se fazer emulsões e é basicamente formado pelo
aquecimento de nitrato de amônia e a sua dissolução em água. Certamente também
devem ser incluídos outros oxidantes compatíveis solúveis em água e emulsoid, como
nitrato de sódio, nitrato de cálcio, nitrato de potássio, nitrato de bário, nitrato de zinco,
perclorato de amônia, perclorato de sódio, perclorato de cálcio, nitrato mono-metilamina,
nitrato de uréia e outros.
2. Componentes de combustíveis carbonáceos formando fase continua de
emulsão. Falando no geral, qualquer produto de petróleo com viscosidade apropriada
pode ser escolhido como combustível carbonáceo para explosivos emulsão. Os
princípios de seleção são: ambos tem que formar emusloid estável água-em-óleo e
33
tornar o sistema de emulsão espesso o suficiente para evitar fluido em temperatura
especifica. Óleo diesel, óleo pesado, óleo de máquina, óleo branco, vaselina, cera
sintética, cera de parafina, cera de micro-cristal, cera de lignina, cera de abelha, cera de
baleia ou outras misturas, são todos combustíveis que podem ser selecionados.
Indubitavelmente outros compostos orgânicos também podem ser candidatos para
seleção, como alcalino, hidrocarbono aromático, hidrocarbono naftalina, álcool mais alto,
ácidos gordos saturados.
3. Componente de gases sensibilizantes formando fase dispersante de emulsão.
Falando no geral, este componente é adicionado como a terceira fase e pode ser
espaços de ar que formam micro-balões e cobertura, que são produzidos a partir da
reação de dissolução pela adição de certos produtos químicos (como nitrato de sódio e
etc). Podem também ser partículas sólidas com gases presos (como micro-balões com
cavidades de vidro, micro-particulas expandidas de perlita, micro-balões de resina com
cavidades, etc).
4. Emulsificantes tipo água-em-óleo. A experiência nos mostra que a maioria dos
emulsificantes (um tipo ou composto de dois) com valor HLB (Balanço Hidrófilo Lipofilo)
de 3 a 7 pode ser selecionado para explosivos emulsão, por exemplo, D-sorbitan mono-
oleato, mono-oleato xylitol (ou éster misturado), etc.
2.9 Tipos de Explosivos Emulsão
Atualmente não há uma opinião geral sobre o método para classificação de
explosivos emulsão. Em geral, os explosivos emulsão podem ser classificados em dois
grupos de sensíveis a espoleta e não-sensíveis a espoleta, de acordo com a
sensibilidade de detonação; ou colocados em outros dois grupos de tipo de rocha e
emulsões permissivas de acordo com o uso; ou classificados de acordo com formas de
produto e embalagem, em cinco grupos: cartuchos, sacos de produto, produtos bulk,
produtos de emulsão liquida e mistura de emulsoid e explosivos ANFO. Abaixo fazemos
uma breve discussão destes cinco tipos de produtos.
34
2.9.1 Emulsão explosiva em cartuchos
Emulsões encartuchadas são todas sensíveis a espoletas e não necessitam de
iniciador. Estes cartuchos normalmente são produzidos em fábrica e podem ser
estocados por um período relativamente longo. Os materiais de embalagem do cartucho
são: papel encerado, filme plástico recoberto, polietileno e outros. Estes produtos são
principalmente usados em cartuchos de diâmetros pequenos (25-50mm) e diretamente
carregados no furo ou podem ser diretamente iniciados no extremidade superior ou na
extremidade inferior e na direção inversa por um detonador comercial Nº8. As séries de
explosivos emulsão EL e RJ fabricados na China, explosivos emulsão Powermex-series
da Atlas Powder Companhia dos EUA e alguns outros são exemplos típicos deste tipo
de produtos encartuchados.
2.9.2 Explosivos emulsão ensacados
Sacos de emulsões normalmente são de diâmetro largo e os materiais de
embalagem são sacos plásticos de polietileno ou tubos de papel Kraft com filme plástico
recoberto. A maioria destes produtos ensacados não são sensíveis à espoleta e
necessitam de booster durante a detonação. Estes produtos ensacados podem ser
carregados diretamente no furo ou cortados in situ e vazados dentro do furo. As
emulsões series EL-106 e CHL disponíveis na China são este tipo de produtos
ensacados.
2.9.3 Explosivos emulsão Bulk
A maioria dos explosivos emulsão Bulk não são sensíveis a espoletas.
Normalmente são misturados e preparados in situ e diretamente carregados no furo
através de caminhão de mistura ou caminhão de bombeado. Devido a estes tipos de
caminhões usados serem diferentes, os métodos de mistura e carregamento também
variam em duas formas. O primeiro método, que é chamado método de caminhão
mistura-carregamento, é o de transportar matérias primas para colocá-las próximo à
35
área de detonação seguido de emulsificação e mistura de todos os materiais no mesmo
caminhão, e, depois bombear o material misturado no furo. Um exemplo é o sistema
Gelmaster e a série de explosivos BL correspondente fabricado pela Canadian Industrial
Limited. O segundo método, que é chamado de método de caminhão bombeado-
carregamento, que é enviar materiais base emulsificados, que são emulsificados em
uma fábrica fixa, para o campo e depois, no caminhão, misturados com materiais
sensibilizadores e outros materiais sólidos, e, finalmente bombear todos os materiais no
furo. Um exemplo disto é o caminhão de bombeado EM182 e o correspondente
explosivo emulsão Tovex E, feito pela Du Pont Company, dos EUA.
2.9.54 Produtos líquidos emulsoid
O liquido emulsoid atualmente é um produto semi-acabado e uma solução base
emulsão sem ingredientes explosivos. Os seus custos de mistura e transporte são
baixos e pode ser transportado como liquido comum oxidante nos EUA. Embora possa
ser colocado diretamente em uso, sob a maioria das circunstancias é transportado para
o campo e sensibilizado e misturado em produto final. Um exemplo deste tipo de
produto é o Tovex E da Du Pont Company, dos EUA.
2.9.5 Explosivos mistura de ANFO e emulsoid
Este tipo de produtos misturados é produzido misturando-se emulsoid de alta
energia com prills ANFO poroso, e, o conteúdo de emulsoid pode ser de zero a 100%.
Durante o carregamento bulk, a energia por metro de furo para este tipo de produto
pode ser 40% maior do que os explosivos ANFO simples. Quando carregados em
pacotes, podem ser usados em furos molhados com certa resistência à água. Tal
mistura é a combinação de explosivos emulsão com explosivos ANFO e é cheia de
vitalidade. A emulsão prill série BME desenvolvida por Beijing General Institute of Mining
and Matallurgy (BGRIMM) da China e o Power NA da Atlas Powder Company, USA, são
este tipo de produtos misturados.
36
2.10 Exemplos de vários tipos de produtos
Atualmente os trabalhos de pesquisa e desenvolvimento sobre emulsões
explosivas estão sendo efetuados na China, Estados Unidos, Suécia, Japão e muitos
outros países, e, há fornecedores (companhias) e distribuidores entre os dez melhores
do mundo, produzindo cerca de mais de centena de tipos de produtos.
2.11 Desenvolvimento de Emulsões Explosivas
Como já é de conhecimento de todos, o desenvolvimento de explosivos
industriais do tipo de nitroglicerina e do tipo de nitrato de amônia tem competido e tem
se desenvolvido em duas maneiras independentes e em direções diferentes por mais de
um século. As pessoas têm tentado arduamente diminuir a sensibilidade da dinamite e
de outros explosivos nitro-glicerinados, i.e., achar um caminho para aumentar a sua
segurança e mantendo suas propriedades explosivas. Por outro lado, explosivos de
nitrato de amônia tem se desenvolvido na direção de aumentar a sua sensibilidade de
detonação para obter confiabilidade e efetividade em seu uso. Baseado nisto, a emulsão
explosiva tem se desenvolvido para solucionar estes problemas, e o seu surgimento fez
desenvolver dois tipos de explosivos no mesmo nível. No sistema de emulsão explosiva,
devido às áreas de contato entre o nitrato de amônia (e outras soluções oxidantes de
água) e emulsificante, materiais de fase-óleo serem grandes e próximas; e a distância
entre o oxidante e o redutor ser próxima a aquela entre os grupos oxidação-redução em
moléculas de explosivo simples, a detonação, iniciação, propagação e outras
propriedades de explosão demonstram valores ideais (por exemplo, a velocidade de
detonação das emulsões é próxima ao valor teórico), muitos dos quais são diferentes
dos explosivos compostos. Isto é para mostrar que é possível fazer as propriedades
gerais das emulsões explosivas podem atingir o nível da dinamite, mas a sua
segurança ser similar aos explosivos de nitrato de amônia e superior à da dinamite.
Portanto, acredita-se que as emulsões explosivas combinam as propriedades
especificas dos dois tipos de explosivos. Exatamente por causa disto, as emulsões
explosivas são largamente aceitas como o novo tipo de explosivos industriais resistentes
37
à água e chamam a atenção geral. Esta é a situação geral e discutiremos a seguir os
rumos principais no desenvolvimento de emulsões explosivas.
No processo de desenvolvimento de emulsões explosivas, a sua primeira forma
inicial, era formada misturando-se emulsão água-em-óleo com explosivos comuns lama
com água, foi feita em 1961 por R.S. Egly, e outros do Commercial Solvents
Corporations, EUA, e, em 1963 N.E. Gehrig da Atlas Chemical Industrial Limited, EUA
posteriormente desenvolveu emulsões sem lamas. Embora estas pessoas tenham
obtido patentes individualmente, foi H.F.Bluhm, da Atlas Chemical Industrial Limited
quem primeiro descreveu as técnicas das emulsões explosivas. Portanto, acredita-se
que as emulsões explosivas água-em-óleo foi primeiramente reveladas por Bluhm em 3
de junho de 1969. Estas emulsões reveladas por Bluhm, que não eram sensíveis à
espoleta e iniciavam com a ajuda de uma carga de booster, não satisfaziam as
necessidades para a detonação de furos de diâmetro pequeno nem podiam ser usadas
convenientemente em furos de diâmetro largo. Posteriormente a Atlas Powder
Company, a Du Pont Company, a Imperial Chemical Industries América Incorporation, a
Ireco Chemicals Incorporation e outras nos EUA, todas se envolveram ativamente na
pesquisa de novos tipos e marcas de emulsões, novos equipamentos e técnicas,
emulsificantes e etc. Rapidamente obtiveram progresso e muitas outras patentes foram
publicadas.
Em 1972, G. R. Catermole da Du Pont Company nos EUA, descreveu a formula e
o método de preparação associado, que aumentou a sensibilidade de detonação
usando nitratos amina orgânicos (tais como nitrato amina nonometil) e a partir daí
forneceu um tipo de emulsão explosiva que pode detonar estavelmente em furos de
pequenos diâmetros – 25 – 76mm (1-3in).
Em 1973, Charles G. Wade, da Imperial Chemical Industries American
Corporation publicou sucessivamente duas patentes – emulsões explosivas contendo
catalizador de explosão íon estrôncio, que melhorou a sensibilidade de detonação das
emulsões mas necessitava ingredientes explosivos ou catalizador de explosão.
Em novembro de 1973, E. ª Tomic, da Du Pont Company publicou uma patente
para fazer emulsão explosiva água-em-óleo, livre de fluido, usando ésteratos de amônia
ou esteratos alcalinos como emulsificante. A característica principal aqui é o uso de
38
esteratos como emulsificante. De acordo com o valor HLB, eles pertencem aos
emulsificantes óleo-em-água onde o Tomic fez com eles a emulsão explosiva água-em-
óleo.
Em 1977, Charles G. Wade, da Atlas Powder Company apresentou emulsões que
não continham sensibilizador explosivo e outros nitratos amina sensibilizantes e podiam
ser confiáveis iniciados por uma espoleta Nº6. Este tipo de explosivos, que obtiveram
patentes nos EUA, Japão e outros países, têm como principal característica ser
sensíveis à espoleta, que é devido à ação sensibilizante atingida através do tamanho
apropriado dos grãos e da boa qualidade dos micro-balões com cavidade de vidro.
Em 1978, Wade publicou outro trabalho sobre a continua produção de
equipamentos e técnicas para emulsões explosivas água-em-óleo. Deve ser notado que
a publicação desta patente e do trabalho do Wade – “Emulsões Viva a Diferença” que
foi publicado em 1978, na Quarta Conferencia sobre Explosivos e Técnicas de
Detonação, mostrou que as emulsões explosivas entraram em um período de produção
industrial e aplicação no campo como um novo tipo de explosivos industriais resistentes
à água. Depois disto, surgiram muitas outras patentes sobre técnicas de controle de
densidade de emulsões, composto emulsificante, equipamento emulsificante e de
processo, caminhões de carregamento no campo, emulsões livres de água, emulsões
explosivas gelatina, emulsões explosivas ANFO, e outras, que apresentaram o rápido
desenvolvimento e as melhorias no aperfeiçoamento das técnicas de emulsões
explosivas.
A Atlas Powder Company nos EUA foi a primeira a realizar produção industrial de
emulsões explosivas para pequenos diâmetros, sensíveis a espoleta e em embalagem
de papel. É dito que esta companhia podia fornecer, em escalas diferentes, as técnicas
e um conjunto completo de equipamentos para a produção continua de emulsões
explosivas, caminhão de carregamento para trabalhos a céu aberto e, podia produzir e
vender, produtos acabados de várias especificações. Agora, o numero de
companhias (ou institutos de pesquisa), que podem vender patentes técnicas de
emulsões explosivas, fornecer serviços de consultoria, ou fabricá-las e vendê-las
aumenta continuamente. As maiores companhias são: Atlas Powder Company, Du Pont
Company, Ireco Chemical Limited nos EUA, Nitro-Nobel Company na Suécia, Japan Oil
39
Company, Japan Chemical, Beijing General Research Institute of Mining and Metallurgy
(BGRIMM), Changsha Research Institute Of Mining, Fushun Coal Research Institute,
Longyan Iron Mine No.201 Plant, Red-Flag Chamical Plant, Nanling Chemical Plant, etc.,
na China. Entre elas, A Nitro-Nobel Company é a mais ativa em várias partes do mundo.
O fato dos agentes ativos de superfície poderem melhorar as propriedades das
lamas explosivas inspiraram os técnicos e cientistas chineses a achar maneiras de
modificar a estrutura interna das lamas. A introdução total de técnicas de emulsão
conduziu ao nascimento da série EL Emulsões Explosivas – a primeira geração de
emulsões explosivas produzidas na China. Usando processo de produção de batelada,
foi construída uma planta capaz de produzir 1 500 t de emulsões explosivas série EL em
Longyan Iron Mine, na China. Os produtos foram usados em mineração subterrânea e
operações de superfície para mineração e detonações e também em túneis para”Desvio
de Água do Rio Luan para Tianjin”, um projeto com resultados satisfatórios. Na China,
os técnicos de departamentos relevantes deram grande atenção às técnicas de
emulsões explosivas, que se desenvolveram rapidamente. Isto pode ser apresentado
nos principais aspectos a seguir:
1. Novos tipos de emulsões explosivas que satisfazem as diferentes
necessidades para as condições geológicas de minério/rocha e podem ser usadas para
diferentes trabalhos de detonação e, as propriedades dos produtos estão melhorando e
se tornando estáveis o tempo todo, formando séries de produtos com características
chinesas únicas.
2. Baseado nas condições atuais na China, tecnologia de produção apropriada e
métodos de regulagem têm sido desenvolvidos e agora há disponibilidade de processos
de produção em batelada cm equipamentos e maquinário e técnicas de produção
continua com maquinário ou instrumentos apropriados. Neste ínterim, os parâmetros
de emulsificação e fatores impactantes para sistemas específicos de emulsões
explosivas tem sido muito estudados e foram sugeridas algumas técnicas para melhorar
a estabilidade das emulsões.
3. Selecionando materiais de fase-óleo e suas combinações de diferentes tipos e
viscosidades, a aparência externa das emulsões pode variar de uma gelatina de pasta
macia à dura, livre de fluxo (sem colar/aderir). Ao mesmo tempo as emulsões misturas
40
com explosivos ANFO receberam atenção (para torná-los suplemento uns dos outros) e
para se estudar, produzir e usar emulsões explosivas prill. Como conseqüência
obtiveram-se bons resultados técnicos e econômicos.
4. Na procura de materiais apropriados fase-óleo, foram desenvolvidos novos
tipos de compostos emulsificantes, técnicas de controle de densidade, e muita
experiência prática, o que baixou muito os custos de produção de emulsões explosivas.
5. Usando emulsões em detonações em minerações, estabeleceram
gradualmente as características das emulsões e as regras apropriadas de uso e podem
ser selecionadas várias taxas de combinações de acordo com os diferentes tipos de
propriedades da rocha e do minério para atingir bons resultados técnicos e econômicos.
