2. Entre os seres vivos e o meio
em que vivem há um ajuste,
uma harmonia fundamental
para a sobrevivência.
O ambiente seleciona as
características dos seres
vivos que são mais aptas a
ele.
3. O flamingo rosa se alimenta de cabeça para baixo, adaptando-se à procura
de alimento no lodo em que vive; os cactos suportam o meio desértico seco
graças às adaptações nele existentes; os beija-flores, com seus longos bicos,
estão adaptados à coleta do néctar contido nas flores tubulosas que visitam.
Esses e numerosos outros exemplos são reveladores da perfeita sintonia que
existe entre os seres e os seus ambientes de vida.
4. Alguns seres vivos possuem uma
grossa camada de gordura por
debaixo da pele, e, isso permite
que eles vivam em lugares frios.
Outros possuem orelhas enorme,
que permitem a troca maior de
calor com o ambiente. Assim, o
Feneco ( uma raposa de orelhas
enormes- veja foto ao lado) vive
bem no deserto do Saara.
A adaptação dos seres
vivos ao meio é um fato
incontestável. A origem da
adaptação, porém, sempre
foi discutida.
5. As adaptações são
pequenas diferenças que
quando são
“interessantes” ao meio
são selecionadas.
Mas a ideia de como
acontece essas
adaptações é discutida
até hoje.
6. Desde a Antiguidade se acreditava que essa harmonia seria o resultado de uma
criação especial, a obra de um criador que teria planejado todas as espécies,
adequando-as aos diferentes ambientes. Com o advento do cristianismo, ficou
mais fácil admitir que as espécies, criadas por Deus, seriam fixas e imutáveis. Os
defensores dessa ideia, chamados de fixistas ou criacionistas, propunham que a
extinção de muitas espécies seria devida a eventos especiais como, por exemplo,
muitas catástrofes que exterminaram grupos inteiros de seres vivos.
7. Lentamente, a partir do século XIX, uma
série de pensadores passou a admitir a
ideia da substituição gradual das
espécies por outras, por meio de
adaptações a ambientes em contínuo
processo de mudança. Essa corrente de
pensamento, transformista, explicava
a adaptação como um processo
dinâmico, ao contrário do que
propunham os fixistas. Para o
transformismo, a adaptação é
conseguida por meio de mudanças: à
medida que muda o meio, muda a
espécie. Os adaptados ao ambiente em
mudança sobrevivem. Essa ideia deu
origem ao evolucionismo
8.
9. Camuflagem
Alguns animais podem ter a capacidade de se
camuflarem com o meio em que vivem para tirar
alguma vantagem. A camuflagem pode ser útil
tanto ao predador, quando deseja atacar uma
presa sem que esta o veja, ou para a presa, que
pode se esconder mais facilmente de seu
predador.
Mimetismo
Semelhante à camuflagem, só que ao invés de se
parecerem com o meio, os animais que praticam o
mimetismo tentam se parecer com outros animais,
com intuito de parecer quem não é
10. O termo coevolução é usado para descrever casos onde duas (ou mais)
espécies afetam a evolução umas das outras reciprocamente. Então por
exemplo, uma mudança evolutiva na morfologia de uma planta, pode
afetar a morfologia de um herbívoro que come essa planta, que por sua
vez pode afetar a evolução da planta, que pode afetar a do herbívoro e
assim sucessivamente.
11. Um exemplo bem conhecido da seleção
natural em ação é o desenvolvimento de
resistência a antibióticos em
microrganismos. Antibióticos vem sendo
usados para lutar contra doenças
provocadas por bactérias desde a
descoberta da penicilina por Alexander
Fleming em 1928.
Populações naturais de bactérias contêm,
entre seus vastos números de membros
individuais, considerável variação em seu
material genético, primeiramente um
resultado de mutações. Quando expostas
a antibióticos, a maioria das bactérias
morre rapidamente, mas algumas podem
possuir mutações que as fazem ser um
pouco menos suscetíveis aos efeitos dos
antibióticos.
Se a exposição aos antibióticos for curta,
esses indivíduos irão sobreviver ao
tratamento. Essa eliminação seletiva de
indivíduos mal-adaptados de uma
população é seleção natural.
12. Os indivíduos de uma mesma espécie apresentam
variações em todos os caracteres, não sendo portanto
idênticos entre si.
Todo organismo tem grande capacidade de reprodução,
produzindo muitos descendentes. Entretanto, apenas
alguns dos descendentes chegam à idade adulta.
O número de indivíduos de uma espécie é mantido mais
ou menos constante ao longo das gerações.
Assim, há grande "luta" pela vida entre os descendentes,
pois apesar de nascerem muitos indivíduos poucos
atingem a maturalidade, o que mantém constante o
número de indivíduos na espécie. Na "luta" pela vida,
organismos com variações favoráveis ás condições do
ambiente onde vivem têm maiores chances de sobreviver,
quando comparados aos organismos com variações menos
favoráveis.
Os organismos com essas variações vantajosas têm
maiores chances de deixar descendentes. Como há
transmissão de caracteres de pais para filhos, estes
apresentam essas variações vantajosas.
Assim, ao longo das gerações, a atuação da seleção
natural sobre os indivíduos mantém ou melhora o grau de
adaptação destes ao meio.
Charles Darwin (1809-1882), naturalista inglês,
desenvolveu uma teoria evolutiva que é a base da
moderna teoria sintética: a teoria da seleção natural.
Os principios básicos são: