Pesquisa top 50 beef point de confinamento 2009 10
1. Pesquisa Top 50 BeefPoint
de Confinamentos
Os 50 maiores confinamentos do Brasil em 2009
Apoio:
Realização:
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2. Rua Tiradentes, 848 - Sala 11
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Introdução
A pesquisa Top 50 BeefPoint de Confinamentos é uma iniciativa da AgriPoint Consultoria Ltda. e
objetiva levantar dados sobre os 50 maiores confinamentos do Brasil, analisando tendências entre
esses produtores e gerando conteúdo para o setor.
O levantamento é realizado anualmente com dados referentes ao ano anterior à pesquisa e
projeções para o ano corrente. No começo de julho de 2010, iniciou-se a oitava edição do estudo,
que busca sempre fornecer informações de maneira confiável e completa.
Este relatório é uma compilação dos dados obtidos na pesquisa e possui o número de animais
confinados, o perfil das empresas quanto a aspectos técnicos e gerenciais e as perspectivas para a
atividade no Brasil.
A iniciativa contou com o patrocínio das empresas Nutron Alimentos e Elanco Saúde Animal, sendo
o apoio destas, fundamental para o sucesso do trabalho.
Metodologia utilizada
A pesquisa utilizou como fonte para a identificação dos grandes confinamentos as indicações dos
usuários do portal BeefPoint, que dentro da Rede AgriPoint (inclui também os portais MilkPoint,
FarmPoint e CaféPoint) conta hoje com mais de 189 mil usuários, além das informações
disponíveis em levantamentos anteriores.
O período de coleta de dados foi divulgado no site BeefPoint durante os mês de junho, através de
inserções no site e nas newsletters e de e-mails para os usuários do portal. Além disso, foi feito um
contato individual com inúmeros formadores de opinião do setor, com pedido de indicações.
A partir das sugestões recebidas dos usuários da AgriPoint de todo o Brasil, dos profissionais
consultados e dos resultados dos anos anteriores foi realizado um levantamento preliminar dos
estabelecimentos que serviu de base para a fase seguinte do estudo.
Na segunda etapa, foram realizadas consultas e checagem de dados com os proprietários,
gestores ou responsáveis técnicos pelos empreendimentos. Em função da necessidade de contato
individualizado, entrevistas e especialmente autorização para publicação dos dados, alguns
produtores passíveis de serem incluídos no ranking dos 50 maiores, não foram listados.
Durante o processo de consulta e entrevista aos confinadores, levantaram-se dados sobre o
número de animais confinados em 2009 e a projeção para 2010. Também foram levantadas
informações técnicas de cada projeto, práticas de comercialização e perspectivas para a atividade.
Como critério para classificação dos estabelecimentos, utilizou-se o número de animais confinados
em 2009. E como critério de desempate utilizou-se a projeção do total de animais a serem
confinados em 2010.
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É importante lembrar que a lista de propriedades que figuram no atual levantamento pode variar
em relação às pesquisas anteriores, devido a diversos fatores como a interrupção da atividade,
redução do número de animais confinados ou o contato com propriedades maiores não
consultadas anteriormente.
A seguir são apresentados os resultados tabulados e as análises sobre a atividade nos
confinamentos listados.