O progresso e a performance favorável das emulsões explosivas ganharam
vantagem competitiva no desenvolvimento de explosivos industriais. Entretanto, as
emulsões não foram desenvolvidas há muito tempo e ainda há muitos problemas a
serem entendidos e estudados uma vez que são um novo tipo de explosivos
industriais.Continua sendo uma dúvida o caminho que o desenvolvimento das emulsões
irá trilhar. Muitas atividades estão sendo desenvolvidas na China sobre este assunto,
abaixo listamos as mais importantes:
1. Iniciar estudos sistemáticos sobre a teoria básica das emulsões explosivas,
que devem incluir: (a)estudo dos fatores que afetem a estabilidade das emulsões
explosivas e vários outros aditivos; (b)estudo de novos tipos (incluindo os compostos e a
qualidade dos emulsificantes como também a quantidade apropriada de sua
adição;(c)medição e estudo de comportamentos geológicos da emulsão explosiva
matriz; (d)estudo profundo das propriedades de explosão e os fatores que as afetam.
2. Desenvolver tecnologia e equipamento de produção que deve incluir:
(a)processo continuo de emulsificação e sistemas de resfriamento associados;
(b)equipamento de emulsificação de alta eficiência, maquinas de embalagem e sistemas
de controle de dosagem; (c) parâmetros adequados e condições controladas para
processos de produção em batelada.
3. Estudar em série todos os tipos e marcas de emulsões explosivas, que inclui:
(a) pesquisa de formula razoável e barata, matérias primas efetivas; (c) estudo de
41
suplemento mutuo e combinação de emulsão explosiva e explosivo ANFO para verificar
suas respectivas vantagens.
4. Estudar técnicas de aplicação, que inclui: (a) Pesquisa e Desenvolvimento para
carregamento mecanizado (incluindo ambos, caminhão para carregamento de superfície
e carregador mecânico subterrâneo) e suas aplicações apropriadas; (b) carregamento
misto de diferentes tipos de explosivos.
42
3 METODOLOGIA DA PESQUISA
Para desenvolver o projeto utilizamos algumas ferramentas aplicadas em
metodologia científica e em administração de empresas Financeira, tais como pesquisa
exploratória, pesquisa bibliográfica, entre outras.
3.1 Pesquisa Bibliográfica
Essa pesquisa é considerada o primeiro passo de qualquer pesquisa cientifica,
sendo também a mais utilizada em trabalhos de conclusão de curso de graduação e
pós-graduação lato sensu (monografia), pois recolhe e seleciona conhecimentos prévios
e informações acerca de um problema ou hipótese já organizado e trabalhado por outro
autor, colocando o pesquisador em contato com materiais e informações que já foram
escritos anteriormente sobre determinado assunto (LEONILDO & ASSOCIADOS, 2006).
Esse tipo de pesquisa bibliográfica procura explicar um problema a partir de
referências teóricas e documentos que se relaciona com o tema pesquisado. Ressalva-
se que, qualquer pesquisa exige a revisão da literatura, instrumento de pesquisa
bibliográfica, que permite compreender, analisar os conhecimentos científicos e culturais
já existentes sobre o assunto discutido.
As pesquisas qualitativas têm como abordagem valorizar os aspectos qualitativos
dos fenômenos, abrigando diferentes correntes, cujos pressupostos são contrários á
abordagem quantitativa e cujos métodos e técnicas de pesquisa são diferentes dos
abordados nos modelos experimentais (UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI, 2006).
Enquanto as pesquisas descritivas descrevem as características de determinadas
população ou estabelecimento de relações entre variáveis (LEONILDO E ASSOCIADOS
2006).
3.2 Pesquisa Exploratória
Tem por finalidade tentar conhecer e explicar os fenômenos que ocorrem nas
suas mais diferentes manifestações e a maneira como se processam os seus aspectos
43
estruturais e funcionais, a partir de uma série de interrogações. O objetivo desta é
mapear o processo de análise de investimentos. Ou seja, identificar as estratégias de
análise, as informações adquiridas e respectivas fontes, técnicas e recursos de
processamento utilizados e resultados produzidos (LEONILDO E ASSOCIADOS 2006).
Portanto a presente monografia terá sua pesquisa elaborada de forma
exploratória, pesquisando o desenvolvimento de uma nova oportunidade (produto)
dentro do próprio negócio, analisando possíveis melhorias em técnicas de
implementação, novas tecnologias, sendo também utilizada a bibliografia para
levantamento de dados conceitos técnicos, históricos, valorizando as características das
diferentes modalidades de pesquisas.
3.3 Pesquisa de Campo
A pesquisa de campo procede à observação de fatos e fenômenos exatamente
como ocorrem no real, à coleta de dados referentes aos mesmos e, finalmente, à
análise e interpretação desses dados, com base numa fundamentação teórica
consistente, objetivando compreender e explicar o problema pesquisado. Ciência e
áreas de estudo, como a Antropologia, Sociologia, Psicologia Social, Psicologia da
Educação, Pedagogia, Política, Serviço Social, usam freqüentemente a pesquisa de
campo para o estudo de indivíduos, grupos, comunidades, instituições, com o objetivo
de compreender os mais diferentes aspectos de uma determinada realidade. Como
qualquer outro tipo de pesquisa, a de campo parte do levantamento bibliográfico. Exige
também a determinação das técnicas de coleta de dados mais apropriadas à natureza
do tema e, ainda, a definição das técnicas que serão empregadas para o registro e
análise. Dependendo das técnicas de coleta, análise e interpretação dos dados, a
pesquisa de campo poderá ser classificada como de abordagem predominantemente
quantitativa ou qualitativa. Numa pesquisa em que a abordagem é basicamente
quantitativa, o pesquisador se limita à descrição factual deste ou daquele evento,
ignorando a complexidade da realidade social (LEONILDO E ASSOCIADOS 2006).
Portanto esse método nos possibilita a observação do processo atual, estudo,
analise, observação do processo na pratica. Com essa base vamos teremos melhor
44
embasamento da operação prática de exploração de minas subterrâneas. criando assim
um conceito diferenciado daquele onde apenas estuda-se teoricamente o processo, sem
poder vivenciar a realidade. Sem duvida essa experiência vai proporcionar uma visão
diferente, com uma base sólida sobre o assunto, porque nada melhor do que vivenciar a
pratica para o aprendizado.
3.4 Histórico da Indústria
A Orica Brasil é uma empresa, cujo sua Matriz se localiza na Austrália,
compreende 45% do mercado Brasileiro, mantendo sua liderança em diferentes
segmentos como construção civil e mineração, na fabricação de Explosivos e
Acessórios – para grandes companhias de mineração no País, bem como para paises
de todos os continentes.
Os clientes encontram soluções completas na Orica. Além de fornecer explosivo e os
acessórios industriais, a Orica oferece também serviços com uma equipe técnica
experiente e altamente qualificada. Essa competência técnica é uma das vantagens
mais importante da Orica no mercado Brasileiro e internacional, que faz com que ela
seja líder de mercado, um líder de confiança.
Objetivo da Indústria
A Orica Brasil tem por objetivo, a busca implacável os melhores resultados
financeiros, como sustentação e sucesso dos seus clientes, possui como ponto forte,
tecnologia e Assistência Técnica, eficiência e qualidade, segurança do Trabalho e
Preservação Ambiental. Esses são os princípios, cujos, são construídos na companhia,
líder de mercado, reconhecido por clientes e por acionistas, como um exemplo do
negócio proeminente de um futuro promissor.
45
Produtos Fabricados
Na fábrica de Lorena são produzidos explosivos e acessórios. São fabricadas
também matérias-primas para a utilização na fabricação de explosivos e acessórios.
Entre elas destacam-se :
- NP (Nitropenta)
- AZIDA de CHUMBO
Os principais tipos de explosivos são:
AMPLEX (Booster de alta potência). As séries de reforçadores (booster) amplex
obedecem aos mais rigorosos princípios da detônica, foram projetados para que
ofereçam o máximo desempenho nas operações de iniciação de explosivos. É composto
com uma carga de 50% de Nitropenta e 50% de TNT.
1) EMULSÃO DE NITRATO DE AMÔNEA
É um explosivo que pela sua consistência, facilita o carregamento de furos com as mais
variadas inclinações e níveis hidrostáticos, apresenta resistência à água. Usado em
minerações a céu aberto, em furos a partir de 49 mm de diâmetro.
Os principais tipos de acessórios são:
2) MANTESPO
É a espoleta simples e instantânea, destinada a iniciar cargas explosivas de
pequeno diâmetro, boosters e cordéis detonantes, por meio de estopim. É composta por
uma carga de Azida de chumbo e uma carga de Nitropenta. MANTITOR (Cordão Ignitor)
É um cordão fino, flexível e incendiário que queima com chama vigorosa. Sua principal
função é eliminar a necessidade de acender cada estopim individualmente, permitindo
tiros seqüenciais usando estopim. EXEL é um tubo de plástico capaz de transmitir ultra-
rápido uma onda deflagradora permitindo na outra extremidade a iniciação de uma
46
espoleta. É um sistema de iniciação não elétrico e é composto no seu interior por uma
massa, que provém da mistura de HMX e Alumínio em pó.
3) MANTICORD (Cordel Detonante)
É um acessório de detonação para dar continuidade. Inicia simultaneamente
cargas explosivas e também pode ser usado como explosivo. Sua aplicação é feita em
operações de desmonte de rocha a céu aberto e subsolo. Seu núcleo é composto de
Nitropenta. São fabricados dois tipos de cordel:
- Manticord (Cordel revestido com uma capa isolante de polietileno)
- Cordtex (Cordel revestido por uma capa de cera de abelha)
4) MANTESPO ll
Acessório de detonação não elétrico que possui um tempo de retardo na ordem
de segundos. É usado em minerações, em subsolo e em construções civis em geral.
5) MANTELEC
Acessório de detonação usado para iniciar simultaneamente e a distância, cargas
explosivas por meio de corrente elétrica. Os tipo “alta amperagem’’ são de alta
segurança contra correntes elétricas parasitas, de origem dinâmica.
Principais Clientes
Os principais Clientes da Orica Brasil São: Cia. Vale do Rio doce, Anglo Gold,
Votorantim, Lafarge, Holcin, Yamana, Andrade Gutierrez, Camargo Correa, Norberto
Odebrecht, entre outros.
A evolução alcançada e a aceitação incondicional dos produtos de sua fabricação
se devem, principalmente, à eficiência do seu corpo técnico, ao alto nível de qualidade
apresentado e a assistência técnica e efetiva oferecida pela indústria aos seus
consumidores.
Naturalmente, que outros aspectos de caráter técnico ou mesmo de aplicação
poderiam ser aqui apontadas. Considerando, entretanto, a complexidade do problema e
47
a variedade dos produtos, deixamos o assunto a cargo de para ser apontada com mais
clareza em uma outra oportunidade, isso por desviar do nosso objetivo principal.
Missão da Empresa
Ser o melhor fornecedor de produtos e serviços ao mercado consumidor de
explosivos, desenvolvendo nossa posição de liderança e buscando um
crescimento rentável;
Satisfazer as necessidades dos clientes, garantindo a excelência em tecnologia,
assistência técnica e qualidade;
Desenvolver e valorizar o homem, o profissionalismo e o espírito de equipe de
nossos colaboradores;
Manter o comprometimento com a máxima Segurança, Saúde Ocupacional e
Meio Ambiente.
Princípios da Empresa
SH&E (Segurança, saúde ocupacional e meio ambiente).
Propriedade Comercial.
Soluções criativas para o cliente
. Trabalhar juntos.
48
4 LEVANTAMENTO TÉCNICO
Foi analisado dentro de uma organização (Órica) todo o processo de exploração
em minas subterrâneas, onde é utilizado um produto tecnologicamente defasado
(ANFO). Para comparar foi realizado uma análise de um produto (Handbulk) com a
mesma utilidade, que está ganhando grandes proporções no mercado, pois é mais
avançado tecnologicamente e que em muitas empresas vem substituindo os explosivos
granulados. Com esta análise criamos uma base de informações para as vantagens e
desvantagens.
Esse levantamento foi elaborado através de pesquisas de campo, apoio da
empresa para fornecimento de dados, como também através de pesquisas
bibliográficas, em sites, etc.
4.1 Desvantagens da Aplicação de Explosivo Granulado (ANFO) em Mineração
Subterrânea
Os explosivos granulados, desde a chegada no cliente exige maior numero de
funcionários para seu descarregamento, gerando mais horas trabalhadas com
incremento de periculosidade que são crescidas de 30%;
Alguns pontos fracos dos explosivos granulados, em todo o seu processo:
Exige paiol maior para armazenagem das sacarias;
Ocorre o empedramento do mesmo caso não seja consumido em tempo apropriado,
necessita de transporte auxiliar para armazená-lo no paiol do subsolo e para
transportá-lo para as frentes do trabalho.
Exige nova mão de obra para transporte do mesmo no interior da mina;
Sua utilização nos vasos sob pressão são riscos constantes a cada utilização;
Necessitam de compressores portáteis ou uma estação de ar comprimido na mina
para aplicação, geralmente com desperdício de ar comprimido;
Necessita de mangueiras para ar de comprimento razoável para aplicação, o que
causa desperdício de tempo no final do carregamento e aumenta o custo,
49
Entupimentos constantes das mangueiras que aplicam o material devido sujeira
provocada nos reabastecimentos de material no vaso de pressão;
Blasters (especialistas credenciados em aplicação de explosivos) não conseguem
sua aplicação homogenia a cada furo ou frente de trabalho, pois não conseguem
pressão constante e nem tampão iguais para todos os furos, com isto existem furos
com produto em maior ou menor quantidade, furos bem adensados e furos pouco
adensados, o que compromete o resultado do desmonte e os custos;
Ocorre o desperdício de material devido sopro do produto antes de serem
pulverizados;
O explosivo que é pulverizado é desperdiçado porque o mesmo é soprado para fora
do furo e não pode ser utilizado em furos úmidos;
Em furos ascendentes de diâmetros maiores, exigem pressões de trabalho com ar
comprimido maiores, ocorre a queda excessiva de material devido à dificuldade de
agregação às paredes de furo;
Em furos longos pode ocorrer a geração de energia estática, devido ao atrito do
produto que retorna pelas paredes do furo em contato com a parte externa da
mangueira de carregamento;
Geração de resíduos das embalagens e do material desperdiçado;
Re-trabalho com utilização de mão de obra e equipamento com as sobras, e riscos
de perder material que as embalagens danificam;
Aspiração pelas pessoas que trabalham na atividade de carregamento do material
que pulveriza e retorna do furo carregado;
Riscos de queimadura na pele, devido contato com o material;
Gera mais gases após detonação, necessitando mais tempo para retorno a frente de
trabalho, após desmonte;
Caso ocorra falha de furo, dificuldade de limpeza, pois o produto congela dentro do
mesmo, aumentando risco da atividade;
Quando cai em poças de água durante o carregamento gera gases que podem até
paralisar a atividade por algum tempo, devido ao risco de contaminação; como
podemos notar o produto granulado desde a chegada ao cliente, a aplicação e após
sua utilização, requer número maior de mão de obra, espaços de armazenagem,
50
equipamentos de transporte. Além dos de aplicação e geração de resíduos, e
eficiência no desmonte menor comparada com emulsão bombeada.
Fluxograma Anfo
ANFO
Fabricação em
embalagens de
25 kg.
ANFO
Fabricação em
embalagens de
25 kg.
Descarrega nos
paióis da
superfície
Carregamento
para transporte
até mina
Descarga e
estocagem nos
paióis subsolo
Carregamento
dos veículos até
frentes de
trabalho
Carregamento
dos veículos até
frentes de
trabalho
Carregamento
dos vasos sob
pressão
Transportado
por carreta ou
caminhão
Figura 2: Fluxograma Anfo
Fonte: Orica Brasil (2007)
51
4.2 Performance Anfo
Propriedade ANFO
Densidade (g/cm3
) 0,80
Diâmetro mínimo do furo (mm) 51
Profundidade máxima do furo (m) 50
Comprimento máximo da carga (m) 45
VOD Típico (km/s) 3,5
Energia Efetiva Relativa (REE)
Peso Relativo da Força
Força Relativa ANFO
100
100
Pentex ou Primer
recomendado para furos
de diâmetro mínimo
> ou = 102 PPP
64 - 102mm H
Tipo de Furo Seco
Sistema de Distribuição Vaso sob pressão
Profundidade máxima de aplicação (m) 50m – profundidade do
furo
Saída de CO2 (kg/ton) 130
Tempo de Estocagem 3 meses
Tabela 3: Performance
Fonte: Orica Brasil (2007)
52
Figura 3: Frente de lavra
Fonte: Orica Brasil (2007)
Figura 4: Perfuração das frentes de serviço
Fonte: Orica Brasil (2007)
53
Fonte: Órica Brasil
Figura 5: Carregamento com ANFO
Fonte: Orica Brasil (2007)
4.3 Emulsão Handbulk (emulsão bombeada)
4.3.1 Descrição (Produto sugerido como inovação)
Handbulk é uma emulsão explosiva bulk (bombeada) sensível a iniciador,
especialmente projetada para aplicações em minerações pequenas, pedreiras e
construções em ambas condições, secas e molhadas.
