O documento discute a evolução do jornalismo brasileiro, desde os anos 1950, quando era marcado pelo partidarismo, até os anos 2000, quando buscava um tom mais neutro e imparcial. Também apresenta dicas e boas práticas para jornalistas que cobrem assuntos políticos.
2. Especialização jornalística pautada pela
cobertura de assuntos como a política em
nível local, regional, nacional e internacional,
as casas parlamentares e todas as esferas de
poder.
3. INFORMAR leitor, e não convencê-lo a adotar
certas práticas ideológicas, como no passado
4. MANCHETES DOS JORNAIS EM 1950
Consagração definitiva o comício da Esplanada
do Castelo – A oração do candidato nacional
(Correio da Manhã, 1/10/1950)
O grande pleito da democracia brasileira. Todo
o país empolgado para as eleições que se
travarão amanhã (O Globo, 2/10/1950)
5. MANCHETES DOS JORNAIS EM 1950
Pistoleiros getulistas prontos para atacar o
povo (Tribuna da Imprensa, 3/10/1950)
Os espíritas não podem votar em Getúlio
(Diário Carioca, 1/10/1950)
6. MANCHETES DOS JORNAIS EM 2000
Mercado tem dia otimista na véspera da eleição
(O Estado de S.Paulo, 26/10/2002)
Pesquisas indicam Lula presidente (O Estado de
S.Paulo, 27/10/2002)
Lula presidente – Metalúrgico é o primeiro líder
de esqueda a ser eleito no país (Folha de
S.Paulo, 28/10/2002)
7. O JORNALISMO NOS ANOS 1950
- Marcado pelo partidarismo e engajamento
eleitoral
- Os jornais atuavam ativamente nas
campanhas eleitorais
O JORNALISMO NOS ANOS 2000
- O tom é praticamente neutro.
- A preferência política não é explícita e
demonstrada nas manchetes dos jornais,
como no passado
8. O jornalismo brasileiro até os anos 1950
seguia um modelo voltado para a opinião
A partir dos anos 1950, o jornalismo
brasileiro passa a ser marcadamente
influenciado pelo jornalismo norte-
americano, pautado pela objetividade e
imparcialidade
Dois elementos novos aparecem nas
manchetes dos anos 2000: o mercado e as
pesquisas
9. Os jornais hoje buscam exercer um tom de
neutralidade, e mesmo na cobertura política,
tentam manter um tom equilibrado,
procurando dar equilíbrio no espaço político
dedicado aos candidatos
Dois elementos novos aparecem nas
manchetes dos anos 2000: o mercado e as
pesquisas
10. Não confunda Sociedade com Opinião Pública
- A opinião pública é a opinião predominante na
sociedade, num determinado momento. A
sociedade tem suas vontades, objetivos e
definições consolidados.
- Não se deve ainda confundir opinião pública com
vontade popular. A opinião pública é
manipulável. A vontade popular é legítima.
- O jornalista político deve ser leal com a
sociedade
11. O jornalista político deve tomar cuidado com
jantares, viagens e presentes.
Ele deve receber um salário digno da empresa
em que trabalha, e não do meio jornalístico
que cobre
Alguns jornais possuem o “Manual de
Conduta”, que proíbem o recebimento de
presentes acima de determinado valor, bem
como vantagens na condução do trabalho
12. Quando o jornalista político faz uso de algum
tipo de vantagem na cobertura política, deve
citar isso na matéria.
O jornalista político deve sempre se pautar
pela “interesse público”, e não pelo “interesse
do público”. O “interesse do público” muitas
vezes passa pela invasão de privacidade de
personalidades, e que nada tem a ver com o
bem público.
13. O jornalista político deve se precaver com os
boatos, pois em Brasília, especialmente, são
513 deputados, 81 senadores, mais de 30
ministros e 11 integrantes do STF
representando o poder, com diferentes
perspectivas e interesses.
14. CONVERSAS
O jornalista político deve conversar com todo o
tipo de indivíduo, seja lá qual for a sua ideologia
Só assim é possível reunir um número mínimo de
versões para começar a se trabalhar
As conversas devem ser com todas as pessoas,
independentemente do seu escalão (alto ou
baixo)
Um cuidado especial deve ser dado aos
assessores, que a todo tempo tentam “plantar”
notícias nos jornalistas
15. FONTES
A fonte mais confiável para o jornalista político
é o parlamento (Congresso Nacional,
Assembleia Legislativa ou Câmara Municipal).
Nada ficar refém dos releases produzidos
pelas assessorias de imprensa.
16. Eleições
Votações
Revoluções / Golpes
Acompanhamento de projetos
Conduta de instituições governamentais
Dia-a-dia do Congresso, da Câmara, do
Senado, da Assembleia Legislativa, da Câmara
dos Vereadores
Desvio de verbas
17. Assessoria dos deputados
Diário Oficial
Assessoria da Câmara
Assessoria dos Deputados
Assessoria do Senado
Especialistas (sociólogos, cientistas políticos,
marqueteiros)
18. José Arbex
Rodrigo Viana
Paulo Henrique Amorin
Fernando Rodrigues
Kennedy Alencar
Eliane Cantanhêde
Tereza Cruvinel
Elvira Lobato
Josias de Souza
Cristiana Lobo
Dora Kramer
Arnaldo Jabor
Lúcia Hipólito
Ricardo Noblat
19. O que é um Projeto de Lei
Um projeto de lei ou uma proposta de lei é um conjunto
de normas que deve se submeter à tramitação numa casa
legislativa com o objetivo de efetivar-se e tornar-se uma lei.
Os projetos de lei são feitos por membros do próprio órgão
legislativo. Já as propostas de lei são feitas pelo poder
executivo.
Um projeto de lei (PL) pode ter sua tramitação iniciada tanto
na Câmara dos Deputados como no Senado Federal, devendo
ser avaliado e aprovado por ambos. O presidente da
Repúblicapode vetar projetos de lei parcial ou totalmente.
20. O que é uma PEC?
Proposta de Emenda à Constituição (PEC) é uma atualização, um
emendo à Constituição Federal. É uma das propostas que exige mais
tempo para preparo, elaboração e votação, uma vez que modificará
a Constituição Federal. Em função disso, requer quórum quase
máximo e dois turnos de votação em cada uma das Casas
legislativas, Câmara dos Deputados e Senado Federal.