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Cadeira de
PATRIMÓNIO CULTURAL E PAISAGÍSTICO PORTUGUÊS
Coleção de Manuais da Universidade
Sénior Contemporânea
Professor Doutor
Artur Filipe dos Santos
1
QUINTA E PALÁCIO DA
REGALEIRA
2
• O Palácio da Regaleira é o
edifício principal e o
nome mais comum da
Quinta da Regaleira.
Também é designado
Palácio do Monteiro dos
Milhões, denominação
esta associada à alcunha
do seu primeiro
proprietário, António
Augusto Carvalho
Monteiro
• O palácio está situado
na encosta da serra e a
escassa distância do
Centro Histórico de
Sintra estando
classificado como
Imóvel de Interesse
Público desde 2002.
• Carvalho Monteiro, pelo
traço do arquitecto
italiano Luigi Manini, dá à
quinta de 4 hectares, o
palácio, rodeado de
luxuriantes jardins, lagos,
grutas e construções
enigmáticas, lugares estes
que ocultam significados
alquímicos, como os
evocados pela Maçonaria,
Templários e Rosa-cruz.
• Modela o espaço em
traçados mistos, que
evocam a arquitectura
românica, gótica,
renascentista e
manuelina.
• As origens da quinta
hoje denominada da
Regaleira, então
conhecida por quinta da
Torre, parecem
remontar ao ano de
1697, quando José Leite
adquiriu uma vasta
porção de terra situada
nos limites da vila de
Sintra.
• Em 1715, a propriedade
é colocada em hasta
pública e adquirida por
Francisco Alberto
Guimarães de Castro,
que logo mandou
realizar obras
destinadas a abastecer
uma mina da quinta
com água canalizada da
serra de Sintra.
• Em 1800 a quinta passa
para a posse de João
António Lopes
Fernando, e trinta anos
mais tarde para Manuel
Bernardo, sendo então
denominada Quinta da
Regaleira.
• Pouco depois, em 1840,
foi adquirida pela filha
de John Francis Allen,
um rico comerciante de
vinho do porto, D.
Ermelinda Allen
Monteiro de Almeida,
tendo esta recebido
posteriormente o título
de Baronesa da
Regaleira.
• Localizada em pleno
Centro Histórico de Sintra
e bem perto do Palácio de
Seteais, a quinta beneficia
do micro-clima da serra
de Sintra, que muito
contribui para os
luxuriantes jardins e os
nevoeiros constantes que
adensam a sua aura de
mistério.
• A maior parte das
construções hoje
existentes devem-se
porém a António
Augusto Carvalho
Monteiro, proprietário
a partir de 1892,
homem de vasta cultura
e riqueza
Famoso Leroy 01, o relógio mais complicado do
mundo. Tendo sido encomendado or António
Augusto Monteiro, este tinha 24 funções e
cerca de 975 peças.
• Os símbolos nacionalistas
que encontramos na
Regaleira, bem como o
gosto revivalista no qual tão
bem se inserem, resultam
da conjugação do seu gosto
e sensibilidade com o
projecto do arquitecto e
cenógrafo Luigi Manini
(autor dos edifícios do
palácio do Buçaco, do teatro
de São Carlos em Lisboa, e
do teatro La Scala em Milão,
entre outros).
• As obras decorreram
entre 1904 e 1910,
tendo Carvalho
Monteiro morrido em
1921
• A propriedade passou então
para os herdeiros,
nomeadamente para a
posse de Pedro Monteiro,
tendo sido vendida em
1945; os projectos então
existentes para a quinta
passavam pela adaptação a
hotel, nunca efectuada, até
que a Câmara Municipal de
Sintra a adquiriu, resultando
daqui o seu restauro
progressivo, e a sua
abertura ao público.
• A quinta integra um
magnífico jardim,
constituído por árvores
exóticas e vegetação
abundante, que
compõe um curioso
percurso de
características
marcadamente
cenográficas.
• Para este percurso, bem
como para o imenso
acervo iconográfico que
compõe a profusa
decoração de todo o
palacete, anexos e
jardins, pode apontar-se
uma linha orientativa de
cariz esotérico, conjugada
com a simbólica
nacionalista dos estilos
arquitectónicos neo aqui
utilizados.
• Assim se poderia
entender o percurso dos
jardins como viagem de
teor iniciático, incluindo
uma alameda ornada com
estátuas de deuses
clássicos, uma misteriosa
gruta artificial abrigando
um lago onde deveriam
nadar brancos cisnes sob
o olhar de uma mítica
Leda,
Na mitologia grega, Leda era rainha de Esparta,
esposa de Tíndaro. Certa
vez, Zeus transformou-se em um cisne e
seduziu-a. Dessa união, Leda chocou dois ovos,
e deles nasceram Clitemnestra, Helena, Castor
e Pólux. Helena e Pólux eram filhos de Zeus,
mas Tíndaro os adotou, tratando-os como
filhos de sangue.
