PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
Paradiplomacia: um instrumento de promoção comercial e inserção internacional - análise comparativa
1.
2. Paradiplomacia
um meio de promoção comercial e inserção
internacional: análise comparativa
André Aprigio
M.Sc. Candidate
Universidade do Minho, Portugal
5. perguntas de investigação
É possível que o receio em regulamentar as
atividades paradiplomáticas em um Estado esteja
ligado ao receio de se fragmentar o poder?
De que forma é que a paradiplomacia influencia a
Diplomacia Econômica de um Estado?
9. evolução
alterações nas Relações Internacionais - o “jogo
de soma zero” começa a ser questionado;
“apenas” o conceito de equilíbrio de poder
passa a se mostrar insuficiente em um mundo
mais complexo.
13. resumindo
“[...] interdependência, em política mundial,
refere-se a situações caracterizadas por efeitos
recíprocos entre os países ou entre atores em
diferentes países.”
Keohane; Nye, 1989
15. nova realidade
“A incapacidade do Estado de atender às
demandas de todas as suas unidades
subnacionais, gera uma segmentação [...] Com
isso, os municípios passam a exercer atividades
que, até então, eram tendencialmente exclusivas
do Estado-nação.”
Yahn Filho, 2006 (apud Philip, Soldatos, 1996)
19. diplomacia pós-moderna
“[Diplomacy] is defined as the mechanism of
representation, communication and negotiation,
through which states and other international
actors conduct their business.”
Jan Melissen, 1999
23. local [=] global
os governos locais procuram assumir um papel
estratégico nas RIs (Bilateralismo e
Multilateralismo;
de forma complementar ao papel do Estado;
i.e. a fim de garantir investimentos externos.
25. “nova geografia do poder”
“O locus da atividade econômica global não se
restringe mais ao território e as transações
econômicas são feitas no espaço eletrônico.
Contudo, é no território que se encontram as
instituições e os atores que dão corpo à
globalização.”
Yahn Filho, 2006.
27. teoria centrada na sociedade
public choice e rational choice
“Os governos são agentes de todo o conjunto de
interesses existentes na sociedade. E tentará
definir um interesse que incorpore o interesse de
todos os atores no sistema interno.”
grupos de interesse e interesses políticos...
29. teoria centrada no Estado
o aparato do Estado pode moldar os ganhos, as
identidades políticas, os interesses;
o grau de permissão/apoio dado pelo Estado
para a implementação da paradiplomacia;
análise de casos.
31. causalidade cumulativa
Capacidade de atração de investimentos. Quem
já tem algum crescimento, consegue atrair ainda
mais.
a paradiplomacia busca fortalecer, ainda mais,
esse conceito, i.e.: busca/competição por FDI
pelas regiões e/ou governos locais.
35. definindo...
“[...] envolvimento de governos não centrais nas
relações internacionais, mediante
estabelecimento de contatos permamentes e ad
hoc com entidades públicas ou privadas
estrangeiras, com o objetivo de promoção
socioeconômica e cultural, bem como de
qualquer outra dimensão exterior nos limites de
sua competência constitucional.”
Conargo, 2001
37. ...conceitos
“Paradiplomacy is not the same as conventional
state diplomacy, which is about pursuing a
defined state interest in the international arena. It
is more functionally specific and targeted, often
opportunistic and experimental. […]
Paradiplomacy is also characterized by a high
degree of involvement of civil society and the
private sector.”
Keating, 1999
46. América do Sul
após a déc. 80 alguns
países se tornam mais
descentralizados (BR e
AR);
Argentina é o único que
inaugurou a cláusula
constitucional da
paradiplomacia (treaty-
making power).
48. Brasil
perfil do Estado
(Federação Trina)
sistema federativo
centralizador;
não há previsão
constitucional explícita;
a União detém
competência única p/
celebrar Intl Treaties;
50. Brasil
RJ instituiu o primeiro
órgão de articulação intl
de um ente federal
brasileiro (83);
entes importantes no
contexto internacional:
RJ (Eco 92), RS (FSM),
SP, PR (Cidade Modelo
UNESCO), CE, BA;
54. Brasil
projetos e emendas
“emperradas” no
Congresso;
embora a participação
dos entes nacionais
tenha crescido, não
houve acompanhamento
do respaldo jurídico.
56. o que está escrito
“Compete à União: I - manter relações com Estados
estrangeiros e participar de organizações internacionais.”
