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AULA 1 – JORNALISMO ESPECIALIZADO


Conceito: Tipo de jornalismo disseminado nos mais diversos produtos jornalísticos



Manifestações do Jornalismo Especializado

O Jornalismo Especializado diz respeito a três tipos de manifestações específicas:

   1) Meios de Comunicação específicos (rádio, jornal, TV, internet etc)
   2) Temas (econômico, científico esportivo, literário etc)
   3) A junção dos dois anteriores: (radiofônico esportivo, econômico televisivo)

Por que ocorre a especialização?

“A especialização é fruto das exigências da audiência, cada vez mais diversa, que
demanda conteúdos específicos, que façam uma abordagem com profundidade e
rigor” (Berganza Conde)

A divisão do ambiente jornalístico em editorias acaba por fomentar uma
especialização dentro do próprio jornalismo (Erbolato)

A especialização do jornalismo é uma decorrência natural da lógica da divisão do
trabalho nos veículos de comunicação (Lustosa)

Comparação com o modo de produção

Taylorismo

Sistema de organização industrial criado pelo engenheiro mecânico e economista
norte-americano Frederick Winslow Taylor, no final do século XIX. A principal
característica deste sistema é a organização e divisão de tarefas dentro de uma
empresa com o objetivo de obter o máximo de rendimento e eficiência com o mínimo
de tempo e atividade.



Principais características:

Divisão das tarefas de trabalho dentro de uma empresa

Especialização do trabalhador

Treinamento e preparação dos trabalhadores de acordo com as aptidões
apresentadas;
Adoção de métodos para diminuir a fadiga e os problemas de saúde dos trabalhadores;

Implantação de melhorias nas condições e ambientes de trabalho;

Uso de métodos padronizados para reduzir custos e aumentar a produtividade;



Fordismo

Sistema de produção, criado em 1914 pelo empresário norte-americano Henry
Ford, cuja principal característica é a fabricação em massa.


Objetivo do sistema

O objetivo principal deste sistema era reduzir ao máximo os custos de
produção e assim baratear o produto, podendo vender para o maior número
possível de consumidores.

O fordismo foi o sistema de produção que mais se desenvolveu ao longo do
século XX, sendo responsável pela produção em massa de mercadorias.



Declínio do fordismo

Na década de 1980, o fordismo entrou em declínio com o surgimento de um
novo sistema de produção mais eficiente: o toyotismo

Toyotismo

Sistema de organização criado na década de 1960, no Japão, voltado para a produção
de mercadorias. Foi aplicado na fábrica da Toyota.

Características

Mão-de-obra multifuncional e bem qualificada, treinada para conhecer todos os
processos de produção, podendo atuar em várias áreas do sistema produtivo da
empresa.

Sistema voltado para a produção somente do necessário, evitando ao máximo o
excedente. A produção deve ser ajustada a demanda do mercado.



Implantação do sistema de qualidade total em todas as etapas de produção.
Aplicação do sistema Just in Time, ou seja, produzir somente o necessário, no tempo
necessário e na quantidade necessária.

Uso de pesquisas de mercado para adaptar os produtos às exigências dos clientes.



A especialização dentro do Jornalismo

A especialização no jornalismo começa ocorrer ainda no século 19, quando o
jornalismo se desenvolve nos EUA. É com a adoção novas rotinas que contrariam o
modo publicista que o jornalismo passa a ganhar outra forma e deixa de ser político
para se tornar lucrativo.

Na lógica do capitalismo, ele passa a objetivar o lucro, e para isso são incluídas novas
rotinas de produção como a lógica da divisão do trabalho:

- modificação na concepção de jornal (são criadas as manchetes, matérias,
reportagens, artigos)

- divisão do trabalho (figura do tipógrafo, impressor, redator, editor e repórter)

- divisão do jornal em espaço editorial e espaço publicitário (criação dos anúncios)

Essa evolução vai se estender pelo século XX, com a divisão das editorias (política,
economia, policial, cultural, esportivo etc) e da própria segmentação do jornalismo
(feminino, infantil, masculino, cultural)

O final do século, com o advento da internet, o toyotismo passa a ser explicitado nas
redações, com o acumulo de funções e a exclusão de alguns cargos (alguns jornais, por
exemplo, excluíram a figura do revisor, sendo a função acumulada pelo redator).

E atualmente, a figura do jornalista multimídia acentua ainda mais essa tendência. Até
pouco tempo o jornalista tinha a opção de escolher qual mídia se adaptava ou qual o
ramo de especialização iria seguir.

Atualmente, com o desenvolvimento do jornalismo digital o jornalista vem se
transformando num exímio produtor de conteúdo, e para isso passa a ser cobrado do
profissional o domínio de outras técnicas que até então eram optativas (edição de
vídeo, edição de áudio, atuação em redes sociais, noções de fotografia etc)



Quem deve exercer a função do jornalismo especializado: o jornalista ou o
especialista?
O jornalista é em sua essência um mediador da sociedade. Ele é um intérprete entre o
conhecimento técnico e científico e o senso comum. A ferramenta de trabalho dele é a
técnica jornalística (apuração, produção e edição de textos).