Tabela 1. Ranking dos 50 maiores confinamento do Brasil em 2009
N° de animais
confinados
Nome do confinamento Estado em 2009
1 Cotril Alimentos S.A. GO 208290
2 Comapi Agropecuária S.A. SP/GO 140557
3 JBS Confinamento SP/GO/MT 110236
4 Frigorifico Mataboi S.A. GO/MG 57903
5 Fazenda Conforto GO 47000
6 Confinamento Eldorado - Boitel Marca MT 45000
7 Confinamento Santa Fé GO 35200
8 Confinamento Goiás Verde GO 30000
9 Confinamento BRF MT 28000
10 Grupo Estância Bahia MT 25500
11 Fazenda Califórnia Confinamento GO 25000
12 Fazenda Bonança SP 24100
13 Vanguarda do Brasil MT 22800
14 Boitel Chaparral SP 22500
15 Fazenda Toca do Boi GO 22000
16 Confinamento Guimarães MT 22000
17 Agropecuária Paquetá Ltda MS 21400
18 Vera Cruz Confinamento GO 20018
19 Confinamento Monte Alegre SP 19000
20 Confinamento Rio Verde GO 18000
21 Fazenda do Cristo Redentor MS 18000
22 Estância Porteirinha - Confina + MT 17800
23 Confinamento F.Salles SP 16655
24 Fazenda Nova Sapé SP 16000
25 Agropecuária Córrego Azul MS 16000
26 Fazenda São Pedro SP 15800
27 Fazenda Recreio Agropastoril MS 15000
28 Chalet Agropecuária Confinamento MG 14400
29 Fazenda Rancho Alegre MT 14000
30 Fazenda Roncador MT 14000
31 Boi Nobre Confinamento MG 14000
3
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32 Confinamento São Marcelo MT 14000
33 Fazendas Reunidas Castilho SP 13500
34 Elite Confinamento MG 12000
35 Fazenda São João SP 12000
36 Fazenda Mano Julio MT 12000
37 Usina Vale do Rosário SP 12000
38 Confinamento Medalha GO 12000
39 Fazenda Ayres da Cunha MS 12000
40 Fazenda Ressaca MT 11200
41 Fazenda Campanário MS 10806
42 Estância JR GO 10400
43 Fazenda Santa Rosa SP 10049
44 Fazenda Palmeiras e Crixazinho - Confinamento MP GO 10000
45 Confinamento Don Pedro MS 9500
46 Fazenda Fazendinha MG 9250
47 Macaé Confinamento GO 9000
48 Agropecuária CFM SP/MS 9000
49 Agropecuária Ipê PR 9000
50 Fazenda Santa Cecília da OMF SP 8900
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Resultados
Em 2009 os 50 maiores confinamentos do Brasil terminaram juntos cerca de 1.322.764 animais, o
que representa uma redução de 17,3% em relação à quantidade confinada entre os
estabelecimentos listados na Pesquisa Top 50 BeefPoint de Confinamentos 2008/09, publicada no
ano passado, que foi de 1.599.465 (Gráfico 1). Segundo perspectivas dos confinamentos
consultados, deverá ocorrer retração também para 2010. A expectativa é de redução de 4,3%,
com uma previsão de confinamento de 1.267.250 bovinos.
Gráfico 1. Animais confinados
1599465
1600000
1400000 1322764
1257063 1267250
1200000
1000000 933967
801583
800000
666065
600000 524663
438293
400000
200000
0
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010*
Pesquisa Top 50 BeefPoint de C onfinamentos
Mesmo com a retração no número de animais confinados entre 2008 e 2009, a quantidade
levantada pela pesquisa apresenta crescimento acumulado de 201,8% em relação ao ano de início
da pesquisa em 2003. Nos últimos cinco anos de pesquisa, o crescimento acumulado foi de 98,6%
em relação aos 666.065 animais confinados em 2004.
Vale notar que quando considerados somente os participantes da Pesquisa Top 50 BeefPoint de
Confinamentos 2008/09 que também integraram a pesquisa 2009/10, também há decréscimo no
número de animais terminados (Gráfico 2). Essa queda no volume confinado é de 15%, tendo sido
confinados 1.361.251 animais em 2008 contra 1.154.103 em 2009. Esses confinamentos também
têm previsão de reduzir em 5% o número de animais confinados em 2010 com relação a 2009.
