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Ministério da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural
Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve
Direcção de Serviços de Desenvolvimento Agro Alimentar e Rural
Breve História Sobre a Evolução e Situação Actual da Cultura do
Abacateiro no Algarve
Faro, Março de 2018
João Costa (DRAPALG)
Armindo Rosa (DRAPALG)
Paulo Oliveira (DRAPALG)
Introdução .................................................................................................................................... 3
1 – Áreas de Produção.................................................................................................................. 4
 Área actual....................................................................................................................... 4
 Produções ........................................................................................................................ 4
 Área total espectável no final de 2018........................................................................... 4
 Produção espectável a 3 – 4 anos................................................................................... 4
2 – Comercialização / Destino da Produção................................................................................ 7
3 – Variedades .............................................................................................................................. 8
4 – Porta Enxertos......................................................................................................................... 9
5 – Preparação do Terreno (Despedregas / Desmatações).......................................................10
6 – Rega (Origem da Água, Tipo de Rega, Fertirrega) ...............................................................10
7 – Pragas e Doenças..................................................................................................................10
8 – Sistema de Luta Anti-Geada.................................................................................................11
9 – Pareceres, Projectos, Apoios Comunitários / Enquadramento...........................................12
Conclusões Finais........................................................................................................................12
Introdução
Desde há muito que a Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve (DRAPALG)
acredita na potencialidade das culturas sub tropicais na região. A implementação de um sector
de fruticultura sub tropical aquando da instalação do Projecto Luso Alemão de Horticultura no
ano de 1981 é um exemplo desse facto. Tal estrutura, mantida activa mesmo após o término
do Projecto em 1987, tinha como objectivos não só a instalação nos Centros de
Experimentação do Patacão e Tavira de campos experimentais com diversas espécies de
culturas de carácter sub tropical nomeadamente banana, papaia, manga e ananás em estufa,
abacate, anona, feijoa e maracujá ao ar livre, como também estudar a sua adaptação à região
e apoiar os agricultores interessados no sector.
Do trabalho experimental e estudos realizados o abacateiro sobressaiu das restantes culturas,
não só pela sua excelente adaptação às condições edafo climáticas da região, como também
pelo interesse do sector produtivo tendo em conta a sua fácil instalação e manutenção,
consumos de água muito similares a outras culturas, reduzido número de pragas e doenças,
boa produtividade e preços de mercado.
Realce-se também o contributo dado à época pelos viveiros do Foral na difusão e aumento das
áreas de plantação, nomeadamente na Zona Centro do Algarve (Algoz, Messines, Silves).
Tratando-se de uma cultura nova para a maioria dos agricultores e tendo em conta as
oportunidades com outras culturas de grande interesse para a região nomeadamente os
citrinos e a horticultura, a área cultural foi evoluindo lentamente ao longo dos anos. Em 2007
dispunha o Algarve de uma área plantada de 256 ha, continuando a DRAPALG a acreditar no
desenvolvimento e expansão da cultura perfeitamente integrada na estratégia de
desenvolvimento do sector agrícola da região.
Foi essa a razão de no Plano de Desenvolvimento Rural (PDR 2007 – 2013) o abacate ter sido
enquadrado na fileira das culturas emergentes, sub fileira do abacate.
Como metas do Plano e no período em causa era pretensão atingir os objectivos de plantação
de 300 ha de abacateiros nas zonas mais aptas ao desenvolvimento da cultura, procurando
atingir-se produções médias da ordem das 12 ton./ha.
Nos últimos anos houve como que um renascer do interesse pela cultura. Em Junho de 2012
decorreu nas instalações da DRAPALG uma reunião / colóquio promovida por Empresários da
Região e por uma Organização de Produtores de Espanha, onde estiveram presentes técnicos
da DRAPALG e um anfiteatro repleto de gente com interesse no sector. Os dados apresentados
em termos de potencialidade e oportunidade e a expectativa de preços a praticar
extremamente animadores, foram o ponto fulcral para uma expansão e crescimento da cultura
a todos os títulos fulgurante. Tendo em conta a selecção e adequada escolha dos locais de
plantação mais aptos à cultura, nomeadamente com menores probabilidades de riscos de
ocorrência de geadas foram os agricultores solicitando pareceres ao departamento técnico da
DRAPALG, ao ponto de serem contabilizados nos últimos 3 – 4 anos uma área próxima dos 670
ha em intenções de investimento, valores que a juntar aos dados conhecidos ultrapassam
claramente a área estimada da cultura no Algarve.