“Compete privativamente ao Presidente da República: VII -
manter relações com Estados estrangeiros e acreditar
seus representantes diplomáticos; VIII - celebrar tratados,
convenções e atos internacionais, sujeitos a referendo do
Congresso Nacional.”
Constituição Brasileira, Arts. 21; 84. 1995
58. o que está escrito
“Compete privativamente ao Senado Federal: V - autorizar
operações externas de natureza financeira, de interesse
da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios
e dos Municípios.”
Constituição Brasileira, Art. 52. 1995
64. Brasil - Inovações
criação da Sec. de Rel.
Institucionais da PR; da
Subchefia de Assuntos
Federativos; Comitê de
Articulação Federativa
(2005);
o MRE criou a ARF
transformada em Assoc.
Esp. de Assuntos
Federativos e
Parlamentares
66. Brasil - Inovações
e cria igualmente os
Escritórios Regionais do
MRE (BH, CWB, FLN,
MAO, POA, REC, RIO e
SP);
apoio in situ e auxiliam as
ações internacionais de
estados e municípios
71. Argentina
perfil do Estado
(República - Autonomia)
processo iniciado nos
anos 90 com
transferência dos portos
nacionais (91) e da rede
ferroviária (92) para as
províncias;
79. Argentina
lobby para tentar
transformar low politics
em high politics.
Embora o foco seja
interno (GF), seu
objetivo final é alcançar
inserção externa das
províncias;
81. Argentina
esse lobby é levado à
cabo em regime de
competição, geralmente
em setores de
infraestrutura;
e.g. rivalidade entre
Mendoza e Neuquén
para obter suporte do
GF - reativação da
ferrovia para o Chile.
85. o que está escrito
“Las provincias podrán crear regiones para el
desarrollo económico - social y establecer órganos
con facultades para el cumplimiento de sus fines y
podrán también celebrar convenios internacionales en
tanto no sean incompatibles con la política exterior de
la Nación y no afecten las facultades delegadas al
Gobierno Federal o el crédito público de la Nación;
con conocimiento del Congreso Nacional [...]”
Constituição Argentina, Art. 124. 1994
87. o que está escrito
“Las provincias pueden celebrar tratados parciales para
fines de administración de justicia, de intereses
económicos y trabajos de utilidad común, con
conocimiento del Congreso Federal; y promover su
industria, la inmigración, la construcción de ferrocarriles y
canales navegables, la colonización de tierras de
propiedad provincial, la introducción y establecimiento de
nuevas industrias, la importación de capitales extranjeros y
la exploración de sus ríos, por leyes protectoras de estos
fines, y con recursos propios. [...]”
Constituição Argentina, Art. 125. 1994
89. alguns acordos
Buenos Aires e Moskovskaya oblast [permuta de
bens baseada em compensação]. Desde 1994;
Córdoba e Vladimirskaya oblast [colaboração
comercial e econômica]. Desde 1997;
Misiones e Stavropol [ colaboração comercial e
econômica]. Desde 2000;
além de realizarem várias missões comerciais no
exterior (Mendoza/AR e Valparíso/CL).
94. timeline
.2005. ação
conjunta Mendoza
e San Juan
min. economia de MDZ se
.2004. assinatura reúne c/ associações de
do acordo produtores da AR/BR -
definição da estratégia
95. timeline
preparação keynote
.2005. ação
autoridades argentinas
conjunta Mendoza
e chinesas: ComEx,
e San Juan
Agricultura, Sanitária
min. economia de MDZ se
.2004. assinatura reúne c/ associações de
do acordo produtores da AR/BR -
definição da estratégia
96. timeline
preparação keynote
.2005. ação
autoridades argentinas
conjunta Mendoza
e chinesas: ComEx,
e San Juan
Agricultura, Sanitária
exigência de
min. economia de MDZ se
.2004. assinatura reúne c/ associações de salvaguardas, preços
do acordo de referência e
produtores da AR/BR -
medidas
definição da estratégia
paratarifárias
97. timeline
relevância: MDZ e SJN
preparação keynote
.2005. ação produzem entre 80 e 120k
autoridades argentinas
conjunta Mendoza ton anuais de alho, do que
e chinesas: ComEx,
e San Juan se exporta entre 70-80%.
Agricultura, Sanitária
6k trabalhadores
exigência de
min. economia de MDZ se
.2004. assinatura reúne c/ associações de salvaguardas, preços
do acordo de referência e
produtores da AR/BR -
medidas
definição da estratégia
paratarifárias
100. União Europeia
princípio da
subsidiaridade (o
regional ou local atua
em nome do nacional)
Comitê de Regiões,
Maastricht (92).