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Gráfico 2. Variação do total de animais confinados em confinamentos participantes das
pesquisas 2008/09 e 2009/10
1.400.000 1.361.251
1.200.000 1.154.103
1.100.250
1.000.000
800.000
600.000
400.000
200.000
0
2008 2009 2010*
Pesquisa Top 50 BeefPoint de C onfinamentos
Até 2007, os 50 maiores confinamentos do Brasil apontaram previsões otimistas, pretendendo
crescer 43,1% em 2006 e 35,7% em 2007 (Gráfico 3). De acordo com os números levantados em
2007 e 2008, o crescimento real foi de 34,6% e 27,2%, respectivamente. Para o ano de 2009, a
previsão foi mais modesta, 4,6%, com projeção de confinar um total de 1.673.500 animais, mesmo
assim ela não se realizou.
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Gráfico 3. Taxas de crescimento
45,0%
35,0%
25,0%
15,0%
5,0%
-5,0%
-15,0%
-25,0%
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
Realizado 19,7% 27,0% 20,3% 16,5% 34,6% 27,2% -17,3%
Pretendido 20,0% 28,3% 25,8% 20,0% 43,1% 35,7% 4,6% -4,3%
Pesquisa Top 50 BeefPoint de C onfinamentos
Embora em todos os nos levantamentos anteriores o número de animais confinados pelos Top 50
Confinamentos tenha ficado abaixo do projetado (Gráfico 4), os crescimentos previstos e o
realizados seguiam uma mesma tendência (Gráfico 2). Porém, em 2009, isso não ocorreu, era
previsto um crescimento de 4,6% e o que ocorreu foi um decréscimo de 17,3%.
Gráfico 4. Previsões de animais confinados comparadas ao realizado
1600000
1400000
1200000
1000000
800000
600000
400000
200000
0
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
Realizado 438293 524663 666065 801583 933967 1257063 1599465 1322764
Previsto 526100 673000 838000 961720 1336700 1705625 1673500 1267250
Pesquisa Top 50 BeefPoint de C onfinamentos
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Quanto à distribuição por estado a maioria dos confinamentos ranqueados na pesquisa, 14
estabelecimentos (28%), está localizada em São Paulo, em segundo lugar aparece Goiás com 24%,
seguido por Mato Grosso com 22% e Mato Grosso do Sul com 14% (Gráfico 5). No caso das
empresas que possuem confinamentos em mais de um estado, considerou-se como localização o
estado em que concentram o maior número de animais confinados.
Gráfico 5. Distribuição dos 50 maiores confinamentos por estado
SP GO MT MS MG PR
2%
10%
28%
14%
22%
24%
Pesquisa Top 50 Beefpoint de C onfinamentos
Em relação às pesquisas anteriores, o estado de Mato Grosso apresentou aumento no número de
propriedades classificadas entre as 50 maiores, passando de oito, em 2008, para onze em 2009.
Minas Gerais e Mato Grosso do Sul também tiveram aumento passando de 4% e 12% em 2008
para 10% e 14% em 2009, respectivamente.
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Gráfico 6. Evolução da distribuição geográfica dos confinamentos
40%
35%
30%
25%
20%
15%
10%
5%
0%
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
SP 32% 36% 34% 28% 34% 34% 28% 28%
GO 20% 24% 22% 28% 28% 34% 38% 24%
MT 12% 10% 8% 12% 18% 14% 16% 22%
MS 16% 14% 20% 18% 16% 14% 12% 14%
MG 12% 8% 12% 14% 4% 4% 4% 10%
PR 2% 6% 4% 0% 0% 0% 2% 2%
Pesquisa Top 50 BeefPoint de C onfinamentos
Considerando-se o número de animais confinados, Goiás fica a frente com 39% dos animais contra
28% de São Paulo e 18% de Mato Grosso.
Gráfico 7. Distribuição de animais confinados por estado
SP GO MT MS MG PR
6% 1%
8%
28%
18%
39%
Pesquisa Top 50 Beefpoint de C onfinamentos
Essa liderança exercida por Goiás em número de animais vem sendo observada na pesquisa desde
2003. Embora se mantenha na primeira posição, o número de animais confinados no estado de
Goiás foi o que mais sofreu redução em relação ao ano de 2008 (-31%), caindo de 756.867 cabeças
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para 519.773 (Gráfico 8). Um dos motivos para essa retração foi a redução no número de animais
terminados por um dos maiores confinamentos do estado.