O Handbulk tem uma aparência de fluido opaco, similar em viscosidade ao óleo
pesado ou à graxa leve. O Handbulk é distribuído através de um sistema de
fornecimento Maxipump (maxi bomba) ou bomba de cavidade progressiva, que combina
a emulsão não-explosiva com um sensibilizador para distribuir o produto explosivo no
furo. O sistema de distribuição Maxipump ou cavidade progressiva é baseado em uma
bomba de pistão de ar acoplado a um tanque com tamanho adequado para aplicação
54
manual ou da mesma forma por uma bomba de cavidade progressiva. O produto
Handbulk é manufaturado e pode ser distribuído com controle preciso, usando controles
eletrônicos de aplicação em uma taxa adequada para melhorar a sua produtividade.
Fluxograma – Handbulk Emulsão Bombeada
Emulsão
Matriz
Cap. 50 ton.
Transportado
por carreta
tanque
Nitrito de Sódio
Cap. 1 ton.
Tanque solução
Nitrito de Sódio
Cap. 0,2 ton.
Repump
Cap. 3,0 ton.
Carregamento
dos furos
subsolo
Transportado
por caminhões
tanque
Figura 6: Fluxograma – Handbulk Emulsão Bombeada
Fonte: Orica Brasil (2007)
55
4.4 Performance Handbulk
Propriedade Handbulk
Densidade (g/cm3
) 1.20
Diâmetro mínimo do furo (mm) 76
Profundidade máxima do furo (m) 50
Comprimento máximo da carga (m) 45
VOD Típico (km/s) 4.4 – 6.3
Energia Efetiva Relativa (REE)
Peso Relativo da Força
Força Relativa Bulk
105
157
Pentex ou Primer
recomendado para furos
de diâmetro mínimo
> ou = 102 PPP
64 - 102mm H
Tipo de Furo Seco, Molhado ou Drenado
Sistema de Distribuição Bombeado
Profundidade máxima de aplicação (m) 50m – profundidade do
furo
Saída de CO2 (kg/ton) 113
Tempo de Estocagem 6 meses
Tabela 4: Performance
Fonte: Orica Brasil (2007)
56
4.5 Recomendações para Uso
4.5.1 Solo Reativo
Produtos baseados em nitrato de amônia, como Handbulk, podem reagir com
materiais piriticos no solo e criar situações potenciais de risco.
4.5.2 Temperatura do Solo
Estes produtos estão disponíveis para uso em solo com temperaturas de oº a um
máximo de 55ºC. Se a sua aplicação necessita operar fora desta faixa de temperatura,
entrar em contato com o fornecedor para receber orientações sobre os procedimentos.
4.5.3 Tempo de Gaseificação
O tempo de gaseificação do Handbulk depende da temperatura. A sensibilização
típica se completará em 30 minutos. Pelos menos um intervalo de 60 minutos deve
existir entre o carregamento e o estancamento dos furos quando a temperatura do
produto estiver abaixo de 25ºC.
4.5.4 Características de Segurança
O Handbulk é relativamente insensível à iniciação acidental por choque, fricção
ou impacto mecânico sob condições normais de uso. A detonação pode ocorrer a partir
de impacto forte ou aquecimento excessivo, particularmente sob condições de
confinamento. Não há efeitos adversos à saúde se o produto for manuseado de acordo
com as recomendações. Se houver contato com qualquer parte do corpo, lave com água
abundante e sabão.
4.5.5 Qualidade do Produto
Os explosivos bulk são manufaturados e carregados usando um processo de
qualidade certificado pela ISO 9001. As emulsões explosivas Handbulk foram
desenvolvidas na Austrália especificamente para a industria de mineração e construção
usando processos de Engenharia e Pesquisa certificados pela ISO 9001.
57
4.6 A ISO 9001
A série ISO 9000 é um conjunto de normas que formam um modelo de gestão da
qualidade para organizações que podem, se desejarem, certificar seus sistemas de
gestão através de organismos de certificação. Foi elaborada através de um consenso
internacional sobre as práticas que uma empresa pode tomar a fim de atender
plenamente os requisitos de qualidade do cliente. A ISO 9000 não fixa metas a serem
atingidas pelas empresas a serem certificadas, a própria empresa é quem estabelece as
metas a serem atingidas. A sigla ISO denomina a International Organization for
Standardization, ou seja, Organização Internacional de Normalização. Ela é uma
organização não governamental que está presente hoje em cerca de 120 países. Esta
organização foi fundada em 1947 em Genebra, e sua função é promover a
normatização de produtos e serviços, utilizando determinadas normas, para que a
qualidade dos produtos seja sempre melhorada. No Brasil, o órgão que representa a
ISO chama-se ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). A ISO 9000 é um
modelo de padronização. A organização deve seguir alguns passos e atender alguns
requisitos da ISO 9001 para serem certificadas, dentre esses requisitos podemos citar:
• Padronização de todos os processos chaves do negócio, processos que afetam o
produto e conseqüentemente o cliente;
• Monitoramento e medição dos processos de fabricação para assegurar a
qualidade do produto/serviço, através de indicadores de performance e desvios;
• Implementar e manter os registros adequados e necessários para garantir a
rastreabilidade do processo;
• Inspeção de qualidade e meios apropriados de ações corretivas quando
necessário; e
• Revisão sistemática dos processos e do sistema da qualidade para garantir sua
eficácia. (PORTALQUALIDADE, 2007).
58
5 DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Após análise da pesquisa pode-se notar a grande diferença entre os produtos,
tendo em vista que foram analisados para o mesmo fim, ou seja, desmonte de rochas
em minas subterrâneas, mostrando-se bem diferentes nas comparações.
Com as vantagens e desvantagens apresentadas pode-se observar que o ANFO
apresenta inúmeras desvantagens em relação do Handbulk, desde o transporte após a
fabricação, carga e descarga nos paióis, armazenamento, manuseio, transporte até o
ponto de utilização dentro da mina, ergonomia, embalagem, resíduos, produtividade,
geração de gases, segurança na aplicação, performance de trabalho e meio ambiente
pelo descarte de embalagens.
O desperdício do próprio material durante a aplicação é grande, por ocorrer o
sopro antes do produto ser pulverizado. Durante a pulverização o produto é
desperdiçado por efeito do sopro para fora do furo e não pode ser utilizado em furos
úmidos por ser hidroscópico. Os cuidados para manuseio, aplicação, os recursos
necessários como mangueiras, compressores de ar comprimido, vasos sob pressão,
veículos especiais para transporte, tudo impacta diretamente na eficiência e custos
gerados pelo produto durante o processo.
A emulsão bombeada (Handbulk) tem grandes vantagens conforme a pesquisa
mostrou. Dentre elas podemos citar o menor custo de fabricação, menor manuseio do
produto acabado, produtividade no transporte e aplicação, menor risco em relação a
saúde ocupacional e segurança dos funcionários envolvidos no processo, pois melhora
o ar do ambiente da operação, pela eliminação da poeira de Nitrato de amônia oriundo
da utilização do ANFO, e vasos sob pressão para aplicação. Os espaços para
armazenagem são menores e mais seguros, uma vez que o produto só se torna
explosivo após o bombeamento nos furos, atendimento as normas de meio ambiente
pois não há embalagens a serem descartadas no desmonte. O aumento da
produtividade do desmonte também é outro fator relevante, por possuir melhor relação
custo x benefício.
Para tanto o produto ANFO está defasado em comparação ao Handbulk. Tendo
em vista as vantagens e desvantagens demonstradas pela pesquisa realizada sobre os
produtos utilizados (ANFO) e o produto sugerido (Handbulk).
59
CONCLUSÃO
O presente Trabalho de Conclusão de Curso propôs uma mostra aos discentes
da Fatea, bem como a profissionais interessados na busca de Novas Oportunidades de
Negócio dentro do próprio cenário, principalmente do seguimento de mineração, mas
precisamente em exploração de minas subterrâneas, demonstrando as oportunidades
que podem ser descobertas com uma análise dos cenários do mercado, do processo ou
até mesmo da própria organização, sem a necessidade de grandes investimentos.
Além das análises e resultados apresentados, deve-se conhecer na prática, o
perfil da empresa em que se trabalha, para assim desenvolver um planejamento
adequado às necessidades da organização, por isso a importância da prática
profissional para os alunos, pois não adiantaria o conhecimento de planejamento
estratégico sem o conhecimento, a convivência a pratica do mercado, onde se buscará
a implementação de um planejamento em busca de novas oportunidades.
O conhecimento adquirido no curso está intrinsecamente ligado ao conhecimento
prático, tornando-se assim importante fonte de conhecimento para o crescimento
profissional dos administradores de empresa.
Proposição do plano de melhoria futura
Com os resultados obtidos a partir do processo de movimentação da análise
efetuada, podemos sugerir as seguintes melhorias com a substituição do ANFO pelo
Handbulk (Emulsão bombeada), tendo em vista que o produto atual (ANFO) está
defasado tecnologicamente.
Diminuição da perfuração específica com o aumento da malha;
Aumento da capacidade de produção de perfuração e desmonte;
Maior produtividade na operação de carregamento dos furos devido a menor
necessidade de reabastecimento da unidade (em comparação com os “anfo loaders”
= vazos sob pressão para carregamento) e kg/min;
Controle efetivo da quantidade de explosivo carregado por furo;
Melhoria em saúde ocupacional e atendimento as normas internacionais de
manuseio de peso devido à eliminação das embalagens de 25 kg do ANFO.
60
Atendimento às normas de meio ambiente quanto à destinação das embalagens do
produto utilizado no desmonte.
Facilidade de estocagem, pois a emulsão matriz é um oxidante e não explosivo;
Maior segurança em todas as etapas das operações de carregamento e
armazenagem, uma vez que o produto torna-se explosivo somente após o
bombeamento;
Possibilidade de variação na energia aplicada pela alteração da densidade do
produto final;
Melhora na qualidade do ar do ambiente da operação, pela eliminação da poeira de
Nitrato de Amônia oriunda do bombeamento do ANFO;
Melhora na fragmentação, proporcionando:
Menor índice de fogo secundário;
Menor desgaste e conseqüente custo de manutenção dos equipamentos de
escavação e transporte, pelo manuseio de material melhor fragmentado;
Melhora na produtividade de escavação e transporte (horizontal e vertical);
Melhora na produtividade da britagem e moagem.
Redução global do custo de produção.
Melhora no rendimento dos desmontes por maior avanço em m;
Redução do ciclo operacional do desenvolvimento;
Redução do custo do desenvolvimento (R$/m de avanço);
Melhora na fragmentação/arranque, aumentando a produtividade de carregamento
na escavação e transporte.
Redução no custo de supply chain (cadeia de suprimentos)
Redução no custo do inventário ( produtos em estoque superfície e subsolo);
Melhora na condição ergonômica dos trabalhadores pelo não manuseio de sacos e
caixas.
Podemos sintetizar os benefícios pela aplicação deste sistema de desmonte, através
da figura esquemática abaixo:
61
Figura 7: Diagrama de Ishikawa
Fonte: Orica Brasil (2007)
PPrreeppaarraaççããoo ddoo ddeessmmoonnttee
BBllaassttiinngg
PPóóss -- ddeessmmoonnttee
Tempo de
carregamento
Carga
Unidade de bombeamento
bombeamento Cost
Diluição
Segurança
Custos operacionais
Manutenção de equipamentos
Tempo de carregamento e limpeza
Segurança e meio ambiente
Britagem primária
Remoção
Tonelada
desmontada
Controle de piso
Fogo secundário
Fragmentação
Início
Bombeamento e manuseio
Custo de perfuração
CostsSegurança
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PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO: Oportunidades de Negócios em uma Indústria de Exploração Mineral

  • 1. 1 FACULDADES INTEGRADAS TERESA D´ÁVILA Curso de Administração de Empresas JORGE LEDOINO DE SALES JUNIOR – Finanças GLÁUCIO CARDOSO – Recursos Humanos PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO: Oportunidades de Negócios em uma Indústria de Exploração Mineral Lorena – SP 2007
  • 2. 2 FACULDADES INTEGRADAS TERESA D´ÁVILA Curso de Administração de Empresas JORGE LEDOINO DE SALES JUNIOR – Finanças GLÁUCIO CARDOSO – Recursos Humanos PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO: Oportunidades de Negócios em uma Indústria de Exploração Mineral Monografia apresentada ao Curso de Administração de Empresas das Faculdades Integradas Teresa D´Ávila - FATEA, como exigência à parcial obtenção do título de Bacharel em Administração de Empresas. Professor Orientador: Prof. Esp. André Alves Prado Lorena – SP 2007
  • 3. 3 JORGE LEDOINO DE SALES JUNIOR – Finanças GLÁUCIO CARDOSO – Recursos Humanos PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO: Oportunidades de Negócios em uma Indústria de Exploração Mineral Monografia apresentada ao Curso de Administração de Empresas das Faculdades Integradas Teresa D´Ávila - FATEA, como exigência à parcial obtenção do título de Bacharel em Administração de Empresas. Aprovado em: ____/____/_____ BANCA EXAMINADORA ____________________________________________________________________ Prof. Me. Henrique Martins Galvão Prof. Esp. André Alves Prado ______________________________________________________________________ Prof. Esp. Mirtes Ribeiro Junior
  • 4. 4 DEDICATÓRIA Dedicamos este trabalho a Deus e nossas famílias, que nos apoiaram e deram forças nas horas difíceis.
  • 5. 5 AGRADECIMENTOS A Deus acima de tudo, que sempre nos deu forças para superar cada obstáculo que surgia em nosso caminho, que não nos deixou desanimar. Aos nossos familiares, colegas e professores da Fatea que nos toleraram e apoiaram durante todo este período.
  • 6. 6 EPÍGRAFE “Podemos escolher o que semear, mas somos obrigados a colher o que semeamos”.
  • 7. 7 RESUMO CARDOSO, Gláucio., SALESS, Jorge. Oportunidades de Negócios em uma Industria de Exploração Mineral – Lorena – 2007, 64 p., Trabalho de Conclusão de Curso – Graduação em Administração com Habilitação em Recursos Humanos e Finanças, Faculdades Integradas Teresa D’Ávila – FATEA, Lorena. O presente trabalho visa mostrar se empresas podem estar deixando de aproveitar oportunidades dentro da sua própria área de atuação. Mostrar às empresas, que dentro do seu próprio negócio existem lacunas importantes da qual podem não ter conhecimento, ou então, o seu próprio processo pode estar dificultando o acesso ao caminho, ou seja, visualização de novas oportunidades. A partir de uma análise dos ambientes internos e externos, pode-se em seus respectivos mercados de atuação, tentar a identificação de fatores que possam a vir a melhorar, e ou prejudicar, projetos, negócios, pela quebra da cronologia de implantação, gerado entre outros fatores pelo imediatismo na apresentação de resultados. Para isto, esta monografia define os termos planejamento estratégico, Gerenciamento Estratégico, Análise SWOT, Sinergia, Oportunidades de Negócios, além de descrever todo o desenvolvimento técnico de produtos para aplicação na exploração mineral, tipos de desmonte e características das mesmas. Após a apresentação da história dos produtos, a descrição do processo de exploração em minas subterrâneas, o trabalho apresenta a análise de um produto de uma organização, defasado em relação a outro com os mesmos propósitos de vantagens e termos de aplicação e lucro, mostrando que a organização pode estar perdendo uma grande oportunidade de desenvolvimento em sua área. Acreditamos ser o tema de grande relevância para estudantes da área de administração, pois visa explanar a importância do crescimento em qualquer organização, que podem encontrar em sua rotina organizações inseridas em áreas com grandes oportunidades podendo não aproveitá-las ou mesmo identificá-las. As oportunidades não aparecem a toda hora, portanto o gestor tem que estar atendo a todos os aspectos organizacionais, tanto internos quanto externamente. Palavras-chave: Planejamento Estratégico, Análise SWOT, Gerenciamento Estratégico.
  • 8. 8 ABSTRACT CARDOSO, Gláucio., SALESS, Jorge. Business Opportunities in a Mineral Explotation Industry – Lorena – 2007, 64 p., Work for Course Conclusion– Graduation in Administration with license in Finance and Human Resources, Faculdades Integradas Teresa D’Ávila – FATEA, Lorena. The present works aims to present IF the companies are loosing opportunities within their actuation area. To show to the companies that within their own areas there are important open spaces that they may not know or, their own process, may be impeding the access to the way, i.e., to visualize new opportunities. Through an analysis of internal and external environments, it is possible within the respective actuation markets, try to identify factors that may improve or prejudice projects and business, due to the lack of implantation chronology, generated, among other factors, by the immediate need to present results. For that, this monograph defines the terms Strategic Planning, Strategic Management, SWOT Analysis, Synergy, Business Opportunities, beyond describing all the products technical development applied at the Mineral Exploitation, types of dismount and their characteristics. After the presentation of the History of the products, the description of the exploitation process of underground quarries, the work presents the analysis of a product from one organization, differing from another with the same purpose of advantages and application and profit, showing that the organization can be loosing a big development opportunity in its area. We believe this subject if of great relevance for the administration area students once it aims to explain the importance of growth in any organization, because in their routine they can find organizations in areas with great growing opportunities and not able to identify or take advantage of them. Opportunities do not appear every hour so the administrator has to pay attention to all aspects of the organization being them internal or external. Key words: Strategic Planning, SWOT Analysis, Strategic Management.
