2. 1- Como iniciar um texto.
Com declaração;
Com uma pergunta ou sequência de
perguntas;
Com uma expressão nominal;
Com uma definição
Com uma oposição
Com alusão a um filme, livro etc;
Com uma divisão, (primeiramente, em
segundo lugar, por fim);
3. Com uma citação direta ou indireta;
Com a retomada de um provérbio;
Com uma ilustração;
Com uma comparação;
Com adjetivação.
4. 2- Recomendações para o
processo de escrita.
Evite sequência de palavras iniciadas ou
terminadas pela mesma vogal, consoante,
ou pelo mesmo som.
Ex.: Primeiramente um paciente é socorrido
por um atendente, que geralmente chama
um médico....
5. Não inicie o parágrafo com “pois” .
Não use onde indiscriminadamente. Essa
palavra deve ser usada apenas quando se faz
referência a lugar.
Jamais empregue aspas, travessões,
parênteses, exclamações, reticências sem
critério e abundantemente.
Não apresente generalizações que evidenciam
a falta de reflexão:
Ex.: Todo menor de rua é um futuro ladrão.
Políticos são corruptos. (Difícil essa, hein?)
6. 3- Armadilhas do raciocínio
discursivo: Falácias
Falácia: afirmação errônea ou argumento falso
que por sua aparente veracidade parece
sustentar a tese, mas mediante análise mais
acurada não o faz.
Ex.: Não compre nada no Paraguai, porque lá
só tem produto falsificado.
Todo mundo é desonesto de vez em quando.
Se emprestar um livro a você, vou ter que
emprestar a todo mundo.
Se deixar você ir ao banheiro, terei que deixar
todos os alunos.
7. 4- A lógica e os erros de raciocínio.
Existe três modos de errar na perspectiva da
lógica.
Erramos quando raciocinamos mal com dados
verdadeiros – erro na forma de raciocinar.
Erramos quando raciocinamos bem com dados
falsos – erro de avaliação dos dados, do
conteúdo.
Por fim, erramos quando raciocinamos mal com
dados falsos.
8. Se ao argumentarmos por escrito ou
oralmente nos prendemos a superstições
e crendices, aderimos a erros cuja origem
pode estar num tipo de raciocínio
falacioso.
9. Axioma
É um princípio ou verdade necessária tão
evidente que dispensa demonstração.
Ex.: Nós seres humanos que vivemos
neste planeta...
A água nos pode molhar...
10. Falso axioma
Quando atribuímos, "status" de axioma a muitas
sentenças ou máximas que são, na realidade,
verdades relativas, verdades aparentes ocorre o
falso axioma.
Ex.: Quem cedo madruga Deus ajuda.
Quem não cola não sai da escola.
Quem não arrisca não petisca.
11. Estereótipo
É um conceito formado. O estereótipo é
alimentado pela ignorância no assunto, dandose muito valor a supostas características de
indivíduos de um mesmo grupo, sem considerar
as diferenças entre os membros.
Ex.: Os portugueses são burros.
Os brasileiros têm samba no pé.
12. Dilema
É o tipo de raciocínio pelo qual se
apresentam duas proposições opostas
para que delas seja extraída apenas uma
opção lógica.
Ex.: Quem cai em alto mar e não sabe
nadar, ou aceita o salva-vidas ou o
afogamento.
13. Falso dilema
Consiste em apresentar apenas duas opções,
quando, na verdade, existem mais.
Ex.: *Brasil: ame-o ou deixe-o.
*Você prefere uma mulher cheirando a alho,
cebola e frituras ou uma mulher sempre
arrumadinha?
*Você não suporta seu marido? Separe-se!
*Quem não está a favor de mim está contra
mim.
14. Generalização não-qualificada
É uma afirmação ou proposição de
caráter geral, radical e que, por isso,
encerra um juízo falso em face da
experiência.
Ex.: Tomar leite é essencial à saúde.
A prática de exercícios emagrece.
15. Petição de princípio ou círculo
vicioso
A petição de princípio é uma falácia que
se caracteriza pela repetição, com outras
palavras, do que já foi dito ou pressuposto
na declaração anterior. Pode ser
considerada um vício de linguagem.
Ex.: Ele está desempregado porque foi obrigado
a deixar o emprego.
Comer gordura animal é nocivo à saúde
porque faz mal ao organismo.
16. Apelo ao medo
O uso de coerção pela ameaça de resultados
indesejáveis. É um argumento falacioso que
utiliza predominantemente a emoção.
Ex.:Precisamos aceitar a concessão de novas
praças de pedágios para termos mais estradas
seguras, caso contrário a próxima vítima poder
ser algum de nós.
17. Apelo à piedade e à misericórdia
Consiste em apelar à piedade, à misericórdia,
ou ao fatalismo, ao azar e ás forças
sobrenaturais como estratégia de
convencimento.
Ex.:
Ele não pode ser condenado: é bom pai de
família, contribuiu com a escola, com a igreja,
etc.
( Leia apostila página 9)
18. Apelo ao público
Consiste em sustentar uma proposição por ser
defendida pela população ou parte dela. Sugere que
quanto mais pessoas defendem uma idéia mais
verdadeira ou correta ela é. Incluem-se aqui os boatos,
o "ouvi falar", o "dizem", o "sabe-se que".