Gráfico 8. Evolução da distribuição geográfica dos animais confinados
800.000
700.000
600.000
500.000
400.000
300.000
200.000
100.000
0
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
SP 140.599 156.310 198.269 155.747 212.400 274.699 388.350 368.711
GO 115.998 179.623 219.075 369.126 448.987 610.759 756.867 519.773
MT 59.450 57.280 44.603 70.702 143.722 243.998 238.320 235.600
MS 78.496 88.350 140.918 154.349 97.358 113.307 123.959 105.655
MG 34.900 25.500 48.800 51.659 31.500 14.300 33.269 84.025
PR 3.400 13.100 14.400 0 0 0 10.077 9.000
RS 3.950 4.500 0 0 0 0 0 0
SE 1.500 0 0 0 0 0 0 0
TO 0 0 0 0 0 0 48.623 0
Pesquisa Top 50 BeefPoint de C onfinamentos
Dos confinamentos listados no ranking desse ano, apenas 48% pretende aumentar o número de
animais confinados com relação a 2009, 40% prevêem redução desse número e os 12% restantes,
manutenção da quantidade realizada em 2009.
Os motivos mais apontados pelos produtores para a manutenção ou o aumento do número de
animais confinados foram:
• Redução no preço de grãos;
• Terminação de animais próprios;
• Aumento de investimento nesse setor ou o cumprimento de planejamento da empresa;
• Expectativa positiva quanto ao mercado;
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• Necessidade de ajuste de lotação das pastagens durante a seca.
Os produtores que pretendem reduzir o número de bovinos confinados ou abandonar a atividade
de confinamento em 2010 apontam como principais causas para essa decisão, o alto custo de
animais para reposição e expectativas negativas quanto ao preço do boi gordo em relação ao boi
magro.
A reposição foi apontada por 50% dos confinadores como o principal desafio em 2010, devido à
oferta reduzida de boi magro e consequente elevação dos preços. Segundo muitos confinadores,
“está difícil achar boi”. O segundo desafio mais apontado pelos entrevistados, foi a incerteza
quanto ao preço futuro da arroba do boi gordo. Esse problema foi apontado por 36% dos
estabelecimentos.
Apesar da incerteza em relação ao preço do produto final, em 2009, o número de confinadores
que utilizaram mecanismos de gerenciamento de risco, como o mercado futuro e contratos de boi
a termo caiu em relação aos anos anteriores.
Em 2007, 56% dos estabelecimentos haviam negociado contratos futuros na bolsa e 58% fecharam
contratos antecipados com frigoríficos. Em 2008, esses números caíram para 38% e 54%,
respectivamente. No ano seguinte, a queda no uso dessas ferramentas se manteve, com 34% dos
estabelecimentos utilizando contratos futuros na BM&FBovespa e 46% negociando contratos de
boi a termo. (Gráfico 9)
Gráfico 9. Utilização de ferramentas de administração de risco
Futuros Boi a termo
60% 58%
56%
54%
46% 46%
42%
40% 38% 38% 38%
34%
20%
0%
2004 2005 2006 2007 2008 2009
Pesquisa Top 50 BeefPoint de C onfinamentos
Em termos de volume, o número de cabeças negociados através desses recursos também caiu. Em
2008, entre os ranqueados no Top 50 BeefPoint de Confinamentos, 306.900 (19,2%) animais
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haviam sido comercializados na bolsa e 412.113 (25,8%) em contratos de boi a termo. Enquanto
em 2009, cerca de 173.700 cabeças, ou seja, 13% de todos os animais confinados por esses
estabelecimentos foram negociados em contratos futuros na BM&FBovespa e 295.160 (22%) via
contratos de boi a termo.
