Avaliação e o trabalho com as TIC's: as novas competências do professor na ci...
Pensar a cidade nos contextos da cibercultura apresentação
1. Pensar a cidade
nos contextos da
cibercultura Docente
Andreia Regina Moura
Mendes
Historiadora, antropóloga e
doutoranda em Ciências
Sociais
@AndreiaReginaBr
2. Visões sobre a “cidade do futuro” no
começo do século XX
Metropolis- 1927. Direção de Fritz Lang.
Livro Admirável Mundo Novo, escrito por
Aldous Huxley em 1931.
Livro 1984, escrito por George Orwell.
3. O interesse das ciências
sociais pelas cidades
Universidade de Chicago: Escola de Chicago de
Sociologia.
A cidade enquanto objeto de estudo e
investigação.
Objetivo dos pesquisadores: encontrar soluções
concretas para os problemas de crescimento e
acelerada industrialização vivenciados por
Chicago na transição do século XIX para o século
XX.
Teóricos principais:
Robert Park- teoria da ecologia humana.
Louis Wirth- a cidade como produtora de uma
cultura urbana. O urbanismo como modo de
vida.
4. Temas de pesquisa
crescimento demográfico
imenso contingente imigratório
guetos de diferentes nacionalidades
geradores de segregação urbana
concentração populacional excessiva
difíceis condições de vida
infraestrutura precária
5. A cidade na condição pós-
moderna
“(...)
os arquitetos tinham mais a aprender
com o estudo de paisagens populares e
comerciais (como as dos subúrbios e
locais de concentração de comércio) do
que com a busca de ideais abstratos,
teóricos e doutrinários. Era hora, diziam os
autores, de construir para as pessoas, e
não para o Homem”.
(HARVEY, 1999).
6. Conceituando cibercultura
Segundo Pierre Lévy (1993:17) a cibercultura é o
“conjunto de técnicas (materiais e intelectuais) de
práticas, de atitudes, de modos de pensamento e
de valores que se desenvolvem juntamente com
o crescimento do ciberespaço”.
Para Lévy (1993: 157). , o ciberespaço é o suporte
para as tecnologias intelectuais alterarem
profundamente as funções cognitivas humanas,
atuando desde o campo da memória, da própria
imaginação, das formas de percepção inclusive
nos processos de raciocínio.
7. Para Castells (1999:67): Meu ponto de partida, e
não estou sozinho nesta conjuntura, é que no final
do século XX vivemos um desses raros intervalos
na história. Um intervalo cuja característica é a
transformação de nossa “cultura material” pelos
mecanismos de um novo paradigma tecnológico
que se organiza em torno da tecnologia da
informação.
Na transição para o século XXI surgiu uma
sociedade na qual o conhecimento é
mediatizado pelas novas tecnologias, o que exige
novos procedimentos, técnicas e saberes em
articulação, sendo a educação uma esfera
diretamente atingida por estas transformações.
8. Novas questões para
arquitetos e urbanistas.
Como a era da convergência afeta a
cidade e seu desenvolvimento?
Que tipos de projetos podem ser
desenvolvidos para explorar melhor os
recursos das tecnologias da informática e
comunicação.
9. Possíveis respostas
Explorar a inteligência coletiva.
Valorização das competências locais.
Organização das complementaridades
entre recursos e projetos.
Trocas de saberes e experiências.
Redes de ajudas mútuas.
Maior participação da população nas
decisões políticas: e-governement.
10. “Enfatizo mais uma vez que esse uso do
ciberespaço não deriva
automaticamente da presença de
equipamentos materiais, mas exige
igualmente uma profunda reforma das
mentalidades, dos modos de
organização e dos hábitos políticos.”
(LÉVY, 1999:186).
11. Novas orientações
Nova orientação nas políticas de
planejamento do território das metrópoles.
Encorajamento das relações de
sociabilidades.
Desburocratizar a administração política.
Otimizar recursos e equipamentos nas
cidades.