Institucionaliza a
participação dos gov.
subnacionais na política
comunitária européia.
105. Bélgica
perfil do Estado
(Federado)
a Constituição belga
consagra um sistema
federal que concede
amplas faculdades às
entidades federadas
para atuar no campo
das RIs;
115. Flanders/Bélgica
+ 20 tratados com
outros países e regiões,
desde 93;
maioria concluída
auntonomamente com
outro Estado (bilateral),
cinco deles foram
negociados de forma
multilateral;
117. Flanders/Bélgica
possui mais de 100
representações
econômicas no exterior;
economia voltada para
exportação (81%);
trade missions
[intermediação/
promoção]
121. a DiploEco
“Diplomacia Econômica não é conduzida
apenas por diplomatas e pelo MNE. Não
respeita, apenas, as negociações informais e a
cooperação voluntária, também diz respeito à
sistemas de regras.”
Bayne & Woolcock, 2003.
123. a DiploEco
“A Diplomacia Econômica não se pode definir,
apenas, pelo uso de meios econômicos nas
relações internacionais, pois seu fim é político.”
“Não são os meios (econômicos) que determinam
a Diplomacia Econômica, mas sim o seu
resultado final, que deve ser político.
La Carrière, s/d.
125. pressupostos
estratégia para atuar na esfera internacional;
apoio do Governo central às tratativas*;
disposição dos organismos/instituições
internacionais em cooperarem com entes
subnacionais;
envolvimento da sociedade civil e empresários.
127. questionamento um
É possível que o receio em regulamentar as
atividades paradiplomáticas em um Estado esteja
ligado ao receio de se fragmentar o poder?
130. resposta um
países com unidade nacional e integração
regional “avançadas” não vislumbram risco de
desintegração ao facultar atividades
paradiplomáticas (política externa federativa)
132. resposta um
diferentemente, há países que enfrentam
dificuldades para se conseguir integração, i.e:
diversidade político-territorial (interesses [grupos]
políticos).
o grau de descentralização depende de fatores
históricos, culturais, etc.
ressalvas existem. [entendimento corrente, i.e.
Brasil]
139. resposta dois
acordos comerciais que se firmam entre os
governos locais e que resultam numa rede de
empresários interessados em viabilizar negócios
entre cidades e/ou regiões de diferentes países;
145. resposta dois
oferta de vantagens fiscais e tributárias “lucrative
incentives” para atrair ou reter negócios no
âmbito das competências dos governos locais;
149. resposta dois
surgimento de redes de cidades, i.e:
Mercocidades (7Mar2005) - rede de cidades,
por meio da qual prefeitos de cidades do
Mercosul pudessem participar das decisões para
a integração regional em temas específicos de
suas competências e Comitê de Regiões (UE);
151. resposta dois
implementação de programas internacionais,
como o UNDP, ajuda a fortalecer a atividade
paradiplomática dos entes subnacionais e traz
igual e consequente vantagem para o Governo
central.
153. resposta dois
o valor total das operações de crédito contraídas
pelo setor público brasileiro junto a fontes
multilaterais e bilaterais, ao longo do período
1989-2006, alcançou a marca de US$ 36,8
bilhões, sendo que 37,89%, ou US$ 13,96
bilhões foram contraídos diretamente pelos
entes subnacionais.
155. resposta dois
“[...] embora a presença de FDI possa diminuir a
autonomia de uma economia nacional, é sempre
uma importante resposta para as necessidades
de economias locais (e.g. investimento japonês
em diversos estados e cidades dos E.U.A.)”
Brown & Fry, 1993.
157. referências
ARGENTINA. Constituición de la Nación
Argetina, 1994.
BÉLGICA. La Constituition Belge, 1993.
BRASIL. Constituição da República
Federativa do Brasil, 1988.
BROWN, Douglas M., FRY, Earl H., States
and Provinces in the International Economy.
UC Berkley/Queen’s University. 1993. p. 61.
EURACTIV NETWORK. Paradiplomacy? A
heady Cocktail. Diponível em: <http://
www.euractiv.com/en/france/
paradiplomacy-heady-cocktail/
article-109912>. Acesso em 09 Abr. 2010.
EUROPA. Tratado da União Europeia. 92/C
191/01.