O cumprimento dos objectivos para os anos de 2017 / 2018 e a necessidade de conhecimento
actualizado das áreas de plantação levou-nos à realização do inquérito de que agora se
apresentam os resultados e conclusões, o qual procurou abarcar todas as explorações
dedicadas à cultura do abacateiro no Algarve e onde além das áreas de produção se procuram
obter elementos relativos à localização das explorações, idade das plantações, variedades e
porta enxertos mais utilizados, técnicas de produção, pragas e doenças mais frequentes, uso
ou não de sistemas de luta anti geada, enquadramento das explorações.
1 – Áreas de Produção
O inquérito realizado a mais de 145 explorações repartidas pelas Zonas Sotavento, Centro e
Barlavento do Algarve mostra-nos a situação seguinte:
 Área actual
o Sotavento - 417 ha
o Centro - 352 ha
o Barlavento - 086 ha
 TOTAL - 855 ha
 Produções
o Plantações em inicio de produção - 448 ha x 1.5 t/ha = 672 t
o Plantações em plena produção - 317 ha x 12 t/ha = 3804 t
o Plantações em declínio de produção - 090 ha x 7 t/ha = 630 t
 TOTAL - 5.106 t
 Área total espectável no final de 2018
o Sotavento - 617 ha
o Centro - 430 ha
o Sotavento - 086 ha
 TOTAL - 1.133 ha
 Produção espectável a 3 – 4 anos
o Plantações em inicio de produção - 277.5 ha x 1.5 t/ha = 416 t
o Plantações em plena produção - 765.5 ha x 12 t/ha = 9.186 t
o Plantações em declínio de produção - 090 ha x 7 t/ha = 630 t
 TOTAL - 10.232 t
Distribuição da cultura do Abacateiro no Algarve
Pomares jovens
Pomares em plena produção
Pomares em declínio de produção
A área actual de plantação de abacateiros no Algarve oscila pelos 855 ha. Tendo em conta as
áreas e produtividades das novas plantações em início de produção, das plantações em plena
produção e das plantações em declínio de produção julgamos poder estimar a produção média
de abacates na actualidade em cerca de 5.106 t.
A falta de plantas disponíveis nos viveiros para a realização de novas plantações originou
alguns atrasos nos ritmos de plantação. Estamos a falar de novas áreas de plantação
comprometidas e já devidamente preparadas para recepção das plantas. Será espectável até
final de 2018 a plantação de mais 277.5 ha o que conduzirá a uma área global de 1.133 ha e a
uma produção no espaço de 3 – 4 anos de 10.232 t.
2 – Comercialização / Destino da Produção
A comercialização dos abacates do Algarve processa-se essencialmente através de uma
Organização de Produtores e de Empresas quer a nível nacional quer a nível internacional,
sendo de destacar por informação dos agricultores a Trops, Frutas Montosa e Frutas
Mourinho. De uma forma geral a produção das novas explorações com maior dimensão
destina-se à exportação enquanto a produção das explorações mais antigas e com menor área
tem como destino o mercado nacional. As respostas ao inquérito efectuado às explorações
produtoras de abacates do Algarve fornecem-nos as indicações seguintes:
 Cerca de 40 explorações comercializam a sua produção através da Trops e Frutas
Montosa sendo a produção exportada para Espanha;
 6 explorações exportam fruta para Espanha, França, Alemanha e Dinamarca;
 Cerca de 73 explorações vendem a sua produção no mercado nacional a empresas
várias das quais se salienta a Frutas Mourinho, a qual acaba por exportar a maior parte
da produção.
3 – Variedades
A variedade mais plantada pelos agricultores do Algarve é a Hass, precisamente a variedade
mais difundida, com maior consumo a nível mundial e melhor cotização do mercado. A
variedade Bacon numa percentagem de 5 – 7% é geralmente plantada conjuntamente com a
Hass no sentido de ajudar e melhorar a polinização. Nas plantações mais antigas aparecem
com algum significado as variedades Reed e Fuerte. Em termos gerais os dados do inquérito
indicam-nos:
 Variedade Hass (100%) – presente em 3% das explorações;
 Variedade Hass (93 – 95%) + Bacon (5 - 7%) – presente em 59% das explorações;
 Variedade Hass + Bacon + Outras (Fuerte, Reed, Zutano, Lamb Hass) – presente em
38% das explorações.