  • 9. 9 SUMÁRIO RESUMO............................................................................................................................7 ABSTRACT...................................................................................................................... 8 LISTA DE TABELAS ..................................................................................................... 11 LISTA DE FIGURAS...................................................................................................... 12 1 INTRODUÇÃO.......................................................................................................... 13 1.1 Exposição do Assunto....................................................................................... 14 1.2 Problema de Pesquisa...................................................................................... 15 1.3 Justificativa para escolha do tema .................................................................... 16 1.4 Objetivos........................................................................................................... 17 1.4.1 Objetivo Geral .............................................................................................. 17 1.4.2 Objetivos Específicos................................................................................... 17 1.5 Delimitação do trabalho .................................................................................... 18 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA................................................................................ 19 2.1 Conceito de Planejamento Estratégico ............................................................. 19 2.2 Análise SWOT ................................................................................................... 20 2.3 Alternativas de posicionamento estratégico....................................................... 22 2.4 Conceito de Sinergia.......................................................................................... 23 2.5 Conceito de Gerenciamento Estratégico............................................................ 24 2.6 Diagrama de Ishikawa, ou Espinha-de-Peixe .................................................... 24 2.7 Desenvolvimento técnico de explosivos industriais ........................................... 26 2.8 Definição e Tipos de Explosivos Emulsão ......................................................... 31 2.9 Tipos de Explosivos Emulsão ............................................................................ 33 2.9.1 Emulsão explosiva em cartuchos.................................................................. 34 2.9.2 Explosivos emulsão ensacados .................................................................... 34 2.9.3 Explosivos emulsão Bulk .............................................................................. 34 2.9.4 Produtos líquidos emulsoid........................................................................... 35 2.9.5 Explosivos mistura de ANFO e emulsoid...................................................... 35 2.10 Exemplos de vários tipos de produtos .......................................................... 36 2.11 Desenvolvimento de Emulsões Explosivas.................................................... 36 3 METODOLOGIA DA PESQUISA ............................................................................. 42
  • 10. 10 3.1 Pesquisa Bibliográfica....................................................................................... 42 3.2 Pesquisa Exploratória ....................................................................................... 42 3.3 Pesquisa de Campo.......................................................................................... 43 3.4 Histórico da Indústria ........................................................................................ 44 4 LEVANTAMENTO TÉCNICO.............................................................................. 48 4.1 .........Desvantagens da Aplicação de Explosivo Granulado (ANFO) em Mineração Subterrânea.................................................................................................................... 48 4.3 Emulsão Handbulk (emulsão bombeada) ......................................................... 53 4.3.1 Descrição (Produto sugerido como inovação) ............................................... 53 4.4 Performance Handbulk ..................................................................................... 55 4.5 Recomendações para Uso................................................................................ 56 4.5.1 Solo Reativo................................................................................................... 56 4.5.2 Temperatura do Solo ..................................................................................... 56 4.5.5 Qualidade do Produto .................................................................................... 56 4.6 A ISO 9001 ...................................................................................................... 57 5 DISCUSSÃO DOS RESULTADOS .......................................................................... 58 CONCLUSÃO ................................................................................................................ 59 Proposição do plano de melhoria futura......................................................................... 59 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.............................................................................. 62
  • 11. 11 LISTA DE TABELAS Tabela 1: Representação gráfica, clássica, da análise SWOT ...................................... 21 Tabela 2: Aspectos a serem considerados na análise SWOT....................................... 22 Tabela 3: Performance .................................................................................................. 51 Tabela 4: Performance .................................................................................................. 55
  • 12. 12 LISTA DE FIGURAS Figura 1: Diagrama de Ishikawa ou Espinha-de-Peixe................................................. 25 Figura 2: Fluxograma Anfo.......................................................................................... 50 Figura 3: Frente de lavra ............................................................................................... 52 Figura 4: Perfuração das frentes de serviço.................................................................. 52 Figura 5: Carregamento com ANFO.............................................................................. 53 Figura 6: Fluxograma – Handbulk Emulsão Bombeada ................................................ 54 Figura 7: Diagrama de Ishikawa.................................................................................... 61
  • 13. 13 1 INTRODUÇÃO Devido ao cenário atual, as empresas têm de se manter atentas em todas as esferas do mercado, para continuar crescendo e enfrentando os concorrentes. Hoje em dia qualquer segmento é competitivo e não pode se acomodar, um pequeno descuido pode significar uma grande perda, seja de um cliente, uma venda ou a totalidade de um contrato promissor. Isso pode parecer insignificante, mas sem dúvida alguma pode ser o início de uma decadência. Qualquer fatia de mercado merece grande atenção, pois a junção de todas faz parte de um segmento e a organização está ligada a este, qualquer parte do segmento que seja atingido vai prejudicar todo o conjunto. Outro aspecto ao qual as organizações têm de se manter atentas é a forma de relacionamento com o a empresa, os stakeholders (todas as pessoas ou empresas que influenciam ou são influenciadas pela organização), isso porque eles são a razão de existir de qualquer organização. A atenção não deve estar voltada apenas para o ambiente externo, é preciso buscar o aproveitamento das forças, oportunidades que possam estar no ambiente interno. Como o ambiente externo, o interno também possui grandes possibilidades para crescimento, quer seja na diminuição dos custos diretos ou indiretos, aumento de produtividade, sinergias, aplicação de novas tecnologias, etc. É possível que algumas oportunidades possam estar perdidas no mercado por falta de investimentos das empresas nos próprios negócios, em ativos ou recursos humanos. Talvez pela comodidade com os resultados presentes ou miopia estratégica de médio e longo prazo, não se preocupando em desenvolver novos produtos, técnicas de aplicação por intermédio de treinamento de pessoal ou de identificação de novas oportunidades. Isto pode provocar o enxugamento do mercado? Abrindo oportunidades dentro de seu portfólio (carteira de clientes) de clientes para empresas entrantes ou antigos fornecedores que passam à uma empresa integrada, com novas propostas que visam melhorar o desempenho. Dentro do novo contexto empresarial criado pela globalização dos mercados, a cada dia novas tecnologias, novas tendências, surgem no mundo dos negócios e é preciso estar em constante movimento de renovação e pesquisa, adaptando-se às inovações para não perder a oportunidade de aumentar o crescimento, rentabilidade e market share (participação de mercado).
  • 14. 14 Nosso estudo procurará demonstrar os resultados, técnicos e comerciais, de um produto com maior tecnologia agregada, em substituição a outro defasado tecnologicamente, podendo sugerir oportunidades ainda não identificadas dentro de uma visão custo x benefício, aumentando o market share em aproximadamente 20%. Será desenvolvida uma pesquisa em empresa de mineração, na tentativa de identificar oportunidades para novos produtos e técnicas de aplicação, no intuíto de obter maiores lucros nos negócios para clientes e fornecedores, na autêntica procura da relação de parcerias entre as empresas. 1.1 Exposição do Assunto O Planejamento Estratégico procura identificar os fatores competitivos de mercado e potencial interno, para atingir metas e planos de ação que resultem em melhor aproveitamento, com base na análise sistemática de mudanças ambientais previstas para um determinado período. Sem o beneficio de uma estratégia unificadora, setores diferentes da organização podem desenvolver respostas distintas, contraditórias e ineficazes, o que pode resultar em um desencadeamento de energias das quais a empresa poderá aplicar recursos em diferentes projetos com o mesmo objetivo. Portanto o planejamento estratégico busca um modelo de decisões coerentes, unificado e integrador, no qual determina e revela propósitos da organização, desde a missão, programas de ação, até as prioridades para alocação de recursos. Com base na aplicação estratégica, pretende-se buscar as oportunidades de negócio dentro do próprio negócio, ou seja, pesquisar junto a uma empresa, a ser estudada, a existência de oportunidades de ampliação do mercado ou resultados financeiros em que atua, tendo como base a infra-estrutura e portfólio (carteira de produtos) de produtos existentes, sem a necessidade de grandes investimentos, buscando demonstrar que pequenas mudanças em seus processos e setup (programação de equipamentos) obtêm oportunidades de novos negócios para seus produtos e serviços, captando e agregando valor às práticas e produtos existentes ou em novos projetos. Muitas empresas acomodam-se por obterem bons resultados, não visualizando em seu processo defasagem tecnológica nos serviços ou produtos, uma vez que as
  • 15. 15 margens percebidas lhe são suficientes e estão alinhadas com o orçamento. Sem precisar sair da área de atuação, o que na maioria das vezes provoca a quebra nas relações de mercado como empresa entrante, as companhias podem ampliar seus resultados a partir de um simples processo de assistência técnica no atendimento ao cliente, por exemplo, identificando as dificuldades e buscando o desenvolvimento de facilidades criando vínculos importantes em seu negócio. As miopias estratégicas, imperceptíveis tanto a no curto prazo, como a médio e longo provocam a instabilidade de toda a corporação, resultando em perda expressiva de mercado que se traduzirá em menor lucro, menor competitividade, e risco de saída do mercado. 1.2 Problema de Pesquisa Com a globalização da economia e a integração dos mercados mundiais, as empresas deixaram de enxergar apenas o quintal de suas casas, ou seja, seu mercado interno passou a sofrer pressões de concorrentes de todo o mundo. Isto talvez vem provocando a falência de muitas organizações despreparadas para mercados globais. Tal situação deve-se a falta de planejamento para mudanças, atualização tecnológica, mudança de cultura e ajustes internos que se fazem necessários para garantir a sobrevivência das mesmas. Administradores, podem não ter uma clara visão de como planejar e implementar tais mudanças de maneira segura. Muitas vezes depara-se com várias estratégias e a dúvida traz a angústia da escolha, então a opção permanecia onde está e administrar o resultado existente, colocando em dúvida o futuro da organização no médio e longo prazos, por falta de experiência, ou mesmo não estar suficientemente embasado de informações para tomar as decisões alinhadas com as necessidades do mercado, transformando-se em uma empresa balcão, que aguarda pelo cliente com produtos tecnologicamente defasados, sem ir de encontro ao mercado consumidor, sugerindo novos produtos e inovações tecnológicas que busquem enquadrá-la no processo de melhoramento contínuo, perpetuando a sobrevivência da organização. Muitos gestores apostam em novas tecnologias, em mudanças, para solucionar essas deficiências, essa falta de evolução dentro das empresas para competir em seu
  • 16. 16 mercado de atuação. Mas isso tem que ser muito bem analisado, embasado com informações concretas e assim buscar as mudanças a tempo de serem percebidas pelo mercado, mudar depois que todos seus concorrentes mudaram poderá provocar perda de competitividade e a migração de fatia importante de mercado, cujo retorno exige aplicação de recursos e tempo que muitas organizações não dispõem para aplicar. Será que agregar novas tecnologias, efetuar mudanças no processo, aumentaria a margem de retorno para o fornecedor e melhoraria o resultado para o cliente? A substituição de um produto antigo, por outro com maior tecnologia, contribui efetivamente para o desenvolvimento da organização? 1.3 Justificativa para escolha do tema Em tempos de globalização, a necessidade de mudanças e adaptação é visível em todos os segmentos, quer sejam simples ou complexos. Por isso a necessidade de realizar um estudo para identificar oportunidades dentro da própria empresa e mercado de atuação, analisando produtos, serviços e processos, visando demonstrar o que pode estar perdido. Essas oportunidades não precisam de grandes investimentos, porque pode-se aproveitar boa parte da estrutura e recursos existentes. Muitas empresas não se preocupam em analisar seus processos em busca de novas oportunidades, porque se sentem satisfeitas com os resultados obtidos. Existe uma grande resistência para as mudanças, isso porque os próprios gestores podem sentir-se inseguros quanto à adaptação e posteriormente não estarem preparados para o processo de atualização mercadológica. As organizações podem deixar de fazer investimentos em pesquisas, por julgarem que não recebem nenhum retorno ou são copiados pela concorrência. Isso faz com que elas deixem de manter e expandir participação de mercado, aumento nos resultados, perdendo a confiança dos clientes por não estarem atualizadas, defasadas tecnologicamente, situações que o mercado exige e das quais pode-se tirar aproveito. O cliente se sente bem mais confiante naquele fornecedor que procura estar sempre atualizado, em busca de melhoria, oportunidades, pois de certa forma o fornecimento o mantém atualizado e competitivo no mercado em que atua.
  • 17. 17 Buscar as oportunidades que podem não estar sendo aproveitadas e que podem inserir a empresa em um novo ambiente, em linha com o mundo dos negócios na busca de uma expansão e melhor lucratividade poderá promover a prosperidade da organização. Estamos finalizando esta etapa acadêmica e nos inserindo no mercado de trabalho como administradores de empresa. Assim nada mais apropriado do que desenvolver um projeto na área de atuação, por tratar-se de uma prática do mundo empresarial, planejamento estratégico, e do qual todo gestor tem que ter conhecimento das oportunidades, das forças e também das dificuldades de se identificar novas possibilidades de negócio fazendo uso, dentre outras técnicas, do planejamento estratégico. Este projeto visa trazer para as organizações questões referentes a oportunidades de negócios, ainda não identificadas ou amadurecidas, talvez pela burocracia interna, falta de uma política de mudanças, quebra da zona de conforto, resistência ao novo. Deve-se estar atento às tendências para não estar defasado em cenários competitivos. Tentar mostrar à organização que um produto de maior valor agregado inicial pode render benefícios para as partes envolvidas. 1.4 Objetivos 1.4.1 Objetivos Gerais Buscar oportunidades de novos e rentáveis negócios dentro da área de atuação profissional dos pesquisadores, por meio do planejamento estratégico. Ampliar o conhecimento e aplicar em nossas respectivas empresas, em busca de progresso em seus segmentos e maiores oportunidades profissionais. 1.4.2 Objetivos Específicos Mostrar as possíveis vantagens de um produto tecnologicamente avançado em relação a outro defasado;
  • 18. 18 Analisar e demonstrar que a substituição de um produto pode ser importantíssimo para o desenvolvimento das organizações; Mostrar que a organização pode estar perdendo oportunidades de crescimento, sem a necessidade de grandes investimentos. 1.5 Delimitação do trabalho Para desenvolver este projeto, o foco principal será a identificação de novas oportunidades de negócios em uma determinada empresa, tendo como base a aplicação de um produto com maior valor agregado em substituição a outro de menor valor. Estes produtos são utilizados em minas subterrâneas, mais especificamente na utilização de um produto com maior tecnologia, emulsão, em substituição a outro, defasado tecnologicamente, porém também um clorofluorcarbonato. Essa substituição tem como objetivo identificar se a empresa está deixando de lucrar, ou mesmo crescer em termos de mercado, ampliando seu negócio. Tal avaliação será feita com base no estudo dos processos internos, sobre dados obtidos. Ao concluir este estudo, esperam-se obter dados suficientes para auxiliarem, ou mesmo encorajar profissionais do meio a analisar profundamente seus processos em busca de novas oportunidades, que não necessitem de grandes investimentos, podendo utilizar parte da infra-estrutura existente.
  • 19. 19 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 2.1 Conceito de Planejamento Estratégico Segundo Fischmann, (1991, p. 25). “O planejamento estratégico é uma técnica administrativa que, através da análise do ambiente de uma organização, cria consciência das suas oportunidades e ameaças dos seus pontos fortes e fracos para o comprimento da sua missão e, através desta consciência, estabelece o propósito de direção que a organização deverá seguir para aproveitar e evitar riscos”. O planejamento estratégico possibilita a visualização de todos os ambientes da empresa, conseguindo identificar quais as oportunidades e as ameaças no seu ambiente interno e externo. Assim tem-se uma base daquilo que pode ser aproveitado, identificando as possíveis ameaças, que venham ser de um concorrente, uma nova tecnologia, etc. As empresas que possuem um planejamento estratégico saudável possuem certamente maiores parâmetros, bases sólidas para tomar decisões, tanto de um processo especifico quanto de toda organização. Essa administração estratégica pode capacitar a organização a integrar as decisões administrativas e operacionais com as estratégias, procurando dar ao mesmo tempo maior eficiência à organização. O planejamento, como foi definido anteriormente, é o processo pelo qual a partir de uma visão de futuro, tenta-se planejar ações para os acontecimentos vindouros, de maneira que as ações sejam implementadas para atingir os objetivos organizacionais. O planejamento, se bem executado, ajudará o empreendedor a concretizar sua visão, a corrigir os rumos e a encontrar oportunidades dentro do próprio negócio. De acordo com Torres (2004, p.5), para que um negócio ganhe a vantagem competitiva, significa “... resultado necessário do conjunto de recursos e das qualidades para uma empresa alcançar um desempenho superior aos dos concorrentes [...]”. Para tanto, a organização deve estabelecer uma estratégia adequada, balizada fundamente em dois fatores: objetivos coerentes e compreensão do negócio. Em geral, as empresas estabelecem como bons objetivos não só o retorno financeiro que desejam, mas, também a sustentabilidade no longo prazo. Alcançar esse objetivo pode
  • 20. 20 ser uma tarefa difícil e trabalhosa e, além disso, apenas estabelecer metas de crescimento, de faturamento e de lucro pode não ser suficiente para garantir o sucesso dos empreendimentos. A dinâmica de mercado e as evoluções tecnológicas e sociais, constantemente ditam as novas regras da concorrência. É fundamental procurar compreender o ramo de negócio no qual está inserido, antes de tomar medidas que afetem seu desempenho interno e a imagem perante a sociedade. Por exemplo, medidas como redução indiscriminada de preços para ampliação de uma fatia do mercado ou a desestabilização financeira de outras organizações, com o objetivo único de expandir os negócios, não asseguram a vantagem competitiva. Para analisar por completo seu ramo de atividades, pode-se usar uma ferramenta muito conhecida no mundo dos negócios, a análise SWOT. 2.2 Análise SWOT A Análise SWOT é uma ferramenta que ajuda na organização do planejamento estratégico ao estabelecer relações entre pontos fortes, fracos, oportunidades e ameaças. É conhecida também por FOFA (forças, oportunidades, fraquezas e ameaças). (SERRA, 2004 p.86). Tal instrumento teve origem na década de 1960. A SWOT, que originalmente de quatro palavras do idioma inglês conforme representado na tabela 01, representou um passo importante para o planejamento estratégico. A função primordial da análise SWOT é possibilitar a escolha de uma estratégia adequada – para que se alcancem determinados objetivos – a partir de uma avaliação crítica dos ambientes internos e externos. Com o conhecimento dos principais aspectos estudados pela Análise SWOT (conforme Tabela 02) a empresa tem idéia de seus objetivos e, também se precaver de possíveis ameaças. Com isso as empresas têm um grande instrumento de avaliação, pois sabem tanto interna quanto externamente o que pode ser prejudicial ou vantajoso. Portando podem começar a trabalhar suas estratégias levando em conta o resultado propiciado pela análise SWOT.