• um terraço chamado das
Quimeras, e ainda um bosque
sombrio, cuja travessia apela a
um silêncio introspectivo,
proporcionando finalmente a
visão da torre do palácio, com
larga vista da serra.
Particularmente impressionante,
neste contexto, é o grande poço,
conduzindo progressivamente o
visitante até ao fundo, decorado
com uma cruz templária e uma
rosa-dos-ventos, através de uma
descida espiralada; e ainda um
túnel estreito, longo e escuro,
que liga as profundezas da terra à
visão de um terraço alteado e
luminoso.
• A simbólica templária repete-se um pouco por
toda a parte, na capela neo-manuelina e nas
salas palacianas, que abrigam mobiliário feito
por encomenda, tal como um imponente trono
entalhado, sempre exibindo simbólica heráldica
ou mitológica.
• A evocação da História de
Portugal repete-se nos
frisos com os reis
portugueses, enquanto
uma menção directa ao
imaginário maçónico se
poderá deduzir do tecto
pintado da Sala das
Virtudes, onde se
encontram as
personificações da Força,
da Beleza e da Sabedoria.
• De facto, tem sido
aventada a
possibilidade de uma
eventual filiação
maçónica por parte de
Carvalho Monteiro, de
acordo com o espírito
da época e com a
inclinação intelectual de
uma certa elite nacional
• Aqui encontra
localização privilegiada
o espólio da colecção
de artefactos maçónicos
de Pisani Burnay,
presentemente exposto
no palácio da Regaleira.
• História
• A documentação
histórica relativa à
Quinta da Regaleira é
escassa para os tempos
anteriores à sua compra
por Carvalho Monteiro.
• Sabe-se que, em 1697,
José Leite era o
proprietário de uma
vasta propriedade nos
arredores da vila de
Sintra, que hoje integra
a Quinta.
• Francisco Albertino
Guimarães de Castro
comprou a propriedade
(conhecida como
Quinta da Torre ou do
Castro em 1715), em
hasta pública, canalizou
a água da serra a fim de
alimentar uma fonte aí
existente.
• Em 1830, na posse de Manuel Bernardo, a Quinta
toma a actual designação. Em 1840, a Quinta da
Regaleira é adquirida pela filha de uma negociante do
Porto, de apelido Allen, D. Ermelinda Allen Monteiro
de Almeida que mais tarde foi agraciada com o título
de Baronesa da Regaleira.
• Data deste período a
construção de uma casa
de campo que é visível
em algumas
representações
iconográficas de finais
do século XIX.
• A história da Regaleira
actual principia em 1892,
ano em que os barões da
Regaleira vendem a
propriedade ao Dr.
António Augusto Carvalho
Monteiro por 25 contos
de réis. A maior parte da
construção actual da
quinta teve início em
1904 e estava terminada
em 1910.
• A quinta foi vendida a
Waldemar d'Orey em 29 de
Março de 1949 que realizou
trabalhos profundos de
restauro e recuperação da
casa principal, dos jardins e
do sistema de captação de
água, tendo ficado na posse
desta família durante quase
39 anos até que em 13 de
Janeiro de 1988 a venderam
à firma Shundo Sanko do
grupo Aoki Corporation.
• Em 1997, a Câmara
Municipal de Sintra
adquire este valioso
património, iniciando
pouco depois um
exaustivo trabalho de
recuperação do
património edificado e
dos jardins.
• Actualmente, a Quinta
da Regaleira está aberta
ao público e é anfitriã
de diversas actividades
culturais.
• A Quinta e pontos de
interesse
• Carvalho Monteiro tinha o
desejo de construir um espaço
grandioso, em que vivesse
rodeado de todos os símbolos
que espelhassem os seus
interesses e ideologias.
Conservador, monárquico e
cristão gnóstico, Carvalho
Monteiro quis ressuscitar o
passado mais glorioso de
Portugal, daí a predominância
do estilo neomanuelino com a
sua ligação aos
descobrimentos
• Esta evocação do passado
passa também pela arte
gótica e alguns elementos
clássicos. A diversidade
da quinta da Regaleira é
enriquecida com
simbolismo de temas
esotéricos relacionados
com a alquimia,
Maçonaria, Templários e
Rosa-cruz.
• Bosque
• O bosque ou mata que
ocupa a maioria do espaço
da Quinta, não está disposta
ao acaso. Começando mais
ordenada e cuidada na
parte mais baixa da quinta,
mas, sendo
progressivamente mais
selvagem até chegarmos ao
topo. Este disposição
reflecte a crença no
primitivismo de Carvalho
Monteiro.
• Patamar dos Deuses
• O Patamar dos Deuses é composto por 9 estátuas
dos deuses greco-romanos. A mitologia clássica
foi uma das inspirações de Carvalho Monteiro
para os jardins da Regaleira
• Poço Iniciático
• Uma galeria subterrânea com uma escadaria em
espiral, sustentada por colunas esculpidas, por onde
se desce até ao fundo do poço.