Ex.: Dizem que um disco voador caiu em Minas Gerais, e
os corpos dos alienígenas estão com as Forças
Armadas.
19. Generalização apressada
Extrair uma conclusão apressada,
baseando-se em dados, evidências ou
amostras insuficientes.
Ex.: Encontrei uma laranja podre no cesto; por isso
joguei todas as laranjas no lixo.
Todos os universitários são usuários de drogas,
minha sobrinha e o namorado dela se drogaram na
faculdade.
20. Falsa analogia
Consiste em comparar objetos ou situações que não
são comparáveis entre si, ou transferir um resultado de
uma situação para outra.
Ex.: *Minhas provas são sempre com consulta a todo tipo
de material. Os advogados não consultam os códigos?
Os médicos não consultam seus colegas e livros? Não
levam as radiografias para as cirurgias? Os
engenheiros, os pedreiros não consultam as plantas?
Então?
*Os empregados são como pregos: temos que martelar
a cabeça para que cumpram suas funções.
*Tomei mata-cura e fiquei bom. Tome você também.
21. Falácia da ignorância
Consiste em concluir que algo é verdadeiro por
não ter sido provado que é falso, ou que algo é
falso por não ter sido provado que é verdadeiro.
Ex.:*Ninguém provou que Deus existe. Logo, Deus
não existe.
*Não há evidências de que os discos voadores
não estejam visitando a Terra; portanto, eles
existem.
22. Apelo à autoridade
Consiste em citar uma autoridade (muitas
vezes não - qualificada) para sustentar
uma opinião.
Ex.: Segundo o cientista brasileiro Carlos
Nobre, a Floresta Amazônica pode resistir
ao aquecimento global, graças à
profundidade de suas raízes. A Amazônia,
portanto, está salva. (Viva!!)
23. Apelo à autoridade anônima
É a referência a uma autoridade anônima, que
mergulha a argumentação na incerteza, uma
vez que não dá ao oponente o benefício de
comprovar se se trata ou não de um
especialista.
Ex.: Os especialistas dizem que aplicar creme
natural de tomate e pepino é bom para
combater a calvície.
24. Falácia da falsa causa (Depois Disso, logo por
Causa Disso)
É o erro de acreditar que em dois eventos em
sequência um seja a causa do outro. No
extremo, é uma forma de superstição: eu estava
com gravata azul e meu time ganhou; portanto,
vou usá-la de novo.
Ex.: O prefeito morreu logo depois de submeterse á radioterapia. Por isso, se estiver com
câncer, não faça radioterapia, porque esse
tratamento mata.
25.
Outro aspecto importante: a falácia da
falsa causa ocorre quando o que se
considera como causa de um evento na
verdade não é, ou é apenas parcialmente.
Ex.: A imoralidade presente no mundo
atual é resultado dos programas de TV e
do cinema.
26. Hipótese contrária ao fato
Consiste em um erro de interpretação do
evento. Parte-se de uma hipótese
insustentável e chega-se a uma
conclusão errada do ponto de vista lógico.
Ex.: Se uma maçã não tivesse caído
sobre Isaac Newton, o mundo não teria
conhecido a lei da gravidade.
27. Redução ao absurdo/bola de neve
Consiste em tirar de uma proposição uma série
de fatos ou conseqüências que podem ou não
ocorrer. É um raciocínio levado indevidamente
ao extremo, às últimas conseqüências.
Ex.: Mãe, cuidado com o Joãozinho. Hoje, na
escolinha, ele deu um beijo na testa de
Mariazinha. Amanhã, estará beijando o rosto.
Depois.... Quando crescer, vai estar agarrando
todas as meninas.
28. Apelo à antiguidade e à tradição
É o erro de afirmar que algo é bom,
correto apenas porque é antigo, mais
tradicional.
Ex.: *A melhor comida é feita à moda
antiga, em fogão a lenha.
*Essas práticas remontam aos
princípios da Era Cristã. Como podem ser
questionadas?
29. Apelo à novidade
Consiste no erro de afirmar que algo é melhor
ou mais correto porque é novo, ou mais novo.
Ex.: *Saiu a nova geladeira Pólo Sul. Com design
moderno, arrojado, ela é perfeita para sua
família, sintonizada com o futuro.
*Vou comprar um violino da Yamaha. É o
mais novo lançamento do segmento dos
instrumentos musicais.
30. Falácia do “homem de palha” ou do
espantalho
Ataca-se a o argumento mais frágil do seu oponente,
não se ataca o melhor argumento e sim o mais fraco.
Criando assim, uma posição discursiva que seja fácil de
ser refutada, para em seguida, atribuí-la ao adversário.
Luta-se, desse modo, não com o seu adversário, mas
com seu espantalho.
Ex.: O meu opositor defende a descriminalização da
maconha. Se ele for eleito, nosso Estado vai abrir as
portas para os traficantes!
31. Ataque à pessoa
Consiste em atacar, em desmoralizar a
pessoa e não seus argumentos. Pensa-se
que, ao se atacar a pessoa, pode-se
enfraquecer ou anular sua argumentação.
Ex.:
Não dêem ouvidos ao que ele diz: ele é
um beberrão, bate na mulher e tem
amantes