  • 21. 21 Forças Strenght Fraquezas Weakness Oportunidades Opportunities Ameaças Threats Tabela 1: Representação gráfica, clássica, da análise SWOT Fonte: SERRA, 2004, p.87. Forças Fraquezas Oportunidades Ameaças Estratégia poderosa Falta de estratégias Novos clientes Novos concorrentes potenciais fortes Forte condição financeira Instalações obsoletas Expansão geográfica Perda de vendas para substitutos Marca (imagem ou reputação) forte Balanço ruim Expansão da linha de produtos Queda no crescimento do mercado Líder de mercado reconhecido Custos mais altos que os concorrentes Transferência de habilidades para novos produtos Mudanças nas taxas de câmbio e política de comercio Tecnologia própria Lucros reduzidos Integração vertical Regulação de aumento de produtos Vantagens de custo Atraso em P & D Aquisição de rivais Necessidades reduzidas do produto para os clientes
  • 22. 22 Forças Fraquezas Oportunidades Ameaças Muita propaganda Problemas operacionais Tirar mercado dos concorrentes Mudanças demográficas Talento para inovação Linha estreita de produto Abertura para extensão da marca Crescimento do por dos clientes ou dos fornecedores Bons serviços ao cliente Falta de habilidades importantes Explorar novas tecnologias Melhor qualidade de produto Falta de talento com marketing Aliança ou parcerias expandir a cobertura Alianças ou parcerias Tabela 2: Aspectos a serem considerados na análise SWOT Fonte: SERRA, 2004, p.88. 2.3 Alternativas de posicionamento estratégico De acordo com Torres (2004, p.10.) há diversas alternativas de posições que podem ser adotadas: 1 - O posicionamento com base na variedade: consiste na produção de um subconjunto de produtos ou serviços dentro de um determinado setor de negócios. Ou seja, a empresa escolhe oferecer uma maior variedade de produtos ou serviços, em vez dos segmentos de clientes. 2 - O posicionamento com base nas necessidades: visa atender a maioria de um determinado grupo de clientes. Para isso é preciso obter informações especificas desse grupo a qual procura atingir. Portanto deve-se ser cauteloso com esse direcionamento, pois, se o processo obtiver deficiências a empresa com certeza terá
  • 23. 23 sérios problemas, tudo por ser direcionado para um grupo especifico. Por outro lado tendo sucesso, terá bons e rentáveis retornos. 3 - O posicionamento com base no acesso: esse tipo de posicionamento é executado de acordo com as características geográficas ou de porte dos clientes. Baseado no perfil dos clientes onde está inserido, direcionam-se as estratégias. Ou seja, não adianta colocar em uma região onde não há recursos tecnológicos, uma loja com vendas através da Internet. Portanto há de se analisar o mercado na região a qual pretende instalar-se, para assim ter certeza daquilo que irá atender as expectativas e satisfazer as necessidades e desejos dos clientes. Posicionar, não significa somente desenvolver ou ocupar um nicho. Seja por variedade, necessidade ou acesso, a conseqüência pode ser ampla. Qualquer um dos posicionamentos exige um conjunto de atividades sob medida, pois é sempre uma conseqüência da diferença nas ofertas, ou seja, na diferença das atividades. 2.4 Conceito de Sinergia Segundo Fischmann (1991, p. 93) “sinergia é um resultado que conseguimos quando aliamos dois esforços independentes (distintos) que se completam. Este efeito poderá ser positivo ou negativo, à medida que estes esforços se ajudem ou se atrapalhem. Dificilmente as empresas conhecem o conceito de sinergia, as que conhecem não implantam em seu ambiente. As empresas que conseguem entender e fazer uso desse conceito terão uma grande vantagem competitiva. Isso porque a sinergia de certa forma diminui custo, aumenta a participação de mercado, lucro, etc. A sinergia vem do grego trabalho, que literalmente significa trabalho conjunto. Existe sinergia quando duas ou mais causas produzem, atuando juntamente, um efeito maior do que a soma dos efeitos que produziriam atuando individualmente. As empresas necessitam de uma visão clara, detalhada, de toda a organização para assim identificar pontos em comum, e com uma ação conjunta obter um resultado melhor do que aquele que obteriam
  • 24. 24 atuando separadas. Com isso se ganha tempo, diminuem-se custos, aumenta-se a competitividade, etc. 2.5 Conceito de Gerenciamento Estratégico Segundo Gracioso, (2001, p. 181-182) “A estratégia, consiste tomar as decisões operacionais, praticamente no seu dia a dia de negócios, levando em conta os objetivos da organização e as possibilidades estratégicas, ou seja, procurar tomar as decisões respeitando suas possibilidades. Poderia ser também uma adaptação das ações operacionais da empresa as suas premissa máxima do plano estratégico que é a garantia da perenidade da empresa. Sendo a assim a empresa se depara com quatro esferas: Visão estratégica, Orientação para o mercado, Cultura organizacional aberta às inovações e mudanças;, Busca incessante da excelência”. Portanto, a empresa gerenciada estrategicamente tem que estar embasada com informações de mercado, sempre que possível com base científica, para melhor decidir assuntos primordiais, para o momento as quais serão utilizadas para verificar a intensidade com que se aplicará sobre sua escolha. Para tanto há que se escolher qual o ritmo a ser seguido, de acordo com os seus adversários, condições de mercado, seus objetivos e planejamento estratégico. Em administração, em se tratando de oportunidades de negócios ainda não há uma bibliografia específica, que trata explicitamente de oportunidades de negócios dentro do próprio. Esse assunto é tratado mais na prática e menos academicamente. Para a criação do trabalho, procurou-se pesquisar títulos que pudessem ser referências adequadas e satisfatórias, além de vinculados à administração. Com o uso destes conceitos e de obras renomadas no mercado, além de outras possíveis obras que surgirão no decorrer do trabalho, ao final, pretende-se obter um material prático e teórico voltado para os administradores. Profissionais que estejam à procura de uma base para iniciar uma análise em seu negócio para identificar possíveis oportunidades. Além de disponibilizar um conhecimento maior para os elaboradores deste trabalho, o qual poderemos utilizar em nosso dia a dia. 2.6 Diagrama de Ishikawa, ou Espinha-de-Peixe
  • 25. 25 O Diagrama de Ishikawa ou Espinha-de-peixe é uma ferramenta gráfica utilizada pela Administração para o Gerenciamento e o Controle da Qualidade (CQ) em processos diversos. Originalmente proposto pelo engenheiro químico Kaoru Ishikawa em 1943 e aperfeiçoado nos anos seguintes. Também é conhecido como: diagrama causa-efeito, diagrama 4M, diagrama 5M e diagrama 6M (PT.WIKIPEDIA.ORG 2007) Este diagrama é conhecido como 6M, pois, em sua estrutura, todos os tipos de problemas podem ser classificados como sendo de seis tipos diferentes: Método; Matéria-prima; Mão-de-obra; Máquinas; Medição; Meio ambiente. Este sistema permite estruturar hierarquicamente as causas de determinado problema ou oportunidade de melhoria, bem como seus efeitos sobre a qualidade. Permite também estruturar qualquer sistema que necessite de resposta de forma gráfica e sintética. O diagrama pode evoluir de uma estrutura hierárquica para um diagrama de relações, uma das sete ferramentas do Planejamento da Qualidade ou Sete Ferramentas da Qualidade por ele desenvolvidas, que apresenta uma estrutura mais complexa, não hierárquica.Graficamente, a estrutura de um gráfico espinha-de-peixe é tal como se segue: Figura 1: Diagrama de Ishikawa ou Espinha-de-Peixe Fonte: Site: pt.wikipedia.org/wiki/Diagrama_espinha_de_peixe –
  • 26. 26 As Sete Ferramentas da Qualidade: 1. Gráfico de Pareto. 2. Diagramas de causa-efeito (espinha de peixe ou diagrama de Ishikawa). 3. Histogramas. 4. Folhas de verificação. 5. Gráficos de dispersão. 6. Fluxogramas. 7. Cartas de controle. Ishikawa observou que embora nem todos os problemas pudessem ser resolvidos por essas ferramentas, ao menos 95% poderiam ser, e que qualquer trabalhador fabril poderia efetivamente utilizá-las. Embora algumas dessas ferramentas já fossem conhecidas havia algum tempo, Ishikawa as organizou especificamente para aperfeiçoar o Controle de Qualidade Industrial nos anos 60. Talvez o alcance maior dessas ferramentas tenha sido a instrução dos Círculos de Controle de Qualidade (CCQ). Seu sucesso surpreendeu a todos, especialmente quando foram exportados do Japão para o ocidente. Esse aspecto essencial do Gerenciamento da Qualidade foi responsável por muitos dos acréscimos na qualidade dos produtos japoneses, e posteriormente muitos dos produtos e serviços de classe mundial, durante as últimas três décadas. 2.7 Desenvolvimento técnico de explosivos industriais Os explosivos estão entre as grandes fontes de energia freqüentemente usadas pelos homens; eles não são usados somente para fins militares (explosivos militares), mas também, vastamente utilizados em vários setores da economia nacional (explosivos comerciais ou industriais). Os explosivos têm várias aplicações na economia nacional, e, portanto, atraem a atenção geral. A pólvora foi inventada há mais de 200 anos, mas a invenção e a aplicação em grande escala dos explosivos modernos aconteceu há 100 anos, sendo as últimas duas décadas o período de maiores mudanças/alterações, de maior desenvolvimento do
  • 27. 27 mundo dos explosivos comerciais. O parágrafo seguinte listará e descreverá, em ordem cronológica, algumas descobertas importantes e significantes, e invenções da história do desenvolvimento dos explosivos industriais: 1. Pólvora negra: bem conhecida no mundo, a pólvora foi inventada pelos chineses. Esta invenção abriu a primeira era humana de utilização de explosivos – a era da pólvora. Nos anos 220 BC, os trabalhadores chineses já tinham um conhecimento primário da pólvora. Por volta dos séculos 11 e 12, a pólvora começou a se espalhar para os países Árabes e depois para a Europa. Por volta de 1627 a pólvora foi usada para mineração. Comparando com o método original de quebrar rochas por fogo, verificou-se que é muito mais eficiente explodir a rocha com pólvora. Portanto, a aplicação de pólvora em mineração foi considerada um marco no final da Idade Média e o inicio da Revolução Industrial. Até meados de 1870 a pólvora foi usada como o único tipo de explosivo, permanecendo como tal por centenas de anos. 2. Mercúrio Fulminado: Em 1803, o inglês Howard compôs mercúrio fulminado e plantou a fundação para a invenção da espoleta. 3. Nitroglicerina e Nitrocelulose: Em 1845, Sobrero, um Italiano, descobriu a nitroglicerina e em 1846 Schoenbein, na Suíça, achou a nitrocelulose, ambos fornecem material base para o desenvolvimento e aplicação prática dos modernos explosivos industriais. 4. Trinitrotolueno (TNT): Em 1863, Wilbrand descobriu o trinitrotolueno. 5. Dinamite: Em 1865, Alfred Nobel, na Suécia, descobriu o explosivo dinamite, composto de 75% de nitroglicerina e 25% de Kielselguhr. E, em 1875, Nobel formou dinamite gelatina a partir de nitriglicerina e nitrocelulose. Devido às suas boas propriedades explosivas a dinamite rapidamente substitui a pólvora e sem dúvida dominou o mercado até 1930. Indubitavelmente, este longo período de uso representou outra era no desenvolvimento dos explosivos comerciais – a era da dinamite. No desenvolvimento dos explosivos modernos, os descobrimentos ao longo do tempo foram totalmente confirmados. No último século, a dinamite representou um papel importante na engenharia de detonação. Entretanto, sua alta sensibilidade, toxicidade que causa facilmente dores de cabeça e posteriormente, os custos de produção relativamente altos conduziu às
  • 28. 28 pesquisas técnicas para diminuir a sensibilidade como também melhorar a segurança e confiança em seu uso. A nitrificação spray e a linha de produção totalmente automática e seu produto correspondente – o Dynamex, desenvolvido na Suécia por Nitro Nobel AB, estavam entre os representantes típicos desta pesquisa e desenvolvimento. O Dynamex, no geral, mantém o mérito da dinamite, mas melhora muito em segurança. Por exemplo, a sua sensibilidade ao choque ou à fricção é quatro vezes menor que a da dinamite. 6. Explosivos Misturados com Base de Nitrato de Amônia (NA): Quase ao mesmo tempo, enquanto Nobel descobria a dinamite, J. V. Olsson e J. Norrbein inventaram explosivos mistos feitos de nitrato de amônia e vários combustíveis e lançaram a fundação dos desenvolvimentos competitivos de explosivos à base de nitrato de amônia e de explosivos à base de nitroglicerina. 7. Nitramon: Em 1934, a Companhia Dupont, com as patentes norte americanas Nos. 1 992 216 e 1 992 217 revelou um tipo de explosivo sem nitroglicerina, com alto conteúdo de nitrato de amônia – o Nitramon. Esta patente foi tão efetiva que durante o período de 1934 a 1955 o Nitramon se tornou o tipo de explosivo industrial mais popular usado em minerações de superfície e pedreiras. Neste meio tempo, A União Soviética também usou um tipo de explosivo de nitrato de amônia chamado “Dynamon”, que consistia basicamente de nitrato de amônia e serragem de madeira ou outro combustível. No início dos anos 30, a China também inventou e usou explosivos compostos de nitrato de amônia e combustíveis líquidos durante o período da guerra contra os japoneses, os quais eram formas embrionárias de explosivos de nitrato de amônia – óleo combustível. 8. Nitrato de amônia – Óleo Combustível (ANFO) e Lamas Explosivas: começando nos meados dos anos 50, os explosivos industriais entraram em um novo período de desenvolvimento – a era do agente de detonação moderno, marcada principalmente pela divulgação e aplicação dos explosivos - nitrato de amônia – óleo combustível e lamas explosivas. I) Explosivos (ANFO) Nitrato de Amônia – Óleo Combustível. Em 1943 a Empresa Canadense Mining and Smelting Corporation desenvolveu e produziu nitrato de amônia
  • 29. 29 poroso (prill). No processo de manufatura, foi adicionada uma pequena quantidade de Kieselguhr, como revestimento para evitar endurecimento e formação de torrões (grumos), fornecendo assim condições convenientes para fazer os explosivos e carregá- los mecanicamente. Explosivos de nitrato de amônia – óleo combustível foram primeiramente testados com sucesso em furos em 1954 em uma mineração nos EUA, onde uma mistura de 3.8 litros de óleo diesel e cerca de 36 kg de nitrato de amônia poroso prill, mas, não foram utilizados como tipo de explosivos industriais, em escala, para mineração, até 1955. Neste ano a Companhia Cleveland-Cliff nos EUA executou uma série de detonações de campo nas minas de ferro em Mesabi e Michigan. Dependendo das formas do nitrato de amônia, este tipo de explosivos pode ser classificado em dois tipos: granulado ou em pó. Explosivos em forma granular consistem de 94.5% de prills de nitrato de amônia poroso e 5.5% de combustível, enquanto que os em forma de pó usualmente consistem em nitrato de amônia, combustível e serragem de madeira. Alguns exemplos da China: O explosivo ANFO Nº1 consiste de 92% de nitrato de amônia, 4% de serragem de madeira e 4% de combustível; enquanto que o explosivo ANFO para minerações a céu aberto consiste de 3% de combustível, 5% de serragem de madeira e a mesma quantidade de nitrato de amônia. Em 1958, carregamento mecânico de campo de ANFO prills poroso foi realizado pela companhia canadense Iron Ore Company e Canadian Industrial Ltda, e baseado nisto foi desenvolvido o caminhão de carregamento pneumático nos EUA em 1960. Os explosivos ANFO tem muitas vantagens tais como uma grande fonte de matérias primas, baixo custo, facilidade de preparo e carregamento mecânico, como também ser conveniente e seguro para o uso. Conseqüentemente, chamaram a atenção em todo o mundo, foram desenvolvidos rapidamente e se tornaram o maior tipo – cerca de 70% do uso total – de explosivos usados em detonação em minerações. Entretanto, deve ser descrita a maior desvantagem dos explosivos ANFO, que é: falta de resistência à água e baixo volume de resistência. II) Lamas Explosivas. Em dezembro de 1956, o Professor M. A Cook da Universidade de Utah e H.E. Farnam da Companhia Iron Ore Company, inventaram as lamas explosivas que superaram as duas desvantagens dos explosivos tipo ANFO. A
  • 30. 30 boa resistência da lama à água vem da seguinte idéia: adicionar água na mistura dos explosivos ANFO seguida da gelatinização do sistema de modo a parar a incursão de água ou dissolução de sais oxidantes e a obter densidade relativamente alta, o que torna a mistura mais fácil de atingir o fundo dos furos com água. O surgimento da lama representa a nata da química e física moderna e abalou a idéia tradicional dos explosivos serem incompatíveis com a água. Representa também um salto no conhecimento dos homens sobre explosivos e uma grande evolução, seguindo a da dinamite, no desenvolvimento histórico dos explosivos industriais. A partir de 1950, Cook e Farnam estudaram e desenvolveram lama com TNT e pó de alumínio como sensibilizador. Em 1963, Irec Chemicals dos EUA desenvolveu lama explosiva com combustíveis não-metálicos como sensibilizadores e realizaram um campo “Sistema de Misturas de Lamas” (SMS). Em 1969 a Companhia Du Pont dos EUA produziu lama (water gel – gel de água) usando nitrato mono-metilamina (MMAN) como sensibilizador. No inicio dos anos 70, apareceram, um atrás de outro, vindos de vários países, os explosivos: Não-explosivos sensibilizados, pequeno diâmetro, lamas explosivas sensíveis a espoletas de vários tipos; maquinário de embalagem relacionado e técnicas de aplicação, e lamas explosivas de baixo custo, sensibilizadas por bolhas, o que promoveu e divulgou a aplicação das lamas explosivas. A China começou a sua pesquisa de lamas explosivas em 1959, e as lamas foram usadas em detonações de minerações em meados dos anos 60, tendo como representante a lama explosiva nº4. No inicio dos anos 70 as lamas explosivas se desenvolveram muito rapidamente na China. Primeiro veio a quebra no gelatificante (goma Sesbania, gelatina de sementes de árvore pagoda) e técnicas de ligação cruzada, depois o aumento de tipos e marcas, que foram tipicamente representadas pelo nº10 goma Sesbania, Huai nª1 (sem TNT), nº5, Poly nª1 e etc. O surgimento da lama explosiva e do caminhão de bombeado preencheram as necessidades das detonações de superfície das minerações. Hoje, as lamas explosivas tornaram-se um explosivo industrial independente e uma série completa de explosivos resistentes à água, e, substituindo a dinamite tradicional, estão desenvolvendo e competindo com os agentes de detonação secos – explosivos ANFO.