• A escadaria é constituída por nove patamares
separados por lanços de 15 degraus cada um,
invocando referências à Divina Comédia de Dante e
que podem representar os 9 círculos do inferno, do
paraíso, ou do purgatório.
• Segundo os
conceituados ocultistas
Albert Pike, René
Guénon e Manly Palmer
Hall é na obra 'A Divina
Comédia' que se
encontra pela primeira
vez exposta a Ordem
Rosacruz.
• No fundo do poço está
embutida em mármore,
uma rosa dos ventos
(estrela de oito pontas: 4
maiores ou cardeais, 4
menores ou colaterais)
sobre uma cruz templária,
que é o emblema
heráldico de Carvalho
Monteiro e,
simultaneamente,
indicativo da Ordem
Rosa-cruz.
• O poço diz-se iniciático
porque se acredita que
era usado em rituais de
iniciação à maçonaria e
a explicação do
simbolismo dos
mesmos nove
patamares diz-se que
poderá ser encontrada
na obra Conceito
Rosacruz do Cosmos.
• A simbologia do local
está relacionada com a
crença que a terra é o
útero materno de onde
provém a vida, mas
também a sepultura
para onde voltará.
• Muitos ritos de
iniciação aludem a
aspectos do nascimento
e morte ligados à terra,
ou renascimento.
• A existência de 23
nichos localizados por
debaixo dos degraus do
poço iniciático
representava um dos
muitos mistérios da
referida construção.
• No dia 29 de Dezembro de 2010, o professor
Gabriel Fernández Calvo da Escola Técnica
Superior de Engenheiros de Caminhos, Canais
e Portos da Universidad de Castilla-La
Mancha em Ciudad Real, quando visitava o
poço acompanhado de outros professores da
UCLM, observou que os 23 nichos não estão
colocados por acaso, pois encontram-se
agrupados em três conjuntos de 17, 1 e 5
nichos separados entre si à medida que se
desce ao fundo do poço.
• Esta organização não é
aleatória e
provavelmente se refere
ao ano 1715 em que
Francisco Albertino
Guimarães de Castro
comprou a propriedade
(conhecida como
Quinta da Torre ou do
Castro) em hasta
pública.
• O poço está ligado por
várias galerias ou túneis
a outros pontos da
quinta, a Entrada dos
Guardiães, o Lago da
Cascata e o Poço
Imperfeito.
• Estes túneis, outrora
habitados por morcegos
afastados pelos muitos
turistas que visitam o
local, estão cobertos
com pedra importada
da orla marítima da
região de Peniche,
pedra que dá a
sugestão de um mundo
submerso.
• Capela da Santíssima
Trindade
• Uma magnífica fachada
que aposta no
revivalismo gótico e
manuelino. Nela estão
representados Santa
Teresa d'Ávila e Santo
António.
• No meio, a encimar a
entrada está
representado o Mistério
da Anunciação - o anjo
Gabriel desce à terra
para dizer a Maria que
ela vai ter um filho do
Senhor - e Deus Pai
entronizado.
• No interior, no altar-
mor vê-se Jesus depois
de ressuscitar a coroar
uma mulher que pode
ser Maria ou Madalena
(de uma maneira mais
contraditória).
• Do lado direito Santa
Teresa e Santo António
repetem-se, desta vez
em painéis de mosaico.
• Do lado oposto um
vitral com a
representação do
milagre de Nossa
Senhora da Nazaré a D.
Fuas Roupinho.
• No chão estão
representados a Esfera
Armilar ou Globo
Celeste e a Cruz da
Ordem de Cristo,
rodeados de
pentagramas (estrelas
de cinco pontas)
• A Torre da Regaleira
• Foi construída para dar
a quem a sobe a ilusão
de se encontrar no eixo
do mundo.
• O Palácio
• O edifício principal da
quinta é marcado pela
presença de uma torre
octogonal. Toda a
exuberante decoração
esteve a cargo do
escultor José da
Fonseca.
PALÁCIO DE SETEAIS
Palácio de Seteais
• O Palácio de Seteais,
elegante palácio cor-de-
rosa, agora um hotel de
luxo e restaurante da
Sociedade Hotel Tivoli, foi
construído no século XVIII
para o cônsul holandês,
Daniel Gildemeester,
numa porção de terra
cedida pelo Marquês de
Pombal.
• Localizado em Sintra,
património mundial,
ergue-se este palácio no
meio de um terreno
acidentado, de onde se
pode avistar o mar e o
alto da Serra de Sintra.
• De arquitectura
neoclássica, insere-se no
conjunto de palácios
reformados pela
burguesia. Destaca-se a
entrada, com frontões
triangulares, janelas de
guilhotina e uma escada
de dois braços que se
desenvolve para o interior
no sentido da fachada
secundária.
• Pode-se também
constatar a adaptação
do palácio à
irregularidade do
terreno, que tem um
enquadramento com o
Palácio da Pena.