159. referências
KEATING, Michael. (1999), "Regions and
international affairs: motives, opportunities
and strategies", in Francisco Aldecoa e
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the foreign relations of subnational
governments. Londres, Frank Cass.
LECOURS, André. Political Issues of
Paradiplomacy: Lessons from the Developed
World. Netherlands Institute of International
Relations “Clingendael”, 2008.
MAGONE, José M. Paradiplomacy Revisited:
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Governance and Regional Actors, 2006.
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Inserção Internacional de Barcelona.
Disponível em: <http://
subnacionais.incubadora.fapesp.br/portal/
documentos/seminario-internacional-
gestao-publica-e-relacoes-internacionais-
das-cidades-sao-paulo-buenos-aires-e-
barcelona/PAPER_VanessaMarx.pdf>.
Acesso em: 13 abr. 2010.
NUNES, Carmen. A Paradiplomacia no
Brasil: O Caso do Rio Grande do Sul. 2005.
163 f. Dissertação de Mestrado - Instituto
de Filosofia e Ciências Humanas,
Universidade Federal do Rio Grande do Sul,
Rio Grande do Sul, 2005.
163. referências
SIQUEIRA, Marcos. A Paradiplomacia como
Alternativa para o Desenvolvimento
Regional. Cenário Internacional, 2007.
Disponível em: <http://
www.cenariointernacional.com.br/
artigos2.asp?id=33>. Acesso em 14 abr.
2010.
YAHN FILHO, Armando Gallo. A Inserção
Internacional de Campinas: Aspectos
Conceituais. In Perspectivas. São Paulo,
2006. p. 81-98.
ZUBELZÚ, Graciela. Los Gobiernos
Subnacionales en el Escenario
Internacional: Conceptos, Variantes y
Alcance. Un Marco de Análisis para las
Provincias Argentinas. 1a. ed., Buenos
Aires: PNUD, 2008.
Nova geografia do poder. Express&#xE3;o cunhad apor Saskia Sassen (2004)
Segundo a autora, &#x201C;a economia global se materializa, em grande parte, nos territ&#xF3;rios nacionais&#x201D;, de modo que &#x201C; os Estados nacionais tiveram que se envolver profundamente na implementa&#xE7;&#xE3;o do sistema econ&#xF4;mico global&#x201D;, sofrendo &#x201C;transforma&#xE7;&#xF5;es em sua estrutura institucional&#x201D;. O que ocorre &#xE9; que a &#x201C;[...] principal din&#xE2;mica que opera na economia global tem a capacidade de desligar o Estado moderno da intersec&#xE7;&#xE3;o entre soberania e o territ&#xF3;rio que caracterizam o Estado e o sistema estatal modernos&#x201D; (SASSEN, 2004, p.375-376).
Nova geografia do poder. Express&#xE3;o cunhad apor Saskia Sassen (2004)
Segundo a autora, &#x201C;a economia global se materializa, em grande parte, nos territ&#xF3;rios nacionais&#x201D;, de modo que &#x201C; os Estados nacionais tiveram que se envolver profundamente na implementa&#xE7;&#xE3;o do sistema econ&#xF4;mico global&#x201D;, sofrendo &#x201C;transforma&#xE7;&#xF5;es em sua estrutura institucional&#x201D;. O que ocorre &#xE9; que a &#x201C;[...] principal din&#xE2;mica que opera na economia global tem a capacidade de desligar o Estado moderno da intersec&#xE7;&#xE3;o entre soberania e o territ&#xF3;rio que caracterizam o Estado e o sistema estatal modernos&#x201D; (SASSEN, 2004, p.375-376).
policymaking racional
policymaking racional
policymaking racional
No&#xE9; Conargo Pietro.
No&#xE9; Conargo Pietro.
O fato de ser uma Federa&#xE7;&#xE3;o trina - formada por tr&#xEA;s entes federados, a Uni&#xE3;o, os Estados e os munic&#xED;pios - &#xE9; um diferencial do caso brasileiro.
A partir da CF de 1988, os munic&#xED;pios tornaram-se entes federados, equiparados &#xE0; Uni&#xE3;o e aos Estados, com compet&#xEA;ncias pr&#xF3;prias e comuns aos demais entes. Pouqu&#xED;ssimos pa&#xED;ses federais s&#xE3;o trinos; na Am&#xE9;rica Latina, apenas o Brasil.