Experimentar novas práticas democráticas.
12. A cidade virtual enquanto
modelo de cidade
Cidade digital de Amsterdã: serviço
gratuito disponível na internet.
Duplicação dos serviços e instituições da
cidade de Amsterdã na internet com
vários tipos de informações, desde
horários dos serviços públicos, até fóruns
de discussão e jornais eletrônicos.
(idem: 186-188)
13. As “cidades inteligentes” do
futuro bem próximo.
Empreendedores imobiliários, empresas
globais de tecnologia da informação e
governos estão tentando construir, a
partir do zero, centros urbanos repletos
de serviços e infraestrutura de última
geração.
Fonte: Scientific American Brasil/Outubro
2011. p.30.
14. Masdar é considerada a 1ª cidade
sustentável do mundo.
Construção iniciada em 2008. Previsão de
conclusão: 2015-2025.
Localização: Abu Dhabi-deserto.
Utilização de energias limpas: energia
eólica e gás natural.
Aplicação das tecnologias da ecologia:
carros movidos à energia elétrica.
Projeto do arquiteto britânico Norman
Foster: Foster e associados.
15. Princípios:
• 100% da energia fornecida virá de fontes renováveis.
• 99% dos resíduos serão reutilizados, reaproveitados ou usados
de maneira ecologicamente correta.
• Sem emissão de carbono, o transporte da cidade será
inteiramente público.
• Só será usado material ecologicamente correto, como
recicláveis e materiais certificados.
• Apenas alimentos biológicos e orgânicos farão parte do
cardápio de Masdar City.
• Consumo de água será reduzido em 50% da média mundial.
Todas as águas residuais serão reaproveitadas e reutilizadas.
• Preocupação e cuidado com as espécies (fauna e flora)
locais.
• Arquitetura integrará os valores locais.
• Bons salários e condições de trabalho para todos, conforme
definido pelas normas internacionais do trabalho.
• Investimentos na qualidade de vida e eventos para todos os
tipos de habitantes.
http://www.energiaeficiente.com.br/tag/m
asdar/
16. PlanIt Valley
Colaboração entre a empresa Cisco®
Smart+Connected Communities e a tecnologia
da Living PlanIT para construção de uma
comunidade inteligente e sustentável no
município de Paredes-Portugal.
Objetivo do projeto: Elaboração de um centro de
Inovação Global para Sensores em Rede focado
na convergência de plataformas de
computação, redes e sensing com a construção
de edifícios e locais.
Fonte:
http://www.cisco.com/web/PT/press/articles/1006
28.html
17. Metas do projeto
Desenhado para ser um centro respeitado globalmente em termos
de inovação e pesquisa de comunidades sustentáveis, e pesquisa
e Instituições de educação.
As plataformas de desenho e construção da Living PlanIT
possibilitam a convergência de tecnologias de computação, de
rede e de sensores com a construção de edifícios e lugares,
demonstrados a uma escala urbana no desenvolvimento e
operações do PlanIT Valley.
O PlanIT Valley irá integrar dezenas de milhões de sensores com as
plataformas de rede e computação da Cisco, demonstrando a
uma escala urbana as soluções tecnológicas da Cisco®’s
Smart+Connected Communities.
18. Referências bibliográficas
CASTELLS, Manual. A sociedade em rede.
8ª ed. São Paulo: Paz e terra, 1999, vol.1.
HARVEY, David. Condição pós-moderna.
São Paulo: Loyola, 1992.
LEMOS, André; Cunha, Paulo (orgs).
Olhares sobre a Cibercultura. Sulina, Porto
Alegre, 2003;
LÉVY, Pierre. Cibercultura. São Paulo:
Ed.34, 1999.
19. Fontes consultadas
SANT'ANNA. Maria Josefina Gabriel. A
cidade como objeto de estudo:
diferentes olhares sobre o urbano.
Disponível em:
http://www.comciencia.br/reportagens/c
idades/cid24.htm. Acesso em: 25.10.2011.