  • 31. 31 9. Explosivos - Emulsão: Os explosivos emulsão foram revelados pela primeira vez por H. F. Bluhm, na patente norte americana Nº 3 447 978 em 3 de junho de 1969. São um tipo novo de explosivos à base de água - nitrato de amônia e atualmente estão em grande ascensão. 2.8 Definição e Tipos de Explosivos Emulsão Atualmente, na China não foi adquirida ainda uma opinião unificada sobre o nome deste tipos de explosivos, com nomes relativamente populares como explosivos emulsão, explosivos óleo-emulsificados, explosivos emulsoid, explosivos com fase oposto à lama, etc. Nos últimos anos o autor tem trocado opiniões com vários colegas sobre o nome deste tipo de explosivos e muitos especialistas no assunto acreditam que o nome apropriado a ser utilizado é explosivos emulsão ou emulsões, considerando as suas técnicas de preparação e as suas características principais. Portanto, quando nos referirmos a literaturas correlatas usaremos os nomes explosivos emulsão ou emulsões mesmo que este não tenha sido o nome utilizado nas outras fontes. Os explosivos emulsão geralmente se referem à categoria de água-em-óleo (W / O), tipo emulsoid, explosivos industriais resistentes à água que são fabricados pela técnica de emulsificação. E, na verdade, é realmente difícil dar a estes tipos de explosivos uma definição clara e concisa. Geralmente acredita-se que as emulsões são um tipo de sistema emulsificado, água-em-óleo, no qual pequenas gotas de liquido de solução de água oxidante, como fase de dispersão, são suspensas em um meio continuo, composto de substância como óleo e contendo bolhas dispersas ou micro- balões de cavidades de vidro ou outros materiais porosos. Obviamente, esta definição não pode incluir emulsões livres de água, que de fato existem. Considerando-se as composições básicas, as emulsões essencialmente não são diferentes das lamas e de outros explosivos que contem água, mas, em outros aspectos, como o efeito de cada componente no sistema, a estrutura interna do sistema, forma externa, processo de manufatura e etc., são completamente diferentes. Compostos de nitrato de amônia e outros sais inorgânicos oxidantes dissolvidos em água como fase continua e combustíveis insolúveis, sensibilizantes (sólido ou liquido) como fase de dispersão, as lamas são sistemas gelatinosos pertencentes ao grupo óleo-
  • 32. 32 em-água (O / W). Em outras palavras, lamas explosivos são controlados pelas concentrações de oxidante, sensibilizante, gelatina solúvel em água e partículas sólidas insolúveis, como também o conteúdo de água evitado da coagulação da separação sólido-líquido - estratificação do líquido-líquido evitada através dos componentes solúveis de fixação da água. Por outro lado, as emulsões são sistemas emulsificados que são compostos de solução oxidante de água como fase de dispersão e ingredientes insolúveis como fase continua. Este sistema pertence ao grupo água-em-óleo. E, é devido à sua estrutura física interna água-em-óleo que se obtém uma boa resistência à água e se evita a separação dos componentes. Devido à solução oxidante de água em emulsões, existir na forma de pequenas gotículas, os oxidantes estão em contato próximo e suficiente com os combustíveis e a detonação é fácil de iniciar e propagar. Conseqüentemente não é adicionado nenhum sensibilizador às emulsões e tudo o que se precisa é uma combinação ingênua de ingredientes simples. Entretanto, na composição de emulsões o emulsificante do tipo água-em-óleo é um componente crucial e indispensável. Quando necessário, pequenas quantidades de aditivos, como fomentadores de emulsificação, modificante em forma de cristal, estabilizador emulsoid, etc., tem que ser adicionadas para melhorar as propriedades dos explosivos emulsão. Sumarizando, os explosivos emulsão contém quatro componentes principais formando três fases de emulsificação, que são: 1. Componente de solução de sais oxidantes de água formando dispersão, fase emulsificante. É a base para se fazer emulsões e é basicamente formado pelo aquecimento de nitrato de amônia e a sua dissolução em água. Certamente também devem ser incluídos outros oxidantes compatíveis solúveis em água e emulsoid, como nitrato de sódio, nitrato de cálcio, nitrato de potássio, nitrato de bário, nitrato de zinco, perclorato de amônia, perclorato de sódio, perclorato de cálcio, nitrato mono-metilamina, nitrato de uréia e outros. 2. Componentes de combustíveis carbonáceos formando fase continua de emulsão. Falando no geral, qualquer produto de petróleo com viscosidade apropriada pode ser escolhido como combustível carbonáceo para explosivos emulsão. Os princípios de seleção são: ambos tem que formar emusloid estável água-em-óleo e
  • 33. 33 tornar o sistema de emulsão espesso o suficiente para evitar fluido em temperatura especifica. Óleo diesel, óleo pesado, óleo de máquina, óleo branco, vaselina, cera sintética, cera de parafina, cera de micro-cristal, cera de lignina, cera de abelha, cera de baleia ou outras misturas, são todos combustíveis que podem ser selecionados. Indubitavelmente outros compostos orgânicos também podem ser candidatos para seleção, como alcalino, hidrocarbono aromático, hidrocarbono naftalina, álcool mais alto, ácidos gordos saturados. 3. Componente de gases sensibilizantes formando fase dispersante de emulsão. Falando no geral, este componente é adicionado como a terceira fase e pode ser espaços de ar que formam micro-balões e cobertura, que são produzidos a partir da reação de dissolução pela adição de certos produtos químicos (como nitrato de sódio e etc). Podem também ser partículas sólidas com gases presos (como micro-balões com cavidades de vidro, micro-particulas expandidas de perlita, micro-balões de resina com cavidades, etc). 4. Emulsificantes tipo água-em-óleo. A experiência nos mostra que a maioria dos emulsificantes (um tipo ou composto de dois) com valor HLB (Balanço Hidrófilo Lipofilo) de 3 a 7 pode ser selecionado para explosivos emulsão, por exemplo, D-sorbitan mono- oleato, mono-oleato xylitol (ou éster misturado), etc. 2.9 Tipos de Explosivos Emulsão Atualmente não há uma opinião geral sobre o método para classificação de explosivos emulsão. Em geral, os explosivos emulsão podem ser classificados em dois grupos de sensíveis a espoleta e não-sensíveis a espoleta, de acordo com a sensibilidade de detonação; ou colocados em outros dois grupos de tipo de rocha e emulsões permissivas de acordo com o uso; ou classificados de acordo com formas de produto e embalagem, em cinco grupos: cartuchos, sacos de produto, produtos bulk, produtos de emulsão liquida e mistura de emulsoid e explosivos ANFO. Abaixo fazemos uma breve discussão destes cinco tipos de produtos.
  • 34. 34 2.9.1 Emulsão explosiva em cartuchos Emulsões encartuchadas são todas sensíveis a espoletas e não necessitam de iniciador. Estes cartuchos normalmente são produzidos em fábrica e podem ser estocados por um período relativamente longo. Os materiais de embalagem do cartucho são: papel encerado, filme plástico recoberto, polietileno e outros. Estes produtos são principalmente usados em cartuchos de diâmetros pequenos (25-50mm) e diretamente carregados no furo ou podem ser diretamente iniciados no extremidade superior ou na extremidade inferior e na direção inversa por um detonador comercial Nº8. As séries de explosivos emulsão EL e RJ fabricados na China, explosivos emulsão Powermex-series da Atlas Powder Companhia dos EUA e alguns outros são exemplos típicos deste tipo de produtos encartuchados. 2.9.2 Explosivos emulsão ensacados Sacos de emulsões normalmente são de diâmetro largo e os materiais de embalagem são sacos plásticos de polietileno ou tubos de papel Kraft com filme plástico recoberto. A maioria destes produtos ensacados não são sensíveis à espoleta e necessitam de booster durante a detonação. Estes produtos ensacados podem ser carregados diretamente no furo ou cortados in situ e vazados dentro do furo. As emulsões series EL-106 e CHL disponíveis na China são este tipo de produtos ensacados. 2.9.3 Explosivos emulsão Bulk A maioria dos explosivos emulsão Bulk não são sensíveis a espoletas. Normalmente são misturados e preparados in situ e diretamente carregados no furo através de caminhão de mistura ou caminhão de bombeado. Devido a estes tipos de caminhões usados serem diferentes, os métodos de mistura e carregamento também variam em duas formas. O primeiro método, que é chamado método de caminhão mistura-carregamento, é o de transportar matérias primas para colocá-las próximo à
  • 35. 35 área de detonação seguido de emulsificação e mistura de todos os materiais no mesmo caminhão, e, depois bombear o material misturado no furo. Um exemplo é o sistema Gelmaster e a série de explosivos BL correspondente fabricado pela Canadian Industrial Limited. O segundo método, que é chamado de método de caminhão bombeado- carregamento, que é enviar materiais base emulsificados, que são emulsificados em uma fábrica fixa, para o campo e depois, no caminhão, misturados com materiais sensibilizadores e outros materiais sólidos, e, finalmente bombear todos os materiais no furo. Um exemplo disto é o caminhão de bombeado EM182 e o correspondente explosivo emulsão Tovex E, feito pela Du Pont Company, dos EUA. 2.9.54 Produtos líquidos emulsoid O liquido emulsoid atualmente é um produto semi-acabado e uma solução base emulsão sem ingredientes explosivos. Os seus custos de mistura e transporte são baixos e pode ser transportado como liquido comum oxidante nos EUA. Embora possa ser colocado diretamente em uso, sob a maioria das circunstancias é transportado para o campo e sensibilizado e misturado em produto final. Um exemplo deste tipo de produto é o Tovex E da Du Pont Company, dos EUA. 2.9.5 Explosivos mistura de ANFO e emulsoid Este tipo de produtos misturados é produzido misturando-se emulsoid de alta energia com prills ANFO poroso, e, o conteúdo de emulsoid pode ser de zero a 100%. Durante o carregamento bulk, a energia por metro de furo para este tipo de produto pode ser 40% maior do que os explosivos ANFO simples. Quando carregados em pacotes, podem ser usados em furos molhados com certa resistência à água. Tal mistura é a combinação de explosivos emulsão com explosivos ANFO e é cheia de vitalidade. A emulsão prill série BME desenvolvida por Beijing General Institute of Mining and Matallurgy (BGRIMM) da China e o Power NA da Atlas Powder Company, USA, são este tipo de produtos misturados.