O fato de ser uma Federa&#xE7;&#xE3;o trina - formada por tr&#xEA;s entes federados, a Uni&#xE3;o, os Estados e os munic&#xED;pios - &#xE9; um diferencial do caso brasileiro.
A partir da CF de 1988, os munic&#xED;pios tornaram-se entes federados, equiparados &#xE0; Uni&#xE3;o e aos Estados, com compet&#xEA;ncias pr&#xF3;prias e comuns aos demais entes. Pouqu&#xED;ssimos pa&#xED;ses federais s&#xE3;o trinos; na Am&#xE9;rica Latina, apenas o Brasil.
O fato de ser uma Federa&#xE7;&#xE3;o trina - formada por tr&#xEA;s entes federados, a Uni&#xE3;o, os Estados e os munic&#xED;pios - &#xE9; um diferencial do caso brasileiro.
A partir da CF de 1988, os munic&#xED;pios tornaram-se entes federados, equiparados &#xE0; Uni&#xE3;o e aos Estados, com compet&#xEA;ncias pr&#xF3;prias e comuns aos demais entes. Pouqu&#xED;ssimos pa&#xED;ses federais s&#xE3;o trinos; na Am&#xE9;rica Latina, apenas o Brasil.
O fato de ser uma Federa&#xE7;&#xE3;o trina - formada por tr&#xEA;s entes federados, a Uni&#xE3;o, os Estados e os munic&#xED;pios - &#xE9; um diferencial do caso brasileiro.
A partir da CF de 1988, os munic&#xED;pios tornaram-se entes federados, equiparados &#xE0; Uni&#xE3;o e aos Estados, com compet&#xEA;ncias pr&#xF3;prias e comuns aos demais entes. Pouqu&#xED;ssimos pa&#xED;ses federais s&#xE3;o trinos; na Am&#xE9;rica Latina, apenas o Brasil.
O fato de ser uma Federa&#xE7;&#xE3;o trina - formada por tr&#xEA;s entes federados, a Uni&#xE3;o, os Estados e os munic&#xED;pios - &#xE9; um diferencial do caso brasileiro.
A partir da CF de 1988, os munic&#xED;pios tornaram-se entes federados, equiparados &#xE0; Uni&#xE3;o e aos Estados, com compet&#xEA;ncias pr&#xF3;prias e comuns aos demais entes. Pouqu&#xED;ssimos pa&#xED;ses federais s&#xE3;o trinos; na Am&#xE9;rica Latina, apenas o Brasil.
C&#xE2;mara dos Deputados
Tentativa de dar base institucional, potencializar e dar maior capilaridade &#xE0;s a&#xE7;&#xF5;es internacionais no Brasil.
O texto da PEC &#xE9; claramente inspirado nas constitui&#xE7;&#xF5;es alem&#xE3; e argentina. Por&#xE9;m, adota severas restri&#xE7;&#xF5;es inexistentes nestas: 1) as contrapartes somente poderiam ser entes subnacionais estrangeiros (descartados os Estados nacionais estrangeiros); 2) necessidade de autoriza&#xE7;&#xE3;o pr&#xE9;via da Uni&#xE3;o (limita&#xE7;&#xE3;o &#xE0; autonomia federativa); 3) exig&#xEA;ncia de aprova&#xE7;&#xE3;o congressual (controle legislativo federal). Comparada com seus modelos inspiradores, a proposta brasileira &#xE9; fortemente restritiva &#xE0; paradiplomacia.
O maior problema do texto da PEC foi a exig&#xEA;ncia de autoriza&#xE7;&#xE3;o pr&#xE9;via da Uni&#xE3;o. Tratava-se de um limitador que feria o princ&#xED;pio da autonomia federativa - considerando que o texto se insere nas compet&#xEA;ncias comuns -, com s&#xE9;rio risco de se inviabilizar o exerc&#xED;cio das a&#xE7;&#xF5;es internacionais de Estados e munic&#xED;pios brasileiros.
A PEC recebeu parecer contr&#xE1;rio do relator da Comiss&#xE3;o de Constitui&#xE7;&#xE3;o e Justi&#xE7;a e de Cidadania, que a considerou inconstitucional e foi arquivada no in&#xED;cio da legislatura seguinte do Congresso, em janeiro de 2007.
Embora n&#xE3;o tenha prosperado, a PEC da Paradiplomacia demonstrou n&#xE3;o ser f&#xE1;cil constitucionalizar as rela&#xE7;&#xF5;es internacionais federativas no Brasil, assim como manter o equil&#xED;brio do princ&#xED;pio federativo.