• No conjunto, existem dois
corpos de planta
composta — a ala
esquerda, com planta em
U, que se desenvolve à
volta do pátio interior, e a
ala direita, com planta
rectangular. As fachadas
principais são simétricas,
de dois registos.
• As salas da ala esquerda
são pintadas com frisos
de flores e grinaldas,
salientando-se a Sala
Pillement, com cenas
figurativas da autoria de
Jean Baptiste Pillement,
e a Sala da Convenção,
com alusões marítimas
mitológicas.
• Realce ainda para a escadaria ampla, de dois braços e três
lanços, dando acesso ao andar inferior. Refira-se que este
é o Palácio de Seteais, descrito como abandonado na
famosa obra de Eça de Queirós "Os Maias".
• Iniciado em 1783 e
concluído em 1787, o
primitivo Palácio de
Seteais conheceu, mais
tarde, uma importante
campanha de obras
neoclássica,
patrocinada pelo 5º
Marquês de Marialva
que, em 1797, adquiriu
a casa e a propriedade.
• Remonta a este período a
fachada cenográfica, que
se abre para o pátio,
simétrica à já existente,
bem como o arco triunfal
que liga ambos os
alçados, construído em
1802, para assinalar a
visita do então regente D.
João VI e D. Carlota
Joaquina.
• Depois de vários
problemas com a
sucessão do Marquês e
de várias hipotecas, o
Estado adquiriu o
Palácio, inaugurando-se
o hotel, em 1954, que
conservou o traçado
anterior.
• O primitivo núcleo de
Seteais, que já então
tirava partido da sua
implantação na paisagem,
deve-se à iniciativa do
cônsul holandês Daniel de
Gildemeester, homem de
grande fortuna a quem o
Marquês de Pombal havia
entregue o exclusivo da
exportação de diamantes
• O Palácio foi inaugurado
a 25 de Julho de 1787,
tendo estado presente
na festa Wiliam
Beckford, que nos
deixou o relato, no seu
diário, aludindo à
depuração da casa, mas
elogiando a mesa da
festa! (COSTA, 1982, p.
29).
• Com a morte do cônsul,
em 1793, acentuaram-
se as dificuldades
financeiras da família,
que acabou por vender
a propriedade
• Adquiriu-a, em 1797, o
5º Marquês de
Marialva, D. Diogo José
Vito de Menezes
Noronha Coutinho, que
já dispunha de uma
reduzida propriedade
em São Pedro.
• A campanha
arquitectónica de
ampliação do palácio e
das cavalariças ocorreu
entre 1801 e 1802,
alterando a fachada
principal que passou a ser
a que se abre para o
pátio, e construindo uma
outra fachada cenográfica
do lado oposto.
• A unir os dois alçados, o
arco de triunfo celebra
a visita de D. João e D.
Carlota Joaquina.
• Neste conjunto de edifícios
de linhas rectas, cujo
projecto tem vindo a ser
atribuído ao arquitecto José
da Costa e Silva (autor, por
exemplo, do Teatro São
Carlos) (SERRÃO, 1989, p.
65), observamos várias
influências, como o
classicismo neopalladiano,
ou a decoração de
grinaldas, nas platibandas,
estilo Luís XVI.
• No arco, também
neoclássico, e atribuído
a Francisco Leal Garcia,
destacam-se as lanças,
bandeiras e armas que
enquadram os bustos
dos monarcas.
• Trata-se de um conjunto
que revela alguma
ingenuidade, e onde se
"põe o problema da
cultura (ou da
ignorância) com que o
Neoclassicismo podia
ser entendido em
Portugal, na charneira
dos dois séculos"
(FRANÇA, 2004, p. 38).
• Remonta, ainda, a esta
campanha, a decoração
dos interiores,
revestidos a sedas e
pintados a fresco por
discípulos de Pillement,
ou ainda de influência
chinesa.
• O Marquês de Marialva
viveu pouco tempo no
seu novo palácio, pois
faleceu em 1803, gerando
uma complicada situação
de sucessões e hipotecas
(cf. quadro COSTA, 1982,
p. 102) que culminaram,
em 1946, com a aquisição
do imóvel por parte do
Estado.
• A questão do Campo de
Seteais e o seu
aforamento constituiu
uma outra preocupação
e foi um problema
muito discutido entre
os proprietários de
Seteais, a população e a
câmara de Sintra
• O hotel de luxo,
inaugurado em 1954,
preservou o edifício aí
existente, que se
conserva como hotel
até aos dias de hoje.
• Para a fachada traseira dá
o jardim de buxo
geométrico e,
enquadrada pelo arco de
triunfo, no denominado
Penedo da Saudade,
estende-se a serra e o
palácio de Sintra,
confirmando a acertada
escolha paisagística do
cônsul holandês.