  • 36. 36 2.10 Exemplos de vários tipos de produtos Atualmente os trabalhos de pesquisa e desenvolvimento sobre emulsões explosivas estão sendo efetuados na China, Estados Unidos, Suécia, Japão e muitos outros países, e, há fornecedores (companhias) e distribuidores entre os dez melhores do mundo, produzindo cerca de mais de centena de tipos de produtos. 2.11 Desenvolvimento de Emulsões Explosivas Como já é de conhecimento de todos, o desenvolvimento de explosivos industriais do tipo de nitroglicerina e do tipo de nitrato de amônia tem competido e tem se desenvolvido em duas maneiras independentes e em direções diferentes por mais de um século. As pessoas têm tentado arduamente diminuir a sensibilidade da dinamite e de outros explosivos nitro-glicerinados, i.e., achar um caminho para aumentar a sua segurança e mantendo suas propriedades explosivas. Por outro lado, explosivos de nitrato de amônia tem se desenvolvido na direção de aumentar a sua sensibilidade de detonação para obter confiabilidade e efetividade em seu uso. Baseado nisto, a emulsão explosiva tem se desenvolvido para solucionar estes problemas, e o seu surgimento fez desenvolver dois tipos de explosivos no mesmo nível. No sistema de emulsão explosiva, devido às áreas de contato entre o nitrato de amônia (e outras soluções oxidantes de água) e emulsificante, materiais de fase-óleo serem grandes e próximas; e a distância entre o oxidante e o redutor ser próxima a aquela entre os grupos oxidação-redução em moléculas de explosivo simples, a detonação, iniciação, propagação e outras propriedades de explosão demonstram valores ideais (por exemplo, a velocidade de detonação das emulsões é próxima ao valor teórico), muitos dos quais são diferentes dos explosivos compostos. Isto é para mostrar que é possível fazer as propriedades gerais das emulsões explosivas podem atingir o nível da dinamite, mas a sua segurança ser similar aos explosivos de nitrato de amônia e superior à da dinamite. Portanto, acredita-se que as emulsões explosivas combinam as propriedades especificas dos dois tipos de explosivos. Exatamente por causa disto, as emulsões explosivas são largamente aceitas como o novo tipo de explosivos industriais resistentes
  • 37. 37 à água e chamam a atenção geral. Esta é a situação geral e discutiremos a seguir os rumos principais no desenvolvimento de emulsões explosivas. No processo de desenvolvimento de emulsões explosivas, a sua primeira forma inicial, era formada misturando-se emulsão água-em-óleo com explosivos comuns lama com água, foi feita em 1961 por R.S. Egly, e outros do Commercial Solvents Corporations, EUA, e, em 1963 N.E. Gehrig da Atlas Chemical Industrial Limited, EUA posteriormente desenvolveu emulsões sem lamas. Embora estas pessoas tenham obtido patentes individualmente, foi H.F.Bluhm, da Atlas Chemical Industrial Limited quem primeiro descreveu as técnicas das emulsões explosivas. Portanto, acredita-se que as emulsões explosivas água-em-óleo foi primeiramente reveladas por Bluhm em 3 de junho de 1969. Estas emulsões reveladas por Bluhm, que não eram sensíveis à espoleta e iniciavam com a ajuda de uma carga de booster, não satisfaziam as necessidades para a detonação de furos de diâmetro pequeno nem podiam ser usadas convenientemente em furos de diâmetro largo. Posteriormente a Atlas Powder Company, a Du Pont Company, a Imperial Chemical Industries América Incorporation, a Ireco Chemicals Incorporation e outras nos EUA, todas se envolveram ativamente na pesquisa de novos tipos e marcas de emulsões, novos equipamentos e técnicas, emulsificantes e etc. Rapidamente obtiveram progresso e muitas outras patentes foram publicadas. Em 1972, G. R. Catermole da Du Pont Company nos EUA, descreveu a formula e o método de preparação associado, que aumentou a sensibilidade de detonação usando nitratos amina orgânicos (tais como nitrato amina nonometil) e a partir daí forneceu um tipo de emulsão explosiva que pode detonar estavelmente em furos de pequenos diâmetros – 25 – 76mm (1-3in). Em 1973, Charles G. Wade, da Imperial Chemical Industries American Corporation publicou sucessivamente duas patentes – emulsões explosivas contendo catalizador de explosão íon estrôncio, que melhorou a sensibilidade de detonação das emulsões mas necessitava ingredientes explosivos ou catalizador de explosão. Em novembro de 1973, E. ª Tomic, da Du Pont Company publicou uma patente para fazer emulsão explosiva água-em-óleo, livre de fluido, usando ésteratos de amônia ou esteratos alcalinos como emulsificante. A característica principal aqui é o uso de
  • 38. 38 esteratos como emulsificante. De acordo com o valor HLB, eles pertencem aos emulsificantes óleo-em-água onde o Tomic fez com eles a emulsão explosiva água-em- óleo. Em 1977, Charles G. Wade, da Atlas Powder Company apresentou emulsões que não continham sensibilizador explosivo e outros nitratos amina sensibilizantes e podiam ser confiáveis iniciados por uma espoleta Nº6. Este tipo de explosivos, que obtiveram patentes nos EUA, Japão e outros países, têm como principal característica ser sensíveis à espoleta, que é devido à ação sensibilizante atingida através do tamanho apropriado dos grãos e da boa qualidade dos micro-balões com cavidade de vidro. Em 1978, Wade publicou outro trabalho sobre a continua produção de equipamentos e técnicas para emulsões explosivas água-em-óleo. Deve ser notado que a publicação desta patente e do trabalho do Wade – “Emulsões Viva a Diferença” que foi publicado em 1978, na Quarta Conferencia sobre Explosivos e Técnicas de Detonação, mostrou que as emulsões explosivas entraram em um período de produção industrial e aplicação no campo como um novo tipo de explosivos industriais resistentes à água. Depois disto, surgiram muitas outras patentes sobre técnicas de controle de densidade de emulsões, composto emulsificante, equipamento emulsificante e de processo, caminhões de carregamento no campo, emulsões livres de água, emulsões explosivas gelatina, emulsões explosivas ANFO, e outras, que apresentaram o rápido desenvolvimento e as melhorias no aperfeiçoamento das técnicas de emulsões explosivas. A Atlas Powder Company nos EUA foi a primeira a realizar produção industrial de emulsões explosivas para pequenos diâmetros, sensíveis a espoleta e em embalagem de papel. É dito que esta companhia podia fornecer, em escalas diferentes, as técnicas e um conjunto completo de equipamentos para a produção continua de emulsões explosivas, caminhão de carregamento para trabalhos a céu aberto e, podia produzir e vender, produtos acabados de várias especificações. Agora, o numero de companhias (ou institutos de pesquisa), que podem vender patentes técnicas de emulsões explosivas, fornecer serviços de consultoria, ou fabricá-las e vendê-las aumenta continuamente. As maiores companhias são: Atlas Powder Company, Du Pont Company, Ireco Chemical Limited nos EUA, Nitro-Nobel Company na Suécia, Japan Oil
  • 39. 39 Company, Japan Chemical, Beijing General Research Institute of Mining and Metallurgy (BGRIMM), Changsha Research Institute Of Mining, Fushun Coal Research Institute, Longyan Iron Mine No.201 Plant, Red-Flag Chamical Plant, Nanling Chemical Plant, etc., na China. Entre elas, A Nitro-Nobel Company é a mais ativa em várias partes do mundo. O fato dos agentes ativos de superfície poderem melhorar as propriedades das lamas explosivas inspiraram os técnicos e cientistas chineses a achar maneiras de modificar a estrutura interna das lamas. A introdução total de técnicas de emulsão conduziu ao nascimento da série EL Emulsões Explosivas – a primeira geração de emulsões explosivas produzidas na China. Usando processo de produção de batelada, foi construída uma planta capaz de produzir 1 500 t de emulsões explosivas série EL em Longyan Iron Mine, na China. Os produtos foram usados em mineração subterrânea e operações de superfície para mineração e detonações e também em túneis para”Desvio de Água do Rio Luan para Tianjin”, um projeto com resultados satisfatórios. Na China, os técnicos de departamentos relevantes deram grande atenção às técnicas de emulsões explosivas, que se desenvolveram rapidamente. Isto pode ser apresentado nos principais aspectos a seguir: 1. Novos tipos de emulsões explosivas que satisfazem as diferentes necessidades para as condições geológicas de minério/rocha e podem ser usadas para diferentes trabalhos de detonação e, as propriedades dos produtos estão melhorando e se tornando estáveis o tempo todo, formando séries de produtos com características chinesas únicas. 2. Baseado nas condições atuais na China, tecnologia de produção apropriada e métodos de regulagem têm sido desenvolvidos e agora há disponibilidade de processos de produção em batelada cm equipamentos e maquinário e técnicas de produção continua com maquinário ou instrumentos apropriados. Neste ínterim, os parâmetros de emulsificação e fatores impactantes para sistemas específicos de emulsões explosivas tem sido muito estudados e foram sugeridas algumas técnicas para melhorar a estabilidade das emulsões. 3. Selecionando materiais de fase-óleo e suas combinações de diferentes tipos e viscosidades, a aparência externa das emulsões pode variar de uma gelatina de pasta macia à dura, livre de fluxo (sem colar/aderir). Ao mesmo tempo as emulsões misturas
  • 40. 40 com explosivos ANFO receberam atenção (para torná-los suplemento uns dos outros) e para se estudar, produzir e usar emulsões explosivas prill. Como conseqüência obtiveram-se bons resultados técnicos e econômicos. 4. Na procura de materiais apropriados fase-óleo, foram desenvolvidos novos tipos de compostos emulsificantes, técnicas de controle de densidade, e muita experiência prática, o que baixou muito os custos de produção de emulsões explosivas. 5. Usando emulsões em detonações em minerações, estabeleceram gradualmente as características das emulsões e as regras apropriadas de uso e podem ser selecionadas várias taxas de combinações de acordo com os diferentes tipos de propriedades da rocha e do minério para atingir bons resultados técnicos e econômicos. O progresso e a performance favorável das emulsões explosivas ganharam vantagem competitiva no desenvolvimento de explosivos industriais. Entretanto, as emulsões não foram desenvolvidas há muito tempo e ainda há muitos problemas a serem entendidos e estudados uma vez que são um novo tipo de explosivos industriais.Continua sendo uma dúvida o caminho que o desenvolvimento das emulsões irá trilhar. Muitas atividades estão sendo desenvolvidas na China sobre este assunto, abaixo listamos as mais importantes: 1. Iniciar estudos sistemáticos sobre a teoria básica das emulsões explosivas, que devem incluir: (a)estudo dos fatores que afetem a estabilidade das emulsões explosivas e vários outros aditivos; (b)estudo de novos tipos (incluindo os compostos e a qualidade dos emulsificantes como também a quantidade apropriada de sua adição;(c)medição e estudo de comportamentos geológicos da emulsão explosiva matriz; (d)estudo profundo das propriedades de explosão e os fatores que as afetam. 2. Desenvolver tecnologia e equipamento de produção que deve incluir: (a)processo continuo de emulsificação e sistemas de resfriamento associados; (b)equipamento de emulsificação de alta eficiência, maquinas de embalagem e sistemas de controle de dosagem; (c) parâmetros adequados e condições controladas para processos de produção em batelada. 3. Estudar em série todos os tipos e marcas de emulsões explosivas, que inclui: (a) pesquisa de formula razoável e barata, matérias primas efetivas; (c) estudo de
  • 41. 41 suplemento mutuo e combinação de emulsão explosiva e explosivo ANFO para verificar suas respectivas vantagens. 4. Estudar técnicas de aplicação, que inclui: (a) Pesquisa e Desenvolvimento para carregamento mecanizado (incluindo ambos, caminhão para carregamento de superfície e carregador mecânico subterrâneo) e suas aplicações apropriadas; (b) carregamento misto de diferentes tipos de explosivos.
  • 42. 42 3 METODOLOGIA DA PESQUISA Para desenvolver o projeto utilizamos algumas ferramentas aplicadas em metodologia científica e em administração de empresas Financeira, tais como pesquisa exploratória, pesquisa bibliográfica, entre outras. 3.1 Pesquisa Bibliográfica Essa pesquisa é considerada o primeiro passo de qualquer pesquisa cientifica, sendo também a mais utilizada em trabalhos de conclusão de curso de graduação e pós-graduação lato sensu (monografia), pois recolhe e seleciona conhecimentos prévios e informações acerca de um problema ou hipótese já organizado e trabalhado por outro autor, colocando o pesquisador em contato com materiais e informações que já foram escritos anteriormente sobre determinado assunto (LEONILDO & ASSOCIADOS, 2006). Esse tipo de pesquisa bibliográfica procura explicar um problema a partir de referências teóricas e documentos que se relaciona com o tema pesquisado. Ressalva- se que, qualquer pesquisa exige a revisão da literatura, instrumento de pesquisa bibliográfica, que permite compreender, analisar os conhecimentos científicos e culturais já existentes sobre o assunto discutido. As pesquisas qualitativas têm como abordagem valorizar os aspectos qualitativos dos fenômenos, abrigando diferentes correntes, cujos pressupostos são contrários á abordagem quantitativa e cujos métodos e técnicas de pesquisa são diferentes dos abordados nos modelos experimentais (UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI, 2006). Enquanto as pesquisas descritivas descrevem as características de determinadas população ou estabelecimento de relações entre variáveis (LEONILDO E ASSOCIADOS 2006). 3.2 Pesquisa Exploratória Tem por finalidade tentar conhecer e explicar os fenômenos que ocorrem nas suas mais diferentes manifestações e a maneira como se processam os seus aspectos
  • 43. 43 estruturais e funcionais, a partir de uma série de interrogações. O objetivo desta é mapear o processo de análise de investimentos. Ou seja, identificar as estratégias de análise, as informações adquiridas e respectivas fontes, técnicas e recursos de processamento utilizados e resultados produzidos (LEONILDO E ASSOCIADOS 2006). Portanto a presente monografia terá sua pesquisa elaborada de forma exploratória, pesquisando o desenvolvimento de uma nova oportunidade (produto) dentro do próprio negócio, analisando possíveis melhorias em técnicas de implementação, novas tecnologias, sendo também utilizada a bibliografia para levantamento de dados conceitos técnicos, históricos, valorizando as características das diferentes modalidades de pesquisas. 3.3 Pesquisa de Campo A pesquisa de campo procede à observação de fatos e fenômenos exatamente como ocorrem no real, à coleta de dados referentes aos mesmos e, finalmente, à análise e interpretação desses dados, com base numa fundamentação teórica consistente, objetivando compreender e explicar o problema pesquisado. Ciência e áreas de estudo, como a Antropologia, Sociologia, Psicologia Social, Psicologia da Educação, Pedagogia, Política, Serviço Social, usam freqüentemente a pesquisa de campo para o estudo de indivíduos, grupos, comunidades, instituições, com o objetivo de compreender os mais diferentes aspectos de uma determinada realidade. Como qualquer outro tipo de pesquisa, a de campo parte do levantamento bibliográfico. Exige também a determinação das técnicas de coleta de dados mais apropriadas à natureza do tema e, ainda, a definição das técnicas que serão empregadas para o registro e análise. Dependendo das técnicas de coleta, análise e interpretação dos dados, a pesquisa de campo poderá ser classificada como de abordagem predominantemente quantitativa ou qualitativa. Numa pesquisa em que a abordagem é basicamente quantitativa, o pesquisador se limita à descrição factual deste ou daquele evento, ignorando a complexidade da realidade social (LEONILDO E ASSOCIADOS 2006). Portanto esse método nos possibilita a observação do processo atual, estudo, analise, observação do processo na pratica. Com essa base vamos teremos melhor
  • 44. 44 embasamento da operação prática de exploração de minas subterrâneas. criando assim um conceito diferenciado daquele onde apenas estuda-se teoricamente o processo, sem poder vivenciar a realidade. Sem duvida essa experiência vai proporcionar uma visão diferente, com uma base sólida sobre o assunto, porque nada melhor do que vivenciar a pratica para o aprendizado. 3.4 Histórico da Indústria A Orica Brasil é uma empresa, cujo sua Matriz se localiza na Austrália, compreende 45% do mercado Brasileiro, mantendo sua liderança em diferentes segmentos como construção civil e mineração, na fabricação de Explosivos e Acessórios – para grandes companhias de mineração no País, bem como para paises de todos os continentes. Os clientes encontram soluções completas na Orica. Além de fornecer explosivo e os acessórios industriais, a Orica oferece também serviços com uma equipe técnica experiente e altamente qualificada. Essa competência técnica é uma das vantagens mais importante da Orica no mercado Brasileiro e internacional, que faz com que ela seja líder de mercado, um líder de confiança. Objetivo da Indústria A Orica Brasil tem por objetivo, a busca implacável os melhores resultados financeiros, como sustentação e sucesso dos seus clientes, possui como ponto forte, tecnologia e Assistência Técnica, eficiência e qualidade, segurança do Trabalho e Preservação Ambiental. Esses são os princípios, cujos, são construídos na companhia, líder de mercado, reconhecido por clientes e por acionistas, como um exemplo do negócio proeminente de um futuro promissor.
  • 45. 45 Produtos Fabricados Na fábrica de Lorena são produzidos explosivos e acessórios. São fabricadas também matérias-primas para a utilização na fabricação de explosivos e acessórios. Entre elas destacam-se : - NP (Nitropenta) - AZIDA de CHUMBO Os principais tipos de explosivos são: AMPLEX (Booster de alta potência). As séries de reforçadores (booster) amplex obedecem aos mais rigorosos princípios da detônica, foram projetados para que ofereçam o máximo desempenho nas operações de iniciação de explosivos. É composto com uma carga de 50% de Nitropenta e 50% de TNT. 1) EMULSÃO DE NITRATO DE AMÔNEA É um explosivo que pela sua consistência, facilita o carregamento de furos com as mais variadas inclinações e níveis hidrostáticos, apresenta resistência à água. Usado em minerações a céu aberto, em furos a partir de 49 mm de diâmetro. Os principais tipos de acessórios são: 2) MANTESPO É a espoleta simples e instantânea, destinada a iniciar cargas explosivas de pequeno diâmetro, boosters e cordéis detonantes, por meio de estopim. É composta por uma carga de Azida de chumbo e uma carga de Nitropenta. MANTITOR (Cordão Ignitor) É um cordão fino, flexível e incendiário que queima com chama vigorosa. Sua principal função é eliminar a necessidade de acender cada estopim individualmente, permitindo tiros seqüenciais usando estopim. EXEL é um tubo de plástico capaz de transmitir ultra- rápido uma onda deflagradora permitindo na outra extremidade a iniciação de uma
  • 46. 46 espoleta. É um sistema de iniciação não elétrico e é composto no seu interior por uma massa, que provém da mistura de HMX e Alumínio em pó. 3) MANTICORD (Cordel Detonante) É um acessório de detonação para dar continuidade. Inicia simultaneamente cargas explosivas e também pode ser usado como explosivo. Sua aplicação é feita em operações de desmonte de rocha a céu aberto e subsolo. Seu núcleo é composto de Nitropenta. São fabricados dois tipos de cordel: - Manticord (Cordel revestido com uma capa isolante de polietileno) - Cordtex (Cordel revestido por uma capa de cera de abelha) 4) MANTESPO ll Acessório de detonação não elétrico que possui um tempo de retardo na ordem de segundos. É usado em minerações, em subsolo e em construções civis em geral. 5) MANTELEC Acessório de detonação usado para iniciar simultaneamente e a distância, cargas explosivas por meio de corrente elétrica. Os tipo “alta amperagem’’ são de alta segurança contra correntes elétricas parasitas, de origem dinâmica. Principais Clientes Os principais Clientes da Orica Brasil São: Cia. Vale do Rio doce, Anglo Gold, Votorantim, Lafarge, Holcin, Yamana, Andrade Gutierrez, Camargo Correa, Norberto Odebrecht, entre outros. A evolução alcançada e a aceitação incondicional dos produtos de sua fabricação se devem, principalmente, à eficiência do seu corpo técnico, ao alto nível de qualidade apresentado e a assistência técnica e efetiva oferecida pela indústria aos seus consumidores. Naturalmente, que outros aspectos de caráter técnico ou mesmo de aplicação poderiam ser aqui apontadas. Considerando, entretanto, a complexidade do problema e
  • 47. 47 a variedade dos produtos, deixamos o assunto a cargo de para ser apontada com mais clareza em uma outra oportunidade, isso por desviar do nosso objetivo principal. Missão da Empresa Ser o melhor fornecedor de produtos e serviços ao mercado consumidor de explosivos, desenvolvendo nossa posição de liderança e buscando um crescimento rentável; Satisfazer as necessidades dos clientes, garantindo a excelência em tecnologia, assistência técnica e qualidade; Desenvolver e valorizar o homem, o profissionalismo e o espírito de equipe de nossos colaboradores; Manter o comprometimento com a máxima Segurança, Saúde Ocupacional e Meio Ambiente. Princípios da Empresa SH&E (Segurança, saúde ocupacional e meio ambiente). Propriedade Comercial. Soluções criativas para o cliente . Trabalhar juntos.