Entretanto, lan&#xE7;ou-se - oficialmente - uma reflex&#xE3;o sobre o tema.
C&#xE2;mara dos Deputados
Tentativa de dar base institucional, potencializar e dar maior capilaridade &#xE0;s a&#xE7;&#xF5;es internacionais no Brasil.
O texto da PEC &#xE9; claramente inspirado nas constitui&#xE7;&#xF5;es alem&#xE3; e argentina. Por&#xE9;m, adota severas restri&#xE7;&#xF5;es inexistentes nestas: 1) as contrapartes somente poderiam ser entes subnacionais estrangeiros (descartados os Estados nacionais estrangeiros); 2) necessidade de autoriza&#xE7;&#xE3;o pr&#xE9;via da Uni&#xE3;o (limita&#xE7;&#xE3;o &#xE0; autonomia federativa); 3) exig&#xEA;ncia de aprova&#xE7;&#xE3;o congressual (controle legislativo federal). Comparada com seus modelos inspiradores, a proposta brasileira &#xE9; fortemente restritiva &#xE0; paradiplomacia.
O maior problema do texto da PEC foi a exig&#xEA;ncia de autoriza&#xE7;&#xE3;o pr&#xE9;via da Uni&#xE3;o. Tratava-se de um limitador que feria o princ&#xED;pio da autonomia federativa - considerando que o texto se insere nas compet&#xEA;ncias comuns -, com s&#xE9;rio risco de se inviabilizar o exerc&#xED;cio das a&#xE7;&#xF5;es internacionais de Estados e munic&#xED;pios brasileiros.
A PEC recebeu parecer contr&#xE1;rio do relator da Comiss&#xE3;o de Constitui&#xE7;&#xE3;o e Justi&#xE7;a e de Cidadania, que a considerou inconstitucional e foi arquivada no in&#xED;cio da legislatura seguinte do Congresso, em janeiro de 2007.
Embora n&#xE3;o tenha prosperado, a PEC da Paradiplomacia demonstrou n&#xE3;o ser f&#xE1;cil constitucionalizar as rela&#xE7;&#xF5;es internacionais federativas no Brasil, assim como manter o equil&#xED;brio do princ&#xED;pio federativo.
Entretanto, lan&#xE7;ou-se - oficialmente - uma reflex&#xE3;o sobre o tema.
Senado Federal
Senado Federal
PR = Presid&#xEA;ncia da Rep&#xFA;blica
ARF = Assessoria de Rela&#xE7;&#xF5;es Federativas
PR = Presid&#xEA;ncia da Rep&#xFA;blica
ARF = Assessoria de Rela&#xE7;&#xF5;es Federativas
Vale mencionar que o Itamaraty criou a express&#xE3;o diplomacia federativa para denominar as a&#xE7;&#xF5;es internacionais de Estados e munic&#xED;pios brasileiros.
Esse termo foi utilizado pela primeira vez (e oficialmente) em um discurso do ent&#xE3;o chanceler Luiz Felipe Lampreia, realizado no Congresso Nacional, em abril de 1995.
No Brasil, portanto, a paradiplomacia pode ser denominada segundo a perspectiva federal do Itamaraty e da presid&#xEA;ncia da Rep&#xFA;blica (diplomacia federativa e coopera&#xE7;&#xE3;o internacional descentralizada) e subnacional (rela&#xE7;&#xF5;es internacionais federativas, pol&#xED;tica externa federativa). A terminologia variada indica uma vis&#xE3;o pr&#xF3;pria do fen&#xF4;meno, de acordo com a compreens&#xE3;o que cada ator reserva para ele.
Art&#xED;culo 129.- La ciudad de Buenos Aires tendr&#xE1; un r&#xE9;gimen de gobierno aut&#xF3;nomo, con facultades propias de legislaci&#xF3;n y jurisdicci&#xF3;n, y su jefe de gobierno ser&#xE1; elegido directamente por el pueblo de la ciudad. Una ley garantizar&#xE1; los intereses del Estado nacional, mientras la ciudad de Buenos Aires sea capital de la Naci&#xF3;n.
Art&#xED;culo 129.- La ciudad de Buenos Aires tendr&#xE1; un r&#xE9;gimen de gobierno aut&#xF3;nomo, con facultades propias de legislaci&#xF3;n y jurisdicci&#xF3;n, y su jefe de gobierno ser&#xE1; elegido directamente por el pueblo de la ciudad. Una ley garantizar&#xE1; los intereses del Estado nacional, mientras la ciudad de Buenos Aires sea capital de la Naci&#xF3;n.