“Atribui-se ao jornalismo especializado o papel de buscar intermediar saberes
especializados na sociedade, construindo um novo tipo de discurso, o noticioso, ou
apenas informacional, promovendo um outro tipo de conhecimento que se funde na
compreensão do universo científico e do senso comum”

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AULA 1 - CONCEITUACAO

  • 1. AULA 1 – JORNALISMO ESPECIALIZADO Conceito: Tipo de jornalismo disseminado nos mais diversos produtos jornalísticos Manifestações do Jornalismo Especializado O Jornalismo Especializado diz respeito a três tipos de manifestações específicas: 1) Meios de Comunicação específicos (rádio, jornal, TV, internet etc) 2) Temas (econômico, científico esportivo, literário etc) 3) A junção dos dois anteriores: (radiofônico esportivo, econômico televisivo) Por que ocorre a especialização? “A especialização é fruto das exigências da audiência, cada vez mais diversa, que demanda conteúdos específicos, que façam uma abordagem com profundidade e rigor” (Berganza Conde) A divisão do ambiente jornalístico em editorias acaba por fomentar uma especialização dentro do próprio jornalismo (Erbolato) A especialização do jornalismo é uma decorrência natural da lógica da divisão do trabalho nos veículos de comunicação (Lustosa) Comparação com o modo de produção Taylorismo Sistema de organização industrial criado pelo engenheiro mecânico e economista norte-americano Frederick Winslow Taylor, no final do século XIX. A principal característica deste sistema é a organização e divisão de tarefas dentro de uma empresa com o objetivo de obter o máximo de rendimento e eficiência com o mínimo de tempo e atividade. Principais características: Divisão das tarefas de trabalho dentro de uma empresa Especialização do trabalhador Treinamento e preparação dos trabalhadores de acordo com as aptidões apresentadas;
  • 2. Adoção de métodos para diminuir a fadiga e os problemas de saúde dos trabalhadores; Implantação de melhorias nas condições e ambientes de trabalho; Uso de métodos padronizados para reduzir custos e aumentar a produtividade; Fordismo Sistema de produção, criado em 1914 pelo empresário norte-americano Henry Ford, cuja principal característica é a fabricação em massa. Objetivo do sistema O objetivo principal deste sistema era reduzir ao máximo os custos de produção e assim baratear o produto, podendo vender para o maior número possível de consumidores. O fordismo foi o sistema de produção que mais se desenvolveu ao longo do século XX, sendo responsável pela produção em massa de mercadorias. Declínio do fordismo Na década de 1980, o fordismo entrou em declínio com o surgimento de um novo sistema de produção mais eficiente: o toyotismo Toyotismo Sistema de organização criado na década de 1960, no Japão, voltado para a produção de mercadorias. Foi aplicado na fábrica da Toyota. Características Mão-de-obra multifuncional e bem qualificada, treinada para conhecer todos os processos de produção, podendo atuar em várias áreas do sistema produtivo da empresa. Sistema voltado para a produção somente do necessário, evitando ao máximo o excedente. A produção deve ser ajustada a demanda do mercado. Implantação do sistema de qualidade total em todas as etapas de produção.
  • 3. Aplicação do sistema Just in Time, ou seja, produzir somente o necessário, no tempo necessário e na quantidade necessária. Uso de pesquisas de mercado para adaptar os produtos às exigências dos clientes. A especialização dentro do Jornalismo A especialização no jornalismo começa ocorrer ainda no século 19, quando o jornalismo se desenvolve nos EUA. É com a adoção novas rotinas que contrariam o modo publicista que o jornalismo passa a ganhar outra forma e deixa de ser político para se tornar lucrativo. Na lógica do capitalismo, ele passa a objetivar o lucro, e para isso são incluídas novas rotinas de produção como a lógica da divisão do trabalho: - modificação na concepção de jornal (são criadas as manchetes, matérias, reportagens, artigos) - divisão do trabalho (figura do tipógrafo, impressor, redator, editor e repórter) - divisão do jornal em espaço editorial e espaço publicitário (criação dos anúncios) Essa evolução vai se estender pelo século XX, com a divisão das editorias (política, economia, policial, cultural, esportivo etc) e da própria segmentação do jornalismo (feminino, infantil, masculino, cultural) O final do século, com o advento da internet, o toyotismo passa a ser explicitado nas redações, com o acumulo de funções e a exclusão de alguns cargos (alguns jornais, por exemplo, excluíram a figura do revisor, sendo a função acumulada pelo redator). E atualmente, a figura do jornalista multimídia acentua ainda mais essa tendência. Até pouco tempo o jornalista tinha a opção de escolher qual mídia se adaptava ou qual o ramo de especialização iria seguir. Atualmente, com o desenvolvimento do jornalismo digital o jornalista vem se transformando num exímio produtor de conteúdo, e para isso passa a ser cobrado do profissional o domínio de outras técnicas que até então eram optativas (edição de vídeo, edição de áudio, atuação em redes sociais, noções de fotografia etc) Quem deve exercer a função do jornalismo especializado: o jornalista ou o especialista?
  • 4. O jornalista é em sua essência um mediador da sociedade. Ele é um intérprete entre o conhecimento técnico e científico e o senso comum. A ferramenta de trabalho dele é a técnica jornalística (apuração, produção e edição de textos). “Atribui-se ao jornalismo especializado o papel de buscar intermediar saberes especializados na sociedade, construindo um novo tipo de discurso, o noticioso, ou apenas informacional, promovendo um outro tipo de conhecimento que se funde na compreensão do universo científico e do senso comum”