• bibliografia
• http://www.patrimoniocultural.pt/pt/patrimonio/pa
trimonio-imovel/pesquisa-do-
patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-
classificacao/geral/view/72840/
• http://www.patrimoniocultural.pt/pt/patrimonio/pa
trimonio-imovel/
• http://pt.wikipedia.org/wiki/Pal%C3%A1cio_da_Reg
aleira
• http://pt.wikipedia.org/wiki/Pal%C3%A1cio_de_Set
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Professor Doutor Artur Filipe dos Santos - Património Cultural e Paisagístico Português - Quinta da Regaleira e Palácio de seteais

  • 1. Cadeira de PATRIMÓNIO CULTURAL E PAISAGÍSTICO PORTUGUÊS Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea Professor Doutor Artur Filipe dos Santos 1
  • 2. QUINTA E PALÁCIO DA REGALEIRA 2
  • 3. • O Palácio da Regaleira é o edifício principal e o nome mais comum da Quinta da Regaleira. Também é designado Palácio do Monteiro dos Milhões, denominação esta associada à alcunha do seu primeiro proprietário, António Augusto Carvalho Monteiro
  • 4. • O palácio está situado na encosta da serra e a escassa distância do Centro Histórico de Sintra estando classificado como Imóvel de Interesse Público desde 2002.
  • 5. • Carvalho Monteiro, pelo traço do arquitecto italiano Luigi Manini, dá à quinta de 4 hectares, o palácio, rodeado de luxuriantes jardins, lagos, grutas e construções enigmáticas, lugares estes que ocultam significados alquímicos, como os evocados pela Maçonaria, Templários e Rosa-cruz.
  • 6.
  • 7.
  • 8. • Modela o espaço em traçados mistos, que evocam a arquitectura românica, gótica, renascentista e manuelina.
  • 9. • As origens da quinta hoje denominada da Regaleira, então conhecida por quinta da Torre, parecem remontar ao ano de 1697, quando José Leite adquiriu uma vasta porção de terra situada nos limites da vila de Sintra.
  • 10. • Em 1715, a propriedade é colocada em hasta pública e adquirida por Francisco Alberto Guimarães de Castro, que logo mandou realizar obras destinadas a abastecer uma mina da quinta com água canalizada da serra de Sintra.
  • 11. • Em 1800 a quinta passa para a posse de João António Lopes Fernando, e trinta anos mais tarde para Manuel Bernardo, sendo então denominada Quinta da Regaleira.
  • 12. • Pouco depois, em 1840, foi adquirida pela filha de John Francis Allen, um rico comerciante de vinho do porto, D. Ermelinda Allen Monteiro de Almeida, tendo esta recebido posteriormente o título de Baronesa da Regaleira.
  • 13. • Localizada em pleno Centro Histórico de Sintra e bem perto do Palácio de Seteais, a quinta beneficia do micro-clima da serra de Sintra, que muito contribui para os luxuriantes jardins e os nevoeiros constantes que adensam a sua aura de mistério.
  • 14. • A maior parte das construções hoje existentes devem-se porém a António Augusto Carvalho Monteiro, proprietário a partir de 1892, homem de vasta cultura e riqueza Famoso Leroy 01, o relógio mais complicado do mundo. Tendo sido encomendado or António Augusto Monteiro, este tinha 24 funções e cerca de 975 peças.
  • 15. • Os símbolos nacionalistas que encontramos na Regaleira, bem como o gosto revivalista no qual tão bem se inserem, resultam da conjugação do seu gosto e sensibilidade com o projecto do arquitecto e cenógrafo Luigi Manini (autor dos edifícios do palácio do Buçaco, do teatro de São Carlos em Lisboa, e do teatro La Scala em Milão, entre outros).
  • 16. • As obras decorreram entre 1904 e 1910, tendo Carvalho Monteiro morrido em 1921
  • 17. • A propriedade passou então para os herdeiros, nomeadamente para a posse de Pedro Monteiro, tendo sido vendida em 1945; os projectos então existentes para a quinta passavam pela adaptação a hotel, nunca efectuada, até que a Câmara Municipal de Sintra a adquiriu, resultando daqui o seu restauro progressivo, e a sua abertura ao público.
  • 18. • A quinta integra um magnífico jardim, constituído por árvores exóticas e vegetação abundante, que compõe um curioso percurso de características marcadamente cenográficas.
  • 19. • Para este percurso, bem como para o imenso acervo iconográfico que compõe a profusa decoração de todo o palacete, anexos e jardins, pode apontar-se uma linha orientativa de cariz esotérico, conjugada com a simbólica nacionalista dos estilos arquitectónicos neo aqui utilizados.
  • 20. • Assim se poderia entender o percurso dos jardins como viagem de teor iniciático, incluindo uma alameda ornada com estátuas de deuses clássicos, uma misteriosa gruta artificial abrigando um lago onde deveriam nadar brancos cisnes sob o olhar de uma mítica Leda, Na mitologia grega, Leda era rainha de Esparta, esposa de Tíndaro. Certa vez, Zeus transformou-se em um cisne e seduziu-a. Dessa união, Leda chocou dois ovos, e deles nasceram Clitemnestra, Helena, Castor e Pólux. Helena e Pólux eram filhos de Zeus, mas Tíndaro os adotou, tratando-os como filhos de sangue.