Art&#xED;culo 129.- La ciudad de Buenos Aires tendr&#xE1; un r&#xE9;gimen de gobierno aut&#xF3;nomo, con facultades propias de legislaci&#xF3;n y jurisdicci&#xF3;n, y su jefe de gobierno ser&#xE1; elegido directamente por el pueblo de la ciudad. Una ley garantizar&#xE1; los intereses del Estado nacional, mientras la ciudad de Buenos Aires sea capital de la Naci&#xF3;n.
Possui escrit&#xF3;rio comercial pr&#xF3;prio em Bruxelas!
Art&#xED;culo 126.- Las provincias no ejercen el poder delegado a la Naci&#xF3;n. No pueden celebrar tratados parciales de car&#xE1;cter pol&#xED;tico;
Art&#xED;culo 126.- Las provincias no ejercen el poder delegado a la Naci&#xF3;n. No pueden celebrar tratados parciales de car&#xE1;cter pol&#xED;tico;
Em 2005, Mendoza e San Juan levaram &#xE0; cabo a&#xE7;&#xF5;es conjuntas ante o Governo nacional em raz&#xE3;o dos potenciais danos sanit&#xE1;rios e de compet&#xEA;ncia desleal que poderiam cuasar a importa&#xE7;&#xE3;o de alho da China, em decorr&#xEA;ncia do acordo firmado em 2004 pelos presidentes, mediante o qual se comprometia a reconhecer o status de economia de mercado &#xE0; China.
Latu sensu, significa que as decis&#xF5;es devem ser tomadas de forma mais pr&#xF3;xima poss&#xED;vel dos cidad&#xE3;os.
Isso explica o fato de muitos governos subnacionais europeus manterem escrit&#xF3;rio de representa&#xE7;&#xE3;o em Bruxelas.
Latu sensu, significa que as decis&#xF5;es devem ser tomadas de forma mais pr&#xF3;xima poss&#xED;vel dos cidad&#xE3;os.
Isso explica o fato de muitos governos subnacionais europeus manterem escrit&#xF3;rio de representa&#xE7;&#xE3;o em Bruxelas.
Latu sensu, significa que as decis&#xF5;es devem ser tomadas de forma mais pr&#xF3;xima poss&#xED;vel dos cidad&#xE3;os.
Isso explica o fato de muitos governos subnacionais europeus manterem escrit&#xF3;rio de representa&#xE7;&#xE3;o em Bruxelas.
a Alemanha &#xE9; formada por l&#xE4;nder;
a Su&#xED;&#xE7;a possui Cantons;
a B&#xE9;lgica tamb&#xE9;m possui componentes constitucionais: Comunidades e Regi&#xF5;es
a Alemanha &#xE9; formada por l&#xE4;nder;
a Su&#xED;&#xE7;a possui Cantons;
a B&#xE9;lgica tamb&#xE9;m possui componentes constitucionais: Comunidades e Regi&#xF5;es
Federal parliamentary democracy under a constitutional monarchy
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The majority of these agreements was concluded with partners in Central and Eastern Europe. Nonetheless, Flanders has also entered into important treaties and agreements with South Africa and Chile, for example.
The majority of these agreements was concluded with partners in Central and Eastern Europe. Nonetheless, Flanders has also entered into important treaties and agreements with South Africa and Chile, for example.
Via trade missions and workshops the representatives promote Flemish export products and services. At the same time, they act as neutral intermediaries for foreign companies seeking a base of economic co-operation.
Via trade missions and workshops the representatives promote Flemish export products and services. At the same time, they act as neutral intermediaries for foreign companies seeking a base of economic co-operation.
Via trade missions and workshops the representatives promote Flemish export products and services. At the same time, they act as neutral intermediaries for foreign companies seeking a base of economic co-operation.
&#x201C;O que n&#xE3;o &#xE9; hoje Diplomacia Econ&#xF4;mica?&#x201D; Profa. MHG
&#x201C;O que n&#xE3;o &#xE9; hoje Diplomacia Econ&#xF4;mica?&#x201D; Profa. MHG
&#x201C;O que n&#xE3;o &#xE9; hoje Diplomacia Econ&#xF4;mica?&#x201D; Profa. MHG
* &#xC9; o tema mais controverso, pois significa abdicar, de certa forma, do monop&#xF3;lio constitucional exclusivo do Estado-na&#xE7;&#xE3;o nas rela&#xE7;&#xF5;es externas, uma das prerrogativas cl&#xE1;ssicas do Estado soberano na tradi&#xE7;&#xE3;o Vestfaliana.