Gráfico 10. Animais negociados em contratos futuros na bolsa e de boi a termo
400.000
300.000
200.000
100.000
0
2004 2005 2006 2007 2008 2009
Futuros 102.921 141.945 187.715 175.005 306.912 173.774
Boi a termo 170.207 441.941 412.113 295.157
Pesquisa Top 50 BeefPoint de C onfinamentos
Os contratos de opções aumentaram em relação à pesquisa anterior, mas continuam sendo
usados por poucos confinadores. Em 2008, esse tipo de contrato envolveu 2.905 animais, o
equivalente a 0,18% da produção total. Em 2009, 25.680 cabeças foram negociadas dessa forma,
representando 1,9% de toda a produção dos 50 maiores confinamentos do Brasil (Gráfico 11).
Mesmo representando um pequeno número, é importante frisar o aumento de 10 vezes no
percentual de animais comercializados utilizando-se opções.
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Gráfico 11. Número de animais negociados em contratos futuros x de opções
Futuros Opções
350.000
306.912
300.000
250.000
200.000 187.715
175.005 173.774
150.000 141.945
102.921
100.000
50.000
25.680
2.905
0
2004 2005 2006 2007 2008 2009
Pesquisa Top 50 BeefPoint de C onfinamentos
Desde 2008 tem aumentado o interesse dos confinadores em realizar vendas à vista como forma
de evitar o risco de inadimplência dos frigoríficos. Cerca de 11% da produção dos 50 maiores
confinadores foi negociada à vista em 2008 (Gráfico 12). Em 2009, esse número subiu para 22% da
produção e os produtores consultados prevêem aumentar essa proporção para 26% no ano de
2010.
13
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Gráfico 12. Vendas à vista
Realizado Previsto
30%
26%
22%
20% 18%
11%
10%
0%
2008 2009 2010
Pesquisa Top 50 BeefPoint de C onfinamentos
No ano de 2008, o interesse dos confinadores consultados em rastrear seus animais no Sisbov caiu
e 80% dos estabelecimentos estavam cadastrados nesse sistema. Mas em 2009, os confinadores
voltaram a se interessar pelo Sisbov, sendo que 86% dos confinamentos listados na pesquisa estão
cadastrados no sistema (Gráfico 13) e 4% deles pretendem se cadastrar.
Devido ao interesse dos frigoríficos em exportar para a União Européia (UE) e o ágio no preço
pago ao produtor pela arroba do boi gordo, vem aumentando o número de estabelecimentos que
fazem parte da Lista Traces. Em 2008, 34% dos 50 maiores confinamentos estavam habilitados
para produzir animais para a UE, essa proporção mais do que dobrou em 2009, chegando a 76%
(Gráfico 13). O número de estabelecimentos que compõem a Lista Traces, tende a aumentar para
o próximo ano, pois 10% dos produtores consultados ainda não fazem parte dela, mas têm
interesse em integrá-la.
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Gráfico 13. Confinamentos cadastrados no Sisbov e na Lista Traces
Sisbov Lista Traces
96% 98% 98%
100% 94%
88% 86%
80%
80% 76%
60%
40% 34%
20%
0%
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
Pesquisa Top 50 BeefPoint de C onfinamentos
A tendência de queda no número de estabelecimentos que trabalham com sistema de Boitel, que
havia sido notada na pesquisa do ano anterior se manteve esse ano (Gráfico 14). Em 2008, 42%
dos confinamentos prestavam serviço de Boitel, no ano passado, esse número chegou a 34%.
A Equipe BeefPoint diagnosticou o aumento da participação dos frigoríficos no setor de
confinamentos e incluiu na pesquisa desse ano a seguinte pergunta: “O confinamento presta
serviços de engorda, ou pertence a algum frigorífico”. Para 28% dos estabelecimentos a resposta a
essa questão foi sim, o que confirma a crescente participação da indústria na terminação de
bovinos em confinamento (Gráfico 14).