  • 21. • um terraço chamado das Quimeras, e ainda um bosque sombrio, cuja travessia apela a um silêncio introspectivo, proporcionando finalmente a visão da torre do palácio, com larga vista da serra. Particularmente impressionante, neste contexto, é o grande poço, conduzindo progressivamente o visitante até ao fundo, decorado com uma cruz templária e uma rosa-dos-ventos, através de uma descida espiralada; e ainda um túnel estreito, longo e escuro, que liga as profundezas da terra à visão de um terraço alteado e luminoso.
  • 22. • A simbólica templária repete-se um pouco por toda a parte, na capela neo-manuelina e nas salas palacianas, que abrigam mobiliário feito por encomenda, tal como um imponente trono entalhado, sempre exibindo simbólica heráldica ou mitológica.
  • 23. • A evocação da História de Portugal repete-se nos frisos com os reis portugueses, enquanto uma menção directa ao imaginário maçónico se poderá deduzir do tecto pintado da Sala das Virtudes, onde se encontram as personificações da Força, da Beleza e da Sabedoria.
  • 24. • De facto, tem sido aventada a possibilidade de uma eventual filiação maçónica por parte de Carvalho Monteiro, de acordo com o espírito da época e com a inclinação intelectual de uma certa elite nacional
  • 25. • Aqui encontra localização privilegiada o espólio da colecção de artefactos maçónicos de Pisani Burnay, presentemente exposto no palácio da Regaleira.
  • 26. • História • A documentação histórica relativa à Quinta da Regaleira é escassa para os tempos anteriores à sua compra por Carvalho Monteiro.
  • 27. • Sabe-se que, em 1697, José Leite era o proprietário de uma vasta propriedade nos arredores da vila de Sintra, que hoje integra a Quinta.
  • 28. • Francisco Albertino Guimarães de Castro comprou a propriedade (conhecida como Quinta da Torre ou do Castro em 1715), em hasta pública, canalizou a água da serra a fim de alimentar uma fonte aí existente.
  • 29. • Em 1830, na posse de Manuel Bernardo, a Quinta toma a actual designação. Em 1840, a Quinta da Regaleira é adquirida pela filha de uma negociante do Porto, de apelido Allen, D. Ermelinda Allen Monteiro de Almeida que mais tarde foi agraciada com o título de Baronesa da Regaleira.
  • 30. • Data deste período a construção de uma casa de campo que é visível em algumas representações iconográficas de finais do século XIX.
  • 31. • A história da Regaleira actual principia em 1892, ano em que os barões da Regaleira vendem a propriedade ao Dr. António Augusto Carvalho Monteiro por 25 contos de réis. A maior parte da construção actual da quinta teve início em 1904 e estava terminada em 1910.
  • 32. • A quinta foi vendida a Waldemar d'Orey em 29 de Março de 1949 que realizou trabalhos profundos de restauro e recuperação da casa principal, dos jardins e do sistema de captação de água, tendo ficado na posse desta família durante quase 39 anos até que em 13 de Janeiro de 1988 a venderam à firma Shundo Sanko do grupo Aoki Corporation.
  • 33. • Em 1997, a Câmara Municipal de Sintra adquire este valioso património, iniciando pouco depois um exaustivo trabalho de recuperação do património edificado e dos jardins.
  • 34. • Actualmente, a Quinta da Regaleira está aberta ao público e é anfitriã de diversas actividades culturais.
  • 35.
  • 36.
  • 37. • A Quinta e pontos de interesse • Carvalho Monteiro tinha o desejo de construir um espaço grandioso, em que vivesse rodeado de todos os símbolos que espelhassem os seus interesses e ideologias. Conservador, monárquico e cristão gnóstico, Carvalho Monteiro quis ressuscitar o passado mais glorioso de Portugal, daí a predominância do estilo neomanuelino com a sua ligação aos descobrimentos
  • 38. • Esta evocação do passado passa também pela arte gótica e alguns elementos clássicos. A diversidade da quinta da Regaleira é enriquecida com simbolismo de temas esotéricos relacionados com a alquimia, Maçonaria, Templários e Rosa-cruz.
  • 39. • Bosque • O bosque ou mata que ocupa a maioria do espaço da Quinta, não está disposta ao acaso. Começando mais ordenada e cuidada na parte mais baixa da quinta, mas, sendo progressivamente mais selvagem até chegarmos ao topo. Este disposição reflecte a crença no primitivismo de Carvalho Monteiro.
  • 40. • Patamar dos Deuses • O Patamar dos Deuses é composto por 9 estátuas dos deuses greco-romanos. A mitologia clássica foi uma das inspirações de Carvalho Monteiro para os jardins da Regaleira
  • 41. • Poço Iniciático • Uma galeria subterrânea com uma escadaria em espiral, sustentada por colunas esculpidas, por onde se desce até ao fundo do poço.