  • 48. 48 4 LEVANTAMENTO TÉCNICO Foi analisado dentro de uma organização (Órica) todo o processo de exploração em minas subterrâneas, onde é utilizado um produto tecnologicamente defasado (ANFO). Para comparar foi realizado uma análise de um produto (Handbulk) com a mesma utilidade, que está ganhando grandes proporções no mercado, pois é mais avançado tecnologicamente e que em muitas empresas vem substituindo os explosivos granulados. Com esta análise criamos uma base de informações para as vantagens e desvantagens. Esse levantamento foi elaborado através de pesquisas de campo, apoio da empresa para fornecimento de dados, como também através de pesquisas bibliográficas, em sites, etc. 4.1 Desvantagens da Aplicação de Explosivo Granulado (ANFO) em Mineração Subterrânea Os explosivos granulados, desde a chegada no cliente exige maior numero de funcionários para seu descarregamento, gerando mais horas trabalhadas com incremento de periculosidade que são crescidas de 30%; Alguns pontos fracos dos explosivos granulados, em todo o seu processo: Exige paiol maior para armazenagem das sacarias; Ocorre o empedramento do mesmo caso não seja consumido em tempo apropriado, necessita de transporte auxiliar para armazená-lo no paiol do subsolo e para transportá-lo para as frentes do trabalho. Exige nova mão de obra para transporte do mesmo no interior da mina; Sua utilização nos vasos sob pressão são riscos constantes a cada utilização; Necessitam de compressores portáteis ou uma estação de ar comprimido na mina para aplicação, geralmente com desperdício de ar comprimido; Necessita de mangueiras para ar de comprimento razoável para aplicação, o que causa desperdício de tempo no final do carregamento e aumenta o custo,
  • 49. 49 Entupimentos constantes das mangueiras que aplicam o material devido sujeira provocada nos reabastecimentos de material no vaso de pressão; Blasters (especialistas credenciados em aplicação de explosivos) não conseguem sua aplicação homogenia a cada furo ou frente de trabalho, pois não conseguem pressão constante e nem tampão iguais para todos os furos, com isto existem furos com produto em maior ou menor quantidade, furos bem adensados e furos pouco adensados, o que compromete o resultado do desmonte e os custos; Ocorre o desperdício de material devido sopro do produto antes de serem pulverizados; O explosivo que é pulverizado é desperdiçado porque o mesmo é soprado para fora do furo e não pode ser utilizado em furos úmidos; Em furos ascendentes de diâmetros maiores, exigem pressões de trabalho com ar comprimido maiores, ocorre a queda excessiva de material devido à dificuldade de agregação às paredes de furo; Em furos longos pode ocorrer a geração de energia estática, devido ao atrito do produto que retorna pelas paredes do furo em contato com a parte externa da mangueira de carregamento; Geração de resíduos das embalagens e do material desperdiçado; Re-trabalho com utilização de mão de obra e equipamento com as sobras, e riscos de perder material que as embalagens danificam; Aspiração pelas pessoas que trabalham na atividade de carregamento do material que pulveriza e retorna do furo carregado; Riscos de queimadura na pele, devido contato com o material; Gera mais gases após detonação, necessitando mais tempo para retorno a frente de trabalho, após desmonte; Caso ocorra falha de furo, dificuldade de limpeza, pois o produto congela dentro do mesmo, aumentando risco da atividade; Quando cai em poças de água durante o carregamento gera gases que podem até paralisar a atividade por algum tempo, devido ao risco de contaminação; como podemos notar o produto granulado desde a chegada ao cliente, a aplicação e após sua utilização, requer número maior de mão de obra, espaços de armazenagem,
  • 50. 50 equipamentos de transporte. Além dos de aplicação e geração de resíduos, e eficiência no desmonte menor comparada com emulsão bombeada. Fluxograma Anfo ANFO Fabricação em embalagens de 25 kg. ANFO Fabricação em embalagens de 25 kg. Descarrega nos paióis da superfície Carregamento para transporte até mina Descarga e estocagem nos paióis subsolo Carregamento dos veículos até frentes de trabalho Carregamento dos veículos até frentes de trabalho Carregamento dos vasos sob pressão Transportado por carreta ou caminhão Figura 2: Fluxograma Anfo Fonte: Orica Brasil (2007)
  • 51. 51 4.2 Performance Anfo Propriedade ANFO Densidade (g/cm3 ) 0,80 Diâmetro mínimo do furo (mm) 51 Profundidade máxima do furo (m) 50 Comprimento máximo da carga (m) 45 VOD Típico (km/s) 3,5 Energia Efetiva Relativa (REE) Peso Relativo da Força Força Relativa ANFO 100 100 Pentex ou Primer recomendado para furos de diâmetro mínimo > ou = 102 PPP 64 - 102mm H Tipo de Furo Seco Sistema de Distribuição Vaso sob pressão Profundidade máxima de aplicação (m) 50m – profundidade do furo Saída de CO2 (kg/ton) 130 Tempo de Estocagem 3 meses Tabela 3: Performance Fonte: Orica Brasil (2007)
  • 52. 52 Figura 3: Frente de lavra Fonte: Orica Brasil (2007) Figura 4: Perfuração das frentes de serviço Fonte: Orica Brasil (2007)
  • 53. 53 Fonte: Órica Brasil Figura 5: Carregamento com ANFO Fonte: Orica Brasil (2007) 4.3 Emulsão Handbulk (emulsão bombeada) 4.3.1 Descrição (Produto sugerido como inovação) Handbulk é uma emulsão explosiva bulk (bombeada) sensível a iniciador, especialmente projetada para aplicações em minerações pequenas, pedreiras e construções em ambas condições, secas e molhadas. O Handbulk tem uma aparência de fluido opaco, similar em viscosidade ao óleo pesado ou à graxa leve. O Handbulk é distribuído através de um sistema de fornecimento Maxipump (maxi bomba) ou bomba de cavidade progressiva, que combina a emulsão não-explosiva com um sensibilizador para distribuir o produto explosivo no furo. O sistema de distribuição Maxipump ou cavidade progressiva é baseado em uma bomba de pistão de ar acoplado a um tanque com tamanho adequado para aplicação
  • 54. 54 manual ou da mesma forma por uma bomba de cavidade progressiva. O produto Handbulk é manufaturado e pode ser distribuído com controle preciso, usando controles eletrônicos de aplicação em uma taxa adequada para melhorar a sua produtividade. Fluxograma – Handbulk Emulsão Bombeada Emulsão Matriz Cap. 50 ton. Transportado por carreta tanque Nitrito de Sódio Cap. 1 ton. Tanque solução Nitrito de Sódio Cap. 0,2 ton. Repump Cap. 3,0 ton. Carregamento dos furos subsolo Transportado por caminhões tanque Figura 6: Fluxograma – Handbulk Emulsão Bombeada Fonte: Orica Brasil (2007)
  • 55. 55 4.4 Performance Handbulk Propriedade Handbulk Densidade (g/cm3 ) 1.20 Diâmetro mínimo do furo (mm) 76 Profundidade máxima do furo (m) 50 Comprimento máximo da carga (m) 45 VOD Típico (km/s) 4.4 – 6.3 Energia Efetiva Relativa (REE) Peso Relativo da Força Força Relativa Bulk 105 157 Pentex ou Primer recomendado para furos de diâmetro mínimo > ou = 102 PPP 64 - 102mm H Tipo de Furo Seco, Molhado ou Drenado Sistema de Distribuição Bombeado Profundidade máxima de aplicação (m) 50m – profundidade do furo Saída de CO2 (kg/ton) 113 Tempo de Estocagem 6 meses Tabela 4: Performance Fonte: Orica Brasil (2007)
  • 56. 56 4.5 Recomendações para Uso 4.5.1 Solo Reativo Produtos baseados em nitrato de amônia, como Handbulk, podem reagir com materiais piriticos no solo e criar situações potenciais de risco. 4.5.2 Temperatura do Solo Estes produtos estão disponíveis para uso em solo com temperaturas de oº a um máximo de 55ºC. Se a sua aplicação necessita operar fora desta faixa de temperatura, entrar em contato com o fornecedor para receber orientações sobre os procedimentos. 4.5.3 Tempo de Gaseificação O tempo de gaseificação do Handbulk depende da temperatura. A sensibilização típica se completará em 30 minutos. Pelos menos um intervalo de 60 minutos deve existir entre o carregamento e o estancamento dos furos quando a temperatura do produto estiver abaixo de 25ºC. 4.5.4 Características de Segurança O Handbulk é relativamente insensível à iniciação acidental por choque, fricção ou impacto mecânico sob condições normais de uso. A detonação pode ocorrer a partir de impacto forte ou aquecimento excessivo, particularmente sob condições de confinamento. Não há efeitos adversos à saúde se o produto for manuseado de acordo com as recomendações. Se houver contato com qualquer parte do corpo, lave com água abundante e sabão. 4.5.5 Qualidade do Produto Os explosivos bulk são manufaturados e carregados usando um processo de qualidade certificado pela ISO 9001. As emulsões explosivas Handbulk foram desenvolvidas na Austrália especificamente para a industria de mineração e construção usando processos de Engenharia e Pesquisa certificados pela ISO 9001.
  • 57. 57 4.6 A ISO 9001 A série ISO 9000 é um conjunto de normas que formam um modelo de gestão da qualidade para organizações que podem, se desejarem, certificar seus sistemas de gestão através de organismos de certificação. Foi elaborada através de um consenso internacional sobre as práticas que uma empresa pode tomar a fim de atender plenamente os requisitos de qualidade do cliente. A ISO 9000 não fixa metas a serem atingidas pelas empresas a serem certificadas, a própria empresa é quem estabelece as metas a serem atingidas. A sigla ISO denomina a International Organization for Standardization, ou seja, Organização Internacional de Normalização. Ela é uma organização não governamental que está presente hoje em cerca de 120 países. Esta organização foi fundada em 1947 em Genebra, e sua função é promover a normatização de produtos e serviços, utilizando determinadas normas, para que a qualidade dos produtos seja sempre melhorada. No Brasil, o órgão que representa a ISO chama-se ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). A ISO 9000 é um modelo de padronização. A organização deve seguir alguns passos e atender alguns requisitos da ISO 9001 para serem certificadas, dentre esses requisitos podemos citar: • Padronização de todos os processos chaves do negócio, processos que afetam o produto e conseqüentemente o cliente; • Monitoramento e medição dos processos de fabricação para assegurar a qualidade do produto/serviço, através de indicadores de performance e desvios; • Implementar e manter os registros adequados e necessários para garantir a rastreabilidade do processo; • Inspeção de qualidade e meios apropriados de ações corretivas quando necessário; e • Revisão sistemática dos processos e do sistema da qualidade para garantir sua eficácia. (PORTALQUALIDADE, 2007).
  • 58. 58 5 DISCUSSÃO DOS RESULTADOS Após análise da pesquisa pode-se notar a grande diferença entre os produtos, tendo em vista que foram analisados para o mesmo fim, ou seja, desmonte de rochas em minas subterrâneas, mostrando-se bem diferentes nas comparações. Com as vantagens e desvantagens apresentadas pode-se observar que o ANFO apresenta inúmeras desvantagens em relação do Handbulk, desde o transporte após a fabricação, carga e descarga nos paióis, armazenamento, manuseio, transporte até o ponto de utilização dentro da mina, ergonomia, embalagem, resíduos, produtividade, geração de gases, segurança na aplicação, performance de trabalho e meio ambiente pelo descarte de embalagens. O desperdício do próprio material durante a aplicação é grande, por ocorrer o sopro antes do produto ser pulverizado. Durante a pulverização o produto é desperdiçado por efeito do sopro para fora do furo e não pode ser utilizado em furos úmidos por ser hidroscópico. Os cuidados para manuseio, aplicação, os recursos necessários como mangueiras, compressores de ar comprimido, vasos sob pressão, veículos especiais para transporte, tudo impacta diretamente na eficiência e custos gerados pelo produto durante o processo. A emulsão bombeada (Handbulk) tem grandes vantagens conforme a pesquisa mostrou. Dentre elas podemos citar o menor custo de fabricação, menor manuseio do produto acabado, produtividade no transporte e aplicação, menor risco em relação a saúde ocupacional e segurança dos funcionários envolvidos no processo, pois melhora o ar do ambiente da operação, pela eliminação da poeira de Nitrato de amônia oriundo da utilização do ANFO, e vasos sob pressão para aplicação. Os espaços para armazenagem são menores e mais seguros, uma vez que o produto só se torna explosivo após o bombeamento nos furos, atendimento as normas de meio ambiente pois não há embalagens a serem descartadas no desmonte. O aumento da produtividade do desmonte também é outro fator relevante, por possuir melhor relação custo x benefício. Para tanto o produto ANFO está defasado em comparação ao Handbulk. Tendo em vista as vantagens e desvantagens demonstradas pela pesquisa realizada sobre os produtos utilizados (ANFO) e o produto sugerido (Handbulk).
  • 59. 59 CONCLUSÃO O presente Trabalho de Conclusão de Curso propôs uma mostra aos discentes da Fatea, bem como a profissionais interessados na busca de Novas Oportunidades de Negócio dentro do próprio cenário, principalmente do seguimento de mineração, mas precisamente em exploração de minas subterrâneas, demonstrando as oportunidades que podem ser descobertas com uma análise dos cenários do mercado, do processo ou até mesmo da própria organização, sem a necessidade de grandes investimentos. Além das análises e resultados apresentados, deve-se conhecer na prática, o perfil da empresa em que se trabalha, para assim desenvolver um planejamento adequado às necessidades da organização, por isso a importância da prática profissional para os alunos, pois não adiantaria o conhecimento de planejamento estratégico sem o conhecimento, a convivência a pratica do mercado, onde se buscará a implementação de um planejamento em busca de novas oportunidades. O conhecimento adquirido no curso está intrinsecamente ligado ao conhecimento prático, tornando-se assim importante fonte de conhecimento para o crescimento profissional dos administradores de empresa. Proposição do plano de melhoria futura Com os resultados obtidos a partir do processo de movimentação da análise efetuada, podemos sugerir as seguintes melhorias com a substituição do ANFO pelo Handbulk (Emulsão bombeada), tendo em vista que o produto atual (ANFO) está defasado tecnologicamente. Diminuição da perfuração específica com o aumento da malha; Aumento da capacidade de produção de perfuração e desmonte; Maior produtividade na operação de carregamento dos furos devido a menor necessidade de reabastecimento da unidade (em comparação com os “anfo loaders” = vazos sob pressão para carregamento) e kg/min; Controle efetivo da quantidade de explosivo carregado por furo; Melhoria em saúde ocupacional e atendimento as normas internacionais de manuseio de peso devido à eliminação das embalagens de 25 kg do ANFO.
  • 60. 60 Atendimento às normas de meio ambiente quanto à destinação das embalagens do produto utilizado no desmonte. Facilidade de estocagem, pois a emulsão matriz é um oxidante e não explosivo; Maior segurança em todas as etapas das operações de carregamento e armazenagem, uma vez que o produto torna-se explosivo somente após o bombeamento; Possibilidade de variação na energia aplicada pela alteração da densidade do produto final; Melhora na qualidade do ar do ambiente da operação, pela eliminação da poeira de Nitrato de Amônia oriunda do bombeamento do ANFO; Melhora na fragmentação, proporcionando: Menor índice de fogo secundário; Menor desgaste e conseqüente custo de manutenção dos equipamentos de escavação e transporte, pelo manuseio de material melhor fragmentado; Melhora na produtividade de escavação e transporte (horizontal e vertical); Melhora na produtividade da britagem e moagem. Redução global do custo de produção. Melhora no rendimento dos desmontes por maior avanço em m; Redução do ciclo operacional do desenvolvimento; Redução do custo do desenvolvimento (R$/m de avanço); Melhora na fragmentação/arranque, aumentando a produtividade de carregamento na escavação e transporte. Redução no custo de supply chain (cadeia de suprimentos) Redução no custo do inventário ( produtos em estoque superfície e subsolo); Melhora na condição ergonômica dos trabalhadores pelo não manuseio de sacos e caixas. Podemos sintetizar os benefícios pela aplicação deste sistema de desmonte, através da figura esquemática abaixo:
  • 61. 61 Figura 7: Diagrama de Ishikawa Fonte: Orica Brasil (2007) PPrreeppaarraaççããoo ddoo ddeessmmoonnttee BBllaassttiinngg PPóóss -- ddeessmmoonnttee Tempo de carregamento Carga Unidade de bombeamento bombeamento Cost Diluição Segurança Custos operacionais Manutenção de equipamentos Tempo de carregamento e limpeza Segurança e meio ambiente Britagem primária Remoção Tonelada desmontada Controle de piso Fogo secundário Fragmentação Início Bombeamento e manuseio Custo de perfuração CostsSegurança