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Gráfico 14. Estabelecimentos que trabalham com sistema de Boitel ou estão ligados a frigoríficos
Boitel Frigorífico
60% 58%
52%
50% 48% 48%
42% 42%
40%
32% 34%
30% 28%
20%
10%
0%
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
Pesquisa Top 50 BeefPoint de C onfinamentos
Entre os 50 maiores confinamentos, 44% adquiriram menos de 60% dos animais que confinarão
este ano e 52% já possuem mais de 60% dos animais, os 4% restantes representam os
estabelecimentos que pretendem não confinar em 2010. Mesmo com a dificuldade de aquisição
de animais para reposição, 38% dos confinadores entrevistados já tem entre 81% e 100% dos
animais que pretendem confinar em 2010 (Gráfico 15). Esses confinadores ou terminarão animais
próprios ou se adiantaram na compra e fechamento de acordos de Boitel e parcerias.
Gráfico 15. Distribuição dos confinamentos conforme porcentagem de animais já adquiridos
38%
35%
30%
25% 24%
20%
15% 14%
12%
10% 8%
5%
0%
0 a 20% 21 a 40% 41 a 60% 61 a 80% 80 a 100%
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Como citado anteriormente, a reposição representa um grande desafio nos confinamentos e tem
custo significativo no processo. Os confinadores consultados na pesquisa estimam que a reposição
represente em média 65,7% dos custos totais do confinamento.
Quando perguntados sobre o que mudou na reposição em 2009, 38% dos estabelecimentos
alegaram que houve aumento de preço e 16% que ocorreu melhora na genética dos animais.
Outros 28% não apontaram mudanças em relação aos animais adquiridos no ano anterior.
A respeito da distribuição de abate ao longo do ano, foi solicitado aos confinadores que
indicassem o mês de maior saída de animais em 2009. A grande maioria, 54% dos
estabelecimentos listados, apontou outubro como o mês de pico de abate em 2009 e 49% deles
prevê que esse também seja o mês de pico em 2010. Outros meses que se destacaram foram
agosto com 14% em 2009 e 26% previsto para 2010, setembro com 24% e previsão de 30%, e
novembro com 26% e 16% previsto (Gráfico 16). As previsões para 2010 apontam para
adiantamento do abate, com mais confinadores pretendendo realizar o pico de saída de animais
em agosto ao invés de novembro.
Gráfico 16. Meses de pico de abate
2009 2010*
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
ril
o
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ço
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ho
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Ju
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ez
O
Se
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N
Pesquisa Top 50 BeefPoint de C onfinamentos
No ano de 2009, o ganho médio diário foi de 1.511 gramas/dia, na pesquisa anterior a média havia
sido de 1.529 gramas/dia. Dois quartos dos confinamentos pesquisados tiveram ganho médio
diário entre 1.357 gramas/dia e 1.660 gramas/dia. A mediana (número central) foi de 1.505
gramas/dia.
Nos estabelecimentos listados na pesquisa, a permanência média dos animais em confinamento
foi de 99 dias. Ao calcularem-se os quartiis – valores obtidos da divisão da série de dados em
quatro partes iguais – constatou-se que dois quartos dos estabelecimentos tiveram o período
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médio de permanência dos animais no confinamento entre 84 e 100 dias (1º e 3º quartil). Ocorreu
aumento em relação ao dado levantado na pesquisa de 2008, quando o valor médio foi de 88 dias
e dois quartos dos dados ficaram entre 75 e 97 dias. Os valores médios apurados anteriormente
foram 92, 89, 88 e 86, para os anos de 2003, 2004, 2005 e 2006, respectivamente.
Interessante lembrar que o número médio de dias no cocho tende a aumentar com altos preços
de reposição e baixos preços de grãos, o que vem ocorrendo. Isso acontece porque os
confinadores tentam colocar mais arrobas por animal, diluindo o custo elevado do gado magro.