  • 42. • A escadaria é constituída por nove patamares separados por lanços de 15 degraus cada um, invocando referências à Divina Comédia de Dante e que podem representar os 9 círculos do inferno, do paraíso, ou do purgatório.
  • 43. • Segundo os conceituados ocultistas Albert Pike, René Guénon e Manly Palmer Hall é na obra 'A Divina Comédia' que se encontra pela primeira vez exposta a Ordem Rosacruz.
  • 44. • No fundo do poço está embutida em mármore, uma rosa dos ventos (estrela de oito pontas: 4 maiores ou cardeais, 4 menores ou colaterais) sobre uma cruz templária, que é o emblema heráldico de Carvalho Monteiro e, simultaneamente, indicativo da Ordem Rosa-cruz.
  • 45.
  • 46. • O poço diz-se iniciático porque se acredita que era usado em rituais de iniciação à maçonaria e a explicação do simbolismo dos mesmos nove patamares diz-se que poderá ser encontrada na obra Conceito Rosacruz do Cosmos.
  • 47. • A simbologia do local está relacionada com a crença que a terra é o útero materno de onde provém a vida, mas também a sepultura para onde voltará.
  • 48. • Muitos ritos de iniciação aludem a aspectos do nascimento e morte ligados à terra, ou renascimento.
  • 49. • A existência de 23 nichos localizados por debaixo dos degraus do poço iniciático representava um dos muitos mistérios da referida construção.
  • 50. • No dia 29 de Dezembro de 2010, o professor Gabriel Fernández Calvo da Escola Técnica Superior de Engenheiros de Caminhos, Canais e Portos da Universidad de Castilla-La Mancha em Ciudad Real, quando visitava o poço acompanhado de outros professores da UCLM, observou que os 23 nichos não estão colocados por acaso, pois encontram-se agrupados em três conjuntos de 17, 1 e 5 nichos separados entre si à medida que se desce ao fundo do poço.
  • 51. • Esta organização não é aleatória e provavelmente se refere ao ano 1715 em que Francisco Albertino Guimarães de Castro comprou a propriedade (conhecida como Quinta da Torre ou do Castro) em hasta pública.
  • 52. • O poço está ligado por várias galerias ou túneis a outros pontos da quinta, a Entrada dos Guardiães, o Lago da Cascata e o Poço Imperfeito.
  • 53. • Estes túneis, outrora habitados por morcegos afastados pelos muitos turistas que visitam o local, estão cobertos com pedra importada da orla marítima da região de Peniche, pedra que dá a sugestão de um mundo submerso.
  • 54. • Capela da Santíssima Trindade • Uma magnífica fachada que aposta no revivalismo gótico e manuelino. Nela estão representados Santa Teresa d'Ávila e Santo António.
  • 55. • No meio, a encimar a entrada está representado o Mistério da Anunciação - o anjo Gabriel desce à terra para dizer a Maria que ela vai ter um filho do Senhor - e Deus Pai entronizado.
  • 56. • No interior, no altar- mor vê-se Jesus depois de ressuscitar a coroar uma mulher que pode ser Maria ou Madalena (de uma maneira mais contraditória).
  • 57. • Do lado direito Santa Teresa e Santo António repetem-se, desta vez em painéis de mosaico.
  • 58. • Do lado oposto um vitral com a representação do milagre de Nossa Senhora da Nazaré a D. Fuas Roupinho.
  • 59. • No chão estão representados a Esfera Armilar ou Globo Celeste e a Cruz da Ordem de Cristo, rodeados de pentagramas (estrelas de cinco pontas)
  • 60. • A Torre da Regaleira • Foi construída para dar a quem a sobe a ilusão de se encontrar no eixo do mundo.
  • 61. • O Palácio • O edifício principal da quinta é marcado pela presença de uma torre octogonal. Toda a exuberante decoração esteve a cargo do escultor José da Fonseca.
  • 63. Palácio de Seteais • O Palácio de Seteais, elegante palácio cor-de- rosa, agora um hotel de luxo e restaurante da Sociedade Hotel Tivoli, foi construído no século XVIII para o cônsul holandês, Daniel Gildemeester, numa porção de terra cedida pelo Marquês de Pombal.
  • 64. • Localizado em Sintra, património mundial, ergue-se este palácio no meio de um terreno acidentado, de onde se pode avistar o mar e o alto da Serra de Sintra.
  • 65. • De arquitectura neoclássica, insere-se no conjunto de palácios reformados pela burguesia. Destaca-se a entrada, com frontões triangulares, janelas de guilhotina e uma escada de dois braços que se desenvolve para o interior no sentido da fachada secundária.
  • 66. • Pode-se também constatar a adaptação do palácio à irregularidade do terreno, que tem um enquadramento com o Palácio da Pena.
  • 67. • No conjunto, existem dois corpos de planta composta — a ala esquerda, com planta em U, que se desenvolve à volta do pátio interior, e a ala direita, com planta rectangular. As fachadas principais são simétricas, de dois registos.