* &#xC9; o tema mais controverso, pois significa abdicar, de certa forma, do monop&#xF3;lio constitucional exclusivo do Estado-na&#xE7;&#xE3;o nas rela&#xE7;&#xF5;es externas, uma das prerrogativas cl&#xE1;ssicas do Estado soberano na tradi&#xE7;&#xE3;o Vestfaliana.
* &#xC9; o tema mais controverso, pois significa abdicar, de certa forma, do monop&#xF3;lio constitucional exclusivo do Estado-na&#xE7;&#xE3;o nas rela&#xE7;&#xF5;es externas, uma das prerrogativas cl&#xE1;ssicas do Estado soberano na tradi&#xE7;&#xE3;o Vestfaliana.
* &#xC9; o tema mais controverso, pois significa abdicar, de certa forma, do monop&#xF3;lio constitucional exclusivo do Estado-na&#xE7;&#xE3;o nas rela&#xE7;&#xF5;es externas, uma das prerrogativas cl&#xE1;ssicas do Estado soberano na tradi&#xE7;&#xE3;o Vestfaliana.
H&#xE1; um entendimento - e uma pr&#xE1;tica pol&#xED;tica - de que os governos subnacionais podem atuar internacionalmente no &#xE2;mbito de sua autonomia federativa (compet&#xEA;ncias constitucionais expressas), desde que n&#xE3;o contrariem o interesse nacional ou invadam a seara da high politics.
i.e. Um governo subnacional n&#xE3;o poderia manter rela&#xE7;&#xF5;es internacionais com as autoridades de um territ&#xF3;rio estrangeiro n&#xE3;o reconhecido como Estado (por exemplo, Taiwan) ou cujo governo&#xA0;n&#xE3;o tenha sido reconhecido como leg&#xED;timo ou legal (por exemplo, um governo golpista)
H&#xE1; um entendimento - e uma pr&#xE1;tica pol&#xED;tica - de que os governos subnacionais podem atuar internacionalmente no &#xE2;mbito de sua autonomia federativa (compet&#xEA;ncias constitucionais expressas), desde que n&#xE3;o contrariem o interesse nacional ou invadam a seara da high politics.
i.e. Um governo subnacional n&#xE3;o poderia manter rela&#xE7;&#xF5;es internacionais com as autoridades de um territ&#xF3;rio estrangeiro n&#xE3;o reconhecido como Estado (por exemplo, Taiwan) ou cujo governo&#xA0;n&#xE3;o tenha sido reconhecido como leg&#xED;timo ou legal (por exemplo, um governo golpista)
H&#xE1; um entendimento - e uma pr&#xE1;tica pol&#xED;tica - de que os governos subnacionais podem atuar internacionalmente no &#xE2;mbito de sua autonomia federativa (compet&#xEA;ncias constitucionais expressas), desde que n&#xE3;o contrariem o interesse nacional ou invadam a seara da high politics.
i.e. Um governo subnacional n&#xE3;o poderia manter rela&#xE7;&#xF5;es internacionais com as autoridades de um territ&#xF3;rio estrangeiro n&#xE3;o reconhecido como Estado (por exemplo, Taiwan) ou cujo governo&#xA0;n&#xE3;o tenha sido reconhecido como leg&#xED;timo ou legal (por exemplo, um governo golpista)
Por um lado, os tratados entre o governo central e de outros pa&#xED;ses muitas vezes incluem disciplinas que fazem parte da compet&#xEA;ncia dos governos subnacionais, como a protec&#xE7;&#xE3;o dos direitos humanos e do trabalho (em especial os trabalhadores migrantes), a criminalidade transfronteiri&#xE7;a, a prote&#xE7;&#xE3;o ambiental, direitos de pesca, o interc&#xE2;mbio cultural e turismo.
J&#xE1; as iniciativas dos atores subnacionais no cen&#xE1;rio internacional, por sua vez, podem afetar a gest&#xE3;o nacional das rela&#xE7;&#xF5;es internacionais.
A depender da press&#xE3;o e interesse, as Low Politics de um ente subnacional podem se tornar High Politics do governo central.