Bacon Fuerte
Hass Reed
4 – Porta Enxertos
O porta enxerto mais generalizado nas plantações algarvias é o Duke 7. De uma forma geral as
plantações de abacates mais antigas estão implementadas em porta enxertos de semente
nomeadamente Topa Topa e Lula, enquanto que nas novas explorações são utilizados porta
enxertos clonais tais como Duke 7, Dusa, Toro Canyon.
O inquérito mostra-nos a situação seguinte:
 Duke 7 presente em cerca de 70 explorações;
 Topa Topa presente em cerca de 36 explorações;
 Lula presente em cerca de 34 explorações;
 Dusa presente em 12 explorações;
 Toro Canyon presente em 8 explorações;
 Nachar presente em 6 explorações;
 Albaida, Water Hole presente em 2 explorações.
5 – Preparação do Terreno (Despedregas / Desmatações)
O inquérito indica-nos que aproximadamente 53% e 76% das explorações recorreram a
desmatações e despedregas para implementação da cultura, operações dispendiosas que
encarecem bastante os custos de instalação.
Desmatações e Despedregas
6 – Rega (Origem da Água, Tipo de Rega, Fertirrega)
A água para rega das plantações de abacates tem fundamentalmente duas origens:
 Água subterrânea proveniente de furos utilizada em 78% das explorações;
 Água superficial acumulada em barragens utilizada em 22% das explorações.
100% das explorações inquiridas utilizam sistemas de rega gota a gota e praticam fertirrega
visando a eficiência da rega, poupança de água, realização de fertilizações racionais e
equilibradas.
7 – Pragas e Doenças
Os resultados do inquérito mostram-nos terem muito pouco significado no momento os
inimigos que afectam a cultura daí resultando a necessidade de um reduzido número de
tratamentos fitossanitários e aplicações de pesticidas, com poucas probabilidades de
ocorrência de poluição ambiental. Não foi registada a ocorrência de qualquer doença grave e
em termos de pragas apenas o ácaro do abacateiro (Oligonychus perseae) foi referenciado em
cerca de 37% das explorações.
8 – Sistema de Luta Anti-Geada
O sistema de luta anti-geada é recomendável para as zonas onde a probabilidade de
ocorrência de geadas são mais frequentes e onde as probabilidades de queima ou morte das
plantações são mais graves.
Das explorações inquiridas aproximadamente 23%, por norma as com pior localização em
termos climáticos, estão equipadas com sistemas de luta anti-geada seja através de rega com
aspersores de baixo caudal, seja através de torres de ventilação, seja com recurso a
agrotexteis, sistema este desaconselhável em nosso entendimento.
Sistemas de luta anti-geada com Aspersores de baixo caudal
Sistemas de luta anti-geada mediante Torres de ventilação e Agrotexteis
9 – Pareceres, Projectos, Apoios Comunitários / Enquadramento
Cerca de 60% das plantações foram baseadas em projectos através de candidaturas com
ajudas a fundos comunitários e apesar de prática recente cerca de 20% das explorações
solicitaram parecer se a zona de implementação seria ou não adequada à instalação da
cultura. De uma forma geral as explorações existentes estão bem enquadradas em termos de
exposição e orientação.
Conclusões Finais
Como conclusões finais temos a referir:
 O inquérito possibilitou diversas saídas ao campo por toda a região, tornando possível
o contacto com os produtores, conhecimento das áreas plantadas, tecnologias
utilizadas nas velhas e novas plantações. A proximidade da DRAPALG à produção e aos
produtores saiu reforçada com ganhos pra ambas as partes;
 Os preços praticados, áreas disponíveis com aptidão à cultura, interesse dos
produtores são indicadores de forte probabilidade de aumento das áreas de plantação
nos próximos anos;
 Tendo em conta os consumos conhecidos na União Europeia verifica-se espaço para
evolução da área cultural nas regiões com condições edafo climáticas adequadas à
cultura como é o caso de muitas zonas do Algarve.