  • 68. • As salas da ala esquerda são pintadas com frisos de flores e grinaldas, salientando-se a Sala Pillement, com cenas figurativas da autoria de Jean Baptiste Pillement, e a Sala da Convenção, com alusões marítimas mitológicas.
  • 69. • Realce ainda para a escadaria ampla, de dois braços e três lanços, dando acesso ao andar inferior. Refira-se que este é o Palácio de Seteais, descrito como abandonado na famosa obra de Eça de Queirós "Os Maias".
  • 70. • Iniciado em 1783 e concluído em 1787, o primitivo Palácio de Seteais conheceu, mais tarde, uma importante campanha de obras neoclássica, patrocinada pelo 5º Marquês de Marialva que, em 1797, adquiriu a casa e a propriedade.
  • 71. • Remonta a este período a fachada cenográfica, que se abre para o pátio, simétrica à já existente, bem como o arco triunfal que liga ambos os alçados, construído em 1802, para assinalar a visita do então regente D. João VI e D. Carlota Joaquina.
  • 72. • Depois de vários problemas com a sucessão do Marquês e de várias hipotecas, o Estado adquiriu o Palácio, inaugurando-se o hotel, em 1954, que conservou o traçado anterior.
  • 73. • O primitivo núcleo de Seteais, que já então tirava partido da sua implantação na paisagem, deve-se à iniciativa do cônsul holandês Daniel de Gildemeester, homem de grande fortuna a quem o Marquês de Pombal havia entregue o exclusivo da exportação de diamantes
  • 74. • O Palácio foi inaugurado a 25 de Julho de 1787, tendo estado presente na festa Wiliam Beckford, que nos deixou o relato, no seu diário, aludindo à depuração da casa, mas elogiando a mesa da festa! (COSTA, 1982, p. 29).
  • 75. • Com a morte do cônsul, em 1793, acentuaram- se as dificuldades financeiras da família, que acabou por vender a propriedade
  • 76. • Adquiriu-a, em 1797, o 5º Marquês de Marialva, D. Diogo José Vito de Menezes Noronha Coutinho, que já dispunha de uma reduzida propriedade em São Pedro.
  • 77. • A campanha arquitectónica de ampliação do palácio e das cavalariças ocorreu entre 1801 e 1802, alterando a fachada principal que passou a ser a que se abre para o pátio, e construindo uma outra fachada cenográfica do lado oposto.
  • 78. • A unir os dois alçados, o arco de triunfo celebra a visita de D. João e D. Carlota Joaquina.
  • 79. • Neste conjunto de edifícios de linhas rectas, cujo projecto tem vindo a ser atribuído ao arquitecto José da Costa e Silva (autor, por exemplo, do Teatro São Carlos) (SERRÃO, 1989, p. 65), observamos várias influências, como o classicismo neopalladiano, ou a decoração de grinaldas, nas platibandas, estilo Luís XVI.
  • 80. • No arco, também neoclássico, e atribuído a Francisco Leal Garcia, destacam-se as lanças, bandeiras e armas que enquadram os bustos dos monarcas.
  • 81. • Trata-se de um conjunto que revela alguma ingenuidade, e onde se "põe o problema da cultura (ou da ignorância) com que o Neoclassicismo podia ser entendido em Portugal, na charneira dos dois séculos" (FRANÇA, 2004, p. 38).
  • 82. • Remonta, ainda, a esta campanha, a decoração dos interiores, revestidos a sedas e pintados a fresco por discípulos de Pillement, ou ainda de influência chinesa.
  • 83. • O Marquês de Marialva viveu pouco tempo no seu novo palácio, pois faleceu em 1803, gerando uma complicada situação de sucessões e hipotecas (cf. quadro COSTA, 1982, p. 102) que culminaram, em 1946, com a aquisição do imóvel por parte do Estado.
  • 84. • A questão do Campo de Seteais e o seu aforamento constituiu uma outra preocupação e foi um problema muito discutido entre os proprietários de Seteais, a população e a câmara de Sintra
  • 85. • O hotel de luxo, inaugurado em 1954, preservou o edifício aí existente, que se conserva como hotel até aos dias de hoje.
  • 86. • Para a fachada traseira dá o jardim de buxo geométrico e, enquadrada pelo arco de triunfo, no denominado Penedo da Saudade, estende-se a serra e o palácio de Sintra, confirmando a acertada escolha paisagística do cônsul holandês.
  • 87. • bibliografia • http://www.patrimoniocultural.pt/pt/patrimonio/pa trimonio-imovel/pesquisa-do- patrimonio/classificado-ou-em-vias-de- classificacao/geral/view/72840/ • http://www.patrimoniocultural.pt/pt/patrimonio/pa trimonio-imovel/ • http://pt.wikipedia.org/wiki/Pal%C3%A1cio_da_Reg aleira • http://pt.wikipedia.org/wiki/Pal%C3%A1cio_de_Set eais