Conclusões
De acordo com os dados levantados pela pesquisa Top 50 BeefPoint de Confinamentos 2009/10,
houve importante queda na quantidade de animais confinados em 2009. Os principais fatores para
essa retração são: alto preço da reposição e também diminuição de investimentos de fora da
pecuária. Vale lembrar que estes dados não abrangem a situação dos confinamentos brasileiros
como um todo, e sim, apenas dos 50 maiores.
A retração no número de animais confinados pelos 50 maiores estabelecimentos não pode ser
extrapolada, estimando redução em todo esse segmento da pecuária de corte. Quando
analisamos os dados de todas as pesquisas notamos que este grupo vinha apresentado
crescimento ano após ano e apenas apresentou encolhimento em 2009.
Nos últimos sete anos, o aumento do volume de animais terminados por estes confinadores foi de
201,8%, representando uma taxa média de crescimento de 17,1%, ritmo inferior ao observado em
2008, que era de 24,1%. Também podemos concluir que estas empresas não se encontram
otimistas quanto à rentabilidade da atividade e planejam reduzir mais ainda a quantidade
produzida em 2010. Observando-se a previsão para 2009, a expectativa dos confinadores era de
desaceleração no crescimento, mas o que efetivamente ocorreu foi uma reduçã.
Em relação à distribuição das propriedades por estados, São Paulo retornou ao primeiro lugar,
mas Goiás se manteve na liderança em quantidade de animais confinados, ficando em segundo
em número de propriedades. São Paulo encontra-se no segundo lugar quanto ao número de
animais confinados, e em terceiro está o Mato Grosso, tanto em número de cabeças confinadas,
quanto em número de estabelecimentos entre os Top 50.
Com relação ao período de saída de animais para o abate, em 2009 a concentração ocorreu nos
meses de setembro, outubro e novembro. E para 2010 existe a pretensão de uma saída mais
adiantada, concentrada entre os meses de agosto, setembro e outubro. Uma possível causa dessa
mudança é uma tentativa de se melhor distribuir os abates, reduzindo uma super oferta em um
pequeno espaço de tempo.
Em 2009, o número de confinamentos que utilizaram contratos futuros na BM&FBovespa como
ferramenta de administração de risco diminuiu em relação aos anos anteriores, como já havia
ocorrido na pesquisa anterior. Diminuiu também a porcentagem de animais negociados na bolsa.
Diferente do que ocorreu na última pesquisa, quando se constatou um aumento desse percentual.
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Os contratos de boi a termo têm sido muito utilizados para garantir os preços futuros e, embora o
volume de animais negociados com esta ferramenta tenha se reduzido em 2009, continua sendo
maior que o volume dos contratos feitos na BM&FBovespa.
Para 2009, realizou-se a expectativa de aumento no número de animais negociados à vista
apontada pela pesquisa anterior, 22% da produção foi negociada dessa forma. E há projeção de
que haja aumento desse índice para 26% do volume comercializado em 2010. Este aumento é
decorrente da decisão dos produtores de evitar grandes riscos com o não pagamento por seus
animais, mesmo havendo descontos nos preços pagos à vista em relação aos negociados a prazo.
Em 2009 houve um aumento na quantidade de participantes cadastrados no Sisbov, 86%,
comparado aos 80% em 2008. O número de estabelecimentos habilitados na lista da UE também
aumentou chegando a 76% em 2009 ante aos 34% de 2008.
Em 2010, o setor de confinamentos prevê uma diferença grande entre o preço da arroba da
reposição comparado ao preço da arroba do boi gordo, o qual foi um dos principais fatores que
pesaram na tomada de decisão. Diante dessa expectativa, para 2010, 40% dos confinadores
pretende diminuir a quantidade de animais confinados.
Equipe da pesquisa Top 50 BeefPoint de Confinamentos:
Miguel Cavalcanti
André Camargo
Camilla Oliveira
Contato:
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