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Breve História Sobre a Evolução e Situação Actual da Cultura do Abacateiro no Algarve

  • 1. Ministério da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve Direcção de Serviços de Desenvolvimento Agro Alimentar e Rural Breve História Sobre a Evolução e Situação Actual da Cultura do Abacateiro no Algarve Faro, Março de 2018 João Costa (DRAPALG) Armindo Rosa (DRAPALG) Paulo Oliveira (DRAPALG)
  • 2. Introdução .................................................................................................................................... 3 1 – Áreas de Produção.................................................................................................................. 4  Área actual....................................................................................................................... 4  Produções ........................................................................................................................ 4  Área total espectável no final de 2018........................................................................... 4  Produção espectável a 3 – 4 anos................................................................................... 4 2 – Comercialização / Destino da Produção................................................................................ 7 3 – Variedades .............................................................................................................................. 8 4 – Porta Enxertos......................................................................................................................... 9 5 – Preparação do Terreno (Despedregas / Desmatações).......................................................10 6 – Rega (Origem da Água, Tipo de Rega, Fertirrega) ...............................................................10 7 – Pragas e Doenças..................................................................................................................10 8 – Sistema de Luta Anti-Geada.................................................................................................11 9 – Pareceres, Projectos, Apoios Comunitários / Enquadramento...........................................12 Conclusões Finais........................................................................................................................12
  • 3. Introdução Desde há muito que a Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve (DRAPALG) acredita na potencialidade das culturas sub tropicais na região. A implementação de um sector de fruticultura sub tropical aquando da instalação do Projecto Luso Alemão de Horticultura no ano de 1981 é um exemplo desse facto. Tal estrutura, mantida activa mesmo após o término do Projecto em 1987, tinha como objectivos não só a instalação nos Centros de Experimentação do Patacão e Tavira de campos experimentais com diversas espécies de culturas de carácter sub tropical nomeadamente banana, papaia, manga e ananás em estufa, abacate, anona, feijoa e maracujá ao ar livre, como também estudar a sua adaptação à região e apoiar os agricultores interessados no sector. Do trabalho experimental e estudos realizados o abacateiro sobressaiu das restantes culturas, não só pela sua excelente adaptação às condições edafo climáticas da região, como também pelo interesse do sector produtivo tendo em conta a sua fácil instalação e manutenção, consumos de água muito similares a outras culturas, reduzido número de pragas e doenças, boa produtividade e preços de mercado. Realce-se também o contributo dado à época pelos viveiros do Foral na difusão e aumento das áreas de plantação, nomeadamente na Zona Centro do Algarve (Algoz, Messines, Silves). Tratando-se de uma cultura nova para a maioria dos agricultores e tendo em conta as oportunidades com outras culturas de grande interesse para a região nomeadamente os citrinos e a horticultura, a área cultural foi evoluindo lentamente ao longo dos anos. Em 2007 dispunha o Algarve de uma área plantada de 256 ha, continuando a DRAPALG a acreditar no desenvolvimento e expansão da cultura perfeitamente integrada na estratégia de desenvolvimento do sector agrícola da região. Foi essa a razão de no Plano de Desenvolvimento Rural (PDR 2007 – 2013) o abacate ter sido enquadrado na fileira das culturas emergentes, sub fileira do abacate. Como metas do Plano e no período em causa era pretensão atingir os objectivos de plantação de 300 ha de abacateiros nas zonas mais aptas ao desenvolvimento da cultura, procurando atingir-se produções médias da ordem das 12 ton./ha. Nos últimos anos houve como que um renascer do interesse pela cultura. Em Junho de 2012 decorreu nas instalações da DRAPALG uma reunião / colóquio promovida por Empresários da Região e por uma Organização de Produtores de Espanha, onde estiveram presentes técnicos da DRAPALG e um anfiteatro repleto de gente com interesse no sector. Os dados apresentados em termos de potencialidade e oportunidade e a expectativa de preços a praticar extremamente animadores, foram o ponto fulcral para uma expansão e crescimento da cultura a todos os títulos fulgurante. Tendo em conta a selecção e adequada escolha dos locais de plantação mais aptos à cultura, nomeadamente com menores probabilidades de riscos de ocorrência de geadas foram os agricultores solicitando pareceres ao departamento técnico da DRAPALG, ao ponto de serem contabilizados nos últimos 3 – 4 anos uma área próxima dos 670 ha em intenções de investimento, valores que a juntar aos dados conhecidos ultrapassam claramente a área estimada da cultura no Algarve.
  • 4. O cumprimento dos objectivos para os anos de 2017 / 2018 e a necessidade de conhecimento actualizado das áreas de plantação levou-nos à realização do inquérito de que agora se apresentam os resultados e conclusões, o qual procurou abarcar todas as explorações dedicadas à cultura do abacateiro no Algarve e onde além das áreas de produção se procuram obter elementos relativos à localização das explorações, idade das plantações, variedades e porta enxertos mais utilizados, técnicas de produção, pragas e doenças mais frequentes, uso ou não de sistemas de luta anti geada, enquadramento das explorações. 1 – Áreas de Produção O inquérito realizado a mais de 145 explorações repartidas pelas Zonas Sotavento, Centro e Barlavento do Algarve mostra-nos a situação seguinte:  Área actual o Sotavento - 417 ha o Centro - 352 ha o Barlavento - 086 ha  TOTAL - 855 ha  Produções o Plantações em inicio de produção - 448 ha x 1.5 t/ha = 672 t o Plantações em plena produção - 317 ha x 12 t/ha = 3804 t o Plantações em declínio de produção - 090 ha x 7 t/ha = 630 t  TOTAL - 5.106 t  Área total espectável no final de 2018 o Sotavento - 617 ha o Centro - 430 ha o Sotavento - 086 ha  TOTAL - 1.133 ha  Produção espectável a 3 – 4 anos o Plantações em inicio de produção - 277.5 ha x 1.5 t/ha = 416 t o Plantações em plena produção - 765.5 ha x 12 t/ha = 9.186 t o Plantações em declínio de produção - 090 ha x 7 t/ha = 630 t  TOTAL - 10.232 t
  • 5. Distribuição da cultura do Abacateiro no Algarve
  • 6. Pomares jovens Pomares em plena produção
  • 7. Pomares em declínio de produção A área actual de plantação de abacateiros no Algarve oscila pelos 855 ha. Tendo em conta as áreas e produtividades das novas plantações em início de produção, das plantações em plena produção e das plantações em declínio de produção julgamos poder estimar a produção média de abacates na actualidade em cerca de 5.106 t. A falta de plantas disponíveis nos viveiros para a realização de novas plantações originou alguns atrasos nos ritmos de plantação. Estamos a falar de novas áreas de plantação comprometidas e já devidamente preparadas para recepção das plantas. Será espectável até final de 2018 a plantação de mais 277.5 ha o que conduzirá a uma área global de 1.133 ha e a uma produção no espaço de 3 – 4 anos de 10.232 t. 2 – Comercialização / Destino da Produção A comercialização dos abacates do Algarve processa-se essencialmente através de uma Organização de Produtores e de Empresas quer a nível nacional quer a nível internacional, sendo de destacar por informação dos agricultores a Trops, Frutas Montosa e Frutas Mourinho. De uma forma geral a produção das novas explorações com maior dimensão destina-se à exportação enquanto a produção das explorações mais antigas e com menor área tem como destino o mercado nacional. As respostas ao inquérito efectuado às explorações produtoras de abacates do Algarve fornecem-nos as indicações seguintes:  Cerca de 40 explorações comercializam a sua produção através da Trops e Frutas Montosa sendo a produção exportada para Espanha;
  • 8.  6 explorações exportam fruta para Espanha, França, Alemanha e Dinamarca;  Cerca de 73 explorações vendem a sua produção no mercado nacional a empresas várias das quais se salienta a Frutas Mourinho, a qual acaba por exportar a maior parte da produção. 3 – Variedades A variedade mais plantada pelos agricultores do Algarve é a Hass, precisamente a variedade mais difundida, com maior consumo a nível mundial e melhor cotização do mercado. A variedade Bacon numa percentagem de 5 – 7% é geralmente plantada conjuntamente com a Hass no sentido de ajudar e melhorar a polinização. Nas plantações mais antigas aparecem com algum significado as variedades Reed e Fuerte. Em termos gerais os dados do inquérito indicam-nos:  Variedade Hass (100%) – presente em 3% das explorações;  Variedade Hass (93 – 95%) + Bacon (5 - 7%) – presente em 59% das explorações;  Variedade Hass + Bacon + Outras (Fuerte, Reed, Zutano, Lamb Hass) – presente em 38% das explorações. Bacon Fuerte
  • 9. Hass Reed 4 – Porta Enxertos O porta enxerto mais generalizado nas plantações algarvias é o Duke 7. De uma forma geral as plantações de abacates mais antigas estão implementadas em porta enxertos de semente nomeadamente Topa Topa e Lula, enquanto que nas novas explorações são utilizados porta enxertos clonais tais como Duke 7, Dusa, Toro Canyon. O inquérito mostra-nos a situação seguinte:  Duke 7 presente em cerca de 70 explorações;  Topa Topa presente em cerca de 36 explorações;  Lula presente em cerca de 34 explorações;  Dusa presente em 12 explorações;  Toro Canyon presente em 8 explorações;  Nachar presente em 6 explorações;  Albaida, Water Hole presente em 2 explorações.
  • 10. 5 – Preparação do Terreno (Despedregas / Desmatações) O inquérito indica-nos que aproximadamente 53% e 76% das explorações recorreram a desmatações e despedregas para implementação da cultura, operações dispendiosas que encarecem bastante os custos de instalação. Desmatações e Despedregas 6 – Rega (Origem da Água, Tipo de Rega, Fertirrega) A água para rega das plantações de abacates tem fundamentalmente duas origens:  Água subterrânea proveniente de furos utilizada em 78% das explorações;  Água superficial acumulada em barragens utilizada em 22% das explorações. 100% das explorações inquiridas utilizam sistemas de rega gota a gota e praticam fertirrega visando a eficiência da rega, poupança de água, realização de fertilizações racionais e equilibradas. 7 – Pragas e Doenças Os resultados do inquérito mostram-nos terem muito pouco significado no momento os inimigos que afectam a cultura daí resultando a necessidade de um reduzido número de tratamentos fitossanitários e aplicações de pesticidas, com poucas probabilidades de ocorrência de poluição ambiental. Não foi registada a ocorrência de qualquer doença grave e em termos de pragas apenas o ácaro do abacateiro (Oligonychus perseae) foi referenciado em cerca de 37% das explorações.
  • 11. 8 – Sistema de Luta Anti-Geada O sistema de luta anti-geada é recomendável para as zonas onde a probabilidade de ocorrência de geadas são mais frequentes e onde as probabilidades de queima ou morte das plantações são mais graves. Das explorações inquiridas aproximadamente 23%, por norma as com pior localização em termos climáticos, estão equipadas com sistemas de luta anti-geada seja através de rega com aspersores de baixo caudal, seja através de torres de ventilação, seja com recurso a agrotexteis, sistema este desaconselhável em nosso entendimento. Sistemas de luta anti-geada com Aspersores de baixo caudal Sistemas de luta anti-geada mediante Torres de ventilação e Agrotexteis
  • 12. 9 – Pareceres, Projectos, Apoios Comunitários / Enquadramento Cerca de 60% das plantações foram baseadas em projectos através de candidaturas com ajudas a fundos comunitários e apesar de prática recente cerca de 20% das explorações solicitaram parecer se a zona de implementação seria ou não adequada à instalação da cultura. De uma forma geral as explorações existentes estão bem enquadradas em termos de exposição e orientação. Conclusões Finais Como conclusões finais temos a referir:  O inquérito possibilitou diversas saídas ao campo por toda a região, tornando possível o contacto com os produtores, conhecimento das áreas plantadas, tecnologias utilizadas nas velhas e novas plantações. A proximidade da DRAPALG à produção e aos produtores saiu reforçada com ganhos pra ambas as partes;  Os preços praticados, áreas disponíveis com aptidão à cultura, interesse dos produtores são indicadores de forte probabilidade de aumento das áreas de plantação nos próximos anos;  Tendo em conta os consumos conhecidos na União Europeia verifica-se espaço para evolução da área cultural nas regiões com condições edafo climáticas adequadas à cultura como é o caso de muitas zonas do Algarve.